- METEORO -
- 05 -
- ENTREVISTA-
Às 4 horas da tarde daquele dia
quando o corpo celeste colidiu com o Boeing no espaço aéreo de Natal, o
Governador do Estado acertou uma entrevista com a Impressa para divulgar as
notas recebidas dos órgãos responsáveis pela procura do resto de avião. Entre
os demais assuntos, estava a informação certa de que a bordo do aparelho estavam
o senador Eduardo Arruda, dois deputados federais, ajudantes de ordens, dois
fotógrafos e dois jornalistas. Além desses, viajavam um padre da Igreja
Católica e em sua companhia, duas monjas. No restante da aeronave estava o
restante dos passageiros e seis tripulantes, inclusive o Comandante do Boeing
já a postos da descida. Contudo, a questão primordial era a viajem do Senador
Arruda, do PSD de Goiás. Ele cursava a esse Estado para tecer uma nova Cadeira
no Congresso em demais níveis, principalmente do Nordeste. Ligado ao sistema
agropecuário, tinha a função de um acordo entre os demais partidos minoritários.
O senador Arruda estava envolvido na lavagem de dinheiro com partes de recursos
desviados da Petrobrás. Era a Operação Lava Jato. O alto chefe político estava
envolvido nos esquemas da Petrobrás, porém se mantinha na surdina. O Governado
do Estado nada podia informar com respeito a esse tema. Apenas teria a falar
ser o senador uma pessoa notável a chegar ao território potiguar sem maior
comentário. Apenas se sabia que o senador Arruda era suspeito de chefiar um
esquema de desvio de recursos da estatal. O jornalista Olavo Melo, do jornal
Primeira Página, estava entre os presentes na entrevista coletiva do Governo do
Estado. E foi quando começou a conversa.
Governador:
--- Senhores. Boa tarde. Estou
aqui, tendo ao meu lado o Chefe do Estado Maior entre os demais assessores e
Imediatos. Não estou para falar quem vinha ou não no Boeing acidentado agora à
tarde por um asteroide. Apenas para lembrar ter esse corpo celeste luminoso
vagando pelo espaço e adentrou em terras do Rio Grande do Norte. Foi um
acidente catastrófico e não se podia prever o estrago que esse astro podia
causar. Nós estamos envidando todos os esforços para evitar danos secundários
porventura possam vir. É bem notável que esse astro poderia cair no mar ou se
espatifar antes de alcançar a Terra. Mesmo assim, esse meteoro gigante atingiu
a todos nós. Não fora apenas um Boeing. Mas toda uma Cidade, todo um Estado e
Estados vizinhos sofrem horrores. Esse é um fenômeno raro jamais ocorrido em
terras brasileiras. As nossas Bases de defesa contra esse especular momento
foram alertadas de imediato e continuam a perseguir os estragos provocados pela
enorme bola de fogo. Em minha casa particular, houve estragos sólidos por causa
desse engenho. Lamento ter conhecimento dos estragos em outras residências além
de veículos e mesmo no parque do Aeroporto Internacional da Grande Natal. Um
balanço surpreendente há menos de duas horas leva em conta mais de mil mortes.
Pessoas paupérrimas. Esses são os maiores estados frente a catástrofe aberta
pelo meteoro. Eu não vejo a situação dos mais fortes. Eu vejo a situação dos
mais fracos. Esses são as vítimas sem alento. Nós estamos, agora, com a falta
de energia elétrica em vários municípios e a falta de água em outros casos. Eu
ouço os aviões a transitar em diversas direções em busca de melhores avisos a
toda uma população malsinada. Helicópteros sobrevoam com intermitência os mais longínquos
espaços em busca de auxílio a população condenada pelo esmo. É impressionante
se ter visto esse imenso bloco celeste penetrar em nossa atmosfera a fazer um
verdadeiro susto no planeta Terra. O que houve, não será esquecido em tantos
anos. Casas caindo, vidraças estilhaçadas, gente morta pelo chão. A grande bola
de fogo a cruzar o céu. Era um estranho fenômeno. E eu soube de crianças
acordadas em plena tarde de sol e se mergulhando para o interior da casa
temendo o gigante asteroide. E o que um asteroide? Um nome apenas? Não! É uma
pedra que se joga de cima para baixo, vinda do espaço sem fim para causa danos
irreversíveis. Uma pedra. Uma rocha. Um punhado de ferro. Isso é o tenebroso
ferro. Quem já levou uma pedrada na cabeça? Pois é o mesmo caso. Uma pedra de
ferro. Coisa pequena se for o caso. Coisa grande, gigante. Uma marreta! Essa é
a pedra que nos atingiu há poucas horas. Temo que outros hão de vir em um
futuro remoto. O asteroide visto hoje, não era dos maiores. Porém era gigante
para o tamanho da nossa Terra. Voava desde o imenso céu a milhares de anos a
alcançar atingir um lugar qualquer. E esse lugar foi Natal. Esse algo estranho
foi notado por diversas pessoas. Algumas perderam a vida, pois o estranho era
por demais violento. Uma bola de fogo a cruzar o céu vistas da Terra por varias
pessoas. Quem parou para observar nem tempo teve para ver com certeza aquela
bola de fogo. O clarão cegou a todos que olhavam. Um gigantesco rastro de
fumaça cobriu a Terra antes de atingir por extensão o pequeno Boeing a cruzar o
seu espaço. Foram imagens apocalípticas aquele clarão desumano. Podia-se
observar a 200 quilômetros de distância. Uma forte explosão ocorreu alguns
segundos depois. O setor da Emergência disparou o seu alarme. Aviões, carros
tanques, helicópteros nem precisaram esperar por um segundo aviso. Todos já
estavam no espaço procurando verificar os estragos da bola de fogo. Entre
portas e janelas a se fechar, veio após o clarão, o escuro total. Foi um
momento de pânico. Ainda agora se recolhe vítimas desse holocausto avassalador.
O meteoro largou espaço adentro em busca de um espaço tranquilo para se
agasalhar. Todos, ainda, estão procurando saber o que ocorreu. O choque da
explosão chegou a três minutos após. Para o povo aquilo era o fim do mundo. E é
por isso que eu ocupo uma cadeia de rádio, - se anda tem alguma no ar - para expor ter sido tudo isso causado por um
meteoro que entrou na atmosfera terrestre e, em especial, em Natal. Esse
meteoro tem cerca de 50 metros se destroçando em partículas menores após o
choque com o avião Boeing. Essa entrada de pedaços de rocha de alta velocidade
na atmosfera é capaz de produzir ondas de choque. A pressão e o calor fizeram o
meteoro explodir. É por isso que assumo o comando da ação até poder melhores informações.
Obrigado. – falou o Governador.
E o Governador do Estado se
levantou do confortável assentou onde estava dando sequenciai a um cientista astrônomo
para dar maiores explicações sobre o fenômeno natural daquela tarde. E o
astrofísico explicou de acordo com as questões levantadas.
Astrofísico:
--- Nós estávamos seguindo esse
fenomenal meteoro há vários anos. Sabíamos que ele vinha direto para a Terra.
Porém, não se podia garantir que o meteoro explodiria em Natal. – relatou
A pergunta seguinte foi de saber
quando o meteoro entrou da Terra e em Natal. E a resposta:
Astrofísico:
--- Bem. Ele podia entrar na
atmosfera em qualquer ponto do hemisfério sul. Nós seguíamos por observatórios
da NASA, do México, da França. E mesmo do Brasil. O impacto se deu num momento
errado do que se previa. Poderia ter caído do mar. Mas, o meteoro seguiu direto
para a Terra. E em consequência, para o nordeste do Brasil. – explicou
A terceira questão foi de no caso
dele está em rota de colisão com uma aeronave, não se poderia desviar então?
Astrofísico:
--- Veja bem. Isso é tão real
quanto possível. Mesmo assim, colidir como uma aeronave é o mesmo que colidir
com um pássaro, com um campo de pouso ou qualquer outro objeto. Nós não
divisamos quando e onde ele vai colidir. Nós visitamos dezenas de meteoro por
dia. Alguns, de pequena proporção. E não podemos chamar o asteroide pelo
cabestro e mandar que ele caia em certo canto. Ele vem em uma velocidade
surpreendente. E assim, ele entra na atmosfera. O impacto é do tamanho que o meteoro
tem. – explicou
A questão a seguir foi do tamanho
do meteoro. E a resposta:
Astrofísico:
--- Pois não. Esse é um super meteoro.
Mas não quer dizer que ele seja o maior de todos. No espaço temos meteoros
enormes. Mesmo o dobro do tamanho desse que estávamos a falar. Gigantes mesmo.
E temos um novo meteoro que tem o dobro do tamanho desse que explodiu em Natal.
Quando ele virá, nós não sabemos. Pode ser dentro de mais um ano ou mesmo ele
seguir para o espaço sem fim. – voltou a explicar
A seguinte questão foi de quando
terá o novo asteroide desse tipo.
Astrofísico:
--- No ano de 2036 teremos outro
gigante. É o Apophis. Ele vai passar próximo a Terra. Mesmo assim, ele pode
desviar de curso e atingir a Terra. Ele tem 325 metros de largura e foi
descoberto em 2006. No Observatório. O
Apophis chegou a ser pesquisado como entrada na Terra. Porém, hoje já estamos
cientes de que ele passará a 31 mil quilômetros da Terra. Isso é mais próximo
do que alguns satélites geoestacionários que orbitam o planeta. – explicou.
Na sequência à outra questão:
Astrofísico:
--- Se há outra possibilidade de
se ter um novo impacto? Ah. Temos. Todos os dias. Milhares de estrelas cadentes
caem da nossa Terra. E o que é uma estrela cadente? São meteoros diminutos.
Milhares estão a cair da Terra. – votou a explicar
Questão seguinte. Se há
possibilidade da Terra ser varrida por um meteoro:
Astrofísico:
--- Há sim. Avida na Terra se
extinguirá no ano de 2880. O meteoro gira com uma rapidez extraordinária. O
objeto é tão rápido que poderia até mesmo se espedaçar. Asteroides são pedaços
sólidos de rochas monolíticas. Algumas são pilhas de entulhos. Mesmo assim, são
sacos gigantes de pedras. – explicou.
Questão seguinte: caso tenha uma
destruição global pode-se saber?
Astrofísico:
--- Aprender sobre asteroides é
fascinante e cientificamente importante. Mas há consideração prática. Uma delas
é que, se encontraremos um que poderia atingir a Terra algum dia. – definiu.
Aplausos por todos os presentes.
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