- ESTRONDO -
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ESTRONDO
O professor Gabriel Colares
estava na sua escrivaninha, em Ceará Mirim, passado em revista uma publicação
cientifica quando, inesperadamente, um tremor de terra sacudiu todo o seu
ambiente. Era tão forte o estrondo que o professor não teve tempo nem mesmo de
pensar. A sua mulher estava no quintal da casa, dando de comer aos porcos e
aves e também sentiu o tremor. Ela, do quintal da casa, chamou o marido.
Esposa:
--- Gabriel! Você sentiu um
terremoto? – perguntou tremendo a mulher
Gabriel:
--- Deve ter sido um tremor de
terra. – falou o homem.
Mas, não era um terremoto. O
tremor foi causado pelo deslocamento do meteoro quando entrou na Terra e
espalhou por todo o canto fragmentos celestes. O povo da rua saiu alarmado,
gritando a todo o pano enquanto o professor Colares investigou o céu e viu uma
nuvem de fumaça vindo em direção a cidade. De repente, ele sentiu a luz
fraquejar e faltar a energia elétrica em toda a casa.
Esposa:
--- Faltou luz? – perguntou a
mulher já dentro de casa.
Gabriel
--- Sim. Deve ter sido um
terremoto mesmo. Vou ligar para um meu amigo. – disse ele a fazer a chamada.
Após alguns minutos o telefone
discado não atendeu. Para o professor Colares não devia ter alguém na casa. Ele
desligou e resolveu chamar por Natal, na residência de um amigo. E discou até o
ponto de ser atendido. Uma doméstica respondeu alvoroçada.
Doméstica:
--- Quem é? Ai meu Deus! Está
tudo se acabando! É fogo! – Quem é? – perguntou a doméstica.
E o professor fez a segunda para
o professor Pontes de Miranda na esperança de ser atendido. O telefone chamou e
após alguns segundos, foi atendido. Uma mulher do outro lado do fio atendeu.
Pela voz. O professor Gabriel Colares de imediato reconheceu. Após breves
cumprimentos o professor voltou a questão. E indagou.
Gabriel
--- Houve terremoto? – indagou
Vitória:
--- Coisa muito mais grave. Um
meteoro entrou na Terra e colidiu com um Boeing. Tem mortos em toda a cidade. –
falou a professora.
Gabriel
--- Nossa! Não diga uma coisa
dessas. Agora? – perguntou
Vitória:
--- Há poucos instantes,
professor! Carros entulhados nas ruas. Uma coisa estranha! – relatou
Gabriel.
--- Misericórdia! Ele veio como?
– indagou.
Vitória
--- Com ímpeto. Quando entrou na Terra o meteoro mergulhou com sua cauda formando cauda brilhante e se destinou a 200 metros, creio eu. – relatou com paciência
--- Com ímpeto. Quando entrou na Terra o meteoro mergulhou com sua cauda formando cauda brilhante e se destinou a 200 metros, creio eu. – relatou com paciência
Gabriel
--- E era grande? – indagou
Vitória.
--- Gigante. Imenso. Uma
gigantesca bolha. É o Pallank. Há dois anos que ele se encontrava com destino à
Terra. E hoje veio para Natal – confirmou
Gabriel:
--- Pallank? Eu o conheço. Não
admitia ter ele vindo em direção à Terra. Ave. Ave. – confessou
Vitória:
--- Nós – eu e o professor Pontes
de Miranda – estamos tentando reunir maiores detalhes sobre esse meteoro. Esse cometa veio de uma distância de 150 milhões
de quilômetros. É um gigante. Sua pedra foi atraída pela gravidade do Sol. O
meteoro se partiu contra os gigantescos pedaços até chegar a Terra. - confirmou
Gabriel:
--- Meus Deus do Céu! Eu posso
fazer algo? – perguntou
Vitória:
--- Quer falar com o chefe? –
indagou.
Gabriel
--- Sim. Sim. Desejo? –
confirmou.
Após alguns segundos o doutor
Pontes de Miranda atendeu ao chamado. Após breve conversa, o professor Gabriel
Colares demonstrou está pronto para ajudar no que fosse possível.
Miranda:
--- Agradecemos vossa atenção.
Toda a ajuda é pouca. Já estamos conectando com a FAB e o órgão está empenhado
em procurar o que sobrou do Boeing. E o resto é achar o meteoro. – relatou.
Gabriel:
--- Chego já. Aguarde-me. –
relatou confuso.
Logo no início do caminho, uma
outra tragédia. A queda de ultraleve deixou mortos os seus dois ocupantes. O
aparelho caiu ao lado de um condomínio residencial. O trânsito ficou de
imediato interrompido sem se poder passar no local. As pessoas ouviram o
estrondo e de imediato disseram ser a causa de outra tragédia ocorrida longe da
cidade. E assim o professor Gabriel Colares se sentiu impedido de continuar o
seu caminho. O ultraleve ficou espatifado na beira da estrada e seus dois
ocupantes tiveram morte instantânea. O homem coçou a cabeça e indagou
Gabriel:
--- E agora? Que fazer? –
observou o acidente do ultraleve.
Os veículos que viajavam em
direção à capital, foram se acumulando na estrada e com poucos minutos era tudo
um pandemônio. Alguém perguntava:
Alguém
--- Que foi isso? – indagou
preocupado
Mulher:
--- Um avião. Não está vendo? –
respondeu a mulher com brutalidade
Alguém
--- Eu sei, caninana! Pergunto:
se morreu gente. Víbora asquerosa. – se defendeu o homem
Um guarda de transito, conhecido
por “Bundinha”, iniciava o comando para deixar o trânsito livre. E com um apito
da boca fazia a vez de comando ordenando a todos passarem do local. Mas, nesse
episódio, tudo isso era em vão. Não se podia prosseguir a viagem. Para a
loucura do policial, era mais confusa a situação. Com os braços atravessando de
um lado para o outro, ele não conseguia mexer um único carro.
No céu, o professor Colares
podia, de imediato, deslumbrar a chama do cometa a se arrastar com lentidão da
capital para o interior. A rocha começava a se fragmentar em gigantescos
pedaços deixando manchas comparáveis ao diâmetro da Terra. Eram caudas
brilhantes em diversas cores E o núcleo do cometa era, com certeza, gigante. A
palavra meteoro significa fenômeno do céu. É usado para descrever a faixa
luminosa que se vê no céu quando a matéria do sistema solar entra na atmosfera
da Terra, criando incandescência temporária, resultado da fricção com
atmosfera. A chegada do meteoro à superfície da Terra dá-se a velocidade de até
70 quilômetros por segundo e é seguida de estrondos e chiados ensurdecedores.
Um clarão no céu provocado por um meteoro chamou a atenção dos moradores de
Ceará-Mirim naquele início de tarde. E, por coincidência o fenômeno ocorreu em
várias cidades do Estado e de Estados vizinhos. Não faltou alguém a declarar
ser o fenômeno a queda de um avião ou Jesus Cristo a descer em uma nuvem de
prata. Para o professor Gabriel era comum ser confunda a cauda do foguete com
Jesus. Era apenas a cauda de um cometa
Perguntador:
--- O que o senhor acha? –
perguntou espantado
Gabriel
--- É normal o fato. Um cometa
apenas. – disse o professor.
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