- METEORO -
- 03 -
INTERIOR
Em cidades do interior do Estado,
a falta de luz pegou todos de surpresa. Alguns postos de combustíveis
abasteciam os veículos moendo a alavanca de cada bomba. Na capital, nem por
meio disse fariam os bombeiros. Apenas relatavam a estar faltando “luz” e
ficavam em pé escorados nas bombas. As garagens de ônibus abasteciam seus
veículos do mesmo modo como no interior do Estado. No meio da rua era o clamor
estonteante do pessoal a reclamar horrores e nem mesmo se assustava com a bola
de fogo de modo espantoso. Um motorista vindo do Aeroporto Internacional da
Grande Natal apenas clamou assustado:
Motorista:
--- Uma bola de fogo de tamanho
gigante bateu contra um avião! – declarou assustado aos bombeiros de postos da
zona norte de Natal.
Bombeiro:
--- Aquela luz imensa? – indagou
o bombeiro a verificar de o céu.
Empregado:
--- Deve ser disco voador –
declarou sorrindo
Gerente:
--- Qual foi? – indagou o gerente
após se levantar do lato almoço.
Bombeiro
--- Uma bola de fogo. – declarou
Gerente:
--- Tá faltando luz? – pergunto
com cara estranha.
Bombeiro:
--- Desde o aparecimento da
bomba. – relatou
Motorista:
--- No Aeroporto tá um breu! –
relatou
Na redação do jornal Primeira
Página adentrou assombrada a jornalista Katia Lima, empurrando portas a todo
custo e gritando alto para os demais repórteres.
Katia:
--- Gente! Gente! Um furacão! Um
furacão! Venham ver! Cheguem! – gritava histérica
Homero
--- Quem te mordeu mulher? –
indagou assustado o outro jornalista
Kátia:
--- Coisa incrível! Uma bola de
fogo gigante! – disse com alarme.
Antônio:
--- Eu vi! Eu vi! Um asteroide de
tamanho descomunal! – falou suave o rapaz jornalista acompanhando a colega.
Zé Maria:
--- Onde? – indagou assombrado.
Em outro lado da cidade, em um
lupanar, uma radiola tocava uma canção nostálgica posta pelo homem desnudo,
sonolento por demais, enquanto uma dama, de repente, se levantou da cama diante
de um ruído tenebroso a sacudir com todo espanto a casa de alcova. Alertada
pelo som a estremecer o chão, a dama indagou.
Dama:
--- Que foi isso? – perguntou
totalmente cismada.
Na rua, pessoas observavam com
espanto, o céu. Era um fenômeno extasiante aquele. Um clarão aberrante tomava
conta do espaço. O barulho ensurdecedor era a imagem de um grande impacto. O
fragor vinha do céu a abrir um verdadeiro e vertiginoso choque.
Mulher:
--- Meu Deus do Céu. O mundo vai
se acabar agora! – gritava uma mundana correndo para um lado e para outro.
A lapa de cabarés era o mais
frequentado a toda hora do dia e da noite. Naquele antro as mulheres
maltrapilhas vagavam por todo o canto. O horroroso estrondo tomou de conta todo
mundo, principalmente mecânicos e lanterneiros.
Lanterneiro:
--- Estrondo? – falou assustado.
Seguindo o caminho para o lado
sudoeste de Natal, um menino olhou o eu e apontou:
Menino:
--- Ó! – e apontou com o seu dedo
para o espaço.
A mãe da criança se alarmou.
Mãe:
--- O que é aquilo meu Senhor? –
a mulher voltou a vista para o lago de fogo.
O fenômeno raro jamais teve a
mulher a participação de enxergar. Dentro de sua casa, os vitrais vieram ao
chão se espatifando como um todo. E a mulher segurou o menino pelo cóis buscando
refúgio em algum canto qualquer temerosa do estrondo aterrador que se seguiu. E
a bola de fogo seguiu o seu rumo a explodir contra o avião Boeing e seguir o
seu curso natural do nada. O imponente e assombroso pedaço de rocha seguia seu
inevitável curso. Talvez seguindo por mais quatrocentos quilômetros para cair
por terra.
Na redação do Jornal, José Maria
ligava atento o seu celular para saber detalhes da explosão fenomenal do asteroide.
Pouco ou nada soube àquela hora. Apenas um cientista do Centro de Informação
pode relatar ser um objeto “monstruoso” que estava visível à Terra vindo em uma
velocidade de 32 quilômetros por segundos. Mesmo assim, ainda era cedo para
afirmar, falou o cientista.
Zé Maria:
--- Mas ele colidiu com um avião!
– disse o rapaz como a puxar assunto.
Cientista:
--- Certo! Certo! Como também
podia não colidir. Nós estamos a pesquisar o fenômeno. – relatou pelo celular.
Zé Maria:
--- O senhor sabe definir seu
tamanho? – indagou confuso
Cientista:
--- Ele deve ter 1 mil e 200
quilômetros de diâmetros. – relatou confiante
Zé Maria:
--- Isso quer dizer que tamanho
de impacto? – indagou
Cientista.
--- Mais ou menos equivalente a
explosão de 20 milhões de bombas atômicas posta em Hiroshima, a II Guerra.
Zé Maria:
--- Só isso? 20 milhões de bombas
atômicas? – indagou perplexo.
Cientista:
--- Sim. E não é dos maiores.
Esses perigosos asteroides têm para além de um quilometro de diâmetro. É todo
de ferro. Mas ao penetrar da Terra a bólide se transforma em vido, em sua maior
parte. – declarou
Zé Maria:
--- Vidro? Só isso? – indagou
confuso
Cientista:
--- Sim. Vidro. – declarou o
cientista.
E, segundo o astrônomo, as
chances são mínimas de uma colisão dessa natureza. A conversa perdurou por
alguns minutos por se sentir o impacto desse corpo celeste.
Zé Maria coçou a cabeça e olhou
para o firmamento querendo sentir o efeito de uma bomba atômica em sua carne.
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