AMOR E SEXO
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SEXO
O carro
continuou embalado passado por diversas moradias, uma das quais na qual
aparecia a palavra “Sexo”. Apenas isso era uma murada cercada por vasto terreno
e lá dentro uma mansão onde se comia e bebia a bom gosto qualquer hora do dia
ou da noite. Logo após, tinha o serviço motivado por uma bela dama de seus
apenas 20 anos de idade ou pouco mais. Aquele era um lupanar onde as mulheres
amantes satisfaziam os seus gordos namorados. Assim era a vida das esposas de
ocasião. Guerras, religião e luta pela sobrevivência são fios da mesma meada
que deram feitio a história.
Marilu
--- Essa
é boa! No amor e na guerra! Vou programa-la pra o Cine Tirol! - - falou a
destacar o jornal
Lauro
--- É um
filme importante. Já está nos jornais do Rio. Aliás, como você viu ao passar lá
atrás uma casa de sexo, uma força poderosa e mal interpretada levou a grandes
batalhas e paixões ardentes. O sexo! - - relatou.
Janilce
--- Sexo!
Um horror! As mulheres se depravam. –
Lauro
---
Menina, se você não sabe e se quiser saber tudo sobre esse comercio e sua
influência, é o olhar a História. Você vai encontrar no passado, tudo que se
faz no presente. Os primeiros relatos escritos do sexo, não apareceram em
banheiros da Idade da Pedra. Mas em tabletes de argila da própria civilização
da Mesopotâmia. –
Janilce
---
Naquele tempo já havia isso? –
Lauro
--- Há
3.200 anos antes de Cristo. Ficava numa região do oriente próximo, a Mesopotâmia
era uma terra de contrastes. Barbárie, sabedoria e exotismo. Talvez nunca
saibamos na história em que a guerra do sexo começou.
Janilce
--- Pois
eu pensava que era somente o amor, a afeição, o carinho.
Marilu
--- Você
está por fora. O sexo, quanto o homem fez, é uma brutalidade. Se bem que a
mulher também concorda na penetração.
Janilce
---
Penetração? O que é isso? - - assustada
Marilu
--- É
quando a mulher se deixa penetrar. O homem enfia seu membro naquela vagina. Não
tem gozo nenhum. É só enfiar e pronto. - - falou sem graça.
Lauro
gargalhou à vontade. De quase morrer. Em certo instante estacionou seu carro
para tanto sorrir. Uma verdadeira gargalhada.
Marilu
---Que
está achado graça? Bruto!!! - - fez cara feia
Lauro
--- Nada.
Nada, não. O certo é que a mulher era subserviente ao homem. E homem esperava
total fidelidade da esposa. Mas o homem buscava sexo com escravas da família.
Não de agora. Faz tempo que as mulheres fazem sexo com seus patrões ou homens
comuns.
Marilu
---
Frequentar prostibulo sem afrontas. –
Lauro
--- Sexo
humanital para o mesopotâmico não era uma questão moral. Era, apenas, um
arranjo comercial unilateral. Nem quando o sexo fora do casamento era proibido,
na verdade o Rei tinha uma clausula de performance em seu contrato. A mulher era
propriedade do marido. Assim, o adultério seria uma ofensa ao marido por não
ter exclusividade sexual. Se o homem flagrava a esposa na cama com outro, ele os
amarrava da cama e levava essa diante de juízes.
Janilce
--- Ora
merda! Amarrada pelas ventas? - - preocupada
Marilu
--- A
mulher era punida com um pau atravessado no nariz! - - gargalhou
Lauro
--- Era
uma forma humilhante de mutilação. Quando era com uma sacerdotisa, a sentença
era mais branda. O homem se valia da natureza curativa do sexo. Essa medicina
alternativa foi usada com grande efeito no épico do mito sumeriano, Gilgamesh.
Janilce
--- Só
valia para o homem? - - interrogava
Lauro
--- Sim.
Gilgamesh tinha o poder de julgar que a carne é mais poderosa do que a
prostituta de Uruk. A prostituta teria que o seduzir para conseguir o erotismo.
E o homem tem relações sexuais por 7 dias e 7 noites. –
Marilu
--- Isso
aqui tá muito bom. Isso aqui tá bom demais! - - gargalhou dançando no acolchoado
de auto.
Lauro
--- Pois
é! Como resultado dessa longa semana com uma dama da noite da idade do bronze,
Enkidu, era o homem, torna-se civilizado. O sexo havia domado a deusa selvagem.
Sexo não era domínio de Reis, prostitutas e deuses míticos.
Janilce
---
Negação! Não acho graça! - - abusada
Marilu
--- E
hoje não é da mesma forma? O homem, quando precisa, procura uma puta! - - fez
ver
Lauro
--- Isso
mesmo. Lá no sitio do meu avô, os meninos comem até galinha de duas pernas para
se satisfazer. E cabras também. –
Marilu
soltou uma bela gargalhada, dessa de torcer o cano. Ela lembrou de um garoto
que transava com as galinhas no quintal da casa dele. E viu essa ação por várias
vezes.
Lauro
--- Que
foi? - - indagou
Marilu
--- Nada,
não! - - e voltou a gargalhar de torcer as pernas até o seu rosto
Lauro
--- Pois
é. Não te digo! Todos os mesopotâmicos ansiavam
por paixão, prazer e romance! - - sorriu
Janilce
---
Mulher quer homem apaixonado por ela! - - falou sem graça
Marilu
--- Esse negócio
de compor canções pela mulher amada, já era. - -
Lauro
--- Esse
negócio de canções é um orgasmo feminino. –
Marilu
--- Isso
eu não duvido. A mulher é romântica. –
Janilce
delirou pensado em uma canção onde ela era uma deusa a furtar seu grande amor.
Janilce
--- A
canção é algo de encantamento. Veja bem “Para Elisa”, de Beethoven! –
Lauro
---
Falastes bem! - -
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