sexta-feira, 8 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 39 -

AMOR E SEXO
39
SEXO

O carro continuou embalado passado por diversas moradias, uma das quais na qual aparecia a palavra “Sexo”. Apenas isso era uma murada cercada por vasto terreno e lá dentro uma mansão onde se comia e bebia a bom gosto qualquer hora do dia ou da noite. Logo após, tinha o serviço motivado por uma bela dama de seus apenas 20 anos de idade ou pouco mais. Aquele era um lupanar onde as mulheres amantes satisfaziam os seus gordos namorados. Assim era a vida das esposas de ocasião. Guerras, religião e luta pela sobrevivência são fios da mesma meada que deram feitio a história.
Marilu
--- Essa é boa! No amor e na guerra! Vou programa-la pra o Cine Tirol! - - falou a destacar o jornal
Lauro
--- É um filme importante. Já está nos jornais do Rio. Aliás, como você viu ao passar lá atrás uma casa de sexo, uma força poderosa e mal interpretada levou a grandes batalhas e paixões ardentes. O sexo! - - relatou.
Janilce
--- Sexo! Um horror! As mulheres se depravam. –
Lauro
--- Menina, se você não sabe e se quiser saber tudo sobre esse comercio e sua influência, é o olhar a História. Você vai encontrar no passado, tudo que se faz no presente. Os primeiros relatos escritos do sexo, não apareceram em banheiros da Idade da Pedra. Mas em tabletes de argila da própria civilização da Mesopotâmia. –
Janilce
--- Naquele tempo já havia isso? –
Lauro
--- Há 3.200 anos antes de Cristo. Ficava numa região do oriente próximo, a Mesopotâmia era uma terra de contrastes. Barbárie, sabedoria e exotismo. Talvez nunca saibamos na história em que a guerra do sexo começou.
Janilce
--- Pois eu pensava que era somente o amor, a afeição, o carinho.
Marilu
--- Você está por fora. O sexo, quanto o homem fez, é uma brutalidade. Se bem que a mulher também concorda na penetração.
Janilce
--- Penetração? O que é isso? - - assustada
Marilu
--- É quando a mulher se deixa penetrar. O homem enfia seu membro naquela vagina. Não tem gozo nenhum. É só enfiar e pronto. - - falou sem graça.
Lauro gargalhou à vontade. De quase morrer. Em certo instante estacionou seu carro para tanto sorrir. Uma verdadeira gargalhada.
Marilu
---Que está achado graça? Bruto!!! - - fez cara feia
Lauro
--- Nada. Nada, não. O certo é que a mulher era subserviente ao homem. E homem esperava total fidelidade da esposa. Mas o homem buscava sexo com escravas da família. Não de agora. Faz tempo que as mulheres fazem sexo com seus patrões ou homens comuns.
Marilu
--- Frequentar prostibulo sem afrontas. –
Lauro
--- Sexo humanital para o mesopotâmico não era uma questão moral. Era, apenas, um arranjo comercial unilateral. Nem quando o sexo fora do casamento era proibido, na verdade o Rei tinha uma clausula de performance em seu contrato. A mulher era propriedade do marido. Assim, o adultério seria uma ofensa ao marido por não ter exclusividade sexual. Se o homem flagrava a esposa na cama com outro, ele os amarrava da cama e levava essa diante de juízes.
Janilce
--- Ora merda! Amarrada pelas ventas? - - preocupada
Marilu
--- A mulher era punida com um pau atravessado no nariz! - - gargalhou
Lauro
--- Era uma forma humilhante de mutilação. Quando era com uma sacerdotisa, a sentença era mais branda. O homem se valia da natureza curativa do sexo. Essa medicina alternativa foi usada com grande efeito no épico do mito sumeriano, Gilgamesh.
Janilce
--- Só valia para o homem? - - interrogava
Lauro
--- Sim. Gilgamesh tinha o poder de julgar que a carne é mais poderosa do que a prostituta de Uruk. A prostituta teria que o seduzir para conseguir o erotismo. E o homem tem relações sexuais por 7 dias e 7 noites. –
Marilu
--- Isso aqui tá muito bom. Isso aqui tá bom demais! - - gargalhou dançando no acolchoado de auto.
Lauro
--- Pois é! Como resultado dessa longa semana com uma dama da noite da idade do bronze, Enkidu, era o homem, torna-se civilizado. O sexo havia domado a deusa selvagem. Sexo não era domínio de Reis, prostitutas e deuses míticos.
Janilce
--- Negação! Não acho graça! - - abusada
Marilu
--- E hoje não é da mesma forma? O homem, quando precisa, procura uma puta! - - fez ver
Lauro
--- Isso mesmo. Lá no sitio do meu avô, os meninos comem até galinha de duas pernas para se satisfazer. E cabras também. –
Marilu soltou uma bela gargalhada, dessa de torcer o cano. Ela lembrou de um garoto que transava com as galinhas no quintal da casa dele. E viu essa ação por várias vezes.
Lauro
--- Que foi? - - indagou
Marilu
--- Nada, não! - - e voltou a gargalhar de torcer as pernas até o seu rosto
Lauro
--- Pois é. Não te digo!  Todos os mesopotâmicos ansiavam por paixão, prazer e romance! - - sorriu
Janilce
--- Mulher quer homem apaixonado por ela! - - falou sem graça
Marilu
--- Esse negócio de compor canções pela mulher amada, já era. - -
Lauro
--- Esse negócio de canções é um orgasmo feminino. –
Marilu
--- Isso eu não duvido. A mulher é romântica. –
Janilce delirou pensado em uma canção onde ela era uma deusa a furtar seu grande amor.
Janilce
--- A canção é algo de encantamento. Veja bem “Para Elisa”, de Beethoven! –
Lauro
--- Falastes bem! - - 

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