sexta-feira, 27 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 03 -

- METEORO -
- 03 -

INTERIOR

Em cidades do interior do Estado, a falta de luz pegou todos de surpresa. Alguns postos de combustíveis abasteciam os veículos moendo a alavanca de cada bomba. Na capital, nem por meio disse fariam os bombeiros. Apenas relatavam a estar faltando “luz” e ficavam em pé escorados nas bombas. As garagens de ônibus abasteciam seus veículos do mesmo modo como no interior do Estado. No meio da rua era o clamor estonteante do pessoal a reclamar horrores e nem mesmo se assustava com a bola de fogo de modo espantoso. Um motorista vindo do Aeroporto Internacional da Grande Natal apenas clamou assustado:
Motorista:
--- Uma bola de fogo de tamanho gigante bateu contra um avião! – declarou assustado aos bombeiros de postos da zona norte de Natal.
Bombeiro:
--- Aquela luz imensa? – indagou o bombeiro a verificar de o céu.
Empregado:
--- Deve ser disco voador – declarou sorrindo
Gerente:
--- Qual foi? – indagou o gerente após se levantar do lato almoço.
Bombeiro
--- Uma bola de fogo. – declarou
Gerente:
--- Tá faltando luz? – pergunto com cara estranha.
Bombeiro:
--- Desde o aparecimento da bomba. – relatou
Motorista:
--- No Aeroporto tá um breu! – relatou
Na redação do jornal Primeira Página adentrou assombrada a jornalista Katia Lima, empurrando portas a todo custo e gritando alto para os demais repórteres.
Katia:
--- Gente! Gente! Um furacão! Um furacão! Venham ver! Cheguem! – gritava histérica
Homero
--- Quem te mordeu mulher? – indagou assustado o outro jornalista
Kátia:
--- Coisa incrível! Uma bola de fogo gigante! – disse com alarme.
Antônio:
--- Eu vi! Eu vi! Um asteroide de tamanho descomunal! – falou suave o rapaz jornalista acompanhando a colega.
Zé Maria:
--- Onde? – indagou assombrado.
Em outro lado da cidade, em um lupanar, uma radiola tocava uma canção nostálgica posta pelo homem desnudo, sonolento por demais, enquanto uma dama, de repente, se levantou da cama diante de um ruído tenebroso a sacudir com todo espanto a casa de alcova. Alertada pelo som a estremecer o chão, a dama indagou.
Dama:
--- Que foi isso? – perguntou totalmente cismada.
Na rua, pessoas observavam com espanto, o céu. Era um fenômeno extasiante aquele. Um clarão aberrante tomava conta do espaço. O barulho ensurdecedor era a imagem de um grande impacto. O fragor vinha do céu a abrir um verdadeiro e vertiginoso choque.
Mulher:
--- Meu Deus do Céu. O mundo vai se acabar agora! – gritava uma mundana correndo para um lado e para outro.
A lapa de cabarés era o mais frequentado a toda hora do dia e da noite. Naquele antro as mulheres maltrapilhas vagavam por todo o canto. O horroroso estrondo tomou de conta todo mundo, principalmente mecânicos e lanterneiros.
Lanterneiro:
--- Estrondo? – falou assustado.
Seguindo o caminho para o lado sudoeste de Natal, um menino olhou o eu e apontou:
Menino:
--- Ó! – e apontou com o seu dedo para o espaço.
A mãe da criança se alarmou.
Mãe:
--- O que é aquilo meu Senhor? – a mulher voltou a vista para o lago de fogo.
O fenômeno raro jamais teve a mulher a participação de enxergar. Dentro de sua casa, os vitrais vieram ao chão se espatifando como um todo. E a mulher segurou o menino pelo cóis buscando refúgio em algum canto qualquer temerosa do estrondo aterrador que se seguiu. E a bola de fogo seguiu o seu rumo a explodir contra o avião Boeing e seguir o seu curso natural do nada. O imponente e assombroso pedaço de rocha seguia seu inevitável curso. Talvez seguindo por mais quatrocentos quilômetros para cair por terra.
Na redação do Jornal, José Maria ligava atento o seu celular para saber detalhes da explosão fenomenal do asteroide. Pouco ou nada soube àquela hora. Apenas um cientista do Centro de Informação pode relatar ser um objeto “monstruoso” que estava visível à Terra vindo em uma velocidade de 32 quilômetros por segundos. Mesmo assim, ainda era cedo para afirmar, falou o cientista.
Zé Maria:
--- Mas ele colidiu com um avião! – disse o rapaz como a puxar assunto.
Cientista:
--- Certo! Certo! Como também podia não colidir. Nós estamos a pesquisar o fenômeno. – relatou pelo celular.
Zé Maria:
--- O senhor sabe definir seu tamanho? – indagou confuso
Cientista:
--- Ele deve ter 1 mil e 200 quilômetros de diâmetros. – relatou confiante
Zé Maria:
--- Isso quer dizer que tamanho de impacto? – indagou
Cientista.
--- Mais ou menos equivalente a explosão de 20 milhões de bombas atômicas posta em Hiroshima, a II Guerra.
Zé Maria:
--- Só isso? 20 milhões de bombas atômicas? – indagou perplexo.
Cientista:
--- Sim. E não é dos maiores. Esses perigosos asteroides têm para além de um quilometro de diâmetro. É todo de ferro. Mas ao penetrar da Terra a bólide se transforma em vido, em sua maior parte. – declarou
Zé Maria:
--- Vidro? Só isso? – indagou confuso
Cientista:
--- Sim. Vidro. – declarou o cientista.
E, segundo o astrônomo, as chances são mínimas de uma colisão dessa natureza. A conversa perdurou por alguns minutos por se sentir o impacto desse corpo celeste.
Zé Maria coçou a cabeça e olhou para o firmamento querendo sentir o efeito de uma bomba atômica em sua carne.


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