DEUS E DEUSA
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A DEUSA
A Deusa Proibida. Aserá foi a
esposa de Deus. Nunca se mencionou esse nome, apesar de estar na Bíblia, no
livro de Jeremias citada como A Rainha dos Céus. Então, Kátia, verificando
artigos, descobriu esse livro e ventilou a Telma poder fazer uma matéria sobre
o assunto. Em alguns do Templos mais antigos da Terra Sagrada, arqueólogos
estão descobrindo pistas tentadoras de que Deus não estava sozinho. E uma das
maiores batalhas de sexo da história foi travada há três mil anos. Quando os
israelitas surgiram no palco mundial, os Judeus ortodoxos reúnem-se para
prestar homenagem a Deus, o Eterno, Todo Poderoso Deus de Israel, denominado
por Javé. A Deusa também era chamada por Asherah que é a mesma Aserá. E Deus se
tornou Javé. De posse desses achados, saiu Kátia para ouvir a opinião do Bispo
de Natal.
Kátia
--- Após alguns milênios, um nome
voltou a ser mencionado. A Deusa Aserá. Ou Asherah. O que o senhor diz a
respeito? - - fez a indagação
Bispo
--- Hoje, uma figura sombria
permanece no fundo. Foi feita uma coisa que nenhuma outra nação na história
humana havia feito antes. Abandonaram os rituais pagãos do passado para forjar
uma aliança com um único Deus a quem chamaram de Javé. Antes disso, os antigos
adoravam uma diversidade de entidades, entre elas a Deusa Mãe, o símbolo
quintessencial da vida e da fertilidade. Foi a Deusa Mãe derrotada pelo Deus de
Israel, como a Torá sugere ou como algumas feministas alegam. Os editores da
Bíblia que eram padres masculinos simplesmente tentaram apagar dos seus textos
sagrados.
Kátia
--- Mas a Deusa Mãe existiu?
Bispo
--- Hoje, arqueólogos estão
descobrindo evidencias extraordinárias de que Javé ou mesmo Deus, poderia ter
tido uma rival ou talvez uma companheira e o seu nome era Asherah. Durante as
últimas duas décadas os técnicos têm procurado restituir Asherah, a Deusa
Mulher da antiga Canaã a seu lugar de direito na antiga religião de Israel.
Kátia
--- Asherah era venerada como
Deusa?
Bispo
--- Asherah era venerada junto
com Javé a entidade masculina do antigo Israel. A Torá nos dá uma visão
idealista de que havia apenas uma única identidade. Porém, na realidade havia
mais de quarenta referências a Asherah ou a seu símbolo. Portanto, ela é muito
bem conhecida dos escritores da Bíblia.
Kátia
--- Eles são deuses sagrados? –
Bispo
--- Deuses pagão na Terra
Sagrada. Tem algo que façam eles emergirem como únicos Deuses de Israel. Hoje,
há entidades mitológicas tanto masculinas como femininas, especialmente pares
divinos que controlavam o destino do mundo antigo. No Egito eram Isis e Osíris.
Na Grécia era Hera e Zeus. Na Babilônia, Istar e Tamus. Em Canaã, os Grandes Deuses,
Anel e Baal. E as Deusas dominavam o Céu e a Terra. Os israelitas se apegavam a
deus deuses pagãos. Inclusive a Deusa dos Cananeus, Asherah. Ela era a
principal feminina no panteão cananeu. E ela foi associada com Ael, o Deus
chefe masculino. Portanto, os Israelita mantiveram o culto a Asherah vindo dos
seus antepassados cananeus.
Kátia
--- No Nega, ao sul de Jerusalém,
arqueólogos estão encontrado vivencias surpreendentes de que poderão eles estar
certos. No templo de Arat escavações revelaram que Aue e Asherah podem ter sido
adorados; O que me diz? - - indagou
Bispo
--- No Santuário Interno ou
Sagrado dos Sagrados, dois altares foram encontrados diante de um par de pedras
verticais. A pedra maior representa Aué, o Deus masculino do antigo Israel. E a
menor representaria, então, Asherah, sua companheira, a Deusa Mãe.
Kátia
--- No pátio externo do Templo
havia outro altar?
Bispo
--- Sim. Havia. Local onde tigelas
e cinzas de ossos e animais queimados. Esses objetos foram queimados sugerindo
adoração de Deuses. A descoberta de uma irmandade no campo e altares incomuns com
pedras duplas sugerem que o culto a Asherah pode ter sido bem mais difundido do
que qualquer um poderia imaginar. Na base do altar encontraram leão ou leoa de
bronze. Asherah é realmente associada no mundo cananeu como a imagem do leão.
Ela é a Dama Leão.
Katia
--- Mas os israelitas podem ter
adorado mais de um Deus?
Bispo
--- Sim. Até mesmo uma Deusa.
Consideram a cidade de Dan, nos montes ao norte de Israel. A Grande Pirâmide
começou a se cavar nos anos 60. Resultou em uma cidade mais importante do
antigo Israel. A capital do Norte. E um importante centro de culto das
correntes entrelaçadas de culturas e práticas religiosas. Perto de uma fonte
que é o início do rio Jordão se encontra uma plataforma elevada de pedras de
cinco metros quadrados do que a Bíblia chama de “Local Elevado”. Um outro local
de culto existe na parte interna da cidade. Ali estavam Asherah e Deus em um
contesto de benção.
Kátia
--- O busto e a vulva aparecem
bastante claros. Quem é esta mulher? –
Bispo
--- Sabemos que Asherah está
ligada aos leões no período cananeu. Essa é a Dama do Leão. Demostra que o
culto a Asherah existiu, não no final da história de Israel. Mas no início. À época
de Salomão quando o Templo estava sendo construído em Jerusalém. E Asherah é,
por fim, a companheira de Javé ou Deus, totalmente despida como se pode notar.
Kátia
--- Parece que houve uma tentava
ao culto a Asherah? –
Bispo
--- Especialmente quando o monoteísmo
chegou a seu ápice. Havia apenas espaço para um Deus. E era uma entidade masculina.
Kátia
--- Mas como uma Deusa era tão
adorada pelo povo poderia ser tão odiada pelos autores do Velho Testamento? –
Bispo
--- Eles representam o ortodoxo.
A ala direita: partido nacionalista que editaram a Bíblia. Eram homens que
representavam o Governo. Era um partido elitista. Segundo eles, havia apenas um
Deus. Não gostaram de uma deusa, uma companhia feminina para Javé o Deus.
Asherah era um problema, uma verdadeira ameaça de que Deus deveria ser., Portanto
ela deveria desaparecer.
Kátia
--- Então os bíblicos botaram a
rainha para fora?
Bispo
--- É o que se pode afirmar. A
supressão de Asherah vai além das atitudes masculinas muito enraizada em
relação às mulheres, no mundo antigo. Estavam fascinados pelas mulheres, mas as
temiam. Desejavam os seus poderes de reprodução. As consideravam objetos de
satisfação sexual e prazer. Mas tinham medo da sexualidade livre delas.
Portanto, em cada sociedade antiga essa era uma oportunidade de oprimir as
mulheres, mantendo-as sob controle. Temos que lembrar que a Bíblia é literatura.
Não é a vida.
Kátia
--- Eu tenho que lembrar também?
- - sorriu
Bispo
--- Sim. Deve lembrar. Bíblia é
literatura. A Bíblia é o que é. Que seja assim. Como o assunto é religião,
crenças antigas não morrem facilmente.
Kátia
--- Está bem. Agradeço o que me
foi dito.
Kátia retornou ao Jornal pensando
em tudo que aprendeu e soletrado que a Bíblia é literatura.
Katia
--- Por que eu tenho que mudar de hábito?
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