domingo, 29 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 05 -

- METEORO -
- 05 -
- ENTREVISTA-

Às 4 horas da tarde daquele dia quando o corpo celeste colidiu com o Boeing no espaço aéreo de Natal, o Governador do Estado acertou uma entrevista com a Impressa para divulgar as notas recebidas dos órgãos responsáveis pela procura do resto de avião. Entre os demais assuntos, estava a informação certa de que a bordo do aparelho estavam o senador Eduardo Arruda, dois deputados federais, ajudantes de ordens, dois fotógrafos e dois jornalistas. Além desses, viajavam um padre da Igreja Católica e em sua companhia, duas monjas. No restante da aeronave estava o restante dos passageiros e seis tripulantes, inclusive o Comandante do Boeing já a postos da descida. Contudo, a questão primordial era a viajem do Senador Arruda, do PSD de Goiás. Ele cursava a esse Estado para tecer uma nova Cadeira no Congresso em demais níveis, principalmente do Nordeste. Ligado ao sistema agropecuário, tinha a função de um acordo entre os demais partidos minoritários. O senador Arruda estava envolvido na lavagem de dinheiro com partes de recursos desviados da Petrobrás. Era a Operação Lava Jato. O alto chefe político estava envolvido nos esquemas da Petrobrás, porém se mantinha na surdina. O Governado do Estado nada podia informar com respeito a esse tema. Apenas teria a falar ser o senador uma pessoa notável a chegar ao território potiguar sem maior comentário. Apenas se sabia que o senador Arruda era suspeito de chefiar um esquema de desvio de recursos da estatal. O jornalista Olavo Melo, do jornal Primeira Página, estava entre os presentes na entrevista coletiva do Governo do Estado. E foi quando começou a conversa.
Governador:
--- Senhores. Boa tarde. Estou aqui, tendo ao meu lado o Chefe do Estado Maior entre os demais assessores e Imediatos. Não estou para falar quem vinha ou não no Boeing acidentado agora à tarde por um asteroide. Apenas para lembrar ter esse corpo celeste luminoso vagando pelo espaço e adentrou em terras do Rio Grande do Norte. Foi um acidente catastrófico e não se podia prever o estrago que esse astro podia causar. Nós estamos envidando todos os esforços para evitar danos secundários porventura possam vir. É bem notável que esse astro poderia cair no mar ou se espatifar antes de alcançar a Terra. Mesmo assim, esse meteoro gigante atingiu a todos nós. Não fora apenas um Boeing. Mas toda uma Cidade, todo um Estado e Estados vizinhos sofrem horrores. Esse é um fenômeno raro jamais ocorrido em terras brasileiras. As nossas Bases de defesa contra esse especular momento foram alertadas de imediato e continuam a perseguir os estragos provocados pela enorme bola de fogo. Em minha casa particular, houve estragos sólidos por causa desse engenho. Lamento ter conhecimento dos estragos em outras residências além de veículos e mesmo no parque do Aeroporto Internacional da Grande Natal. Um balanço surpreendente há menos de duas horas leva em conta mais de mil mortes. Pessoas paupérrimas. Esses são os maiores estados frente a catástrofe aberta pelo meteoro. Eu não vejo a situação dos mais fortes. Eu vejo a situação dos mais fracos. Esses são as vítimas sem alento. Nós estamos, agora, com a falta de energia elétrica em vários municípios e a falta de água em outros casos. Eu ouço os aviões a transitar em diversas direções em busca de melhores avisos a toda uma população malsinada. Helicópteros sobrevoam com intermitência os mais longínquos espaços em busca de auxílio a população condenada pelo esmo. É impressionante se ter visto esse imenso bloco celeste penetrar em nossa atmosfera a fazer um verdadeiro susto no planeta Terra. O que houve, não será esquecido em tantos anos. Casas caindo, vidraças estilhaçadas, gente morta pelo chão. A grande bola de fogo a cruzar o céu. Era um estranho fenômeno. E eu soube de crianças acordadas em plena tarde de sol e se mergulhando para o interior da casa temendo o gigante asteroide. E o que um asteroide? Um nome apenas? Não! É uma pedra que se joga de cima para baixo, vinda do espaço sem fim para causa danos irreversíveis. Uma pedra. Uma rocha. Um punhado de ferro. Isso é o tenebroso ferro. Quem já levou uma pedrada na cabeça? Pois é o mesmo caso. Uma pedra de ferro. Coisa pequena se for o caso. Coisa grande, gigante. Uma marreta! Essa é a pedra que nos atingiu há poucas horas. Temo que outros hão de vir em um futuro remoto. O asteroide visto hoje, não era dos maiores. Porém era gigante para o tamanho da nossa Terra. Voava desde o imenso céu a milhares de anos a alcançar atingir um lugar qualquer. E esse lugar foi Natal. Esse algo estranho foi notado por diversas pessoas. Algumas perderam a vida, pois o estranho era por demais violento. Uma bola de fogo a cruzar o céu vistas da Terra por varias pessoas. Quem parou para observar nem tempo teve para ver com certeza aquela bola de fogo. O clarão cegou a todos que olhavam. Um gigantesco rastro de fumaça cobriu a Terra antes de atingir por extensão o pequeno Boeing a cruzar o seu espaço. Foram imagens apocalípticas aquele clarão desumano. Podia-se observar a 200 quilômetros de distância. Uma forte explosão ocorreu alguns segundos depois. O setor da Emergência disparou o seu alarme. Aviões, carros tanques, helicópteros nem precisaram esperar por um segundo aviso. Todos já estavam no espaço procurando verificar os estragos da bola de fogo. Entre portas e janelas a se fechar, veio após o clarão, o escuro total. Foi um momento de pânico. Ainda agora se recolhe vítimas desse holocausto avassalador. O meteoro largou espaço adentro em busca de um espaço tranquilo para se agasalhar. Todos, ainda, estão procurando saber o que ocorreu. O choque da explosão chegou a três minutos após. Para o povo aquilo era o fim do mundo. E é por isso que eu ocupo uma cadeia de rádio, - se anda tem alguma no ar -  para expor ter sido tudo isso causado por um meteoro que entrou na atmosfera terrestre e, em especial, em Natal. Esse meteoro tem cerca de 50 metros se destroçando em partículas menores após o choque com o avião Boeing. Essa entrada de pedaços de rocha de alta velocidade na atmosfera é capaz de produzir ondas de choque. A pressão e o calor fizeram o meteoro explodir. É por isso que assumo o comando da ação até poder melhores informações. Obrigado. – falou o Governador.
E o Governador do Estado se levantou do confortável assentou onde estava dando sequenciai a um cientista astrônomo para dar maiores explicações sobre o fenômeno natural daquela tarde. E o astrofísico explicou de acordo com as questões levantadas.
Astrofísico:
--- Nós estávamos seguindo esse fenomenal meteoro há vários anos. Sabíamos que ele vinha direto para a Terra. Porém, não se podia garantir que o meteoro explodiria em Natal. – relatou
A pergunta seguinte foi de saber quando o meteoro entrou da Terra e em Natal. E a resposta:
Astrofísico:
--- Bem. Ele podia entrar na atmosfera em qualquer ponto do hemisfério sul. Nós seguíamos por observatórios da NASA, do México, da França. E mesmo do Brasil. O impacto se deu num momento errado do que se previa. Poderia ter caído do mar. Mas, o meteoro seguiu direto para a Terra. E em consequência, para o nordeste do Brasil. – explicou
A terceira questão foi de no caso dele está em rota de colisão com uma aeronave, não se poderia desviar então?
Astrofísico:
--- Veja bem. Isso é tão real quanto possível. Mesmo assim, colidir como uma aeronave é o mesmo que colidir com um pássaro, com um campo de pouso ou qualquer outro objeto. Nós não divisamos quando e onde ele vai colidir. Nós visitamos dezenas de meteoro por dia. Alguns, de pequena proporção. E não podemos chamar o asteroide pelo cabestro e mandar que ele caia em certo canto. Ele vem em uma velocidade surpreendente. E assim, ele entra na atmosfera. O impacto é do tamanho que o meteoro tem. – explicou
A questão a seguir foi do tamanho do meteoro. E a resposta:
Astrofísico:
--- Pois não. Esse é um super meteoro. Mas não quer dizer que ele seja o maior de todos. No espaço temos meteoros enormes. Mesmo o dobro do tamanho desse que estávamos a falar. Gigantes mesmo. E temos um novo meteoro que tem o dobro do tamanho desse que explodiu em Natal. Quando ele virá, nós não sabemos. Pode ser dentro de mais um ano ou mesmo ele seguir para o espaço sem fim. – voltou a explicar
A seguinte questão foi de quando terá o novo asteroide desse tipo.
Astrofísico:
--- No ano de 2036 teremos outro gigante. É o Apophis. Ele vai passar próximo a Terra. Mesmo assim, ele pode desviar de curso e atingir a Terra. Ele tem 325 metros de largura e foi descoberto em 2006.  No Observatório. O Apophis chegou a ser pesquisado como entrada na Terra. Porém, hoje já estamos cientes de que ele passará a 31 mil quilômetros da Terra. Isso é mais próximo do que alguns satélites geoestacionários que orbitam o planeta. – explicou.
Na sequência à outra questão:
Astrofísico:
--- Se há outra possibilidade de se ter um novo impacto? Ah. Temos. Todos os dias. Milhares de estrelas cadentes caem da nossa Terra. E o que é uma estrela cadente? São meteoros diminutos. Milhares estão a cair da Terra. – votou a explicar
Questão seguinte. Se há possibilidade da Terra ser varrida por um meteoro:
Astrofísico:
--- Há sim. Avida na Terra se extinguirá no ano de 2880. O meteoro gira com uma rapidez extraordinária. O objeto é tão rápido que poderia até mesmo se espedaçar. Asteroides são pedaços sólidos de rochas monolíticas. Algumas são pilhas de entulhos. Mesmo assim, são sacos gigantes de pedras. – explicou.
Questão seguinte: caso tenha uma destruição global pode-se saber?
Astrofísico:
--- Aprender sobre asteroides é fascinante e cientificamente importante. Mas há consideração prática. Uma delas é que, se encontraremos um que poderia atingir a Terra algum dia. – definiu.
Aplausos por todos os presentes.

sábado, 28 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 04 -

TOURO VALENTE

- 04 -

CONTACTO

No meio da mata, Catolé procurava sair de um punhado de cercas, fustigando o veículo todo coberto de fuligem jogado com a queda do meteoro e o empurrar do Boeing em pedaços como uma fera desalmada, o homem fazia rosnar como um abutre. Nesse ponto, Marlene Santos tentava conexão com a redação para dar algum recado sobre o acidente e onde ela estava naquele instante em companhia do fotografo Armando Souto. Por mais de uma vez ligou o celular, porém, sem existo. Com a tempestade de fuligem, mata abrasadora e uma espécie e chuva toxica, Marlene desistiu de manter contato. O matagal chispante tornava-se impossível fazer a ligação. A folhagem da mata adernava para um lado e para outro e Marlene temia de qualquer modo ser atingida pela capoeira. Por seu turno, Catolé teve que saltar do veículo para tirar tronco de arvores caídos no chão, provavelmente em poucas horas. Nesse instante, ele ouviu um tropel de cascos de touro vindo em sua direção. Era um touro marruado vindo com toda a fúria possível direto para cima de Catolé. O homem deixou o tronco de madeira no seu local e correu para dentro de seu veículo com todo o terror. Ele abriu a porta, bateu firme e se agachou tremendo de medo. Nesse instante, Armando Souto ajeitava o seu flash e tomou de surpresa o ocorrido.
Armando:
--- Que foi, cara? – falou a olhar o motorista
O impacto do touro na lataria o carro fez despertar também Marlene até aquela hora tentando discar para a redação do jornal. E estava iniciada a luta. O touro a bufar metendo o chifre na lataria e o carro sentia-se amassado por tamanha fúria.  A cada impacto um gemido da fera cruel para massacrar por todo o instante a face robusta do veículo. Do lado de dentro, Catolé se encolhia cada vez mais. Em determinado instante, o motorista usou da mente e buzinou um som estridente de inumano veículo. E o fotografo passou a tirar fotos como forma de encandear o algoz touro. O mugido valente era a resposta dada a cada segundo. A frente do veículo subia e descia para um lado e para outro como querendo emborcar de vez. Era a sanha animal contra a inteligência humana aplicada no espaçoso veículo. A luta brava continuava ao som do buzinaço quando, de repente, surgiram três cães vindos não se sabe de onde a atacar o boi brabo. E a luta ficou desigual. Três contra um. O latido fragoroso dos cães contra o mugido do bruto. Eram os cães contra o bruto. De dentro da cabine do carro, Armando Souto fazia a vez de fotógrafo. Com a entrada na luta do bruto, o caso se virou de repente. O mugido a todo instante contra o ladrar de três animais. E a luta desigual continuava. Nesse ímpeto de desigualdade, eis que surgiram dois cavaleiros montados em seus corcéis. Então, era a força bruta do touro contra a sanha assassina dos cinco algozes. Após tenaz instante, um tirou ecoou no espaço.
O vaqueiro, um tanto exaustou, puxou do seu rifle e fez o disparo. Um rugido ecoou no espaço. O touro a mugir subiu ao céu e desandou caído por terra. Foi queda e morte. Apenas se pode ver as patas do animal se remexer como ultimo alento. Logo após, tombou o touro morto e sereno.
Vaqueiro:
--- Matei o bruto! – disse o vaqueiro todo suado da luta.
Antero:
--- Foi luta de vida e morte. – cuspiu o homem para um lado.
O touro marruado esticou as matas e morreu a um só tempo. Numa luta desigual, perdeu o mais forte. Os três cães verificavam a morte do animal desatinado. Estava finda a peleja. Após alguns minutos os vaqueiros indagaram para onde Catolé caminhava. E ele respondeu.
Catolé:
--- Estou à procura da estrada de Parnamirim. – respondeu intranquilo.
Antero:
--- Tá no caminho. É pra lá. – apontou com o braço o vaqueiro.
Catolé:
--- E o boi? – indagou o motorista
Antero:
--- Vocês me ajudem a torcer a carcaça para o lado da estrada. Depois a gente esfola. – declarou
Catolé:
--- Só isso? – indagou espantado
Antero:
--- Só. Não tem mais nada a fazer. Esse touro era marruado. Vivia escondido na mata. Boi brabo que nem ele. Hoje, se espantou com a fumaça do Céu e arrancou para fora. Os cães foram os que eram por ele. Foi luta ferrenha. – e cuspiu de lado
Marlene:
--- Ele está morto? – perguntou cismada.
Antero:
--- Pois não, senhora. Morto e bem morto. Foi tiro certo. Atravessou o coração. – relatou
Marlene:
--- E como os senhores sabiam dele? – perguntou.
Antero:
--- Pelo cheiro. Pelos latidos dos cadelos. – respondeu o homem de cima de sua montaria
Marlene:
--- E esses cavalos? – perguntou espantada.
Antero:
--- Da fazenda, sinhá dona. Da fazenda! – explicou
Marlene:
--- Eles mordem? – perguntou com cisma.
Armando:
--- Não, senhora. Ponha a mão na boca deles! – e gargalhou
Antero sorrio e depois, respondeu.
Antero:
--- Não, senhora! Eles são mansos. Estão cansados da luta! – disse o homem aplicando umas tapas na garganta do seu cavalo
E assim, foi se fazer a puxada do touro para um canto da estrada. Foi preciso muita força para os quatro homens deslocarem a carcaça do touro até deixa-lo quieto. Antero, nessa ocasião disse ser esse seu nome e o do vaqueiro se chama Benevides. Eles trabalhavam na Fazenda Santa Luiza a poucos metros de distância. E fez com o braço:
Antero:
--- Lá. – apontou o homem a sorrir.
Marlene:
--- Lá? – indagou sem saber.
Antero:
--- Sim, senhora. Uma nesga de terra. – responde acabando de puxar o touro
A moça não quis saber mais de nada. Se o vaqueiro disse que era “lá”. Então era lá mesmo.
Os vaqueiros começaram a repartir o touro e deu um pedaço da carne fresca a cada um dos ajudantes daquela matança. A chuva começou a cair entre o solo seco e em seguida os três ocupantes do veículo se deram por satisfeito pelo presente recebido. E Catolé respondeu para os vaqueiros de qualquer dia voltaria ao local.
Antero:
--- Volte sempre! Tá a seu gosto. – sorriu o vaqueiro
E Armando olhou para ver de perto o resto do touro quase nu, a mostrar as entranhas pelo lado de fora.
Marlene:
--- Coisa horrível! – declarou a moça a olhar as tripas do touro
Antero:
--- É nada. A senhora não compra tripa na feira? – indagou a sorrir.
Marlene:
--- Mas, não assim. É tudo seca. – reclamou
Antero:
--- Seca ou verde. Tudo é uma coisa só. – sorriu Antero

sexta-feira, 27 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 03 -

- METEORO -
- 03 -

INTERIOR

Em cidades do interior do Estado, a falta de luz pegou todos de surpresa. Alguns postos de combustíveis abasteciam os veículos moendo a alavanca de cada bomba. Na capital, nem por meio disse fariam os bombeiros. Apenas relatavam a estar faltando “luz” e ficavam em pé escorados nas bombas. As garagens de ônibus abasteciam seus veículos do mesmo modo como no interior do Estado. No meio da rua era o clamor estonteante do pessoal a reclamar horrores e nem mesmo se assustava com a bola de fogo de modo espantoso. Um motorista vindo do Aeroporto Internacional da Grande Natal apenas clamou assustado:
Motorista:
--- Uma bola de fogo de tamanho gigante bateu contra um avião! – declarou assustado aos bombeiros de postos da zona norte de Natal.
Bombeiro:
--- Aquela luz imensa? – indagou o bombeiro a verificar de o céu.
Empregado:
--- Deve ser disco voador – declarou sorrindo
Gerente:
--- Qual foi? – indagou o gerente após se levantar do lato almoço.
Bombeiro
--- Uma bola de fogo. – declarou
Gerente:
--- Tá faltando luz? – pergunto com cara estranha.
Bombeiro:
--- Desde o aparecimento da bomba. – relatou
Motorista:
--- No Aeroporto tá um breu! – relatou
Na redação do jornal Primeira Página adentrou assombrada a jornalista Katia Lima, empurrando portas a todo custo e gritando alto para os demais repórteres.
Katia:
--- Gente! Gente! Um furacão! Um furacão! Venham ver! Cheguem! – gritava histérica
Homero
--- Quem te mordeu mulher? – indagou assustado o outro jornalista
Kátia:
--- Coisa incrível! Uma bola de fogo gigante! – disse com alarme.
Antônio:
--- Eu vi! Eu vi! Um asteroide de tamanho descomunal! – falou suave o rapaz jornalista acompanhando a colega.
Zé Maria:
--- Onde? – indagou assombrado.
Em outro lado da cidade, em um lupanar, uma radiola tocava uma canção nostálgica posta pelo homem desnudo, sonolento por demais, enquanto uma dama, de repente, se levantou da cama diante de um ruído tenebroso a sacudir com todo espanto a casa de alcova. Alertada pelo som a estremecer o chão, a dama indagou.
Dama:
--- Que foi isso? – perguntou totalmente cismada.
Na rua, pessoas observavam com espanto, o céu. Era um fenômeno extasiante aquele. Um clarão aberrante tomava conta do espaço. O barulho ensurdecedor era a imagem de um grande impacto. O fragor vinha do céu a abrir um verdadeiro e vertiginoso choque.
Mulher:
--- Meu Deus do Céu. O mundo vai se acabar agora! – gritava uma mundana correndo para um lado e para outro.
A lapa de cabarés era o mais frequentado a toda hora do dia e da noite. Naquele antro as mulheres maltrapilhas vagavam por todo o canto. O horroroso estrondo tomou de conta todo mundo, principalmente mecânicos e lanterneiros.
Lanterneiro:
--- Estrondo? – falou assustado.
Seguindo o caminho para o lado sudoeste de Natal, um menino olhou o eu e apontou:
Menino:
--- Ó! – e apontou com o seu dedo para o espaço.
A mãe da criança se alarmou.
Mãe:
--- O que é aquilo meu Senhor? – a mulher voltou a vista para o lago de fogo.
O fenômeno raro jamais teve a mulher a participação de enxergar. Dentro de sua casa, os vitrais vieram ao chão se espatifando como um todo. E a mulher segurou o menino pelo cóis buscando refúgio em algum canto qualquer temerosa do estrondo aterrador que se seguiu. E a bola de fogo seguiu o seu rumo a explodir contra o avião Boeing e seguir o seu curso natural do nada. O imponente e assombroso pedaço de rocha seguia seu inevitável curso. Talvez seguindo por mais quatrocentos quilômetros para cair por terra.
Na redação do Jornal, José Maria ligava atento o seu celular para saber detalhes da explosão fenomenal do asteroide. Pouco ou nada soube àquela hora. Apenas um cientista do Centro de Informação pode relatar ser um objeto “monstruoso” que estava visível à Terra vindo em uma velocidade de 32 quilômetros por segundos. Mesmo assim, ainda era cedo para afirmar, falou o cientista.
Zé Maria:
--- Mas ele colidiu com um avião! – disse o rapaz como a puxar assunto.
Cientista:
--- Certo! Certo! Como também podia não colidir. Nós estamos a pesquisar o fenômeno. – relatou pelo celular.
Zé Maria:
--- O senhor sabe definir seu tamanho? – indagou confuso
Cientista:
--- Ele deve ter 1 mil e 200 quilômetros de diâmetros. – relatou confiante
Zé Maria:
--- Isso quer dizer que tamanho de impacto? – indagou
Cientista.
--- Mais ou menos equivalente a explosão de 20 milhões de bombas atômicas posta em Hiroshima, a II Guerra.
Zé Maria:
--- Só isso? 20 milhões de bombas atômicas? – indagou perplexo.
Cientista:
--- Sim. E não é dos maiores. Esses perigosos asteroides têm para além de um quilometro de diâmetro. É todo de ferro. Mas ao penetrar da Terra a bólide se transforma em vido, em sua maior parte. – declarou
Zé Maria:
--- Vidro? Só isso? – indagou confuso
Cientista:
--- Sim. Vidro. – declarou o cientista.
E, segundo o astrônomo, as chances são mínimas de uma colisão dessa natureza. A conversa perdurou por alguns minutos por se sentir o impacto desse corpo celeste.
Zé Maria coçou a cabeça e olhou para o firmamento querendo sentir o efeito de uma bomba atômica em sua carne.


quinta-feira, 26 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 02 -

- ASTEROIDE -
- 02 -
SEQUENCIA

Os veículos atrapalharam o transito em todos os sentidos desde o Aeroporto Internacional até a entrada do município de Parnamirim. O pessoal, na estrada, gritava atônito para ouvir o acidente entre o Boeing e o Meteorito, caso inusitado na Capital. A quantidade de carros nas rodovias era impressionante. Cada qual comentava ser um disco voador ou outro acontecimento em sequência. Gritos estonteantes por todas as rodovias. Catolé teve uma ideia mirabolante: pegar a pista de Macaíba após o Posto de Gasolina nas imediações da estrada que dá acesso à Escola Agrícola de Jundiaí.
Armando:
--- Pra onde estás indo? – indagou.
Catolé:
--- Para o fim do mundo! – respondeu o motorista
Marlene;
--- Onde? – quis saber um tanto estonteada.
Sem dá maiores explicações, Catolé virou a curva na entrada da Escola e seguiu a toda pressa se desviando de um e de outro motorista e levando desaforos ao pé do ouvido.
Motorista:
--- Cangueiro!  - gritava um motorista completamente desnorteado.  
A nuvem seguia seu curso às três horas da tarde ou coisa mais. Havia uma cerração inclemente para qualquer um dos lados a seguir. Nesse estado, ouviu-se barulhos de aeronaves, com certeza da FAB e de helicópteros a pesquisar toda a mata, pois o barulho dava sentido dos aviões estarem em pesquisa para aqueles lados. O fenômeno raro tinha ocorrido para aquelas direções. A FAB trabalhava na certeza de algo tenebroso sucedido naquele espaço do deserto caminho. Catolé, com bastante cuidado, seguiu a trilha dos aviões de caça e helicópteros conhecedores do ocorrido, na certeza de estar correto.
Armando:
--- Estás louco? – indagou o fotografo
Catolé:
--- Deixa comigo! Estou a caminhar os patrões! – falou com certeza.
Marlene:
--- Patrões? - indagava a moça totalmente atabalhoada
Armando:
--- Agora eu ajustei os ponteiros! Siga por esse caminho! – falou com certeza.
Catolé:
--- Pode ser por esse lado. – falou o rapaz.
As riquezas de detalhes levavam o motorista a seguir por outro caminho, apesar já não haver a luz do enorme asteroide. Um motorista vindo ao contrário, perguntou vexado.
Motorista;
--- Eh! Para onde você está indo? – perguntou preocupado.
Catolé:
--- Qual estrada que leva a Parnamirim? – indagou
Motorista:
--- Não sei! Estou perdido no mato. – respondeu
Catolé
--- Ah bom. Siga em frente! – e apontou com seu braço esquerdo.
O estardalhaço ocorrido com o gigante asteroide deixava um rastro incomum para qualquer cidadão, mesmo aquele perdido na selva. O susto inquietante deixou a todos ansiosos. Aviões de busca continuavam a vasculhar a região enquanto que o asteroide deixava sua marca de fogo no céu. O resto do Boeing se espalhou por todo o agreste escumando em pedaços. Catolé continuava em buscada estrada de Parnamirim. Na Capital, era o tumulto. A falta de energia elétrica dominou todo o setor, deixando às escuras o parque industrial, comercial e as casas de moradias. O pavor era forte. As emissoras de rádio saíram do ar. O rugido dos aviões da FAB era ensurdecedor. Veículos parados uns sobre os outros. A gritaria infernal.
Mulher:
--- É o mundo todo! – gritava uma mulher a correr sem sentido.
Menino:
--- A luz! A luz! Eu vi! A luz! – falava um garoto pouco antes de tudo escurecer de vez.
Veículo grandes e pequenos era o tumulto uns por cima dos outros. Todas as artérias da cidade foram tomadas de um susto terrível. Vidraças de partiam e o povo se ambientava em qualquer lugar. A única coisa a lembrar era uma enorme bola de fogo a cruzar o céu. Na redação do jornal Primeira Página houve falta de energia. Mesmo assim, por alguns segundos. O gigantesco gerador de imediato iniciou a operar. A falta de energia demorou poucos segundos. Houve pânico entre os profissionais. Isso, tudo ocorreu no instante da bola de fogo colidir com o Boeing. Não se sabia a razão do havido, Thais, jornalista, estava acompanhando o que acabara de escrever quando a luz faltou. Ela apenas comentou:
Thais:
--- Que é isso? – foi o seu comentário a olhar para um lado e para outro
Zé Maria:
--- Pronto! Acabou a vela! – falou sorrindo
Rosa:
--- Oxê! Faltou luz? – espantou com a falta de energia
De imediato, seu Gaspar, técnico eletricista, caminhava para o setor do gerador quando, de forma inesperada, observou a bola de fogo rompendo o céu. E foi, então, a declarar admirando com surpresa.
Gaspar:
--- Uma bola de fogo? – comentou sem graça.
E então cruzou para a casa da máquina para ver a razão do apagão no setor da redação. Nesse mesmo instante o gerador começou a funcionar porque havia falta de energia em toda a região. Ele ficou por mais um tempo e nesse momento, chegou a sala do gerador o seu ajudante conhecido por Galego. Um pouco assombrado, Galego indagou:
Galego;
--- Que foi aquilo? – indagou a verificar a bola de fogo
Gaspar:
--- O diabo é quem sabe. Uma bola de fogo! – declarou a examinar o parque de energia.
Galego:
--- Bola! Era um clarão dos diabos. – sorriu sem jeito
Gaspar:
--- Deve ter sido um avião. – destacou.
Galego:
--- Daquele tamanho? – indagou perplexo.
Gaspar:
--- Hoje, eles fazem tudo de qualquer tamanho. Com certeza algo para enviar ao espaço. – disse por vez.
Galego
--- É mesmo. Tá faltando luz em boa parte da cidade. Parece. – declarou.
Gaspar:
--- Estranho! Eu disse coisa sem pensar. A bola de fogo caminhava para a Terra. – comentou
Galego
--- E dá perigo? – indagou com o rosto tenso
Gaspar;
--- Não sei. Eu vou subir. Você já viu a sala toda? – perguntou.



quarta-feira, 25 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 01 -

- ASTEROIDE -

- O JORNAL -

- 01 -

Otacílio Macedo passou à vista em todo o Jornal para ver se havia algum erro tipográfico. Porém nada notou. Estava tudo em ordem, desde a última página do segundo caderno à primeira página. O negócio era rodar como um todo. O homem verificou a hora, e já era tempo de fazer a impressão. Ele guardou o jornal no seu gabinete e deu ordem de impressão ao rapaz da gráfica. O negócio era por demais estupendo. A principal matéria ficou para a terceira página com uma chamada na primeira. O caso por demais impressionante era o acidente com um avião Boeing atingido por um poderoso meteoro vindo do espaço vazio. O impacto ocorreu às duas horas da tarde, momento de chegada do Senador Eduardo Arruda expoente principal no rolo da ocorrência de malversação de verbas orçamentárias do Governo Federal. O caso do asteroide gigante foi, de fato, surpreendente. O bólido rasgou a atmosfera e foi de encontro com a imensa nave e colidiu em cheio com o aparelho. O impacto foi tão estrondoso sendo ouvido em vários pontos do território potiguar e vizinhança. O Boeing tinha uma capacidade de 144 passageiros além de sete tripulantes, inclusive o Comandante. O aviso foi tardio e o asteroide era iminente com o impacto do avião ainda bem distante de tocar o solo. Na verdade, foi algo de assombroso. Tudo começou como se nada tivesse previsto. Os jornalistas, fotógrafos, cineastas estavam atentos desde ao meio dia a esperar do desembarque do Senador Eduardo Arruda, vulto de real importância diante do rumoroso caso de desviou de verbas públicas e a questão da Petrobrás. O fotógrafo Armando Souto estava a perambular pelo pátio do aeroporto fazendo fotos sem maior importância. Ao verificar a hora no seu relógio, o fotografo observou um imenso bólido chamejante vindo em direção do parelho Boeing já visível e perseguiu o engenho fazendo fotos continuas como a ditar.
Armando:
--- Vai bater! Vai bater! Vai bater! – falava baixo o fotografo a acompanhar o esteroide e em seguida, o Boeing.
Era um meteoro gigante do tamanho de 50 metros, universalmente luminoso, 30 vezes maior que a explosão de uma bomba atômica como a de Hiroshima, no Japão. Ele veio para explodir contra o Boeing em um estado de minutos.  Um ensurdecedor estrondo varreu o campo em menos de três minutos. O clarão iluminou o Céu pondo em risco toda a população em um raio de 200 quilômetros de distância. Um verdadeiro clamor apocalíptico. O Boeing foi atingido pelo meio e se transformou em verdadeiro destroço. Distante ainda do local do impacto, estava o Aeroporto Internacional. E foi sacudido pelo espetacular rugido. No campo de pouso de aviões os circunstantes diante do espetacular rugido caíram amedrontados. O clarão formado no Céu provocou uma nuvem de um pesadelo. O pessoal que estava à espera do voou de desembarque, assustado correu para todos os lados.
Mulher:
--- Que é isso? – gritou alarmada.
Homem:
--- Cuidado! Um furacão! – gritava atônito.
Meninos e moças corriam para qualquer lado. As vidraças se estilhaçavam como folha de papel. No pátio, dois helicópteros viraram para qualquer lado. As esteiras de embarque e desembarque ruíram para o chão. Os repórteres corriam a todo custo a procurar local mais seguro.
Marlene:
--- Ai meu Deus! Ai meu Deus! Ai meu Deus! – gritava a jornalista a correr e a cair atropelando o povo em debandada.
As sirenas do Aeroporto agitavam em questões de minutos para acautelar as visitas. A torre de controlo, de imediato, perdeu os seus contatos. A nuvem açoitava do Céu arremessando para baixo tudo o que podia se mexer. Um pesadelo total causado pelo meteoro a rugir a Terra. Em sua posição, estava o fotografo a registrar as cenas impressionantes vindas do Céu como se nada ocorresse perto do rapaz. Armando Souto procurava divisar os pedaços do Boeing a ser ainda visível e o clarão esfuziante do monstro vindo do Céu. Era um clarão sem par aquele do bombástico acidente. Houve falta de energia elétrica em todo o aeroporto e em municípios vizinhos ao do parque de embarque. Um jornalista se enfurnou em baixo de umas caixas de mercadorias temeroso com o terror a se acercar. Os carros de som, dos partidos de oposição, viraram em cambalhotas e os seus ocupantes corriam amedrontados antes mesmo de se aproximar do cataclismo. Esse fenômeno raro ainda estava por vir ao centro do pânico.
Ouvia-se o ensurdecedor barulho vindo do Céu amarelo por conta do nevoeiro provocado para luz do asteroide.
Rapaz:
--- É um monstro! – gritava alarmado um passageiro.
E o jovem Armando Souto buscava por todo o recanto a sua companheira de oficio Marlene Santos para seguir viagem em busca de maiores detalhes do acidente fatal.
Armando:
--- Vamos! Vamos! Logo! – gritava o rapaz a buscar a jornalista.
Marlene:
--- Vamos pra onde? Tá tudo escuro! – gritava a jornalista.
Armando:
--- Chame o motorista! Vamos! – gritava enquanto manuseava as suas máquinas.
O certo é que, de imediato, Armando, a correr constante, buscou o carro de reportagem e se virou em busca da tragédia. A luz ofuscante do meteoro deixou de imediato o campo de pouso completamente, salvo pela claridade solar. Passando por sobre vidraças estilhaçadas o rapaz correu em medo em busca de uma saída, a ultrapassar os alarmados guerrilheiros e pegando o chão por entre os escombros da caída posteação no meio do caminho. O veículo subiu pela encosta da rodovia ultrapassando veículos outros já derreados. Catolé, o motorista, seguia firme por caminho e indagava:
Catolé:
--- Pra onde nós vamos? – indagou estonteado.
Armando:
--- Qualquer caminho. Paramirim! – e focava a luz amarelada sacudida pelo asteroide já um tanto sumido.
Marlene:
--- E o senador Arruda? – perguntou estarrecida.
Aramando:
--- Sei lá! Morreu! Todos morreram no impacto da bólide. – falou apressado
Marlene
--- Não diga isso? – disse enfezada.
Armando:
--- E eu digo o que? Foi para o Céu? – e apontou o nevoeiro com o astro do asteroide.
Marlene:
--- Bruto! Você podia ser mais atencioso! Para onde nós estamos indo? – indagou com raiva.
Armando:
--- Atencioso o que? Quer que eu diga o que? Morreram todos! Nem a alma! – focou o Céu o rapaz vendo se a chama ardente aplacava.
E Catolé corria célere buscando caminho mais próximo de Parnamirim. Os outros veículos nem saíam do seu local. Catolé estava exausto para poder chegar com pressa ao seu destino. Carros que vinha para o Aeroporto Internacional se atrapalhavam de qualquer modo. Alguns com gente a gritar:
Garota:
--- Um corisco! Eu vi um corisco! – reclamou a garota.
Homem
--- Que corisco sinhá estupida! É um negócio doo Céu! – reclamou exasperado.
Mulher:
--- Eu vi um avião! – reclamou meio estonteada.
Rapaz:
--- O chão está ficando escuro! – alertou com temor.
Moça:
--- É o fim do mundo! – gritou a moça alarmada.
E nem por isso, Catolé se importava. A questão era chegar a pista para Parnamirim. Por seu tuno, Armando continuava a fazer as fotos para descobrir algo de anormal. O caso tomou um tanto impotente.


terça-feira, 10 de março de 2015

MISTÉRIO - 21 -

- EXPLOSÃO -
- 21 -
ESTRELAS

Na continuação de sua exposição do Universo, a garota Samanta Leporace, após ter sido apresentada pelos professores para aquela aula, fez uma pausa no programa já traçado para aqueles dias. E foi assim que ela iniciou a palestra.
Samanta:
--- Com a permissão de todos aqui presentes, eu, hoje, vou retroagir um pouco. Estou ciente de não atropelar a programação já elaborada. Pois bem. Nós vamos falar sobre as estrelas. Elas são enormes, quentes e estão em toda parte. As estrelas dominam o Universo. O nosso destino está ligado ao destino das estrelas. Com violência e explosões épicas, elas enchem o Universo com poeira estelar, a matéria prima da vida. Cada átomo do seu ou mesmo do meu corpo foi produzido do núcleo ardente de uma estrela. As estrelas fazem o nosso Universo funcionar. Toda a vida começa aqui – pontou para a tela -. O Céu noturno é repleto de estrelas. Só na nossa galáxia há mais de 100 bilhões de estrelas. E há mais de 100 bilhões no Universo observável. Há mais estrelas no Céu do que grãos de areia da Terra. Todas as estrelas são poderosas criando matéria básica de tudo o que existe no Universo. Inclusive nós. A maioria está tão distante que não sabemos quase nada sobre elas. Mas, há uma estrela que está bem perto. E virtualmente o que sabemos sobre as estrelas aprendemos com esse vizinho. A luz Solar que nos ilumina aqui e nos aquece todos os dias não é nada do que luz estelar. Porque o nosso sol não é nada se não uma estrela, como todas as outras. Mesmo visto da Terra, o Sol é tão poderoso que sua luz é capaz de nos cegar. Ele é uma bola de gás superaquecido que ilumina o nosso sistema solar há 4 bilhões e 600 milhões de anos e que domina toda a vida sobre e sob a Terra. Questão? – indagou.
Professor Prada pediu licença para expor e, com certeza, teve permissão.
Prada:
--- O Sol está há 150 milhões de quilômetros de distância. O que significa que, na verdade, ele é imenso. Caberia um milhão de Terras dentro do Sol. Obrigado. – e voltou ao seu lugar.
Samanta:
--- Um milhão e 400 mil quilômetros de diâmetros. E mesmo assim, o nosso Sol é minúsculo comparado as estrelas realmente grandes, no Universo. Eta Carinae: Mais de cinco milhões de vezes maior que o nosso sol. E ainda existe esse monstro: VY Canis Majoris. A maior estrela já descoberta: um bilhão de vezes maior do que o nosso Sol. Estrelas que emitem luzes de cores diferentes que vão do vermelho, ao amarelo e ao azul. Algumas vivem sozinhas. – aponta a tela -. Outras vivem em pares, orbitando uma a outra. Essas estrelas se juntam em galáxias gigantescas. Verdadeiras cidades compostas de bilhões de estrelas. Cada estrela é única. Mas todas elas começam a vida da mesma forma, com nuvens de poeira e gás chamadas de nebulosas. Com bilhões de quilômetros de extensão, elas flutuam pelo espaço tomando formas espetaculares. A Nebulosa da Chama – e aponta a tela -. A Nebulosa da Cabeça do Cavalo. A Nebulosa de Órion. Cada nebulosa é uma maternidade onde milhões de novas estrelas nascem. Mas esse nascimento não pode ser visto. Questões? – indaga.
Fala a professora Nízia Alcântara.
Nízia:
--- Com a sua permissão minha linda mestra. Eu tenho a falar que as faces mais cruciais de uma Nebulosa não estão à mostra como nascem. Mas as suas faces escuras. As partes escuras têm áreas de gás e poeira que é o mais importante acontecem em termos da formação de estrelas. Obrigada. – e sorriu.
Samanta:
--- Não há de que. – sorriu -. As nuvens de poeira são tão grossas que os telescópios normais não conseguem enxergar lá dentro. – interrompe por ver a professora pedir mas um adendo.
Nízia:
--- Não há nada mais importante para nós do que as estrelas. Mas durante muito tempo a formação delas permaneceu um mistério. Nós não conseguimos observa-la. Isto é: não conseguimos ver os primeiros momentos de uma estrela. Obrigada. – sorriu.
Samanta:
--- Disponha: Pois bem. Em 2004, a NASA lançou o telescópio espacial Spitzer para desvendar o segredo do nosso Universo. O Spitzer é um telescópio infravermelho. Ele só enxerga calor. O calor atravessa a grossa poeira das nebulosas permitindo o Spitzer ver nascendo em seu interior as estrelas. Estas imagens incríveis – e aponta à tela onde são projetadas – captam os primeiros momentos da vida de uma estrela quando bolsa de gás de hidrogênio começa a se aquecer. Prossiga. – apontou para a professora Nízia.
Nízia:
--- Com sua permissão. Até as pequenas partículas de gás de poeira começam a brilhar. A área que estava totalmente escura – e aponta com uma régua – agora ficam melhores de se avistar. Nós conseguimos ver os primeiros momentos da formação das estrelas. Para que uma estrela se forme basta haver hidrogênio, gravidade e gás. Obrigada. – sorriu.
Samanta:
--- À vontade. Bem. A gravidade joga a poeira e o gás no redemoinho gigantesco. A gravidade une a matéria. E quando você aglutina a matéria e comprime coisas em espaços menores, ela necessariamente estar perto. É uma maneira química de comprimir uma coisa e a temperatura sobe. Durante centenas de milhares de anos a nuvem vai ficando mais densa e forma um disco giratório imenso, maior de que todo o nosso sistema solar. A gravidade comprime o gás formando uma bola superquente e superdensa. A pressão aumenta até que enormes jatos de gás explodem em seu centro. – o mostrou na tela a explosão – Questão? –
O professor Nicodemos pediu permissão. E lhe concedida.
Nicodemos:
--- Obrigado. Isso nos mostra como o processo de formação de uma estrela é violento. Essa estrela tem muitos anos luz de cumprimento. Algo literalmente acelera o material bem depressa em uma forma inimaginável. Obrigado. – falou
Samanta:


Pode dispor. – e sorriu – A gravidade mantém a pressão, comprimento a pressão de gás e poeira que se chocam uma com as outras, gerando cada vez mais calor. Nos próximos 500 anos a jovem estrela ficará menor, mais brilhante e mais quente. A temperatura, em seu núcleo, poderá chegar a 15 milhões de graus. Quando a temperatura atinge esse valor inimaginável, os átomos de gás começam a se fundir gerando uma quantidade imensa de energia. E dessa forma, nasce uma estrela. Ela brilhará durante bilhões o mesmo trilhões de anos. Estrelas que vivem quantidades gigantescas de calor e luz durante bilhões de anos. Até o início do século XX ninguém fazia ideia de que era esse combustível. Questões? – indagou
Um professor do auditório pediu a vez o que de imediato foi concedida.
Professor:
--- A grande questão da Física na virada do século passado era o que gerava a energia das estrelas. Bastava olhar para o alto e alguém dizer que havia uma falha gigantesca no nosso conhecimento. Para desvendar o segredo das estrelas nós precisávamos de um novo motor. De uma fonte fabulosa de energia capaz de suprir uma estrela durante bilhões de anos. Mas as estrelas eram capazes de utilizar a energia dentro dos átomos. De certa forma a matéria que compõe o nosso corpo é a energia concentrada. Energia condensada. Energia que se condensou dentro dos átomos que formam o nosso Universo. Obrigado.
E a professora menina sorriu se curvando e agradecendo. E prosseguiu.
Samanta:
--- E foi possível liberar essa energia comprimindo os átomos. Isso se chama “Fusão”, a mesma força que dá energia às estrelas. É incrível perceber que a física das minúsculas partículas subatômicas é a mesma física que determina a estrutura e a natureza das estrelas. E então foi possível para poder se liberar a energia dentro de um átomo. Agora, a ciência tenta simular a fonte de energia de uma estrela para controlar a força de Fusão em laboratório. Na Inglaterra há uma máquina – a Tokamak - onde átomos de hidrogênio se repelem naturalmente. Para comprimir átomos de hidrogênio o Tokamak acelera a mais de cento e sessenta milhões de graus. A essa temperatura os átomos de hidrogênios se movem com tanta rapidez que acabam colidindo uns com os outros. – completou e deu a vez ao professor Prada
Prada:
--- Se você os aquece: calor é movimento. O movimento de partículas aquecidas é suficiente para vencer a força de repulsão. Quando tudo dá certo, o resultado da usina mais poderosa do Universo: a Fusão Nuclear. Viajando há 1 mil e 600 quilômetros por segundo, os átomos de hidrogênio colidem e se fundem criando um novo elemento: o hélio. – concluiu.
Uma salva de palmas ecoou por todo o recinto do auditório do Teatro com os estudantes entusiasmados a vibrar de tanta emoção. E no seu final, a menina Samanta Leporace correu o palco para agradecer a afirmação do seu mestre. A sala em peso aplaudiu a menina Samanta. Eles estavam agradecidos por ter recebido tanta louvação a um único instante. Cadernos de notas esvoaçaram pelo ar.  

domingo, 8 de março de 2015

MISTÉRIO - 20 -

- O MUNDO ´
- 20 -

INFLAÇÃO

No dia seguinte o auditório estava repleto de curiosos. As conversas eram como se todos estivessem a calcular essa tal de Inflação, uma vez que poucos entendiam como isso ocorreu. No palco, a tela, os professores e o estudante Paulo Rocha. Eles também discutiam ter sido a Inflação um passo muito avançado da ciência. No auditório, alunos preparam o seu caderno de notas. E tinha mais alguém: o técnico com o seu mini projetor de slides a manusear o aparelho seguindo a orientação da professora Isis Kytzia. O ar condicionado aplacou o forte calo a se sentir no meio ambiente. Mesmo assim, algumas pessoas se mantinha como se estivessem a suar, talvez pelo calor sentido fora do auditório. E a menina foi apresentada pelo seu curioso professor Vicente Prada e, logo após, foi a vez de Samanta Leporace agradecer o continuar com a sua exposição
Samanta:
--- Obrigada, senhor mestre! Obrigada! Bem. A despeito do calor que está fazendo, vamos continuar com a nossa exposição. A NASA tem, hoje um satélite como o Explorador do Fundo Cósmico. E mais um outro que estão colocando a Inflação à prova. As missões mediram a radiação com tremenda precisão. E os resultados foram impressionantes. As variações de temperatura encontradas no Cosmos eram quase idênticas a teoria da Inflação. Os satélites descobriram aqui que a matemática tinha previsto. E isso foi muito convincente. Questões? – indagou a menina.
Um professor postado ao fundo do auditório, se soergueu para indagar.
Eu, Professor
--- Tenho uma questão: A Inflação já teve muitas chances de falhar. As previsões foram feitas, os dados apareceram e a Inflação se mostrou totalmente certa. Obrigado. – se sentou.
Pois não. Bem. Esse trabalho foi essencial para compreensão da origem do Universo. Logo depois, dois físicos descobriram as Equações da Inflação escondiam um segredo impressionante: nosso universo não está sozinho. A Inflação explica as características do Big Bang. Como uma região do espaço pode sair da Inflação? O que acontece no momento em que a Inflação acaba? É que o fim Inflação não acaba em todos os lugares ao mesmo tempo. Ela sempre está acontecendo em alguma parte do espaço. Nesse cenário, o Big Bang não é um evento único que ocorreu. Várias explosões aconteceram antes da nossa e inúmeras outras acontecerão no futuro. Isso é um novo cenário impressionante e inesperado da qual a Inflação vai parar em certas regiões. Mas, vai continuar em outros locais.
Prada:
--- Novos big Bang está sempre acontecendo. Novos Universos estão sempre nascendo criando Multiverso em eterna expansão
Nízia:
--- Sendo assim a Inflação não vai acabar nunca. Esse processo do Inflação pode acontecer repetidas vezes gerando um Universo atrás do outro. – completou com cisma.
Samanta:
--- Afinal, isso é uma revolução da ciência ou uma teoria cheia de furos? A ideia ficou conhecida como Inflação Eterna. Podemos imaginá-la mais ou menos assim - e pediu imagem na tela -: pense que esse pedaço de queijo é um espaço inteiro antes da formação das estrelas e das galáxias. De acordo com a Inflação o espaço é preenchido uniformemente com uma imensa quantidade de energia. E essa energia faz o espaço expandir em uma enorme velocidade. Enquanto expande, há descarga de energia com centenas de eletricidade estática. Mas energia estática em escala cósmica. E quando as descargas acontecem, toda a energia é rapidamente transformada em matéria, na forma de partículas minúsculas. Esse processo, é o nascimento de um novo Universo. E que tradicionalmente chamamos de Big Band. Dentro desses novos Universos, que são como buracos no queijo, o Espaço continua se expandindo. Mas, muito mais devagar. E, às vezes galáxias, estrelas e planetas são formados como vemos no nosso Universo, hoje. Questões? – indagou a sorrir com a régua batendo na mãe.
Estudante:
--- E no resto do Universo? O que é feito? – indagou com cisma.
Samanta apontando a régua em direção ao rapaz:
Samanta:
--- Muito bem. Enquanto isso, fora desses novos Universos, o resto do espaço ainda está cheio de energia que não foi liberada. E ainda está expandindo em uma velocidade enorme. Mais espaço em expansão significa que a energia pode ser liberada em outros Big Bangs. E criando outros Universos. Isso significa que esse processo pode continuar para sempre. Em outras palavras, quando falamos em Inflação Eterna, o queijo é mais como um queijo suíço – apontou para a tela – no qual novos Universos são criados infinitamente, criando Multiversos. Algo mais? – quis saber.
Estudante
--- Eu acho que já sabia de tudo sobre o Universo. Deus, por exemplo. Agora vem a senhora e diz que as flutuações quânticas no campo escalásticos são diferentes em diferentes regiões do espaço – relatou decepcionado.
Samanta:
--- A Inflação dura mais em alguns do que em outros. Um problema com conceito de Multiverso é o que parece haver meios de detectá-lo. Falar de coisas que não podemos observar, não é ciência. Mas, eu entendo ser a coisa mais importantes de minha vida. Se alguém não quiser ouvir é problema dele. No entanto, a ideia do Multiverso tem, hoje, o apoio de duas áreas, completamente diferentes. Uma delas era a chamada teoria das cordas ciada para explicar como o Universo funciona nas menores escalas. A outra, foi uma descoberta impressionante feita por astrônomos que exploravam o Universo em maiores escalas. Uma descoberta que é totalmente misteriosa se realmente só existe um Universo. Mas se estamos falando em um Multiverso, a coisa muda de figura.
Estudante se inquietou e indagou
Estudante:
--- E o que leva a creditar nessa razão? – indagou com bastante cisma.
Samanta:
--- A Expansão não está desacelerando – sorriu -. Ela está acelerando. Algum tipo de energia, no espaço, deve estar afastando as galáxias uma das outras. Acelerando a expansão. Como nós vemos esta energia, a astronomia pôs o nome de “Energia Escura”.  
Nicodemos:
--- Essa energia escura me pegou completamente de surpresa. E vou levar tempo para entender – declarou o homem a enrolar seus cabelos.
Samanta sorriu e continuou
Samanta:
--- Descobrir que essa Energia Escura está afastando todas as galáxias do nosso Universo em um ritmo cada vez mais rápido é, na verdade, mais surpreendente. Por mais de uma década, os cientistas não foram capazes de explicar porque existe uma quantidade tão peculiar no espaço vazio. Mas o mistério fica muito mais fácil de desvendar. Se formos parte de um Multiverso maior. A ideia de que o espaço contém qualquer energia parece estranho. De acordo com a matemática essa energia é enorme. A energia necessária para afastar as galáxias num ritmo de aceleração observada a ciência chegou a um número. Um ponto decimal seguido de 122 zeros e depois 1. Uma quantidade incrivelmente pequena. Na verdade, é trilhões de trilhões de vezes menor. Uma discrepância colossal.
Prada:
--- Já se chegou a explicar porque a energia escura é tão pequena. Tentamos de tudo e tudo falhou.
Nicodemos;
--- Não tem jeito. Já falei que esse foi o maior fracasso da ordem de magnitude na história da Ciência.
Samanta:
--- Incrível. Se nós conseguimos aumentar uma fração da força da gravidade escura como se eu conseguisse pelos menos apagar cinco zeros, ainda assim seria minúsculo. Mas o Universo seria muito diferente. Isso porque uma energia escura um pouco maio afastaria tudo tão rápido que as estrelas, os planetas e as galáxias nunca teriam se formado. O que quer dizer que, nós nunca teríamos existido. Ainda assim, aqui estamos nós. Para a ciência esse é um mistério. Mas pense nisso: a energia escura pode não ser misteriosa no final das contas. - explicou sorrindo.
E os alunos, no auditório, se inquietara e um deles indagou
Aluno:
--- Não? Como assim? – indagou perplexo.
Samanta então sorriu e disse para aluno:
Samanta:
--- Veremos na próxima aula! – e sorriu.

sábado, 7 de março de 2015

MISTÉRIO - 19 -

- UNIVERSO -
- 19 -
- ESFERA -
Paulo Rocha foi o escolhido para apontar Samanta Leporace naquela outra manhã. Ele era o presidente do Diretório Estudantil. E foi assim que ele, quase estonteante, se referiu a inocente menina de dez anos a estar a fazer palestras sobre o Universo.
Paulo
--- Bom dia mestres e amigos alunos. Hoje eu estou incumbido de fazer a apresentação dessa menina que há vários dias tem descrito as formas e normas do nosso Universo. Pois, não tenho nada a declarar, a não ser de relatar que o que Samanta tem a dizer é do seu próprio conhecer. Portanto, eis a conferencista. – falou o jovem
Samanta se levantou da sua cadeira e cumprimentou, sorrindo, os grandes mestres e a jovem plateia de estudantes e pessoas. O mini projetor estava ligado com imagens sacudidas na tela. O técnico esperava a ordem da professora Isis Kytzia. Essa ficava pronta para dar início a fala de Samanta sobre o Universo.
Samanta:
--- Bom dia a todos. Hoje eu vou diferenciar um pouco sobre as minhas impressões – sorriu -. Eu quero dizer que por trás da nossa realidade cotidiana existe um Mundo fascinante onde tudo o que compreendemos sobre o Universo está errado. É preciso subverter a experiência humana. Nunca vemos a experiência dos acontecimentos na ordem inversa. De acordo com a lei da Física, isso pode acontecer. Temos que ir além do cosmos. O Multiverso. Houve um tempo em que a palavra Universo significava tudo o que existe. Tudo! A noção de mais de um Universo, mais de um tudo parecia impossível. Mas, talvez, se pudéssemos ir além do nosso sistema solar, além da Via Látea, além mesmo de outras galáxias distantes, depois do fim do Universo que podemos observar descobriríamos que existe mais. Muito mais! É que o nosso Universo não está sozinho. Outros Universos existem.  Na verdade, outros Universos nascem o tempo todo. Agora mesmo. Estamos vivendo em um crescente mar de Universos em multiplicação: o Multiverso!!!
Se fosse possível visitar todos os Universos veríamos que alguns deles podem ter propriedades básicas da natureza tão diferentes que a matéria, como conhecemos, não existiria. Outros têm galáxias, estrelas, até mesmo planetas bastante familiares. Apenas, com algumas incríveis diferenças. Como há um número infinito de Universo no Multiverso, existe algum lugar que tudo é idêntico ao nosso. Com pequenos detalhes. Alguma questão? – sorriu ao perguntar.
Professor:
--- É possível. Mas se o Multiverso é, de fato, infinito, algum deles terá que se confrontar com muitas possibilidades que são difíceis de imaginar. – dialogou
Segundo professor:
--- Haverá lugar onde existe um outro personagem que se parece comigo. Porém, na realidade, não é o mesmo eu. Existem outros lugares que existem pessoas que pensam exatamente como eu, apesar de algumas pequenas diferenças. – sorriu.
Samanta;
--- Isto é ciência? É parte da metafísica? É só filosofia? Religião? Os físicos não fazer essas perguntas. Eles apenas dizem: vamos seguir a lógica. E a lógica parece levar a isso. Por mais exótico e estranho que o Multiverso possa parecer, um número cada maior de cientistas acredita que ele pode ser o último passo de uma série de reformas radicais na nossa visão sobre o Cosmos. Isso quer dizer: houve um tempo em acreditamos que a Terra estava no centro do Universo. E todo o resto girava em torno de nós. Então surgiram cientistas como Galileu e Copérnico a mostrar que o Sol, não a Terra, estava no centro do nosso sistema solar. E nosso sistema solar será um pequeno bairro na periferia diante de uma galáxia gigantesca. A nossa galáxia é uma em meio a centenas de bilhões de galáxias que compõem nosso Universo. Questões? – indagou.
Prada:
--- A ideia de Multiverso pode ser parecida. Pode apenas ser preciso de uma mudança drástica na nossa perspectiva do Cosmo. – acrescentou.
Nicodemos:
--- Por outro lado, alguns cientistas acreditam que o Multiverso não passa de um beco sem saída para a Física. – falou por sua vez.
Samanta:
--- Já tem cientista, agora, contestando a existência de Deus. Afirma-se que não foi Deus que criou o homem. – sorriu –
Cientista:
--- Eu fico muito desconfortado com a ideia de Multiverso. Para virar ciência sólida precisa se desenvolver muito ainda. – contestou
Padre:
--- Ele existe. Do mesmo modo que os anjos podem existir. – ironizou
Cientista 2
--- Precisamos fazer nossas apostas. E, acredito que agora, o Multiverso poder ser uma aposta muito boa. – enfatizou.
Prada:
--- O Multiverso é real. Daqui há cem anos ninguém vai duvidar.
Samanta:
--- De onde veio essa ideia? Quais são as provas? Várias descobertas impressionantes sugerem que, realmente, podemos ser parte de um Multiverso. A primeira dessas descobertas tem a ver com a teoria bem aceita sobre a origem do Universo; o tal do Big Bang. De acordo com essa teoria, nosso Universo começou a uns 14 bilhões de anos com uma explosão muito violenta. Ao longo de bilhões de anos, o Universo esfriou e se aglutinou permitindo a formação de estrelas, planetas e galáxias. Com o resultado dessa explosão, o Universo continuou expandindo até hoje. Mas ao se passar a história do Universo ao contrário, até o começo de tudo, veríamos que a teoria do Big Bang não diz nada sobre o que arremessou tudo para fora. Alguma questão? – indagou.
Prada:
--- O nome da teoria Big Bang ou Grande Explosão é uma coisa que ela deixa de fora é que causou a explosão. Não diz nada sobre o que explodiu ou o que aconteceu antes da explosão. –
Samanta:
--- E então? Qual foi o combustível dessa explosão violenta? Que força pode ter arremessado tudo para fora? A busca pelas respostas colocou os cientistas cara a cara com o Multiverso. A trabalho inesperadamente ajudou a criar as bases para a ideia de um Multiverso. E foi colocada então a taxa de expansão do Universo. E então, foi descoberto, no começo extremo do Universo a gravidade podia atuar ao contrário. Ao invés de aproximar os objetos, essa gravidade repulsiva afastaria tudo de si, causando a grande expansão. Perguntas? – sorriu para os mestres.
Nicodemos:
--- Eu estou apenas ouvindo. – sorriu.
Samanta:
--- Então se descobriu uma gravidade repulsiva e foi lançada uma luz sobre o comecinho do Big Bang. Descrita matematicamente, essa força era tão poderosa que poderia pegar um espaço tão pequeno quanto o de uma molécula e expandir para o tamanho da Via Láctea em menos de um bilionésimo, de um bilionésimo deum piscar de olhos. Depois dessa curta explosão para fora o espaço continuaria expandir. Mais devagar e esfriaria, permitindo que estrelas e galáxias se formassem, como na teoria do Big Bang. Questões? – indagou sorrindo
Prada:
--- Esse estudo se chamou de “Inflação”. Descobriu-se como o Universo se expandiu. – explicou
Samanta:
--- Isso mesmo. A poderosa gravidade repulsiva da Inflação era o Bang do Big Bang. Os cientistas perceberam que, se a teoria estivesse correta, eles deveriam encontrar evidências no Céu noturno. Era como se pudesse apagar o Sol e remover todas as estrelas. As se olhar, veríamos no resto da energia que sobrou no espaço uma luminosidade morna em todo o Universo. Esse mar de radiação é chamado de “Radiação Cósmica de Fundo”. São os últimos vestígios de calor do próprio Big Bang. A teoria prevê que a Inflação violenta de espaço durante a Inflação deixaria uma marca nessa radiação. Essas impressões digitais –e apontou para a tela – formariam um padrão preciso de variações de temperatura – pedaços um pouco mais frios. Outros um pouco mais quentes. Questão? – indagou
Nicodemos:
--- Espero que for preciso navegar para o Multiverso. – declarou o mestre enrolando cabelo da cabeça.
Toda turma que estava no auditório do Teatro caiu numa gargalhada alarmante.
Samanta:
--- Espere. Calma. Tenha paciência que nós chegaremos lá. – sorriu a pequena mestra


sexta-feira, 6 de março de 2015

MISTÉRIO - 18 -


- VULCÃO DO HAVAÍ -
- 18 -

- EVIDÊNCIAS -
Após calorosos aplausos toda a plateia se formou em torno da pequena Samanta para saber, de fato, como o Universos seria extinto de uma vez por todas. Era uma confusão eterna e a menina apenas sorria para cada um dos preocupados estudantes.  Os professores à distância, sorriam para aquele monte de perguntador. Alguns se lembrando de ter ministrado aula da sobre o tema enquanto outros nem ao menos se lembravam. Era fornalha ardente a curiosidade dos alunos em saber o seu fim ou o fim do Universo. Após tanta inquietação, a menina fez alusão ao tema exposto.
Samanta:
--- Bem. É o seguinte: as evidencias como isso poderá acontecer são encontradas nos mais poderosos e misteriosos fenômenos do Cosmos – os buracos negros.
Após um lanche, Samanta prosseguiu com o seu debate quando todos já estavam acomodados nas cadeiras do auditório. Os professores ocuparam os seus lugares no palco e no salão. O professor Arquimedes, igualmente o palco, soltava os seus sorrisos para ouvir em seguida o debate da menina para os seus alunos. Em uma questão de minutos, a conferencia prosseguiu.
Samanta:
--- Senhores alunos. Desculpe por ter feito tão longa espera. Mas, tínhamos que lanchar, um pouco, na cantina da Universidade. Agora, de barriga cheia, damos prosseguimento ao assunto. Bem. Prever como o Universo irá terminar envolve algumas das mais avançadas tecnologias conhecidas pelo homem. E por que não dizer também pelas mulheres? – sorriu – Em um remoto vulcão, na ilha do Havaí, os astrônomos estão monitorando uma batalha, no espaço que está formatando o destino do Universo. Numa elevação de quase 4 mil e 300 metros, o telescópio Keck aproxima os astrônomos do mundo do espaço para que eles possam ter uma visão mais clara do cosmos. Eles foram ao Havaí porque o telescópio funciona melhor, longe das luzes da cidade e no ponto mais alto possível acima do ar poluído da Terra. As condições ruins dificultam o trabalho dos astrônomos. – e fez isso com uma régua a apontar os pormenores do observatório. E prosseguiu – Mas, para os cientistas, em busca do maior mistério acima de nós, isso é o paraíso.  Alguma questão? – indagou a menina aos estudantes
Estudante:
--- Creio que eles estão querendo observar pelos objetos mais fracos. Ou não? – indagou.
Samanta;
--- Justo. Justo. Nesse local, astrônomos estão trabalhando em um problema que tem intrigado os cosmologistas desde os tempos de Edwin Hubble. Eles sabem que o Universo está se expandindo. Mas, o que eles não sabem é a que velocidade.  As respostas estão no passado. – dialogou e formulou a questão – Perguntas? - indagou
Estudante:
--- Em que base os astrônomos usam o telescópio? – indagou.
Samanta:
--- Eles usam como se fosse uma máquina do tempo. Os astrônomos querem saber como eram as galáxias distantes. Saber como elas eram há muito tempo. O negócio é observar o passado. Coisas que validam antigas teorias sobre o cosmo no passado observando objetos que a tecnologia conseguiu apenas agora. E o que os astrônomos estão descobrindo é que se está a caminho do fim do Cosmos. É preciso haver maior quantidade de Massa no Universo do que realmente vemos. Pedaços de uma super gravidade invisível da qual nem a luz poderia escapar.  Uma das galáxias distantes revela uma fonte de Raio X que não se conseguia ver. Essa galáxia está constelação Cigno ou Cisne e não emitia luz alguma. Mas, tinha alguma coisa ali. O que quer que fosse que estivesse emitindo aqueles Raios X tinha uma massa de certe vezes maior do que a do Sol. Como não era conhecido, os cientistas chamaram de Buraco Negro.
O professor Prada pediu licença a menina para relatar o seguinte:
Prada:
--- Com licença, minha pequena mestra. Quero ditar que Buracos Negros oferecem uma analogia de como funcionaria de quando certas estrelas ficam sem combustível, elas se consomem a si mesma dentro de uma massa menor e bem mais densa que atrai cada vez mais matéria. A força gravitacional é tão poderosa que qualquer coisa que chegue perto do Buraco Negro ficará preso para sempre. Nem a luz consegue escapar. É um conceito fascinante que algo invisível possa ser detectado e ofereça uma visão de nosso destino. – concluiu e agradeceu a menina.
A garota sorriu ao notar que o mestre sabia tanto quanto à sua própria inteligência.
Estudante:
--- E se o nosso Universo for engolido por um Buraco Negro? – indagou.
Samanta:
--- Nesse caso, no final, teremos uma grande singularidade. Buracos Negros existem em áreas isoladas em todo o Cosmos. A força gravitacional de um deles é uma versão menor da força que poderia causar o fim do Universo. Essa força é a Matéria Escura. – explicou.
Estudante:
--- E o que é Matéria Escura, professora? – perguntou com certa ironia. 
Samanta:
--- Matéria Escura atrai outros objetos. Enquanto sua atração gravitacional é força positiva. A presença da matéria escura age como um foco para o gás no Universo. Foi assim que a Via Láctea se desenvolveu e o Universo se expandiu. – concluiu.
Prada:
--- Esta matéria escura tem sido a responsável pela produção das galáxias há muito tempo. Se tivéssemos que recorrer à gravidade da matéria atômica para produzir as galáxias, não estaríamos em lugar nenhum. Não existiríamos, hoje, para fazer estas perguntas. Então a matéria escura tem que existir para ajudar nesse processo e acelerar as coisas. – agradeceu a ter oportunidade
A menina Samanta sorriu e disse ser ela agradecida. Em seguida, continuou com a exposição.
Samanta:
--- Embora o Universo continue a se expandir, ele não está mostrando nem um sinal de vir a acabar. Isso sugere que uma força oposta à energia escura pode ser mais forte que a matéria escura. Mas, será preciso um trabalho de detetive para descobrir. Eles observam uma das forças mais violentas do Universo para encontrar pistas. Por exemplo, os astrônomos estudam estrelas que explodem para entender se elas podem ditar a taxa pela qual o Universo está expandindo. – informou.
Nicodemos:
--- Com licença. Posso explicar? – indagou
Samanta:
--- A vontade, senhor mestre. – sorriu.
Nicodemos
--- Estas são explosões que ocorrem no final da vida de uma estrela. Como o nosso Sol. O combustível que essas têm em seu centro está gasto. A estrela morre, sua parte externa se expande e ela então é chamada de anã branca. – explicou.
Samanta:
--- Obrigada. – e sorriu – Agora. As anãs brancas, as vezes, tem outras estrelas orbitando perto delas. Uma estrela companheira. Uma grande explosão pode acontecer se os fragmentos da estrela companheira caírem na anã branca ocasionando um espetáculo incrível de fogos de artifício, no Cosmos. Os cientistas consideram as estrelas que explodem ou supernovas como sinais confiáveis da velocidade na qual o Universo se expande. Suas explosões breves e brilhantes permitem que os cientistas rastreiem a expansão do Universo e fornecem de medir a sua velocidade.  – definiu.
A professora Nízia Alcântara se sentiu entusiasmada o solicitou um momento da preleção da garota para poder expor o que pensava.
Nízia:
--- Eu me orgulho em poder ouvir tão magnifica explanação feita por essa pequena fera dos nossos horizontes circundantes. Eu a permissão de falar algo bem pouco, pois a matéria já está bastante clara. É possível? - perguntou 
A menina confirmou que sim. E a professora se refez:
Nízia:
--- Pois bem. Como já disse por diversas vezes a nossa eximia professora Samanta. Eu pretendo afirma, mesmo sabendo de não ser nada demais. Chama-se de anãs brancas que se tornam bombas nucleares. Elas explodem com certo brilho e, durante um certo tempo esse brilho se dissipe. Ela é parecida com uma vela. Não importa o lugar onde essa vela esteja. É isso que eu gostaria de acrescentar. – monologou.
E ouviu-se uma salva de palmas cabendo principalmente a menina Samanta Leporace, pois foi por sua causa que os demais professores debateram o assunto. A pequena Samanta sentiu-se orgulhosa, porém retribuiu todo a sua altivez aos mestres presentes que a permitiram dispor.