- METEORO -
- 07
BUSCAS
O dia avançava e, no interior,
havia falta de energia elétrica. Em Santa Cruz, o correspondente ficou
atarantado com a luz vista no Céu. Ele aventou ser um algo sobrenatural, pois não
sabia ainda de coisa alguma. O Céu estava limpo às duas horas da tarde e, de
repente, o repórter viu aquele clarão imenso chega ficou perdido de olhar por
certos instantes. Um estremecimento lhe deu nas pernas e ele não sabia se
corria ou não. Era um estranho clarão. Quando ocorria no tabuleiro, algo
predizia de anormal. E para o repórter, jovem ainda, aquilo não passava de
assombração. Faltou energia desde aquele instante e o repórter se apavorou.
José Airton olhava para um lado e para outro e ouviu o estrondar de alguma
coisa. Nessa ocasião, Airton estava postado em baixo do local onde de erguia a
imagem da Santa Rita de Cassia, a maior estátua do País. Um furor gigante
passou por sobre a imagem da Santa no momento em que o rapaz visualizou de
momento. Outras pessoas também verificaram o estrondo apocalíptico e em sua
maioria, o povo ficou cego pela luminosidade ofuscante emitida pelo raio.
Airton:
--- Socorro! É o apocalipse! –
gritava o rapaz querendo encobrir a face
O fenômeno raro, jamais
registrado, passou feito um relâmpago em direção à mata, para o fim de Santa
Cruz. Os veículos que trafegavam pela estrada em direção a Natal, colidiram
entre si. Foi o impacto anormal ocorrido. Os motoristas também vislumbraram a
luz ofuscante do fenômeno e os profissionais julgavam ser um trovão como sempre
ocorria em tempos de invernada.
Motorista:
--- Nossa! Que trovão! – alertou
um dos motoristas ainda acostado à estrada.
Todos os transeuntes estavam a
cismar com aquele fogo imenso vindo do céu. A falta de energia elétrica na
cidade agravou ainda mais o ocorrido. Era um susto do planeta Terra. As
vidraças da biblioteca no sopé da estrada que demandava a estátua da Santa
ruíram como um todo. O mesmo ocorrendo com as firmas alí estabelecidas. A correria das pessoas se estabeleceu de
imediato. Cada qual para o seu lado.
Mulher;
--- Virgem Santa Rita! – gritava
a mulher com seu véu na cabeça a correr desenfreada
Os garotos da escola se entocaram
no chão com o temor da vidraça estilhaçada.
Professora:
--- Cuidado! – gritava a mestra
procurando acudir os menores colando em baixo de si.
Servente:
--- O que foi isso, meu Deus? –
indagava sem saber a servente da casa de saúde.
As paredes derrubaram de vez
sobre quem estava por perto. Era algo estranho a ocorrer tão de repente. O
estilhaçar de vidros era assombroso. A grande bola de fogo chegava a Santa Cruz
após ter passado por Natal. Em campo livre, são 121 quilômetros, ou 1 hora e 48
minutos de viagem, aproximadamente, sem se levar em conta os caminhos tortuosos
entre os municípios. No espaço, a viagem é de menos de 1 horas. A bola de fogo foi
flagrada por várias pessoas, habitantes em lugarejos até se chegar a Santa Cruz.
Quem teve a oportunidade, parou para observar aquele raio de luz:
Menino:
--- Mãe! Uma luz! - apontava o
menino olhando para cima.
Um vaqueiro a vir trotear em seu
corcel viu a luz e cegou por alguns instantes. E se abaixou dizendo com a mão
na face.
Vaqueiro
--- Ave Maria! É o Demônio! –
falou assombrado o vaqueiro.
O clarão cegava a todos por alguns
instantes. Um gigantesco rastro de fumaça encobria a região atacada pelo
fenômeno celestial. Esse rastro podia ser visto a quilometro de distância. Na
feira livre o povo tentava entender o que se passava no céu. Com dois minutos
depois houve forte explosão. Gritos de assombros. Janelas e portas voam longe.
Houve pânico entre as pessoas. Era o fim do mundo, diziam todos que estavam na
rua.
Compradores:
--- É o fim do mundo! – gritava
apavorado compradores e consumidores
O susto era provocado por um
meteoro. Mesmo assim ninguém ouvia. Havia falta de energia. Ao passar por Santa Cruz, o meteoro tinha
cerca de 50 metros, mas se despedaçou em partículas menores ao tocar a
superfície da Terra. A entrada de pedaços de rocha em alta velocidade, na
atmosfera é capaz de produzir ondas de choques. A pressão e o calor fizeram o
meteoro explodir. Foi como se uma bomba atômica tivesse estourado o ar há vinte
quilômetros de altura. As pessoas se machucaram a longa distância. No posto de
Saúde de Santa Cruz não havia médicos. Os enfermeiros faziam a vez cuidando dos
feridos. Naquela cidade, foram mais de mil e cem feridos.
O repórter, já recobrado do
pânico, indagava a transeuntes como é que uma rocha podia ter causado tanto
estrago assim se ao menos ter atingido o solo. E foi ouvir um cientista que
trabalhava na estrada que levava para o alto onde estava a imagem da Santa Rita
de Cassia. O professor tinha em mãos uma rocha semelhante a que caiu do
interior de Santa Cruz e pode explicar com detalhes.
Professor:
--- Esse é um meteoro que pesa 20
quilos mais ou menos. Eu encontrei quando escavava a rocha onde está a imagem
da Santa. A rocha que caiu hoje, pode ter sete toneladas. E a se imaginar que
uma rocha como essa ser composta basicamente de ferro cair na Terra e explodir a
chegar a 100 quilômetros por hora? – indagou o cientista.
Airton:
--- Incrível! Não escapa ninguém.
E isso pode haver de verdade? – indagou o repórter.
Professor:
--- Se pode? Não faz tanto tempo
assim o fato. O último grande meteoro se chocou contra o continente há 105
anos, provocando uma explosão com potência mil vezes maior que a bomba de
Hiroshima. Só não virou a maior tragédia da história humana porque ele caiu em
um lugar desabitado, na Sibéria, ao norte da Rússia. – confessou de olhos bem
abertos.
Airton:
--- Mas houve vítimas? – indagou.
Professor:
--- Houve. Houve. As únicas
vítimas da pancada espacial foram árvores. E põe árvore nisso. Uma floresta de
2 mil quilômetros. Um capo um pouco maior que cidade de São Paulo foi
destruído. A rocha explodiu a cinco quilômetros de altura. Esse bloco tinha
mais de 70 metros. Por ser tão grande e rápido, não resistiu o atrito com a
atmosfera. – explicou com atenção.
Airton:
--- E como o bloco se formou? –
indagou.
Professor:
--- Isso é um mistério. Como o
meteoro no deixou vestígios após a explosão, acredita-se que a pedra não um
objeto comum. Acredita-se que essas trombadas ocorrem uma vez por milênio. A
maioria delas ocorre do mar. Por isso fique tranquilo. Ocorreu um dessa vez.
Não virá outro a cair em Santa Cruz
Airton:
--- E o Sol da Meia Noite? –
indagou curioso
Professor
--- Esse é outro exemplo. Ao
longo de algumas semanas após o incidente, uma estranha luz pairou sobre a
região, deixando as noites mais claras. Algo sobrenatural? Nada disso: os gases
soltos na hora da explosão se espalharam pela atmosfera, refletindo até
Tunguska, onde houve a explosão, dissolvendo parte da luz solar dos lugares
onde ainda estava em dia. – explicou.
Airton:
--- E a luz estelar? – indagou.
Professor:
--- Bem. É um jorro de luz
parecido com uma estrela explodido. Tanto que o clarão pode ser visto a 800
quilômetros de distância. A onda de choque da explosão gerou vários ventos
capazes de arremessar pessoas ao chão, mesmo que elas estivessem a 100
quilômetros do lugar- tornou a explicar.
Airton
--- E a cratera do México? –
indagou
Professor
--- Esse buraco gigantesco foi o
fim dos dinossauros. – sorriu.
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