quarta-feira, 1 de abril de 2015

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- À QUEIMA ROUPA -
- 06 -

À QUEIMA ROUPA


A moto viajava a toda velocidade, naquela parte da tarde, com seu motociclista totalmente louco a tentar escapar de vez dos homens da guarda policial, a perseguir em seu veículo da ROTA ao alcance a qualquer minuto. O motoqueiro com a cara coberta pela máscara de proteção, zigzagava por todo o caminho na estrada da zona norte a seguir caminho de Ceará Mirim, em uma velocidade superior a 150 km. O carro da Rota também comia todo o caminho para acertar de vez o trapaceiro fugidio de um assalto instantes antes. Após o carro da Rota, seguia um outro veículo, um Chevrolet ultima geração. Nesse segundo veículo estavam o Repórter Paulo Bittar e o fotógrafo Francisco Canindé – o Gordo -. A cada instante, Gordo se levantava do seu assento para fazer foto do fugitivo em alta velocidade. Nem sempre conseguia, porque o zig-zag da moto impedia de marcar um ponto. O caloteiro era conhecido da Polícia, porque em certa ocasião gravou um “rap” ameaçando a direção do Presidio em matar e esquartejar um agente policial e a diretora da detenção de Alcaçuz, no município de Nísia Floresta. O bandido era conhecido por Baltazar Coelho. Na sua fuga, após conseguir sair por um buraco feito na Penitenciaria, ele continuou a ação delituosa, assaltando moças e mulheres lhe tomando os pertences. Na desenfreada corrida louca o bandido passava por um e por outro a estar parado na estrada por causa do transito alucinado àquela hora cedo da tarde. O pessoal que estava no meio da pista apenas ouvia um grito lacerante do bandido e uma arma, um fuzil, a disparar tiros constantes contra o algoz, sem maior sucesso. Na trilhada fuga o louco gargalhava como se fosse revoltado de morte. Atrás, estava o carro de reportagem com o seu motorista aguentando trancos e barrancos para não perder de vista o assassino sanguinário, assaltante contumaz. Um helicóptero ajudou o a ação com um sobrevoo a perseguir o bandido. O bandido seguia estonteado a toda velocidade tentando escapar da ação repressora. Com um fuzil em suas mãos o bandido atirava a esmo tentando inibir a ação policial. O fotografo Francisco Canindé estava pronto para o desfecho fatal. Nesse instante, um policial carregou a sua arma e atirou. Foi tombo e queda. O bandido Baltazar Coelho virou as mãos para o alto e tombou inerte. O policial disse, apenas.
Policial:
--- Tá morto! – relatou o homem da ROTA.
Policial 2
--- Acerto em cima! – declarou o segundo policial
Canindé que vinha logo atrás, flagrou o tiro certeiro e registro quando o bandido levantou as mãos para o alto a cair de vez no chão. A moto onde o bandido escapava, virou cambalhotas se torcendo como um cão danado a rodopiar da estrada. Um bêbedo trajando luto, de cima de uma calçada, acenou ao policial fazendo acendo com o seu chapéu, abaixando de vez a cumprimentar a ação policial. Canindé ainda flagrou o bêbado com suas artimanhas e se voltou para o cadáver do facínora.
Canindé:
--- É fogo! Foi tiro e queda! – comentou o fotógrafo
O agente policial disse logo após a ação.
Agente
--- Ele corria como um louco. - disse isso e cuspiu.
Policial:
--- Foi muito cuidado em atirar no bandido. – disse outro policial
Um deles falou:
Policial:
--- Ele vai atirar e eu vou atingir o cara! –
E foi assim que sucedeu. O bandido teve morte instantânea. O helicóptero ainda sobrevoo a área a procura de mais malfeitores e não encontrando, voltou a base. Canindé fez a cobertura fotográfica enquanto Paulo Bittar anotava em seu caderno de apontamentos a ação delituosa do assassino. Mulheres choravam a carnificina sofrida pelo desalmado quadrilheiro enquanto os motoristas gritavam vivas para o alto. 
Após a ação delituosa, os repórteres policiais enveredaram para a cidade, percorrendo a rota da ponte da Redinha onde já era intenso o movimento de autos, a maior parte, estavam parrados no meio do percurso. Uma lancha fazia a volta para Natal levando gente e veículos de um lado para outro. Nessa lancha também estavam os repórteres do jornal. Na outra margem do rio, mais veículos esperavam pela lancha. Um estrondo se deu em um tanque de combustível de uma companhia petrolífera. Foi um susto temendo pelos que estavam a seguir na lancha. O barco adernou para um lado e para o outro, quase indo a pique. Quem estava em seus veículos tomaram um verdadeiro espanto.
Condutor:
--- Cuidado! Um estrondo no dique! – alertava com pressa o dono do barco
Os barcos menores que faziam a travessia, esses sucumbirem de vez pela formidável onda a se formar. Iates ancorados no Cais sofreram grandes avarias com as ondas a se formar naquele instante. Pessoas pularam para o interior do rio com o temor de ver a ser algo ainda pior. Todos estavam alarmados com a bola de fogo formada há instantes no céu amargo. Um silvo ecoou como se fosse um alarme. Mas não era. Um tanque de combustível a sacudir para o alto algo com enorme barulho. Gente no Cais corria apavorada temerosa de maiores consequências.
Gente:
--- Cuidado! É um alarme do Céu! – gritava uma mulher a correr saído de dentro do Canto do Mangue.
Outra:
--- Olha a cabeça! – grivava outra ao desespero
Um bêbado açoitava o espaço dizendo:
Bêbado:
--- Eu preveni! Cuidado com o terror do espaço! – dizia o bêbado.
Era uma loucura sem par. Gente amontoada, embilhada umas sobre a outras. Carros a colidir com outros. Era um tumulto geral. Gente por cima de gente. As pessoas abandonando as suas casas percorrendo ruas estreitas e beco de lama. O povo todo a correr temendo que iluminou o Céu naquelas horas da tarde. Ninguém sabia ao certo o sucedido. Apenas sentiam que era aquilo algo do outro mundo proveniente da explosão de um tanque de combustível. A maré alta forçou os barcos, navios, botes e Yates a sacudirem com bravura seus tanques a qualquer custo para não ir ao fundo. Salvo os botes pequenos que naufragaram. Gente morta pela ação da tempestade avassaladora no tanque de combustível. Pessoas mortas no escapar da fúria da tormenta pela luz incandescente de um meteoro gigante visto ao longe.
Repórter:
--- Vamos pular e correr! Gente morta por todo o canto! – falou desesperado Paulo Bittar.
E em seguida, Canindé fez o mesmo. Diante do amontoado de carros, ele conseguiu com o seu motorista desvencilhar por outros caminhos até seguir a um plano mais tranquilo belo bairro de Santos Reis. E dali seguiu até a redação do jornal.
Bittar:
--- Gente morta! Coitados! – disse o repórter ao entrar da redação do jornal
Canindé:
--- Vou para o laboratório! – relatou o fotógrafo todo exausto.
Zé Maria:
--- Muita gente? – indagou surpreso.
Bittar:
--- Ora está. Se contar nos dedos, eu nem sei! – relatou com emoção
Olavo:
--- O Governador diz ter mais de mil mortos. – comentou a digitar a matéria
Zé Maria:
--- É esperar por alguém que foi cobrir os casos no pronto socorro. – comentou
Olavo:
--- Pode por mais de mil. É o certo. – disse o jornalista.
Zé Maria:
--- Que coisa! Um meteoro? – disse ele com assombro
Kátia:
--- Eu não sei bem se essa cifra é a legítima. – relatou a moça
Thais:
--- Um edifício caiu. – informou a jornalista


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