- ASTEROIDES -
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PEDRAS
Os jornalistas estavam sedentos de
matérias assombrosas e nada mais seria fascinante que uma história fantástica
com aquela que os cientistas estavam a divulgar. A força causada pelo violento
impacto dos asteroides. Eles não pensavam nem sequer nas pessoas falecidas por
conta desse monstro vindo do espaço há 24 horas. O que interessava era saber de
maiores detalhes da notícia tão escabrosa quanto desumana. As gigantescas
pedras espaciais era o que mais satisfazia a vontade de saber de fato entre
todas as outras matérias para os jornalistas, ávidos como uma ave de rapina
atrás de sua caça.
Jornalista:
--- Professor. Mas o planeta Terra
já teve mais Meteoro. Ou esse foi apenas um que veio assim errante? – indagou.
Miranda.
--- Esse misterioso Meteoro não foi
um dos tais. Há constante Meteoro na Terra. Acontece que esse veio cair bem no
meio do deserto do Rio Grande do Norte. Mas, Meteoro sempre cai. Principalmente
do Mar. – destacou
Jornalista:
--- O senhor costuma visitar os
terrenos dos asteroides? – indagou.
Miranda:
--- Sempre que eu posso, eu
verifico esses terrenos, como o de Acari. Eu e os meus colegas. – fez lembrar apontado para os demais na mesa.
Jornalista:
--- Quer dizer que o senhor já foi
no terreno de Acari? Hoje? – indagou surpreso
Miranda:
--- Nós estivemos hoje mesmo. O
buraco está quente. Tem muito fogo em sua cratera. Vai levar tempo para consumir
tudo. – falou o cientista
Jornalista:
--- Mas o senhor visitou outros
buracos? – indagou.
Miranda:
--- Sim. Nós visitamos outros
buracos tão grades quando esse de agora. Esse estão adormecidos. Deve ser de um
tempo bem remoto. – afirmou
Jornalista:
--- O senhor sabe que o buraco foi
criado por um Meteoro? – indagou
Miranda:
--- Sim. Ainda têm outros para bem
distantes. Nós não podemos ir até esses. Tínhamos que regressar. Por isso, não
fomos para além dos dois buracos. – falou consciente.
Jornalista
--- Quando nós podemos ir, também a
essa terra? – perguntou.
Miranda:
--- Eu creio que vai levar certo
tempo. A região está protegida pela Força de Segurança. Com isso, não adianta
tentar. – falou desmanchando a intenção dos jornalistas.
Jornalista:
--- Compreendemos. Mas se os
senhores resolverem fazer a interferência? – perguntou
Miranda:
--- Não agora. Temos que fazer
análise dos fragmentos por lá encontrados, primeiro. – explicou
Jornalista
--- E o que os senhores acham de
tão misterioso? – perguntou.
Miranda:
--- Casos peculiares. Apenas isso!
– respondeu.
Jornalista:
--- Algo como um asteroide? –
indagou
Miranda:
--- Digamos que sim. – disse o
cientista
Jornalista
--- E tem alguma importância esse
asteroide? Ferro, por exemplo? – perguntou
Miranda
--- Sim. Dentre outros materiais. –
escamoteou
Jornalista:
--- Mas a cratera é muito funda? –
voltou a indagar.
Miranda:
--- A que nós visitamos, é muito
funda mesmo. Um buraco colossal. – respondeu
Jornalista:
--- Dá para construir uma cidade ou
não? – quis saber.
Miranda:
--- Dependendo da cidade, eu digo
que sim. – confirmou
Jornalista:
--- Mais uma pergunta: essa cratera
é do tamanho da que se projeto sobre Hiroshima? – indagou
Miranda:
--- Eu não conheço Hiroshima. Mas é
provável que seria maior. – confirmou
Jornalista:
--- Então, é possível que se tenha
que estudar como sendo a mais investigada da Terra. – aventou.
Miranda:
--- É muito provável. Isso, com
relação a segunda cratera. E a primeira é bem maior. – acentuou.
Jornalista:
--- Então essa cratera, mesmo sendo
a primeira, transformou a paisagem do mapa. Não? – indagou
Miranda:
--- Muito além disso. Bem além. –
confirmou
Jornalista:
--- As duas crateras pode-se
comparar a outras existente no Estado? – perguntou
Miranda:
--- Temos muitas crateras nesse
Estado. Algumas até maiores. – informou
Jornalista:
--- Como as? – fez a pergunta
Miranda:
--- São Miguel, por exemplo. –
declarou o cientista.
Jornalista:
--- Tem certeza? – indagou
Miranda:
--- E em outros municípios. Encontra-se
nesse campo estruturas cristalinas. – confirmou
Jornalista:
--- Mas estamos ricos! – gargalhou
sem pensar.
Miranda:
--- São vidros de arenito causados
por impacto. O material foi criado por uma poderosa energia causada por uma
explosão nuclear. Com certeza, pela força de um Meteoro, como a que abalou Tunguska.
– explicou.
Jornalista:
--- Minha Mãe! Estamos sentados
sobre uma bomba nuclear! – falou surpreso
Miranda:
--- Isso prova, em São Miguel e em
outros sítios já então descobertos, que essas fendas foram criadas por um
impacto de um asteroide- explicou
Jornalista:
--- Isso leva muito tempo? –
indagou
Miranda:
--- Cinquenta mil anos. – confirmou
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