quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ENCANTOS DE RACILVA - 01 -


ENCANTOS DE RACILVA

01

PRICIPIO


Eram pouco mais das cinco horas da tarde e o local estava repleto de gente, em sua maior parte, os bebedores de cerveja, rom, uísque além da pura cachaça. Na entrada da quitanda tinha afixada a placa com o nome sugestivo: “O Bezerro de Ouro”. Alguém colocou essa placa, não se sabe quem. Contudo, a comenda estava lá, afixada e sempre a balançar com sua zoada característica quanto o vento soprava de um lado para outro. Carros passavam, outros ficavam parados, mecânicos entravam e saíam do Bar, poucos dormiam o sono da verdade, encostados na parede do lado de fora. Coisas de Bar. De imediato, um carro estacionou logo em frente e logo desceu um homem robusto, não gordo. Seu nome era Othon. Para se livrar da lama sacudida por outros carros, Othon se esquivou, passando pela frente do seu carro. Logo em seguida ainda limpou o cós da calça e, de imediato, entrou no Bar repleto de gente, como era de costume nos finais da tarde, em dias de semana, menos aos domingos, depois do meio dia. À sua frente, vinha Mirtes, de braços abertos para abraça-lo, incontinente ao soltar pilherias gostosas
Mirtes
--- Meu amado! Há quanto tempo? - - relatou cheia de graça
Othon
--- Ora, ora! Eu estive aqui há dois dias! - - e se deixou abraçar
Othon nem prestou a atenção as gorduras de peixes, carnes, frangos que a mulher tinha pregada no corpo. A zoada dos beberrões era mais tensa que a sujeira do corpo da mulher, baixa e gorda. Logo em seguida, Mirtes arrastou pelo braço o senhor Othon para um lugar mais agradável, longe dos demais. Damas passavam com bebidas e comidas em suas mãos para servir aos seus clientes e logo avisado ao homem do Caixa.
Dama
--- Mesa 33! - - relatava.
Outras voltavam bem compostas e nem ligavam o novo cliente. Com certeza, já o conheciam, por certo. Mirtes chamou uma moça, novata, 22 anos, aparentemente, para seguir o homem que já estava sentado em uma cadeira com uma mesa quadrada e apensa um paliteiro como enfeite. Seu nome era Racilva. E foi lhe falando.
Mirtes
--- Cuide-a bem. É uma preciosidade da casa. - - piscou a vista.
E a conversa foi de imediato cuidada. Racilva, de poucas carnes, respondia apenas o que Othon indagava. De início, o homem declarou ser também do interior e há algum tempo se transferido para a Capital onde concluiu os seus estudos. Então, Othon trabalhava na Universidade e vivia solitário em um apartamento. Nunca fora casado até aquela data.
Othon
--- E a senhora já é casada? - - indagou curioso
Racilva
--- Eu, não. Sou do interior onde meu pai morreu de uma doença não sei qual. Eu trabalhei em casa de família, por pouco tempo. Após a morte de meu pai eu resolvi viajar para Natal. Eu já conhecia a cidade de poucas vezes. Mesmo assim, com dona Mirtes, que eu já conheço há tempos, mulher também do sertão, eu resolvi ficar até conseguir um trabalho.
Othon
--- Nunca teve namorado? - - indagou
Racilva
--- Só paquera de colégio. Quer dizer: escola, grupo. Mas dei de conta. Vivi em casa, trabalhando. Ou nas casas dos outros. Trabalhei, por algum tempo, na casa do coronel Ferreira como cozinheira. É o que faço de melhor. - -
Othon
--- A propósito: eu estou à procura de uma moça que saiba cozinhar. Eu moro só, em um apartamento. Faço minhas refeições da rua. Eu pergunto: você quer ir trabalhar em minha casa?
Racilva
--- E sua mulher? Não tem? –
Othon
--- Nunca tive. Nem separado ou desquitado. Vivo só e Deus. - - afirmou
Racilva
--- Será que é do seu gosto o que eu preparo? - - indagou sorrindo
Othon
--- Para quem se acostuma a comer em restaurante, come em qualquer canto. Não achas? Não culpo você. Certa vez, eu pedi um peixe e me trouxeram um caranguejo. Veja bem! –
Racilva
--- Que coisa! Como é que pode? - - sorriu
Othon
--- E você aceita ir trabalhar no meu AP? Pago mais de um salário. Tem folgas. A não ser que não queira o trabalho! –
Racilva
--- Vou ter que falar com Mirtes. Eu, aqui, não tenho salário. Pelo menos até agora. Ela não falou. Eu também não peço. Já tenho de tudo, um pouco.
Othon
--- Mirtes pode por areia? - -
Racilva
--- Areia? O que é isso? - - indagou curiosa
Othon
--- Negar, quero dizer. Você é linda, moça, tem seus bustos. Não lhe falta nada.
Racilva
--- O que eu tenho é somente meu. Ninguém pode mexer! - - alegou carrancuda
Othon
--- Eu sei disso. Um dia você pode casa, ter filhos. E por isso tem que se guardar. –
Racilva
--- Eu sou matuta. Mas matuta não quer dizer das brenhas. Moça do mato, por assim dizer.
Othon
--- Então! A minha oferta? –
Racilva
--- Vou falar. É longe a casa? –
Othon
--- Perto. Indo de carro, mais perto ainda. Você se acostuma logo! –
Racilva
--- Imagino! Tem praias? –
Othon
--- Só tem. Um mar e tanto! - - alegrou
Racilva
--- Eu quero conhecer o mar. Deve ser muito bonito. –
Othon
--- É um encanto. Pescadores, vendedores de peixe, o marulhar das ondas batendo nos rochedos além de peixes miúdos de pagar com a mão. Maravilhoso! - -
Racilva
--- Deve ser, sim. Eu lembro o rio de minha terra. Quando está cheio, é uma maravilha. Ninguém passa de um lado para outro. Nem caminhões. A pista fica coalhada de um lado a outro. Incrível!
Othon
--- No Nordeste, quando chove, o tempo muda.
Racilva calou.


sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 03

RIO RENO
03
OS BÁRBAROS

Steiner esperou um tempo para poder prosseguir a conversa. Ele olhou o seu relógio de pulso e chacoalhou a mão para não ter dúvidas que de nada ali parou. Às oito e meia da noite, Maria se aprumou no sofá, cruzou os braços e fitou séria o rosto de Steiner. O homem estava atento ao seu relógio. De costa para a estante coberta de livros, ele então deu prosseguimento ao assunto se admirando de uma moça jovem desconhecer a história da França, morando em seu território. Ele observou umas pinturas antigas e de vez, se postou para dar início a conversa.
Steiner
--- Bem. Isso é antigo. O Império Romano estava no fim e dessa forma os Bárbaros tacaram em diversas linhas. Os saqueadores ferozes, vindos do Norte chegaram, por assim dizer, batalharam a ferro e a sangue. Eram eles os Francos.
Maria
--- Francos? - - estranhou.
Steiner
--- Sim. Os precursores de uma ordem mundial. Há 300 anos depois de Cristo. No rio Rhine ou Rio Reno, por mais de um século o Império Romano foi atacado por tribos violentas que se infiltravam por suas fronteiras. Pelo Norte, atacantes germânicos invadiam os limites romanos.
Maria
--- Entendi agora. Parece que estou pisando no passado. - - sorriu
Steiner
--- É isso. Por mais um século o Império Romano foi atacado por tribos violentas que se infiltravam por suas fronteiras. Liderados pelos chefes bárbaros de longos cabelos que buscavam locais para iniciar uma vida nova. Passaram a ser chamados de Francos. Eles não passavam de aliança de pessoas que formavam sob liderança de líderes em circunstancias particulares.
Maria
--- E o que significa a palavra “franco”? - - indagou
Steiner
--- Franco? Significa “livre” na língua “frâncica”. Era a antiga língua do povo germânico que habitava a região no oeste do Reno e governava grande parte da Europa. Ainda hoje se fala em diversos dialetos germânicos. –
Maria
--- Entendi. Por favor, pode continuar. - - sorriu
Steiner
--- Pois bem! Os Francos aproveitaram uma oportunidade. Atacando um exército romano fragilizado pela guerra civil. A Guerra Civil tinha matado muitos soldados romanos e também tinha exposto a fronteira do Reno, facilitado a invasão.
Maria
--- Entendi agora. Ave Maria! - -
Steiner
--- Pois bem. Com a queda das Defesas das suas fronteiras na província da Gália, os romanos foram inundados por uma onda imensa de invasores selvagens no local que hoje é a Alemanha. No passado, os guerreiros francos que ousaram entrar na Gália, pagaram um preço muito alto. O Imperador Constantino lançou vários dos seus líderes na “arena”, executando, como fazia com os piores inimigos numa tentativa de aplacar o entusiasmo dos ataques francos. Entende? –
Maria
--- Sim. Sim. Vamos a frente. - - sorriu
Steiner
--- Bem! Mas, nessa época, Roma, já enfraquecida, resolveu usar os Francos, dando para eles as terras de Toxandria onde ficam, agora, os países Baixos (Holanda) e a Bélgica. Lá, serviam como para-choque contra outros Bárbaros. Mas, geralmente, levavam uma vida tranquila depois que penetraram na fronteira romana. Em termos de ataque e pilhagem, os Francos eram camponeses e tinham plantações. Criavam animais. Depois, partiam para atacar e pilhar onde surgisse outra oportunidade. Quando os Francos apareceram no Império Romano, foi fácil identifica-los por seus trajes. Tinham cabelos longos, não tomavam banho e os romanos achavam, não só barulhentos, como malcheirosos.
Maria
--- Minha Nossa! Ainda hoje eles são assim! Por que heim? - - quis saber
Steiner
--- Sei lá! Mas seu contato com os romanos transformou-os. Durante mais de um século viveram como sérvios obedientes, adotando um estilo de vida bastante romântico. Mas não eram romanos. E havia uma coisa da qual não abriam mão: de seus Deuses. –
Maria
--- Mais de um? - - surpresa.
Steiner
--- Ora está! Seguiam sua religião pagã tradicional que se baseava na adoração de Deuses da natureza. Eram devotos a sua visão da verdade da sua religião pagã. Os cristãos acreditavam que os Francos fossem ignorantes ou “perdidos”, prontos para a conversão. Mas os Francos pagãos viam sua própria religião como uma fonte de grande poder guerreiro. A única possibilidade de os povos germânicos serem convertidos ao cristianismo, era se o poder de Deus fosse demonstrado e isso só poderia ser feito com um milagre. E não havia milagre maior que uma batalha. 
Maria
--- Uma batalha! Quer dizer: mais uma guerra! - - decepcionada
Steiner
--- Isso mesmo! Armado com os poderes dos Deuses pagãos, os Francos invadiram quando o Exército Romano, enfraquecido, afastou-se para repelir outros Bárbaros. A Gália, eu já fora a mais próspera das províncias romanas, compreendendo que agora é a França, a Bélgica e partes da Itália e da Alemanha, estava vulnerável a invasão das tribos francas. E estava muito claro para os Francos que era o momento de mover para o sul.
Maria
--- La vai morte! –
Steiner
--- Pois é! Quatrocentos e quarenta e seis depois de Cristo, norte da Gália, entre os chefes francos existia um que poderia tomar o território deixado pelos romanos. O nome dele era Meroveu. E foi do seu nome que nasceu uma nova linha de conquistadores Bárbaros. Os Merovíngios. Dizem que ele descendia de um Deus do mar. Meroveu chefiará seus homens contra os romanos na cidade de Turner. Meroveu negocia uma trégua e suas tribos francas estabelecerão e defenderão uma área em torno da cidade. –
Maria
--- Não é possível! - -
Steiner
--- E Meroveu conquistando mais terras, conquistou um poder maior. Um poder que ansiava por testar. Em Chalons, na Gália, logo os romanos forneceram a oportunidade alistando tribos francas para lutar contra a pior ameaça ao Império: Átila, o Huno. O Flagelo de Deus, como o chamavam. Átila foi um importante conquistador, famoso pelos ataques que comandou contra o Imperio Romano. Ele era chefe dos hunos, um povo nômade de origem mongólica. Átila levou seu exército de hunos e outros aliados bárbaros até o centro da França.
Maria
--- Que desprezo! - - cara amarga
Steiner
--- As linhas de batalha reúnem em Chalons onde atualmente fica a França. Meroveu e seus francos entram na briga contra os aliados bárbaros de Átila. Com a ajuda de Meroveu e dos seus francos, os romanos obrigam os hunos a retirarem-se desmoralizando Átila e levando a vitória para o Imperio. A vitória do Exército sobre Átila foi sumamente importante pois significava que essa parte Ocidental do Império Romano, permaneceria com o Império.
Maria
--- Para mim, é um estrago. Sejam romanos, alemães ou huno que estejam em luta. Faz-me lembrar o morticínio do Holocausto de agora.
Steiner concordou

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 02 -

FLORESTA NEGRA
02
PATOS
Após algum tempo não muito longo, Steiner chegou com Maria a Chácara Baumuller, um local amplo e bem guarnecido. Dois cães doberman vermelho se acercaram do portão principal a latir insistente. O cuidador de cães veio depressa para acabar com a algazarra. Steiner saltou do taxi, pagou a conta e ele alertou Maria para não se importar com os travessos, pois o guarda já estava pronto para recolher os animais.
Steiner
--- São Dobermans. Uma raça inteligente. Obedientes. Alemães, por sinal. São adestrados. Não se importe. - - declarou
Maria
--- Eu acostumo com eles. - - sorriu
A estrada para Frankfurt fica na Floresta Negra e a mãe de Steiner reside em uma casa de três andares mais o térreo, banhada pelo lago Titisee ao redor de pinhais. O terreno é bem amplo e a criação cabe bem, não apenas patos, como também gansos, guinés e galinhas. Desses todos, os beneficiados são os patos gigantes à venda para os mercados da cidade de Frankfurt. Para se definir, a Chácara tem capacidade para criação de milhares de patos e demais aves. Em pouco tempo, Maria estava a cumprimentar a senhora Evelyn Steiner, mãe de Steiner, filósofo pela Faculdade de Paris. Mulher simpática, sorridente até, e comandava um batalhão de aves para venda durante a sua época. Além do caseiro a cuidar dos cães, dona Evelyn tinha comando de uma porção de gente a cuidar de suas aves. 
A conversa durou longo tempo. A senhora Evelyn indagou se os dois eram noivos e a moça, Maria deu resposta negativa, a sorrir. Evelyn olhou de lado o seu filho para conferir a resposta de Maria.
Steiner
--- Verdade, minha mãe. Não somos noivos. Eu a conheci inda a pouco. Estamos em viagem. Convidei Maria para visitar a sua Chácara. Só isso.
Maria
--- Steiner nem sabia que eu tinha sido casada! - - gargalhou  
Steiner
--- Verdade! Verdade! Nem deu tempo! Quando Maria disse-me ter sido casada, então eu me assombrei!  - - sorriu
Evelyn
--- Por isso é todos o chamam de bobo! Todos, não. As irmãs. - - sorriu
Steiner
--- Eu sou o caçula, minha mãe. - - sorriu;
Evelyn
--- Quanto tempo vocês ficam em minha casa? - - alegre.
Steiner
--- Maria é quem sabe! - - disse ele.
Maria
--- Eu? Por que eu? - - surpresa.
Steiner
--- Você é a convidada! - - sorriu sem parar
Maria
--- Eu, não. Você é quem diz. Ora eu! - -
Evelyn
--- Vocês decidam. A casa é de vocês. Passem o resto da vida. - - sorriu.
Maria
--- O que me interessa são os patos! Eu nunca vi pato. - - relatou
Evelyn
--- Pato? Ora, ora. É só o que tem aqui. Pato, ganso, marreco, guinés. Tudo isso e muito mais.
Steiner
--- O que você prefere? Pato ou ganso? - -
Maria
--- Nem sei mais. Tem tanta ave! - - desgostosa
No restante do dia, Maria visitou os campos de se guardar patos, gansos entre outras aves, em um cercado enorme com as casas de dormidas, todas forradas a evitar as notáveis fugas quando as aves cruzavam o céu diurno em busca de novos pastos. O odor de fezes das aves nativas dava a qualquer um, espaço necessário de se proteger com máscara, se não fosse habituado. Por esse tempo, Maria, Steiner e um cuidador de aves percorrerem amplos caminhos a visitar, de qualquer modo os patos, gansos entre outras aves silvestres. Depois de longa caminhada Maria, encantada, resolveu retornar a casa onde ficaria por horas ou dias
Após o jantar, Steiner foi até a sua Biblioteca acompanhado de Maria. Ela estava admirada com tamanhos volumes de livros tomando vasta posição. Exposições de artes sacras de pintores famosos como Gauguin, Matisse, Renoir, Van Gogh e tantos outros estavam à vista no ambiente natural da Biblioteca. Maria admirava cada quatro como se nunca tinha visto. Um toca-discos antigo era algo de muita surpresa a quem o via. E Maria indagou.
Maria
--- Ele toca ainda? - - perguntou
Steiner
--- Esse? Toca. E muito bem. Está aí como museu. Mas toca. Tem discos guardados na estante.
Maria
--- Hum! Maravilhoso! - -
Steiner
--- Livros, aos montes. A grande parte pertenceu ao meu pai. História antiga. Mesopotâmia. Império Egípcio, Hititas, Assíria, Babilônia. O velho procurava tudo e chegava em casa com um monte deles. Era um colecionador nato. –
Maria
--- Dá para sentir. Alguém entra aqui? –
Steiner
--- Apenas minha mãe, uma doméstica para fazer limpeza e eu, por certo. Ninguém mais. –
Maria
--- E eu, agora! - - sorriu pela astucia
Steiner
--- Sim. Você. Mas é um caso à parte. - - sorriu
Maria
--- Tem algo sobre Maria Madalena? - - indagou
Steiner
--- É o que mais tem. Deixa-me ver. Um instante. Mas tem também sobre o Santo Graal! - -
Maria
--- Quem? Santo o que? - - indagou pensando bem.
Steiner
--- Graal! Sangue sagrado. Esse tem aqui. Os Celtas, Rei Artur, Dinastia Merovíngia, Cavaleiros Templários, a França.  - - tentou explicar
Maria
--- Ah. Rei Artur. Mas, o que tem a ver a França com isso? –
Steiner
--- A França não existia ainda. Ele findou por chegar com a invasão dos Bárbaros, da Alemanha que ainda também não existia como nação. É uma história bem antiga. - - relatou
Maria
--- Eu estou surpresa. Conte-me, por favor. - -
Steiner sorriu.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 01 -

PARIS
01
PARTIDA 

Jordan Steiner estava de partida de Paris para a Alemanha no ultimo trem daquela noite. A estação estava com poucos passageiros e menos ainda com o carro que ele embarcou. De imediato, Steiner pulou para dentro e notou bem poucos passageiros. Ele pegou uma poltrona do lado direito onde havia menor número de passageiro. Um homem barrigudo sentado à esquerda, uma moça com uma revista de bolso sentada a frente do seu lugar e poucos outros passageiros apenas. A linda mulher nem se deu por conta com a presença de Steiner. Em outra circunstância, Steiner a chamaria de Olga, pois era bem parecida com a jovem que ele, um dia, namorou quando estava na Faculdade de Filosofia de Paris. Por conta disso, Steiner se habituou a chamar qualquer moça por nome de Olga, mesmo não sendo a mesma. Cinco minutos após o trem partiu desligando-se as luzes ambiente deixando o vagão em penumbra. A buzina da locomotiva fez um estardalhaço incrível quando a composição se moveu. Steiner se acomodou fechando a janela lateral para nada a enxergar. A fraulein “Olga” se aquietou a seu modo esticando as penas para baixo da poltrona da frente, como quem quisesse dormir.
O trem corria depressa para ser cumprido de três horas e cinquenta minutos até Frankfurt. Em certo instante, em um minuto ou outro, Steiner despertou de um breve sono e não viu a fraulein Olga que estava sentada na poltrona a frente da sua. Para ele, aquilo era normal. A Olga teria saído para ir à toalete, com certeza. Então ele fechou os olhos e adormeceu novamente. O tempo passou rápido e o trem chegou ao destino final. Com o impacto, Steiner acordou surpreso. As lâmpadas estavam acesas. De imediato o homem se levantou da poltrona e enxergou no fim do corredor a moça Olga. Ela já estava a descer do vagão. O movimento àquela hora da madrugada já estava crescendo às vistas. Mulheres vestidas de casaco a cobrir a cabeça puxando a maleta das compras, incluindo fraulein Olga seguida de perto pelo senhor Steiner. A moça entrou em um bar perto à estação para fazer refeição matinal. Sentada em frente, ela pediu um hambúrguer acompanhado de uma coca. Nesse momento se sentou também o senhor Steiner e pediu uma pizza acompanhada por uma bebida leve.
À sua frente, um jovem lia um exemplar que Steiner conhecera muito bem. Tomo volumoso, capa vermelha com grifos ao seu redor e o nome “Nostradamos”. O homem sorriu e logo pensou o tempo gasto quando ele precisou daquele livro de mais de 500 anos. O parque experimentava soberbo movimento àquela hora perto das cinco da manhã. A moça chamada por “Olga” pegou a sua maleta profissional e saiu. Steiner a observou com pressa, não querendo nem falar um pouco. Mesmo assim, a observava e as suas ancas. Ele, insatisfeito não pode saber se “Olga” era casada ou não. Talvez fosse noiva, por certo. As suas mãos estavam cobertas por luvas de cor cinza como estavam também as mãos de Steiner. Fazia frio fora do bar. O rapaz esperou um tempo para poder seguir a senhorita, pelo menos para saber o seu verdadeiro nome. Com um volume de livro preso em baixo do braço e a sua maleta, Steiner esperou um certo tempo depois de quitar seu débito e seguiu direto para ver onde “Olga” se destinava naquela ocasião.
A moça pegou um taxi e ele não desanimou. Pegou o taxi seguinte e orientou ao motorista.
Steiner
--- Siga aquele carro, por favor! -  
Após um curto tempo, o taxi de “Olga” subiu uma rampa e parou em frente ao portão de entrada de um Hospital. O taxi de Steiner seguiu em frente e estacionou mais adiante. O homem pagou a conta e agradeceu, levando a sua maleta e o livro. Dentro de instantes Steiner chegou ao hospital onde havia pacientes e homens vestidos todos de branco, podendo ser enfermeiros e maqueiros. Em baixo carros de pronto socorro estacionados a espera de chamados. O carro da polícia chegou naquele minuto prazendo alguém, possivelmente um doente. Um homem solitário a espera de alguém a lhe prestar avisos. E Steiner enxergou entrando em uma porta, a moça “Olga”. Ele se adiantou o viu chegar um enfermeiro. De imediato, indagou.
Steiner
--- Senhor, por favor. A  aqui trabalha a médica “Olga Schulz? - - assustado.
Enfermeiro
--- Schulz? Não creio. Mas pergunte as atendentes, sim? - -
Steiner
--- Obrigado. Vou indagar. -  
Nesse instante, “Olga” já voltava de onde tinha ido e Steiner procurou falar-lhe para saber se a moça conhecia a médica Olga Schulz, médica especialista e se essa trabalhava naquele hospital. A moça o escutou e, lamentando, declarou não conhecer tal pessoa, mesmo de outro Hospital.
Steiner
--- Sabe. Eu sou formado em Filosofia. Agora, venho a minha terra a procura dessa doutora. E não se conhece de forma alguma.  Seu nome, por favor! - - lamentou.
Maria
--- Maria Wolf. Perdão. Essa pessoa não a conheço. O senhor é daqui mesmo? –
Steiner
--- Sim. Venho, agora, de Paris. Em seguida, vou para a casa de minha mãe. Desculpe-me. – -  entristecido
Maria
--- O senhor mora aqui perto? - - indagou
Steiner
--- Não, senhora. Minha mãe mora do campo. Ela cria patos. É uma fazenda. E a senhora? - - sorriu
Maria
--- Eu resido no Beco das Freiras. Antes, um convento. Hoje é uma casa. Tem quartos para alugar apenas para as moças.
Steiner
--- Sei onde fica. - - sorriu
Maria
--- Sabe? Eu estou pensando em ir com você até a Fazenda de sua mãe. Porém antes tenho que passar na Hospedaria “Hotel do Anjos”. Paradinha rápida. Pode ser? - - sorriu
Steiner
--- Sim. Pode. A Chácara de minha mãe fica mais distante. É a “Chácara Baumuller”. Alguns quilometros a frente.
Maria
--- Patos! Adoro patos! Sua mãe não tem esposo? - - inquieta.
Steiner
--- Teve. Sim. Ele morreu em um acidente de carro. Meu pai era professor. Você sabe. Emprego difícil. Lecionava de dia e à noite cuidava dos patos. Essa granja, ele adquiriu de um antigo dono. E conservou o nome: Baumuller. O velho teve três filhos: Duas imãs e eu. Sendo eu o caçula. As minhas irmãs, casaram. E eu fui mandado para Paris. Estudar fora. - - sorriu
Maria
--- Eu tenho três irmãs. Meu pai – razinza - requereu divórcio. Diz ele que não aguentava mais as discordâncias com minha mãe. Acabou divorciando. Eu fui a Paris, estudar. As minhas irmãs ficaram aqui mesmo. Elas trabalham em repartições. Minha mãe casou de novo! - - sorriu
Steiner
--- C’est la vie! - - sorriu o rapaz como quem diz “isso é a vida”.
Em instantes Maria Wolf desceu do taxi, entrou em seu apartamento, no Hotel dos Anjos, ambiente só para sexo feminino, foi se banhar, trocou de roupa e imediatamente retornou para seguir viagem. Sorrindo, Maria indagou:
Maria
--- Demorei? - - sorrindo.
Steiner
--- Nem um pouco. Vamos seguir viagem agora. - - respondeu.
O taxi seguiu e os dois conversavam como se nada ocorreu. Steiner indagou se Maria tinha sido casa e essa respondeu que sim.
Maria
--- Sim. Fui casada. Mas o negócio não deu certo e ele partiu para sempre. - - com cara feia.
Steiner
--- Ele, quem? Seu marido? - -
Maria
--- Sim. O meu ex. Nome: Denis. Francês, por sinal. - - calou     

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 51 -

ÊXODOS
51
EPÍLOGO 

Os hebreus estavam a salvo da intoxicação por alimentos nocivos estocados em panela de barro guardadas no chão quente. Os egípcios não tiveram a mesma sorte. O povo egípcio seguia outro costume. Isso era comum em todas as nações do mundo com exceção do povo hebreu. Como quem diz: ”o costume é quem mata”, os hebreus adotavam novos costumes. Comer carne de porco era um procedimento nocivo para o povo hebreu. Por isso, os hebreus não comem carne de porco ainda hoje. Eles, ainda hoje, nos dias atuais, seguem a Bíblia como sendo um livro sagrado em todos os momentos da vida. Apesar de ser um povo escravizado em uma pátria ao lado, o Egito, os hebreus não largavam as suas crenças.
Agora é a travessia do mar Vermelho. As dez pragas, do rio de sangue à falta de alimentos e mortos nas famílias, devastaram os egípcios. O Faraó cedeu diante das suplicas insistentes de Moises e libertou o seu povo. A questão é: que caminho Moises e o povo de Israel tomaram? A história de Moises é baseada em fatos. Desse modo, seguiremos Moises na sua peregrinação e encontraremos a travessia do mar Vermelho. E também o local mais sagrado da Bíblia: o Sinai.
A Montanha de Deus onde Moises recebeu os Dez Mandamentos. Já sabemos que a cidade bíblica de Ramessés ficava nas, hoje, ruinas chamadas de Putim. Mas para se descobrir a rota do Êxodo se tem que voltar ao texto bíblico. Ao chegar a essa cidade, os hebreus se defrontaram com o Mar Vermelho. A parte do Mar Vermelho mais próxima da antiga cidade de Ramessés fica, hoje, perto o Canal de Suez. Pela localização, este é considerado o local tradicional do milagre bíblico pelo qual dividiu o Mar Vermelho.
Mas, na época, há três mil anos, Ramessés II controlava toda essa península do Sinai. E aí os hebreus estariam sob o controle egípcio. A rota do Êxodo deve ter sido diferente o que fornece um outro mapa da Bíblia. Por isso, Moisés seguiu para o Golfo de Acabar. Em vez de cruzar o Mar Vermelho a oitenta quilômetros da capital do Faraó se acredita que Moisés e o seu povo chegou a Acabar, 480 km a leste. A meta de Moises era chegar a sua antiga terra onde estava Midiã, onde hoje fica a Arábia Saudita.
Mas, quando os hebreus chegaram ao litoral, o Exército do Faraó os alcançou. “Então, Moises levantou o seu cajado e o mar Vermelho se dividiu”. Mas, existe alguma verdade por trás desse incrível efeito especial bíblico. A chave para desvendar esse antigo mistério está na descrição bíblica do evento. O livro do Êxodo diz: “Moisés estendeu a mão sobre o Mar e o Senhor fez o Mar recuar com forte vento leste que soprou a noite inteira. E fez o Mar ficar e as águas se dividirem”. Esse fenômeno foi causado pelo vento. A divisão do Mar Vermelho não foi um milagre instantâneo. Mas um raro fenômeno meteorológico. É um fenômeno que acontece em águas rasas. O vento soprou da praia para a parte mais funda, muito forte mesmo e o golfo raso, a agua recuou tanto que as irregularidades do leito ficaram expostas. Na história, os hebreus cruzaram o mar Vermelho quando o leito ficou exposto.
O fenômeno foi encontrado justamente onde a Bíblia aponta. Moises e os hebreus fugiram do Egito, cruzando a península do Sinai e chegando ao Mar Vermelho onde hoje fica o Golfo de Acabar. Hoje, Ácabar é um paraíso turístico onde as nações de Israel, Jordânia e Egito se encontram. A topografia subaquática não revela irregularidades. Mas a três mil anos as condições eram diferentes. Sabe-se que há dois mil anos as águas do Golfo de Ácabar avançavam cerca de 200 metros litoral a dentro. E sabe disso por causa de uma cidade romana chamada Eilat.
Segundo registros romanos era um porto no Golfo de Ácabar. Diametralmente, Eilat está a quase 200 metros do litoral. Então na época do Êxodo, há três mil anos, o mar devia se estender por mais de 200 metros. O litoral de hoje deve ter sido há três mil anos uma área elevada submersa. Se o Mar Vermelho foi dividido, deve ter ocorrido no estreito, ocorrido a trezentos metros onde hoje está o Golfo de Ácabar. Era o local para tal fenômeno. Mas a Bíblia também afirma que, quando o “vento parou de soprar, as muralhas de água desabaram” e o Exército do Faraó se afogou. E isso ocorre hoje por onde se for.
A Bíblia diz que depois que Moises e seu povo atravessaram para a liberdade, ainda faltava uma etapa: chegar a Montanha de Deus. Existe um mistério final na narrativa bíblica no Êxodo. Depois de atravessar o Mar Vermelho, Moises levou seu povo para o Sinai, a Montanha de Deus, onde recebeu os Dez Mandamentos. Existe um monte chamado Sinai na península do Sinai, considerado o Monte Bíblico desde o século IV depois de Cristo. Ele, desde então vem recebendo milhares de peregrinos todos os anos. Mas, se a teoria estiver correta, o tal pico não pode ser o lugar onde Moises recebeu as Leis.
Se o povo escolhido atravessou mesmo o Mar Vermelho em Ácabar e não em Suez, o atual monte estaria a 250 km dos hebreus. Aonde fica o verdadeiro Monte Sinai? O livro do Êxodo nos dá uma pista. Quando Moises e os hebreus seguem as instruções de Deus: “E o Senhor ia diante deles, seguia uma coluna de nuvens para mostrar o caminho. E de noite, numa coluna de fogo para iluminá-los para que caminhassem de dia e de noite”.  Um evento natural: Um vulcão!
De dia, poderiam ver grossas nuvens saindo de um vulcão. E à noite eles viram as chamas! Então, o vulcão faz sentido. Não existem vulcões ativos na península do Sinai. Mas há vários na Arábia Saudita, perto do local da travessia. Em Ácabar.
Mas, será que o Vulcão de Moises poderá ser localizado?
A própria Bíblia parece dar a direção específica. A pista fundamental para dar a localização de Kadosh Barnea ao Monte Sinai vem do relato do Deuteronômio. Uma jornada de onze dias até o Monte Sinai. Os peregrinos percorrem uma jornada de sessenta quilômetros por dia, e isso equivale em seiscentos e sessenta quilômetros. A cidade indicada de Kadosh Barnea aparece em muitos mapas antigos. Em um raio de seiscentos e sessenta quilômetro só há um vulcão ativo grande o bastante para criar uma coluna de fumaça que os hebreus poderiam ver e seguir há muitos quilometros de distância: Monte Borne; E quanto Moises rebe as leis do Monte e a Biblia diz: “E a fumaça subiu como fumaça de uma fornalha e todo o mundo tremia grandemente”.
Uma erupção impressionante que só poderia ter vindo de um Vulcão ativo. Das dez pragas do Egito a divisão do Mar Vermelho, até a Montanha de Deus, os milagres do Êxodo podem ser explicados por seus números científicos. Porém, isso não torna a história menos milagrosa. Descobrir a ciência por trás a Biblia pode não ser tão importante. Mesmo assim, o Êxodo é uma história de perdedores que, com fé e perseverança conseguiram superar toda a opressão de suas vidas.
O Êxodo! Narrativa bíblica de milagres. Catástrofes. No curso da história alterado pelas mãos de Deus. Da sarça ardente à morte do primogênito, então se busca por acessos explicações naturais para acontecimento sobrenaturais. Areias do deserto e Vulcões. Os milagres aconteceram. Essa é a verdadeira história do Êxodo! Mistérios da Biblia!                 

FIM


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 50 -

MOISÉS
50
MANDAMENTOS

  Na sexta-feira era a inauguração do novo e moderno Cine Tirol, a nova criação de Marilu a frente de outra, a Rádio. Nessa noite, vinte horas, a sala ampla se encheu de convidados especiais para assistir a nova película OS DEZ MANDAMENTOS, um filme de Cecil B. DeMille, tendo no elenco astros como Charlton Heston no papel de Moises, Yul Brynner como Ramsés, Anne Baxter no papel de Nefretiri e Yvonne De Carlo em Séfora além de mais inúmeros atores do elenco. O filme foi dividido em duas partes com duração de três horas e quarenta minutos por completo. Cecil De Mille já dizia que fazer um épico era bastante se ler a Bíblia e nada mais. E assim foi feito esse filme. Como convidados para avant premier estavam pessoas de alta classe, toda com convite especial. Os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica além de Senadores, como doutor Almeida, velho homem do Senado e pai de Lauro. O Senador estava acompanhado de sua esposa como também Lauro ao lado de Marilu, a esposa desse, Governador, Deputados, Prefeito Vereadores. Familiares de Lauro e a mãe de Marilu, dona Cora. Toda essa gente e repórteres do Jorna e de outros órgãos de imprensa.  Era o mundo todo reunido.
Moises, escolhido por Deus, ele guia seu povo da escravidão à liberdade. Mas qual é a verdade por trás do mito do Êxodo? Dez pragas terríveis assolaram o Egito a três mil anos. Existe uma força capaz de dividir o Mar Vermelho? A ciência por trás do Êxodo para explicar o mistério bíblico. A Bíblia. Uma escritura sagrada para milhões de pessoas, cheia de milagres e mistérios. Novas descobertas tecnológicas sugerem dos incríveis milagres são baseados em fatos reais. A ciência pode revelar a verdade por trás dos maiores mistérios da Bíblia.
O livro do Êxodo é uma história de milagres e verdade. Narra a histórias de Moisés que pede ao Faraó egípcio que liberte os hebreus escravizados. Após pragas e desastres, o povo hebreu sai para a liberdade. E é quando o Deus divide o Mar Vermelho. A história atinge o apogeu com a entrega dos Dez Mandamentos, no alto da Montanha Sagrada. Essa saga é a pedra fundamental de duas das maiores religiões do mundo.
A narrativa do Êxodo é o fundamento do judaísmo e cristianismo. Mas será que essa história é uma lenda religiosa ou existe que um indicio que essa narrativa fantástica de milagres e mistérios tenha mesmo acontecido? Há tempos, o Êxodo é considerado importante narrativa espiritual. Reca em significado religioso, mas impossível de ser provado. Porém, novas descobertas da ciência revelaram indícios surpreendentes de que a história de Moises e seus milagres incríveis podem estar embasados em fatos históricos e científicos.
Para investigar essa questão tem-se que investigar o único texto que existe: livro Êxodo da Bíblia hebraica. A história começa com o povo hebreu escravizado no Egito. A Bíblia não menciona a data desse período. E entre as descobertas da arqueologia egípcia não a menção a escravos hebreus. Entretanto, há um indicio que pode estabelecer um cronograma para a história de Moises e o Êxodo.
No Museu Egípcio do Cairo, alguns dizem que existe um sinal. Uma evidencia física que pode provar a veracidade dessa história épica. Uma placa de pedra que é chamada de Estela de Mernetptá, uma referência ao Farão que governou o Egito entre 1.224 e 1.211 antes de Cristo. A Estela junta muitas conquistas o Faraó. E na base de placa de trinta centímetros, os hidrógrafos trazem uma afirmação surpreendente: Israel está destroçada. Trata-se da primeira menção inquestionável da palavra “Israel”. Isso mostra que a terra de Israel já existia naquela época. Comparando a linha do tempo egípcia com a bíblica, a data do Êxodo começa a surgir. A Bíblia relata que Israel foi estabelecido quarenta anos após os acontecimentos descritos no livro do Êxodo. Se a Estela estiver correta, então isso demostra que os hebreus estavam vivendo na Terra Prometida, a terra de Israel, por volta de 1.211 antes de Cristo. Portanto, o Êxodo deve ter acontecido antes dessa data. Não há outra menção de Israel ou escravos hebreus nos registros egípcios. E a Bíblia não menciona o nome do Faraó que governava o Egito no tempo de Moisés.
Mas, a Bíblia nos diz o que os hebreus estavam fazendo no Egito. E isso pode ser chave para descoberta mais evidencias. O livro do Êxodo diz: “e construíram para o Faraó armazéns de Pitom e Rameses”. Escavações recentes do Egito, revelaram um Palácio de um Faraó com enormes estatuas onde atualmente fica a Cidade de Putim. Os hidrógrafos antigos dizem que a cidade de Rameses conhecide com as cidades construídas pelos hebreus naquele tempo. A cidade deve ter sido construída por volta de 1.280 antes de Cristo. Se essa for mesmo a cidade mencionada na Bíblia, então é possível identificar o Faraó do Egito. A construção foi feita por Rameses II.
Durante esse período a Bíblia diz que os egípcios que os escravos hebreus se rebelassem. Por isso costumavam assassinar todos os filhos homens dos escravos. Segundo a Bíblia, a mãe de Moises era hebreia. Para salvar a vida do seu filho, ela colocou a criança num cesto de papiro e o lançou nas águas do rio Nilo. Por sorte, a cesta e a criança foi encontrada pela filha do Faraó. A Bíblia diz: “Ela o adotou por seu filho de deu o nome de Moises, dizendo – porque eu o tirei das águas”. O nome “Moises” em hebraico significa “retirado, salvo”. E ele foi retirado pela filha do Faraó. Esse é o motivo do nome!
Mas, o nome Moises pode dar outra pista para a história. Pois Moises não é um nome hebreu. A palavra Moises, em egípcio, significa “filho de”. Isso é como Rameses cujo significado é “filho do deus do sol” ou mesmo “deus da sabedoria”. Quando se tornou adulto, Moises testemunhou seus irmãos escravizados pelo egípcio. Quando Moises viu um egípcio maltratar e matar um dos seus irmãos hebreus, vingou-se e matou o homem. A ação tempestuosa não só modificou a sua vida, mas teve influência no destino de todo o seu povo. Moises fugiu para longe do Faraó ingressando nas terras de Midiã. Então, nesse local, Moises teve o seu primeiro encontro com Deus no Monte Sinai no lado leste do Golfo de Acabar. Um detalhe: “Deus apareceu a Moisés em uma chama de fogo no meio de uma sarça”. Moises viu que a sarça ardia sem se consumi. A ciência imagina em fatos. Arbustos não pegão fogo espontaneamente a não ser em certas regiões. Serão necessários tufos vulcânicos ativos. Eles liberam gases extremamente quentes e inflamáveis, o suficiente para causa a combustão do arbusto. E apenas um arbusto no Egito se encaixa essa descrição. Se a sarça queimou foi na Pedra de Midiã.
Deus ordenou a Moises voltar para a sua Terra, o Egito, o libertar o seu povo. Diante da recusa do Faraó, então Moises falou que ele enviará praga sobre o Faraó e sobre o Egito. Moises enraivecido, estendeu sua mão sobre o Egito. Dez pragas. Sangue, rãs, mosquitos, moscas, peste, feridas, chuvas de pedras, gafanhotos, trevas e a morte dos primogênitos. Dez eventos devastadores que trouxeram horror e morte no Egito. Mas essas pragas são fenômenos naturais. Casa uma das pragas deflagra o “efeito dominó”. Empurra uma bola de neve montanha abaixo e isso chega ao clímax com a decima praga
E as aguas do rio se tornaram sangue, a primeira praga lançada por Moises. O rio Nilo ficou vermelho como sangue durante sete dias. E toda a vida aquática morreu. Existe a chamada maré vermelha que é conhecida no mundo todo. Elas acontecem em todas as regiões do mundo, inclusive no Brasil. A maré vermelha ocorre em estuários e oceanos e é fruto da proliferação excessivas de microalgas. Essas algas liberam uma forte toxina, dissolvem o oxigênio da água o que leva a morte dos peixes. Consequentemente todos os animais que tem a capacidade de fugir das águas envenenadas, fogem. O que nos leva a segunda praga: rãs. No Egito, milhões de rãs do rio Nilo saíram da água e invadiram as terras. Sem alimento, as rãs logo morreram causando logo as próximas duas pragas. Mosquitos cobriram os homens e as bestas. Os mosquitos são um incomodo. E com a quarta praga exames de moscas dominaram a terra do Egito. Essas moscas, não eram moscas domésticas. Eram moscas dos estábulos. Elas voaram em profusão por causa dos peixes mortos e vegetação apodrecida ou sapos. É a mosca dos estábulos.
Essas moscas picam profundamente com ferrões que parecem pinças cirúrgicas. E deixam uma ferida aberta que expõe o corpo a infecções. E aí, a quinta praga foi mortal. Sobre os cavalos, os jumentos, os camelos, os bois e as ovelhas veio uma peste mortífera. A peste que matou gado e a criação foi resultado do vírus patogênico espalhado pela picada dos mosquitos da segunda praga e a febre catarral maligna ou língua azul. Ela tem esse nome porque os pulmões ficam cheios de líquidos. Os animais não conseguem respirar, suas línguas ficam azuis e eles morrem.
Na sexta praga, os homens também são atingidos por doenças. Ulceras e chagas atingiram homens e animais. Chagas, pústulas e feridas purulentas que foram causadas pela picada das moscas dos estábulos. Mas o horror não termina aí. As próximas quatro pragas foram ainda piores e trouxeram a escuridão e a morte. A sétima praga veio do nada. Uma chuva de granizo de proporções inimagináveis. Essas chuvas já eram conhecidas por destruir os campos de trigo e cevada do Egito. O frio e a umidade repentinos, num clima quente e abafado, criaram um ambiente ideal para inclusão de ovos de insetos. E isso culminou na oitava praga: Os gafanhotos.
Como faz até hoje, há três mil anos, no Egito, os vorazes gafanhotos do deserto devoraram tudo o que crescia levando à fome ao Egito. A nona praga é apavorante e parece não ter ligação com as outras: três dias de escuridão. Uma tempestade de areia. No verão, essas tempestades são comuns no Oriente Médio. Os ventos sopram a uma velocidade de 140 quilômetros por hora, levantando areia e poeira suficientes para bloquear o sol. E essas tempestades de areia podem durar dois ou três dias. E os egípcios tinham mais uma praga pela frente. Pior que todas as anteriores. A decima praga é a mais misteriosa. A Bíblia diz: “Todos os primogênitos do Egito morrerão. Desde o primogênito do Faraó até os primogênitos dos animais”.
A morte seletiva de todos os primogênitos dos egípcios e dos animais mais velhos. Animais dominantes. O assassínio estava escondido no alimento estocado, já que as pragas anteriores tinham acabado com os alimentos. Granizo e gafanhotos destruíram toda a colheita do ano. Isso forçou os egípcios a estocar qualquer comida que restasse.  E tiveram que os enterrar. Os grãos armazenados fizeram a decima peste. Os fungos dos alimentos se transformam em mortais. Isso leva a uma contaminação de fungos dos grãos estocados no subsolo contaminados pela água e pelos excrementos dos gafanhotos. Estocado, os fungos produzem veneno muito potente denominado “microtoxina”.
As microtoxinas são fungos microscópicos que proliferam rapidamente e são altamente tóxicos. Com isso eles podem causar doença e morte. No Egito e em outros países do Oriente Médio há uma tradição de que o filho mais velho ganha uma porção dupla. Ele é alimentado, primeiro, para garantir o sustento da família. Com isso, até mesmo os animais mais velhos, morrem ao ingerir a microtoxina. Cavamos, bois e mesmo gente. Portanto somente a camada exterior do estoque de grãos estaria infectada com a microtoxina. Os primogênitos comeram a primeira camada. Os demais, nada sofreram.
Os escravos hebreus ficavam alojados há quilômetros dos Palácios egípcios, na área chamada por Terra de Gizé. Isso foi fundamental para eles sobreviverem às pragas. Desastres localizados, até mesmo estoques de grãos infectados, passaram longe das palhoças dos escravos.     

domingo, 17 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 49 -

DEUS E DEUSA
49
A DEUSA

A Deusa Proibida. Aserá foi a esposa de Deus. Nunca se mencionou esse nome, apesar de estar na Bíblia, no livro de Jeremias citada como A Rainha dos Céus. Então, Kátia, verificando artigos, descobriu esse livro e ventilou a Telma poder fazer uma matéria sobre o assunto. Em alguns do Templos mais antigos da Terra Sagrada, arqueólogos estão descobrindo pistas tentadoras de que Deus não estava sozinho. E uma das maiores batalhas de sexo da história foi travada há três mil anos. Quando os israelitas surgiram no palco mundial, os Judeus ortodoxos reúnem-se para prestar homenagem a Deus, o Eterno, Todo Poderoso Deus de Israel, denominado por Javé. A Deusa também era chamada por Asherah que é a mesma Aserá. E Deus se tornou Javé. De posse desses achados, saiu Kátia para ouvir a opinião do Bispo de Natal.
Kátia
--- Após alguns milênios, um nome voltou a ser mencionado. A Deusa Aserá. Ou Asherah. O que o senhor diz a respeito? - - fez a indagação
Bispo
--- Hoje, uma figura sombria permanece no fundo. Foi feita uma coisa que nenhuma outra nação na história humana havia feito antes. Abandonaram os rituais pagãos do passado para forjar uma aliança com um único Deus a quem chamaram de Javé. Antes disso, os antigos adoravam uma diversidade de entidades, entre elas a Deusa Mãe, o símbolo quintessencial da vida e da fertilidade. Foi a Deusa Mãe derrotada pelo Deus de Israel, como a Torá sugere ou como algumas feministas alegam. Os editores da Bíblia que eram padres masculinos simplesmente tentaram apagar dos seus textos sagrados.
Kátia
--- Mas a Deusa Mãe existiu?
Bispo
--- Hoje, arqueólogos estão descobrindo evidencias extraordinárias de que Javé ou mesmo Deus, poderia ter tido uma rival ou talvez uma companheira e o seu nome era Asherah. Durante as últimas duas décadas os técnicos têm procurado restituir Asherah, a Deusa Mulher da antiga Canaã a seu lugar de direito na antiga religião de Israel.
Kátia
--- Asherah era venerada como Deusa?
Bispo
--- Asherah era venerada junto com Javé a entidade masculina do antigo Israel. A Torá nos dá uma visão idealista de que havia apenas uma única identidade. Porém, na realidade havia mais de quarenta referências a Asherah ou a seu símbolo. Portanto, ela é muito bem conhecida dos escritores da Bíblia.
Kátia
--- Eles são deuses sagrados? –
Bispo
--- Deuses pagão na Terra Sagrada. Tem algo que façam eles emergirem como únicos Deuses de Israel. Hoje, há entidades mitológicas tanto masculinas como femininas, especialmente pares divinos que controlavam o destino do mundo antigo. No Egito eram Isis e Osíris. Na Grécia era Hera e Zeus. Na Babilônia, Istar e Tamus. Em Canaã, os Grandes Deuses, Anel e Baal. E as Deusas dominavam o Céu e a Terra. Os israelitas se apegavam a deus deuses pagãos. Inclusive a Deusa dos Cananeus, Asherah. Ela era a principal feminina no panteão cananeu. E ela foi associada com Ael, o Deus chefe masculino. Portanto, os Israelita mantiveram o culto a Asherah vindo dos seus antepassados cananeus.
Kátia
--- No Nega, ao sul de Jerusalém, arqueólogos estão encontrado vivencias surpreendentes de que poderão eles estar certos. No templo de Arat escavações revelaram que Aue e Asherah podem ter sido adorados; O que me diz? - - indagou
Bispo
--- No Santuário Interno ou Sagrado dos Sagrados, dois altares foram encontrados diante de um par de pedras verticais. A pedra maior representa Aué, o Deus masculino do antigo Israel. E a menor representaria, então, Asherah, sua companheira, a Deusa Mãe.
Kátia
--- No pátio externo do Templo havia outro altar?
Bispo
--- Sim. Havia. Local onde tigelas e cinzas de ossos e animais queimados. Esses objetos foram queimados sugerindo adoração de Deuses. A descoberta de uma irmandade no campo e altares incomuns com pedras duplas sugerem que o culto a Asherah pode ter sido bem mais difundido do que qualquer um poderia imaginar. Na base do altar encontraram leão ou leoa de bronze. Asherah é realmente associada no mundo cananeu como a imagem do leão. Ela é a Dama Leão.
Katia
--- Mas os israelitas podem ter adorado mais de um Deus?
Bispo
--- Sim. Até mesmo uma Deusa. Consideram a cidade de Dan, nos montes ao norte de Israel. A Grande Pirâmide começou a se cavar nos anos 60. Resultou em uma cidade mais importante do antigo Israel. A capital do Norte. E um importante centro de culto das correntes entrelaçadas de culturas e práticas religiosas. Perto de uma fonte que é o início do rio Jordão se encontra uma plataforma elevada de pedras de cinco metros quadrados do que a Bíblia chama de “Local Elevado”. Um outro local de culto existe na parte interna da cidade. Ali estavam Asherah e Deus em um contesto de benção.
Kátia
--- O busto e a vulva aparecem bastante claros. Quem é esta mulher? –
Bispo
--- Sabemos que Asherah está ligada aos leões no período cananeu. Essa é a Dama do Leão. Demostra que o culto a Asherah existiu, não no final da história de Israel. Mas no início. À época de Salomão quando o Templo estava sendo construído em Jerusalém. E Asherah é, por fim, a companheira de Javé ou Deus, totalmente despida como se pode notar.
Kátia
--- Parece que houve uma tentava ao culto a Asherah? –
Bispo
--- Especialmente quando o monoteísmo chegou a seu ápice. Havia apenas espaço para um Deus. E era uma entidade masculina.
Kátia
--- Mas como uma Deusa era tão adorada pelo povo poderia ser tão odiada pelos autores do Velho Testamento? –
Bispo
--- Eles representam o ortodoxo. A ala direita: partido nacionalista que editaram a Bíblia. Eram homens que representavam o Governo. Era um partido elitista. Segundo eles, havia apenas um Deus. Não gostaram de uma deusa, uma companhia feminina para Javé o Deus. Asherah era um problema, uma verdadeira ameaça de que Deus deveria ser., Portanto ela deveria desaparecer.
Kátia
--- Então os bíblicos botaram a rainha para fora?
Bispo
--- É o que se pode afirmar. A supressão de Asherah vai além das atitudes masculinas muito enraizada em relação às mulheres, no mundo antigo. Estavam fascinados pelas mulheres, mas as temiam. Desejavam os seus poderes de reprodução. As consideravam objetos de satisfação sexual e prazer. Mas tinham medo da sexualidade livre delas. Portanto, em cada sociedade antiga essa era uma oportunidade de oprimir as mulheres, mantendo-as sob controle.  Temos que lembrar que a Bíblia é literatura. Não é a vida.
Kátia
--- Eu tenho que lembrar também? - - sorriu
Bispo
--- Sim. Deve lembrar. Bíblia é literatura. A Bíblia é o que é. Que seja assim. Como o assunto é religião, crenças antigas não morrem facilmente.
Kátia
--- Está bem. Agradeço o que me foi dito.
Kátia retornou ao Jornal pensando em tudo que aprendeu e soletrado que a Bíblia é literatura.
Katia
--- Por que eu tenho que mudar de hábito?

sábado, 16 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 48 -

UNIVERSOS 
48
OUTROS UNIVERSOS
Um dia depois, quando tudo se acalmou, Kátia chegou logo cedo ao Jornal onde já havia outras pessoas, apesar de ser hora matutina. Mesmo assim, a moça pediu desculpas por chegar com atraso a olhar o seu relógio de pulso. Eram sete horas em ponto. As fotos do dia passado estavam despejadas em uma bandeja de alumínio porta no balcão perto da máquina de teletipo. Um ensurdecedor barulho fazia o teletipo quando alguém entrava no seu departamento. Eugenio era o único a chegar por parte da manhã muito cedo. Baixo, um pouco gordo, ele não falava para ninguém. Tinha o costume de assobiar de quando em quando. Era assim o seu habito. Kátia observou as fotos e as deixou, solitárias. Buscou, então falar com Telma.
Kátia
--- Novidades? - - indagou
Telma
--- Você vai buscar informações sobre o Universo! - - relatou
Kátia
--- O que? Onde? Ai meu Deus. - - sem desculpas
Telma
--- Na Universidade. Está havendo um encontro de Cientistas. Sispa! - - sorriu
A moça colheu uns papeis, bebeu água e gritou por Canindé.
Kátia
--- Canindé!!! Vamos em bora!!! - - e então saiu
Kátia chegou a Universidade quanto estava começado o seminário de estudos de outros mundos além do nosso. Ela ouviu o primeiro comentário.
Professor
--- Pode existir outros Mundos por aí. Universos brotando de outros Universos onde pode existir uma cópia do nosso sistema solar, da nossa Terra e de cada um de nós. Onde tudo pode ser tudo muito igual.  Mas, onde estão esses outros Universos? Por que não podemos vê-los? - -
Expositor
--- Porque estamos em dimensões diferentes.
Professor
--- Isto pode ser verdade?
Expositor
--- Se existirem em outras dimensões de um certo tamanho e forma esse experimento irá encontra-los. –
Professor
--- A pergunta não é “se elas existem”. Mas sim se existem uma, duas, três ou quatro tipos diferentes delas. –
Pesquisador
--- Esse fato sensacional significa que o Universo está em um mar de Universos Paralelos. –
Professor
--- Imagine outro mundo. Um Universos diferente com um sistema solar e um planeta exatamente como o nosso. Nesta Terra paralela vive uma cópia exata de você. Você poderia vivendo exatamente a mesma vida, mas em outro Universo. Agora, imagine o Universo totalmente separado onde você poderia estar vivendo uma vida um pouco diferente ao mesmo tempo em que vive esta vida. Pode parecer fantástico, incrível e impossível. Mas, pode haver muitos outros Universos por aí. E agora se tem como comprovar isto. Nós estamos experimentando um choque especial. Nossa visão de Mundo foi modificada com a descoberta de que podem haver, sim, Universos Paralelos. –
Pesquisador
--- É uma ideia assombrosa a de que pode haver réplicas exatas de quem nós somos na vastidão do espaço.
Expositor
--- Este assunto de Universos Paralelos está na cultura popular. Todo mundo pesa nisso todo dia. Mas, geralmente em termos de ficção. Uma das coisas interessantes é que a ciência, hoje, está tentando ver se os Universos Paralelos são uma realidade física.
Professor
--- Novas descobertas incríveis sobre o tamanho real do Universo parecem indicar que tudo o que vemos não é tudo que existe. Nós, humanos, parecemos com uma avestruz com a cabeça na areia só porque não podemos ver alguma coisa que não está em mim. Agora nós sabemos que há bilhões de outras galáxias no meio do Mundo. Notavelmente pode haver quatro tipos de Universos Paralelos. Um tipo poderia existir no mesmo espaço exato em que estamos. Mas fica tão distante que não podemos vê-lo ou alcança-lo. Em outros cenários, múltiplos Universos existiriam em gigantescas bolhas cósmicas à deriva no mar cósmico de bolhas gigantes. Pesquisas revolucionárias mudaram toda a paisagem. Dados do espaço cósmico esperam uma nova visão da cosmologia e dados do satélite indicam poder haver Universos Paralelos. Em uma outra hipótese, muitos Universos Paralelos ocupam o espaço e tempo que o nosso Universo. Mas, como estão em dimensões diferentes, são invisíveis. Em outra hipótese, todas as leis da física são diferentes. Então, tudo parece completamente diferente.
Expositor
--- Para manter as coisas simples os físicos dividiram os Universos Paralelos em níveis diferentes. O Universo Paralelo nível um, é baseado no Universo que é infinito em tamanho. Ele está incrivelmente distante. É uma distância tão absurda que nem podemos ver.
Professor
--- Mas, realmente o Universo é infinito? Uma nova teoria chamada Inflação Cósmica diz que é. A teoria da Inflação explica como o nosso Universo se expandiu de modo repentino e maciço após sua criação. Na verdade, o espaço não é grande ou imenso. Ele é realmente infinito. Ele não acaba. Isso significa que não apenas um, dois, três, mas muitas outras regiões infinitas no espaço, tão grande quanto o nosso Universo. Mesmo o Universo que conhecemos é um espaço extraordinário. Quando voamos no espaço galáctico, tudo o que se está vendo contém uma galáxia que possui centenas de milhões de estrelas com sistemas solares ao seu redor. Esta ideia radical está gerando uma definição totalmente diferente dos cosmos.
Expositor
--- Mas, agora, uma ferramenta nova, a Sonda Isotrópica de Micro-ondas está mudando tudo. As imagens impressionantes revelam a verdadeira forma do Universo. Temos fotos do bebê do Universo. Como ele era quando tinha 400 mil anos de idade. Estamos olhando tão para trás, no tempo, que as galáxias não tinham sido formadas. Só havia gás difuso letal que se transformou em galáxias e suas estrelas. Hoje temos a certeza de que o Universo é chato. Há outros tipos de Universos paralelos ainda mais surpreendentes. Um Universo Paralelo tipo Dois formando de bolhas cósmicas, gigantescas que flutuam no hiperespaço. Cada bolha independente tem dentro dela formado um Universo inteiro.
Professor
--- A pergunta é: nós todos vivemos em uma bolha cósmica? Se a ideia sensacional do Universo Paralelo Tipo Dois estiver certa, então a verdadeira natureza do Cosmo pode mesmo ser mais surpreendente do que se imagina. Nosso universo flutua em um oceano agitado de outras superbolsas onde elas podem colidir e gerar irmãos e irmãs de Universos. Isso acontece o tempo todo. Os Universos estão inflado e estourado, gerando esses Universos imensos. É dinâmico. Universos sendo criados do nada. Universos brotando de outros Universos. Todas juntas, as bolhas criando um novo Universo. E dentro deles há números infinitos de Universos Paralelos. Todos eles estão no mesmo espaço e regiões diferentes que se chamam de Universos Paralelos.
Expositor
--- Na calamidade surge a existência. O que se chama de multiverso é melhor entendido como uma arvore com uma estrutura fractal onde se tem uma região no espaço, se expandindo e se espiralando para outras regiões do Cosmo. E outros Universos podem brotar desses. Existe esse Universo eternamente caótico de Universos brotando de seus antecessores. Do conjunto infinito de Universo nesse multiverso.
Professor
--- O verdadeiro termo para esse processo monumental é Nucleação de Bolha. Uma área de bolha se expande ao redor criando uma região de espaço onde vai acabar formando galáxias, estrelas, planetas e até pessoas como nós. Somos as Crianças da Bolha. Por que procurar esses Universos Paralelos que não podemos tocar. Porque eles possuem o segredo dos segredos. Eles possuem o segredo de tudo que existe. Pela primeira vez podemos imaginar de onde veio o nosso Universo. Talvez o nosso Universo tenha começado a existir colidindo com outro Universo Paralelo. Talvez tenha brotado de outro Universo. Esse são exatamente os temas da pesquisa moderna. Da física antes a gente.
Uma salva de palmas encheu o auditório.              

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 47 -

DISCOS 
47
EXTRATERRESTRES 
No dia seguinte o Jornal estampou em sua primeira página as matérias feitas pelos repórteres, inclusive a repórter Kátia. A tiragem do matutino foi obrigada a chamar uma segunda edição pelo interesse geral da matéria. Marilu estava eufórica com a repercussão e não tinha lugar onde parasse. Era da Rádio para o Jornal e vice-versa. Canindé e outros fotógrafos não paravam de tirar fotos extravagantes das pessoas na rua, cada uma a olhar o Céu a todo instante. Do interior chegavam notícias de avistamentos em várias cidades, incluindo Mossoró e Caicó sem contar com as que ficavam mais próximas da Capital. No tumulto chegou-se a confundir Natal com outras cidades menos divulgadas. Assim estava o clamor, dia e noite. Em plena noite aviões da FAB caçaram Discos em toda a região. Os radares mostraram objetos que voavam há quinzes vezes a velocidade do som
Marilu
--- Que coisa? Eu não dormi à noite passada. Imagens inéditas revelavam estranhos objetos voadores de Céu.
Lauro
--- Vamos prosseguir com nossa expectativa. Fantasia ou verdade? –
Telma
--- O Brasil, depois dos Estados Unidos, é o país onde se vê mais discos voadores.
Kátia
--- Alguns desses Discos desafiam estudiosos de assunto. Sem explicação! - - declarou
Lauro
--- Como desejam de nós esses seres? - -
Kátia
--- Essas civilizações querem ajudar ou escravizar?
Lauro
--- Os ETs já estão vivendo entre nós. Um fazendeiro teve contato de terceiro grau com os Extraterrestres. Esse é acontecimento mais importante da ufologia brasileira.
Telma
--- Houve algum contato de verdade? – - surpresa
Lauro
--- O fazendeiro diz ter visto um aparelho gigante com uma luz descendo outro equipamento. Diz o homem que fotografou os ETs. Nesse instante, os equipamentos sumiram de vez. Mas, com pouco tempo, em uma distância maior, o fazendeiro notou outros aparelhos, maiores que os demais de onde saíram dois homens de estatura mediana e falaram que “não tenha medo que nós não fazemos mal”. Eles levaram o fazendeiro para dentro do aparelho onde tinham outros dois homens operando máquinas. O fazendeiro viu de imediato dois aparelhamentos como duas telas de televisão. Então, uma moça mostrou duas imagens. Ela então declarou que o fazendeiro estava vendo a lua e o sol. Em consequência, a moça aponto uma mancha como clara de ovo. E declarou que a mancha era onde eles estavam a morar, bem distante da Terra. E logo após os ETs deixaram o fazendeiro e foram embora.
Telma
--- Nossa Mãe! Que coisa! - - estremeceu-se toda!
Lauro
--- Tem mais. A nave sumiu mas deixou suas pegadas no chão. Uma marca dos pneus de um equipamento pesando duas toneladas e meia para fazer as três marcas em tal profundidade tão simetricamente como ficaram na época. Em seguida, os ETs deixaram uma fazenda com inscrições em letras hebraicas antigas. Havia alguns trechos semelhantes aos pergaminhos de Qumran. –
Telma
--- Ah meu Deus. Seriam eles de outros planetas? –
Lauro
--- Não sei. Aconteceu no interior do Brasil o surgimento de homens Cinzas. Objetos voadores não identificados ocorreram na Serra do Cipó, em Minas Gerais. Os ETs vestiam cinza e entraram em luta com um habitante. Mas não obteve êxito! Coice, pernadas, tapas. E o ET topou a parada. Depois de muita luta, ele foi embora em sua maquina voadora! –
Marilu caiu na gargalhada como se a história fosse hoje!
Marilu
--- Ah cambada de “valentes”! - - gargalhou outra vez.
Lauro
--- Foi! Ora está! Teve outro caso. Um agricultor recebeu os Extraterrestres à bala. Quando eles sentiram o fogo, largaram o pé da tabua. Fugiram! - - gargalhou
Kátia
--- Para quem não está no local, isso pode até ser engraçado. Eu lembro, agora, um caso que um meu vizinho contou. Foi no final da tarde de um ano qualquer quando começou a circular a notícia. Vamos dizer que seu Joaquim, ainda moço, casado, quatro filhos, desapareceu no mato onde ele colhia frutos. Estavam com ele mais quatro companheiros. Foi nesse instante que um disco voador o sequestrou. Foi da cidade de Santa Cruz. Ele viu uma luz entre as árvores e logo sentiu uma coisa estranha. Houve um silencio. Todos os amigos olhando na mesma direção. Num mesmo instante Joaquim viu um objeto a irradiar muita luz. Ele recebeu uma descarga elétrica que jogou o corpo para dentro do ET. Ele simplesmente desapareceu. Quando Joaquim recobrou a consciência, ele estava na beira de uma estrada a 80 km da cidade onde morava, cinco dias após.
Telma
--- Meu Deus do Céu! - - tapando a boca com a mão
Marilu
--- É incrível mesmo. Ele nem mesmo contou à polícia? –
Kátia
--- Não sei. Eu não tive coragem de perguntar. –
Lauro
--- É gente do mato. O povo nem acredita nessas coisas! - - dialogou
Telma
--- Mesmo que dia, vão dizer que ele é um doido! –
Kátia
--- Talvez. Ou mesmo um bêbado. - -
Lauro
--- É uma história incomum. Mas, a hipótese de vidas inteligentes em outros planetas não dá mais para duvidar. O aparecimento de naves espaciais aqui ou na Bélgica, isso já dá panos para as mangas. A Rússia mantém em segredo tudo o que sabe. A França tem o seu equipamento de pesquisa. Estados Unidos, nem se fala. Isso tudo é mantido em sigilo.
Marilu
--- Eu quero saber sobre a China. Nada se informa da China. –
Lauro
--- Há um grupo dentro da NASA que diz ter vida inteligente no Universo. Os avanços sobre os ETs. Embora a NASA nunca tenha admitido a existência de extraterrestres, oficialmente não descarta a hipótese de que há vida em outras galáxias. Hoje, são investidos milhões de dólares nesses projetos a procura de vida inteligente extraterrestre.
Marilu
--- E o Vaticano? –
Lauro
--- Todo é Santificado. Mas, tem os seus segredos. No Vaticanos também tem equipamentos avançados de pesquisas espaciais. Acabou o tempo das Virtudes.
Telma
--- No Universo são cem bilhões de estrelas. Muito mais do que imaginávamos.
Lauro
--- Nos Estados Unidos se tem o maior sistema telescópio do Mundo construído nas montanhas de Porto Rico. O Observatório de Aracibo que encontra sinais de ondas de rádios do Universo na esperança de que outras civilizações estejam emitindo estes sinais. 

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 46 -

UFO
46 
HISTÓRIA NÃO DIVULGADA

Kátia, 22 anos, entrou de imediato no degrau do Jornal. Ela veio apressada. Era seu primeiro emprego no setor. Vários outros repórteres estavam estagiando. Ela, pela primeira vez. Não conhecia quase ninguém de outros locais. Kátia tremia de medo em ser a primeira. Podia ser a segunda ou terceira repórter a experimentar o travo amargo do poder. Por ela, vinha descendo outra repórter. Ela, nada perguntou. Apenas disse o seu bom dia. Pálida como um giz, forçou a sua cor no rosto amarelado de uma debutante. Uma foca, por assim dizer. Lápis na mão, cadernos presos nos braços, Kátia chegou ao fim da escada. Muitos outros repórteres faziam fila para receber a sua missão. Por fim, Kátia teve a sua vez. Ela recebeu da redatora a missão crucial daquela hora. Fazer uma matéria sobre UFOs, o mesmo que Discos Voadores.
Kátia
--- Onde eu encontro os tais Discos? - - quis saber
Telma
--- Vá com Canindé. Ele sabe. As perguntas que não podem faltar! Sabe? –
Kátia
--- Ah meu Deus. Vou ver se me ajudo! - - e torceu o caminho para encontrar o fotógrafo
E lá se foram os dois. O fotógrafo, experiente, e Kátia, a novata. Ela perguntou de imediato para onde seguia. Canindé respondeu:
Canindé
--- Para a feira! Sabe fazer feira? Se não sabe, aprenda! - -
Kátia
--- Abusado! - - pensou Kátia com a cara trancada.
O carro de reportagem seguiu a frente. Kátia, quase a cair. Medo profundo. Uma coceira na mão. Um fotógrafo abusado. Tudo o que ela não queria encontrar na sua primeira entrevista. Ao seguir para a feira, ela de imediato topou com algo surpreendente. Canindé pediu parada ao motorista e logo desceu. Então chamou a “foca”.
Canindé
--- Desça! Desça! Vamos! Depressa! - - dizia o fotografo, abrindo o flash da máquina.
Kátia, sem saber o que fazer, perguntou.
Kátia
--- Para onde? - - procurou saltar do carro.
Canindé
--- Aqui. Olhe lá! Veja! - - o fotógrafo mirando o céu
Pessoas estavam atônitas observando o Céu procurado divisar algo de anormal. Sem saber o que era, o povo se espantou com uma visagem. Um Disco Voador. Kátia quase desmaia ao ver o tal Disco fazendo piruetas no espaço. Procurava saber como foi que a chefe de reportagem adivinhou que o mostro estava ali. Mas não contou conversa. Foi a sua vez de escrever. A moça se pôs a alistar.
Kátia
--- Um Disco Voador caiu do Céu. - - e assim, ela redigiu
Esse é um manifesto do absurdo. Objetos de curiosidades. Várias centenas de pessoas viram um Disco no Céu de Natal em plena luz do dia. Um dos lugares que conferiu a força total do aparecimento de um UFO foi no bairro da Ribeira, ao leste da capital. Esse aparecimento agitou toda uma Capital. Com uma simples câmera, se obteve as fotos do enigmático Disco Voador com detalhes impressionantes. As fotos originais são, praticamente, claras. Uma foi obtida quando o UFO sobrevoava o bairro da Ribeira. De qualquer modo, a foto causou mais emoção. Para muitos, pelo menos, as fotos provam que os UFOs estão aqui para uma missão especial. As impressões gerais são que os equipamentos estão para nos ajudar a entende-los de fato. –
Foi assim que descreveu Kátia a aparição de um Disco Voador ou UFO. Ela entregou o texto a chefe e esperou a resposta.
Telma
--- Muito boa! Algo mais? - - indagou
Kátia
--- Um repórter foi até a Aeronáutica e eles não quiseram tecer comentário. Tem material feito por um repórter novato. Vários repórteres colheram impressões de populares pelo resto da capital e arredores. Macaíba, por exemplo.
Telma
--- Muito bom. Parabéns! - -
Kátia
--- Quer mais? - -
Telma
--- Se possível, faça! - -
E Kátia procurou autoridades que pudessem falar a respeito do assunto, até mesmo um piloto de aviação já aposentado.
Ex-piloto
--- Há milhares de testemunhas por aqui. Talvez essas pessoas não tenham oportunidade de falar abertamente. Outras, por medo. Mas eu sei o que eu vi.
Em algumas regiões escutou-se relatos de Avistamentos de vários Discos de imensos tamanhos a um só tempo, principalmente em uma das pontes, sobretudo a ponte do rio Potengi ligando com o bairro de Igapó, extremo oeste da capital
Ex-piloto
--- Eu gostaria que alguém do complexo industrial militar dissesse que esse é um OVIN e esta é a resposta. Eu acho que eles estão confusos. Tenho certeza que está havendo aparições de UFO
Kátia
--- Mesmo assim existe algo mais escondido que se refere a esses UFOs? - -
Ex-piloto
--- Sim. Existe o Projeto Livro Azul da Força Aérea dos Estados Unidos criado para investigar casos como esse.
Kátia
--- Tem outros projetos estudados? - -
Ex-piloto
--- Sim. Dois outros clássicos foram estudados pelo Projeto Livro Azul filados em locais diferentes de cidades diferentes. Um professor considerou que aquele não pode ser um pássaro, um balão ou coisa assim.
Kátia
--- Chegou-se a alguma conclusão? –
Ex-piloto
--- O que se soube foi de algum objeto luminoso não identificado. –
Kátia
--- Algo mais surpreendente? –
Ex-piloto
--- No sul da Inglaterra um UFO surge do nada e voa do lado de um avião. Parece que ele é controlado. As câmeras não mentem. O vou foi filmado pelo sistema de câmeras telescópica especialmente projetado.
Kátia
--- Então? –
Ex-piloto
--- Essa é provavelmente a filmagem clássica de um Disco Voador.
Kátia
--- Tem outra história de UFO? –
Ex-piloto
--- Apenas uma da Bélgica. Um pescador filmou um objeto da identificado em plena manhã. Não parecia ser um reflexo solar.