quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O TEMPO DE ANITA - 17 -

- FANTASMA -
- 17 -
FANTASMA 

O negócio de Fantasma é um caso que deixa dúvidas. Fantasmas se fica a indagar: “eles existem? ”. No interior do Estado. Uma família vivia sempre assombrada com um certo “fantasma”. Ele aparecia de noite ou de dia para uma pessoa se dizendo ser o avô da dona da casa. E estava ali para seguir os conselhos que ele já devia ter dado há alguns anos quando era ainda vivo, ou seja, encarnado. Seguiu-se o tempo, e o velho morreu ou desencarnou. Houve pranto se delírios por um certo tempo e depois voltou a calma. Certo dia, uma menina, filha de dona Cora, a dona da casa, veio dizer que o seu avô estava em casa. A menina não tinha conhecimento do avô pois ele morreu anos antes quando a menina nem era concebida para nascer. A sua mãe indagou porque a menina estava naquele canto a apontar um sinal que, na verdade era um quadro de retratos da família.
Emília
--- É o meu avô. Ele está aqui. - - respondeu sem susto.
Cora
--- Aquele? Um de paletó azul? Era meu pai. - - disse a mulher enquanto fazia a comida do almoço.
Emília
--- Eu sei. Mas ele agora está aqui perto da senhora! - - falou sem temor.
Cora
--- Está bem. Deixe ele aqui. Deus há de cuidar do meu pai, Miguel. - - respondeu a mulher
Logo mais, perto do almoço, chegou em casa, Paulo Augusto Coimbra, um tanto apressado com um recado para dar.
Paulo
--- Eu falei com o médico. Ele pediu para mandar Pedro para o Hospital São Lucas o mais rápido possível. Vamos, vamos, vamos! -  falou Paulo desesperado
Pedro era o filho mais velhos, o primeiro a nascer, e estava com um problema que ninguém sabia o porquê. Naquela hora, Pedro estava a repousar em sua cama. Em horas da noite, o garoto despertava assombrado como se estivesse com um espirito de mau a atormenta-lo. Cora, a sua mãe, já havia feito inúmeros eventos a mando de uma velha rezadeira acreditando que o garoto estava mesmo com um espirito do mau.  Mesmo assim, tudo que fez resultou em nada. Essa história havia sido contada pelo Médium, Euclides Dumaresque à moça Anita Souza Muniz, aprendiz do Mestre, em uma das salas no dia de Seção da Casa Espirita. E o caso segue.
Médium
--- Neste mundo, existe o mau verdadeiro. Ele pode espreitar no lugar mais inesperado local e atacar a mais inocente das vítimas. Quando a família Coimbra está morando em sua casa descobre o seu passado assustador. E passa a ser atacada por um horror inimaginável. Ela deve escolher em enfrentar uma entidade que deseja possui-la ou entregar-se a seus próprios medos.
Anita
--- Ave Maria! E o que a família fez? - - indagou assustada
Médium
--- Para vencer, eles devem confiar em sua fé e em um Exorcista para deter a destruição de sua família das aparições. Essa é uma história de uma família que acreditava ter sido assombrada por uma entidade maligna. O filho mais velho de Cora de Oliveira Coimbra, o jovem Pedro, foi levado para um Hospital quando estava com 14 anos.
Anita
--- É moço, ainda. De que ele sofria? - - indagou
Médium
--- Os médicos não sabiam dizer que de fato ele estava acometido. De qualquer jeito, o corpo médico começou a trata-lo com medicamentos. A mãe de Pedro ficou arrasada.
Cora
--- Eu não sei como ele pode sobreviver. Quando eu olhei o menino vi que ele já não tinha mais forças. Eu comecei a perceber que poderia perdê-lo.
Médium
--- A família morava do lado oeste do Estado do Rio Grande. Mas o tratamento de Pedro exigia que ele fosse ao médico em um Hospital da Capital. A viagem de 3 horas diárias, apenas de ida, tornava impossível que Paulo Augusto tomasse conta de sua família. E todas essas horas de estrada estava esgotando o pai da família.
Anita
--- Morar do interior é um perigo. - - disse a moça.
Paulo Augusto resolveu que tinha que mudar isso.
Médium
--- Ele sabia que a melhor opção era levar Pedro para mais perto dos médicos. O esposo conversou com dona Cora e ela concordou em se mudar para a capital. E a mulher ficou responsável de procurar apartamento pela Capital. Era muito difícil e família tinha três filhos além do marido e a própria mulher. Apesar das dificuldades, Cora e seu marido Paulo, não desistiram. Paulo visitou uma casa que estava para alugar.
Doméstica
--- Posso ajudar?  - - quis saber
Paulo
--- Eu vi um cartaz de aluguel e queria dar uma olhada! - - relatou
Doméstica
--- Claro. Vá em frente. Olhe o que quiser. – - respondeu
Médium
--- Paulo e Cora pesquisaram o imóvel. Apesar de a casa está em obras, os operários deixaram que o casal visse o local. O temor era o de ficar fora do orçamento, mas o casal precisava resolver isso. Não tinha outra opção. Paulo ficou pasmo com a grandiosidade da casa. O imóvel tinha painéis muito bem feitos. Era uma casa grande. A cozinha era grande o bastante para cozinhar para a sua família inteira. E a mulher perguntou a um operário.
Cora
--- Sabe me dizer quantos quartos tem aqui? - - quis saber.
Operário
--- Tem dois, lá em cima. São uns quartos grandes. - - disse o operário
Médium
--- Quanto mais ela visitava, mais imaginava sua família morando lá.  –
Operário
--- Em baixo também tem. E pode ser usado como quarto - - relatou a Cora
Médium
--- E o mais importante: estava bem perto do Hospital onde Pedro, o filho, estava internado. Paulo Augusto deu uma olhada na casa inteira. Tinha cômodos bem amplos. Era perfeito.  E ao descer do andar de cima, ele perguntou ao operário onde ficava o local para o porão. Esse respondeu o local exato. Sua mulher o acompanhou de perto. Eles esperavam que o porão pudesse ser transformado em quarto de dormir para alguém que visse do interior, certamente.
Paulo
--- Achei que ficava excelente quando terminasse a reforma. Seria ótimo que os caçulas ficassem de baixo do prédio. –
Médium
--- Dona Cora também aprovou. Quando Paulo Augusto falou com o administrador da casa, ficou surpreso que o alguém cabia no orçamento. A casa parecia por demais para ser verdade
Paulo
--- Todo mundo ficou, assim, louco com a ideia com o povo para mais perto do Hospital e dos médicos. Esse era o pensamento mais forte de todos nós. Então nós ficamos muito felizes de nos mudar para a Capital.
Médium
--- Paulo e sua mulher, Cora, levaram algumas coisas para o seu novo lar que consideram parecer boa. Bonita, grande. Tinha a sala, a copa e a cozinha. Dois quartos no lado de cima e um armário. A cozinha era muito boa. E eles gostaram do que viam. O casal estava ansioso para ver porão depois que os operários terminaram o trabalho. Logo vibraram com o estilo de tudo que foi feito. Havia dois aposentos, nos fundos que o casal não tinha visto. O lugar mantinha pistas que mostrava o passado da casa. Ferramentas, facas, punhais entre tantos outros, coisas que eles jamais tinham visto em algum lugar. Coisa estranha para o casal. Até mesmo um freezer. De imediato, o homem veio à mente que ele estava em uma casa funerária.
Anita
--- Como é que eles mostrariam o interior da casa? - - perguntou assustada
Médium
--- Por caso. Eles sabiam porque o aluguel era tao barato de uma casa tão maravilhosa. Ali estava a razão. Uma casa mortuária. A única opção era se mudar de imediato para outro chalé, talvez mais caro, porém de maior conforto.
Anita
--- Meu Deus do Céu. - - gritou alarmada 

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