domingo, 29 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 05 -

- METEORO -
- 05 -
- ENTREVISTA-

Às 4 horas da tarde daquele dia quando o corpo celeste colidiu com o Boeing no espaço aéreo de Natal, o Governador do Estado acertou uma entrevista com a Impressa para divulgar as notas recebidas dos órgãos responsáveis pela procura do resto de avião. Entre os demais assuntos, estava a informação certa de que a bordo do aparelho estavam o senador Eduardo Arruda, dois deputados federais, ajudantes de ordens, dois fotógrafos e dois jornalistas. Além desses, viajavam um padre da Igreja Católica e em sua companhia, duas monjas. No restante da aeronave estava o restante dos passageiros e seis tripulantes, inclusive o Comandante do Boeing já a postos da descida. Contudo, a questão primordial era a viajem do Senador Arruda, do PSD de Goiás. Ele cursava a esse Estado para tecer uma nova Cadeira no Congresso em demais níveis, principalmente do Nordeste. Ligado ao sistema agropecuário, tinha a função de um acordo entre os demais partidos minoritários. O senador Arruda estava envolvido na lavagem de dinheiro com partes de recursos desviados da Petrobrás. Era a Operação Lava Jato. O alto chefe político estava envolvido nos esquemas da Petrobrás, porém se mantinha na surdina. O Governado do Estado nada podia informar com respeito a esse tema. Apenas teria a falar ser o senador uma pessoa notável a chegar ao território potiguar sem maior comentário. Apenas se sabia que o senador Arruda era suspeito de chefiar um esquema de desvio de recursos da estatal. O jornalista Olavo Melo, do jornal Primeira Página, estava entre os presentes na entrevista coletiva do Governo do Estado. E foi quando começou a conversa.
Governador:
--- Senhores. Boa tarde. Estou aqui, tendo ao meu lado o Chefe do Estado Maior entre os demais assessores e Imediatos. Não estou para falar quem vinha ou não no Boeing acidentado agora à tarde por um asteroide. Apenas para lembrar ter esse corpo celeste luminoso vagando pelo espaço e adentrou em terras do Rio Grande do Norte. Foi um acidente catastrófico e não se podia prever o estrago que esse astro podia causar. Nós estamos envidando todos os esforços para evitar danos secundários porventura possam vir. É bem notável que esse astro poderia cair no mar ou se espatifar antes de alcançar a Terra. Mesmo assim, esse meteoro gigante atingiu a todos nós. Não fora apenas um Boeing. Mas toda uma Cidade, todo um Estado e Estados vizinhos sofrem horrores. Esse é um fenômeno raro jamais ocorrido em terras brasileiras. As nossas Bases de defesa contra esse especular momento foram alertadas de imediato e continuam a perseguir os estragos provocados pela enorme bola de fogo. Em minha casa particular, houve estragos sólidos por causa desse engenho. Lamento ter conhecimento dos estragos em outras residências além de veículos e mesmo no parque do Aeroporto Internacional da Grande Natal. Um balanço surpreendente há menos de duas horas leva em conta mais de mil mortes. Pessoas paupérrimas. Esses são os maiores estados frente a catástrofe aberta pelo meteoro. Eu não vejo a situação dos mais fortes. Eu vejo a situação dos mais fracos. Esses são as vítimas sem alento. Nós estamos, agora, com a falta de energia elétrica em vários municípios e a falta de água em outros casos. Eu ouço os aviões a transitar em diversas direções em busca de melhores avisos a toda uma população malsinada. Helicópteros sobrevoam com intermitência os mais longínquos espaços em busca de auxílio a população condenada pelo esmo. É impressionante se ter visto esse imenso bloco celeste penetrar em nossa atmosfera a fazer um verdadeiro susto no planeta Terra. O que houve, não será esquecido em tantos anos. Casas caindo, vidraças estilhaçadas, gente morta pelo chão. A grande bola de fogo a cruzar o céu. Era um estranho fenômeno. E eu soube de crianças acordadas em plena tarde de sol e se mergulhando para o interior da casa temendo o gigante asteroide. E o que um asteroide? Um nome apenas? Não! É uma pedra que se joga de cima para baixo, vinda do espaço sem fim para causa danos irreversíveis. Uma pedra. Uma rocha. Um punhado de ferro. Isso é o tenebroso ferro. Quem já levou uma pedrada na cabeça? Pois é o mesmo caso. Uma pedra de ferro. Coisa pequena se for o caso. Coisa grande, gigante. Uma marreta! Essa é a pedra que nos atingiu há poucas horas. Temo que outros hão de vir em um futuro remoto. O asteroide visto hoje, não era dos maiores. Porém era gigante para o tamanho da nossa Terra. Voava desde o imenso céu a milhares de anos a alcançar atingir um lugar qualquer. E esse lugar foi Natal. Esse algo estranho foi notado por diversas pessoas. Algumas perderam a vida, pois o estranho era por demais violento. Uma bola de fogo a cruzar o céu vistas da Terra por varias pessoas. Quem parou para observar nem tempo teve para ver com certeza aquela bola de fogo. O clarão cegou a todos que olhavam. Um gigantesco rastro de fumaça cobriu a Terra antes de atingir por extensão o pequeno Boeing a cruzar o seu espaço. Foram imagens apocalípticas aquele clarão desumano. Podia-se observar a 200 quilômetros de distância. Uma forte explosão ocorreu alguns segundos depois. O setor da Emergência disparou o seu alarme. Aviões, carros tanques, helicópteros nem precisaram esperar por um segundo aviso. Todos já estavam no espaço procurando verificar os estragos da bola de fogo. Entre portas e janelas a se fechar, veio após o clarão, o escuro total. Foi um momento de pânico. Ainda agora se recolhe vítimas desse holocausto avassalador. O meteoro largou espaço adentro em busca de um espaço tranquilo para se agasalhar. Todos, ainda, estão procurando saber o que ocorreu. O choque da explosão chegou a três minutos após. Para o povo aquilo era o fim do mundo. E é por isso que eu ocupo uma cadeia de rádio, - se anda tem alguma no ar -  para expor ter sido tudo isso causado por um meteoro que entrou na atmosfera terrestre e, em especial, em Natal. Esse meteoro tem cerca de 50 metros se destroçando em partículas menores após o choque com o avião Boeing. Essa entrada de pedaços de rocha de alta velocidade na atmosfera é capaz de produzir ondas de choque. A pressão e o calor fizeram o meteoro explodir. É por isso que assumo o comando da ação até poder melhores informações. Obrigado. – falou o Governador.
E o Governador do Estado se levantou do confortável assentou onde estava dando sequenciai a um cientista astrônomo para dar maiores explicações sobre o fenômeno natural daquela tarde. E o astrofísico explicou de acordo com as questões levantadas.
Astrofísico:
--- Nós estávamos seguindo esse fenomenal meteoro há vários anos. Sabíamos que ele vinha direto para a Terra. Porém, não se podia garantir que o meteoro explodiria em Natal. – relatou
A pergunta seguinte foi de saber quando o meteoro entrou da Terra e em Natal. E a resposta:
Astrofísico:
--- Bem. Ele podia entrar na atmosfera em qualquer ponto do hemisfério sul. Nós seguíamos por observatórios da NASA, do México, da França. E mesmo do Brasil. O impacto se deu num momento errado do que se previa. Poderia ter caído do mar. Mas, o meteoro seguiu direto para a Terra. E em consequência, para o nordeste do Brasil. – explicou
A terceira questão foi de no caso dele está em rota de colisão com uma aeronave, não se poderia desviar então?
Astrofísico:
--- Veja bem. Isso é tão real quanto possível. Mesmo assim, colidir como uma aeronave é o mesmo que colidir com um pássaro, com um campo de pouso ou qualquer outro objeto. Nós não divisamos quando e onde ele vai colidir. Nós visitamos dezenas de meteoro por dia. Alguns, de pequena proporção. E não podemos chamar o asteroide pelo cabestro e mandar que ele caia em certo canto. Ele vem em uma velocidade surpreendente. E assim, ele entra na atmosfera. O impacto é do tamanho que o meteoro tem. – explicou
A questão a seguir foi do tamanho do meteoro. E a resposta:
Astrofísico:
--- Pois não. Esse é um super meteoro. Mas não quer dizer que ele seja o maior de todos. No espaço temos meteoros enormes. Mesmo o dobro do tamanho desse que estávamos a falar. Gigantes mesmo. E temos um novo meteoro que tem o dobro do tamanho desse que explodiu em Natal. Quando ele virá, nós não sabemos. Pode ser dentro de mais um ano ou mesmo ele seguir para o espaço sem fim. – voltou a explicar
A seguinte questão foi de quando terá o novo asteroide desse tipo.
Astrofísico:
--- No ano de 2036 teremos outro gigante. É o Apophis. Ele vai passar próximo a Terra. Mesmo assim, ele pode desviar de curso e atingir a Terra. Ele tem 325 metros de largura e foi descoberto em 2006.  No Observatório. O Apophis chegou a ser pesquisado como entrada na Terra. Porém, hoje já estamos cientes de que ele passará a 31 mil quilômetros da Terra. Isso é mais próximo do que alguns satélites geoestacionários que orbitam o planeta. – explicou.
Na sequência à outra questão:
Astrofísico:
--- Se há outra possibilidade de se ter um novo impacto? Ah. Temos. Todos os dias. Milhares de estrelas cadentes caem da nossa Terra. E o que é uma estrela cadente? São meteoros diminutos. Milhares estão a cair da Terra. – votou a explicar
Questão seguinte. Se há possibilidade da Terra ser varrida por um meteoro:
Astrofísico:
--- Há sim. Avida na Terra se extinguirá no ano de 2880. O meteoro gira com uma rapidez extraordinária. O objeto é tão rápido que poderia até mesmo se espedaçar. Asteroides são pedaços sólidos de rochas monolíticas. Algumas são pilhas de entulhos. Mesmo assim, são sacos gigantes de pedras. – explicou.
Questão seguinte: caso tenha uma destruição global pode-se saber?
Astrofísico:
--- Aprender sobre asteroides é fascinante e cientificamente importante. Mas há consideração prática. Uma delas é que, se encontraremos um que poderia atingir a Terra algum dia. – definiu.
Aplausos por todos os presentes.

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