quinta-feira, 23 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 20 -

- IMPACTO -

- 20 -

ESTRAGO

Nesse mesmo dia chegou a Natal uma equipe de engenheiros franceses sob a chefia de Jean Tissou vindos diretos da França para tomar conhecimento do ocorrido no dia anterior. Outros engenheiros brasileiros também chegaram em voos diferentes. Esperava-se ainda um comando de engenheiros dos Estados Unidos e do Chile. Esse pessoal estava desesperado por conta do Meteoro ter caído em terra. Tissou queria saber como aconteceu esse acidente. A França foi o primeiro país a se interessar pelo assunto. Ajudas humanitárias estavam na mira dos franceses ou do povo francês. Mas, a equipe somente queria saber como houve esse fenômeno tão inusitado. Viajando direto de Paris, os franceses desembarcaram no Recife e do aeroporto seguiram por avião desembarcando no Aeroporto do Catre, único possível de receber visitas ilustres. O aeroporto militar já estava em busca de programar para receber todos os voos, uma vez porque o Aeroporto Internacional já não podia mais operar de jeito algum com voos domésticos ou estrangeiros.  No mesmo horário também chegou ao aeroporto do Recife, o físico Marco Galeno, da Casa da Ciência em companhia de dois outros cientistas. O cientista Jean Tissou era ligado ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares. Duas entidades de igual aparência. Quando em Natal, os cientistas franceses e brasileiros, após os cumprimentos de praxe, trocaram informações sobre o ocorrido do dia passado. Ao lado dos visitantes estavam os cientistas de Natal, tendo à frente Pontes de Miranda. As primeiras conversações giraram em torno do Meteoro, o início de sua chegada, a bola de fogo, o desastre de nas residências, o toque com o Boeing, o acidente avassalado que se seguiu e todo o ocorrido, enfim. Já passava da meia-noite quando os visitantes resolveram se recolher um apartamento existente no próprio Catre para poder iniciar todo o trabalho no dia seguinte.
A tragédia de Natal foi assunto ainda nesse segundo dia, com falatórios exacerbados ouvidos no Congresso Nacional, onde um senador, enlouquecido de raiva, falava aos brados como foi ocorrer um desastre como tal com um Boeing de carreira doméstica.  Para ele, “Deus estava cego, mudo e surdo, não vendo o que estava a ocorrer”. E dizia mais: “Isso é um absurdo! Não se pode nem comer nessa terra! Já não basta os moleques fazerem badernas em frente ao Congresso exigindo férias, querendo salários, sendo contra a terceirização do trabalho e ainda vem um desastre de avião?” – dizia o senador batendo com os punhos na mesa. Ele estava irritadíssimo com as consequências do fenômeno envolvendo apartamentos destruídos, casas aos escombros, carros empilhados pelo chão: “E ainda mais um desastre de avião? Deus está surdo? Está babaca? Onde está esse Deus?” – dizia eufórico o senador e não atendendo a seus pares em lhes dar a palavra. “Não concedo aparte”, respondia o degenerado senador a suar feito um porco. O irado membro do senado, enlouquecido como um cão raivoso ocupou a banca por todo o seu tempo sem atender a nenhum pedido de fala. E discorreu mais com ira tremenda. “Por que um avião viaja desse modo sem proteção e quem autoriza esse voou? Um avião estava com problemas para aterrissagem, e ainda enfrenta uma bola de fogo? Quem deu essa autorização?” – indagou o senador bufando feito um boi.  “Quem deixou o piloto enfrentar a bola de fogo? Foi Deus? Só pode ter sido Ele mesmo! Um Deus maluco, sem sentido! Que Deus é esse? Onde está o seu poder?”, - relatava o excêntrico senador.
A maior tragédia de aviação, em Natal, ocorreu nesse dia, com a morte de 144 passageiros e 6 tripulantes sob a chefia do seu comandante. O Boeing foi atropelado por um Meteoro que estava em sua viagem para a terra. O avião colidiu pela parte do lado direito e saiu em borbotão completamente estraçalhado para chegar ao fim em uma longa distância. Corpos dos passageiros e tripulantes e partes da aeronave nada sobraram que se pudesse recolher. Pedaços de corpos estavam espalhados por longa distância e, do avião, nada sobrou por inteiro. As equipes de buscas estavam na mata a procura de juntar peças do Boeing e corpos encontrados aqui e ali. Um braço, uma perna, uma mão, uma cabeça. Tudo enfim que sobrou dos ocupantes do avião. Era um trabalho duro e terminaria por mais uma semana, se fosse possível. Os restos dos corpos vinham sendo retirados em esteiras e depositados por carros guindastes para dentro de outros carros baús e daí ficavam em refrigeração constante. Esse serviço era demorado e requeria a presença de técnicos especializados.
O rastro do Boeing deixou uma trilha de incerteza e medo. O barulho foi o terror. O maior terror de todos os tempos na cidade. Fumaça gigantesca tomava conta do espaço ao longo de uma chuva torrencial intermitente a sufocar as pessoas. Via-se cair pedaços do voou a todo instante após passar por cima das residências logo próximas as residências do aeroporto da FAB. Ouvia-se gritos de pessoas temendo o que estava a ocorrer.
Povo:
--- Ai meu Deus? Uma luz! – relava que prestava atenção ao Meteoro a tremer de pavor.
Houve falta de energia elétrica, rádios saíram do ar e mais a grossa fumaça a despejar escombros do avião totalmente em chamas. Era um rolo de fumaça a sair das chamas a não se poder ver o ocorrido. Os transeuntes, apavorados, corriam sem destino a qualquer local.  O grito de morte era o terror dos vivos. O Boeing havia saído em sua carreira para Natal às 10 horas da manhã de São Paulo devendo chegar as 14 horas no Aeroporto Internacional da Grande Natal. A viagem transcorria com normalidade até o Meteoro chegar ao seu destino colhendo o Boeing de supetão e empurrá-lo para longe. Quem estava por perto assistiu a tragédia ao vivo. Um taxista que abastecia seu veículo pôs a mão na cabeça e correu para dentro do prédio por temor do ocorrido. Mas foi em vão. O posto também se viu em chamas e quem estava no local também morreu por conta as chamas vindas do Céu envolvidas pela negra fumaça. Foi uma fatalidade o ocorrido. Não se esperava, por mais que se julgasse, o desastre daquela forma. Para quem estava longe, aquilo era o caos.
Testemunha:
--- Santo Deus! Aquilo é o caos! – relatou uma senhora com a sua mão à boca.
A pista do Aeroporto Internacional estava em plena ordem para receber voos domésticos e internacionais. Havia transito normal de aparelhos para seguir viagem a outros destinos. Era o movimento rotineiro a se observar por quem estava naquele local. Os voos de saída saiam sem problemas para os seus destinos. Havia movimento de passageiros e tripulantes a sair dentro de instantes para os seus destinos, quer no sul, quer no norte. Não se esperava a tragédia vinda do Céu a marcar o destino dos passageiros embarcados para seguir o seu voou. Porém houve o acidente fatal de um Bening a chegar dentro de instantes a atrapalhar o tráfego das demais aeronaves. O Corpo de Bombeiros foi acionado por causa da emergência. A segurança do Aeroporto foi suspensa, salvo para já estava a decolar. Alguns aviões que estavam na pista tiveram que paralisar seus movimentos no Aeroporto Internacional, pois os estragos foram imensos. A tragédia que se formou quase por sobre o Aeroporto de Parnamirim se estendeu para o Aeroporto de Macaíba, há curta distância. As labaredas e a fumaça chegadas do Céu de Parnamirim, era como se tudo corresse em Macaíba.
A torre de comando do Aeroporto Internacional de Natal foi comunicada instantes antes do dia da tragédia de haver tempo bom e céu de brigadeiro. O estado da pista era ótimo e a velocidade naquele momento era normal. Mas um clarão chegou inclusive a torre de controle do Aeroporto de um avião que se despedaçava em pleno ar.
Torre:
--- Meu Deus do Céu! O que é aquilo? – disse assustado um especialista.
E todos os que estava na Torre de Comando estavam perplexos. Uma aeronave bem operada com uma tripulação bem treinada desaparece de repente. Esse Boeing já estava no ar há três anos e nenhum passageiro morreu nenhum a bordo por uma causa qualquer. Dessa vez, os 150 passageiros e tripulantes desapareceram em pleno voou, sem destino algum. Todos morreram. Naquele instante, não se explicaria por completo o que ocorreu. Uma luz brilhante surgiu o céu e um impacto violento do lado direito do aparelho seriam a causa, com certeza. Até aquele instante. São Paulo-Natal. O mistério do vou que não chegou ao fim. O trágico acidente aéreo começava alí antes do Boeing chegar ao seu destino final. Os especialistas precisavam entender o que ocorreu de fato. Quem estava no balcão procurava saber do desastre ocorrido naquele instante:
Passageiro:
--- O que ocorreu naquele Boeing? Era o que chegava? – perguntou assombrado
Outro:
--- Eu quero saber que vou era aquele! – quis saber enlouquecido
Terceiro:
--- Onde está a minha filha? - indagava em prantos
A empresa aérea nada respondia.  Em determinado instante, as moças atendentes, saíram do seu balcão e deixaram de lado as pessoas desesperadas pela dor de não poder saber de coisa alguma. A equipe de investigadores de acidentes aéreos foi devidamente alertada para conduzir investigação sigilosa e buscar as informações com o desastre do Boeing com total urgência. Com seus próprios testes, a equipe esteve no local para verificar o tal acidente. Em primeiro lugar, foi verificada a bola de fogo a surgir no céu. Logo após, o impacto da bola de fogo contra a aeronave. Os relatórios oficiais davam pouca pista sobre o ocorrido
Investigador:
--- É imprescindível a leitura das caixas pretas.  O que o Comandante informou antes do impacto. – disse.    
Segundo:
--- Apenas quando tivermos em mãos. – dialogou.
Terceiro:
--- Daqui há dois meses. – falou desenganado
Investigador
--- Se acharem. – lembrou com angustia
Uma aterrissagem de rotina se prepara para pouso no Aeroporto Internacional de Natal, próximo a São Gonçalo do Amarante se transforma em uma inesperada luta contra a morte. Um jato de passageiros cai misteriosamente e se arrasta após colidir com um Meteoro levando de rojão todas as pessoas ao chão. Não passa de um segundo e, mesmo assim, o asteroide açoita da longe o jato. As pessoas que viajavam não têm nem tempo de segurar a máscara de oxigênio e repô-la na face. Todos sentem o impacto do assombroso asteroide, mas já era tarde demais. Crianças e adultos não sentem nem o pavor do pânico, uma vez ter lago entro em desmaio e, de imediato, seus corpos se despedaçam como borracha e assim são levados para o fundo do matagal. Era o destino pavoroso de cada um. Corpos dilacerados caem sobre a terra como um foguete em plena selva. O piloto ainda falou antes do misterioso impacto.
Piloto:
--- Pra cima! Pra cima! Adiante! Segura o avião! – disse o comandante de vou da Boeing
Era tarde demais. Era o fim de tudo. Em um instante, o sinal sumiu do ar. O terrível acidente chegou ao fim nesse exato instante. Uma força misteriosa derruba o avião matando todos os seus passageiros e tripulantes. Nada menos que 150 pessoas. Nos destroços está a única pista: Mayday. Uma tempestade mortal, um dia bastante quente.  O calor havia provocado algumas tempestades durante a tarde, como aquela que açoitou a cidade de Parnamirim. Isso provocou um acumulo de aviões a espera de decolar do Aeroporto Internacional de Natal. O controlador de tráfico aéreo ainda sorriu por causa do calor e deu a ordem de descida do avião Boeing vindo de São Paulo. Porém essa autorização não deu para ser cumprida. O meteoro não pediu passagem. Tudo estava terminado. 

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