Alexandra Dahlstrom
HISTÓRIA
10
Jesus
é um “mito”. Isso é dado porque a ciência já reverencia seus mitos de há muito.
Antes de Jesus se teve Hórus também nascido a 25 de dezembro. Hórus, filho da
Virgem Isis, a constelação da estrela onde reina três outras estrelas. Então,
esses são os Três Reis (Magos) com certeza visualizado o Sol da Terra e mais
ainda, no dia 25 de dezembro quando começa o solstício de inverno se celebra o
dia do novo inverno. Jesus pode ter até nascido em outra data, porém não no dia
25 de dezembro quando foi crucificado, morto e sepultado. Esse sepultamento vem
entre os dias 21 a 25 de dezembro. Ao terceiro dia, ressuscitou Jesus. Tudo
isso é tão somente “mito”. Tem-se noção
cientifica de que os primeiros cristãos nunca festejaram o nascimento de Cristo
no mês de dezembro. Os registros que comprovam Jesus não ter nascido nesta data
estão bem claros na Bíblia Sagrada se for levada em conta ser a Bíblia o livro
dos Judeus, e não dos Sumérios. Uma afirmativa está contida no livro de Lucas
onde ele escreve ter sido o nascimento do Cristo no sexto mês (junho) ditado
pelo Anjo Gabriel. Todavia se tem que
levar em conta quando Jesus nasceu era primavera e não inverno o qual é então na
Judéia. A celebração, em dezembro é o solstício do inverno e não do nascimento
de Jesus. E o Deus festejado é o Sol, Deus Mitha, data festiva de sua
celebração. Em 21 de dezembro ocorre o solstício do inverno, o mais curto dia
do ano. E 25 de dezembro é o primeiro dia no qual os antigos podiam notar
claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do Sol estava
retornando. Em síntese: Natal de hoje é uma festa pagã onde se decora árvores e
se cantam hinos de louvor ao se supor está a desejar uma feliz data rica do solstício
de inverno.
Canindé:
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Como você pode sustentar tal fato? – perguntou de forma esquisita.
Sócrates
sorriu e voltou a tecer comentários alusivos à festa cristã ou não.
Sócrates:
---
Vejamos bem: Atenas, Grécia. É uma cidade viva entre comércio e cultura. Porém
Atenas é uma Cidade de Fé. Grega e ortodoxa. É uma parte do grande ramo
oriental do cristianismo. Mas, já existiu um outro mundo em Atenas do qual
restam apenas fragmentos torturantes. Quem busca no tempo está à procura de
elementos históricos de um mundo igualmente vivo e religioso. Esse chamado Mundo da Grécia Antiga. O seu
legado é a mitologia grega. Tal Mundo era povoado por muitos Deuses e Deusas,
cada um com determinado poderes e história. Dezenas de milhares de anos
anteriores ao tempo bíblico, contos sobre Deuses e seus feitos eram passados
adiante por contadores de histórias. É bem difícil mas numa tentativa de
imaginar como era naquela época o que as crianças pensavam e como se
impressionavam com “como Zeus deu à luz a Atena de uma dor de cabeça”. Apolo,
que era um jovem muito incivilizado e que se tornou depois o Deus da ordem, da
música e da arte. Poseidon, que criaria pedras quando estava com raiva. Atena,
que era a protetora de uma cidade e zelava pela paz. – fez questão em firmar.
E
então Canindé indagou por certo:
Canindé:
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E que governava esse império infernal?
A
sorrir polidamente, Sócrates respondeu.
Sócrates:
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Presidindo sobre todos estava Zeus, deus do Céu, deus do trovão. Está sob o
domínio de Zeus a própria natureza. Havia dois jarros da soleira da porta de
Zeus: um jarro do bem. Um jarro do mal. Para cada homem, Zeus entornaria uma
porção do bem e uma de mal. – explicou o rapaz
Havia
Afrodite e Atos, dois lados da mesma moeda. Afrodite, ela é a Deusa da
sexualidade de modo mais claro, da sexualidade feminina. É a Deusa da beleza e
está associada à fertilidade. Por outro lado, há Artemis, uma virgem casta. E
Apolo, que como todos os Deuses e Deusas da Grécia antiga tinha mais de um
poder. Ele era o organizador, o civilizador. Era ele que levava estradas a
lugares onde não existiam. Apolo curava, mas também podia trazer pragas. E isso
acontecia com muitos Deuses gregos. Eles, se podiam causar algo, também tinham
o poder de cessá-lo.
Canindé:
---
Talvez fosse um governador desses que temos hoje. Ou um Presidente. Seja o que
for. Para mim, Deus na antiguidade era o mesmo que ser Presidente. – adiantou.
Sócrates:
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Isso. Isso. Um Manda-Chuva! - gargalhou.
Canindé:
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É isso mesmo. Ele podia até matar os rebeldes. – ele disse isso a olhar para o
amigo.
Sócrates:
---
Esses Deuses e Deusas surgiram à medida que os gregos antigos buscavam sentido
e, talvez fé no Mundo constantemente mutável. Suas histórias foram adornadas e
modificadas através dos tempos. A Grécia é habitada desde cerca de 70 mil anos
antes de Cristo. E houve invasões de povos do Oriente Médio e do Norte. Cada
invasão trazia outras divindades. Os Deuses gregos são um amálgama de várias
culturas, principalmente do Oriente Médio. É, sem sombras de dúvidas, tão
grande a diversidade de Deuses gregos que eles são diferentes de outros Deuses
da região do Mediterrâneo porque incorporaram elementos de vários povos ao
redor e não são parecidos com os de outros povos como os da religião dos Celtas
ou da Itália. – lembrou o amigo
Canindé;
---
Dá para notar. Eu digo apenas no Brasil. Criam-se imagens de Santos, cada um
diferente. Se você verificar os de Nossa Senhora, é uma infinidade de
diferença. O de Jesus, nem dá para acreditar. Anjos, Arcanjos, Querubins. Uma
eterna confusão. – destacou o rapaz.
Sócrates:
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É isso mesmo! Não dá para acreditar mesmo. – gargalhou.
Essas
histórias da Grécia foram sendo passadas através da tradição oral. Mas, por
volta de 750 antes de Cristo, foram reunidas, organizadas e escritas. Apesar de
pesquisadores debaterem se um ou vários autores estiveram envolvidos nessa
proeza, a crença popular é de que apenas um:
Sócrates:
---
Homero! A verdadeira cristalização da mitologia grega se deu por volta da época
de Homero, em 750 antes de Cristo. Com Homero, temos a criação da mitologia
grega e a criação dos Deuses. Homero deu aos gregos os seus Deuses. Foi o mais
próximo que os gregos tiveram de uma Bíblia. – ele destacou.
No
começo Homero conta: havia oceano. O espírito de grande circular e infinito rio
correndo eternamente de volta a si mesmo. Havia também uma outra presença:
Havia também uma outra presença chamada de a Primeira Mãe – Tercia -. Quando,
finalmente se encontraram deram início a uma linhagem de descendentes que
depois reproduziriam os Deuses e Deusas dos gregos antigos.
Sócrates:
---
Cerca de 50 anos depois de Homero o poeta Hesíodo escreveu a Teogonia na qual
também descreve a criação Deuses. Mas, segundo Hesíodo, o Mundo começou diferente.
Primeiro havia uma presença sobrenatural chamada Caos, nome que significava
“Vazio” e não “Desordem”. – explicou o jovem.
Era
uma vez o Caos. E depois do Caos, veio uma deusa chamada Gaia – ou Terra -. E
Gaia se casou com Urano, o Céu. Urano, entretanto, não queria filhos. Ele se
sentia ameaçado por eles e evitava que nascessem. Gaia conspirou com Cronos, um
dos seus filhos por nascer e castrou seu pai, supostamente de entro do útero da
mãe. Os genitais feridos de Urano caíram no Mar de onde emergiu uma
surpreendente entidade: Afrodite, deusa do amor.
Sócrates:
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Essas histórias constituem o que é conhecido como “mitologia” grega. Para os
gregos antigos essas histórias era uma questão de “Fé”. Elas ajudavam a
explicar como e por que o Mundo funciona dessa forma. Amor e guerra, violência
e sexo estão profundamente ligados na mitologia grega e não só nela, como em
inúmeras mitologias. Por que essas coisas estão ligadas? Imagine-se porque
povos antigos, e certamente os gregos intuíram sentimentos passionais e
profundos e estavam ligados na mente e nas emoções humanas. – revelou o homem.
Canindé:
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Na verdade, em nossos dias, tudo isso aparece e sempre como se fosse uma
novidade. Eu sei de um caso de um filho que castrou o seu pai. Isso gerou um
pandemônio na localidade onde se deu o fato. O rapaz foi preso e condenado a
trinta anos de reclusão. Porém, o rapaz foi morto na detenção por um seu
inimigo. Talvez essa briga tenha sido consequência de casos anteriores em vidas
passadas. – relatou com a cabeça abaixada.
Após
esse fato a história continuou por longas horas.