sexta-feira, 22 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 51 -

ÊXODOS
51
EPÍLOGO 

Os hebreus estavam a salvo da intoxicação por alimentos nocivos estocados em panela de barro guardadas no chão quente. Os egípcios não tiveram a mesma sorte. O povo egípcio seguia outro costume. Isso era comum em todas as nações do mundo com exceção do povo hebreu. Como quem diz: ”o costume é quem mata”, os hebreus adotavam novos costumes. Comer carne de porco era um procedimento nocivo para o povo hebreu. Por isso, os hebreus não comem carne de porco ainda hoje. Eles, ainda hoje, nos dias atuais, seguem a Bíblia como sendo um livro sagrado em todos os momentos da vida. Apesar de ser um povo escravizado em uma pátria ao lado, o Egito, os hebreus não largavam as suas crenças.
Agora é a travessia do mar Vermelho. As dez pragas, do rio de sangue à falta de alimentos e mortos nas famílias, devastaram os egípcios. O Faraó cedeu diante das suplicas insistentes de Moises e libertou o seu povo. A questão é: que caminho Moises e o povo de Israel tomaram? A história de Moises é baseada em fatos. Desse modo, seguiremos Moises na sua peregrinação e encontraremos a travessia do mar Vermelho. E também o local mais sagrado da Bíblia: o Sinai.
A Montanha de Deus onde Moises recebeu os Dez Mandamentos. Já sabemos que a cidade bíblica de Ramessés ficava nas, hoje, ruinas chamadas de Putim. Mas para se descobrir a rota do Êxodo se tem que voltar ao texto bíblico. Ao chegar a essa cidade, os hebreus se defrontaram com o Mar Vermelho. A parte do Mar Vermelho mais próxima da antiga cidade de Ramessés fica, hoje, perto o Canal de Suez. Pela localização, este é considerado o local tradicional do milagre bíblico pelo qual dividiu o Mar Vermelho.
Mas, na época, há três mil anos, Ramessés II controlava toda essa península do Sinai. E aí os hebreus estariam sob o controle egípcio. A rota do Êxodo deve ter sido diferente o que fornece um outro mapa da Bíblia. Por isso, Moisés seguiu para o Golfo de Acabar. Em vez de cruzar o Mar Vermelho a oitenta quilômetros da capital do Faraó se acredita que Moisés e o seu povo chegou a Acabar, 480 km a leste. A meta de Moises era chegar a sua antiga terra onde estava Midiã, onde hoje fica a Arábia Saudita.
Mas, quando os hebreus chegaram ao litoral, o Exército do Faraó os alcançou. “Então, Moises levantou o seu cajado e o mar Vermelho se dividiu”. Mas, existe alguma verdade por trás desse incrível efeito especial bíblico. A chave para desvendar esse antigo mistério está na descrição bíblica do evento. O livro do Êxodo diz: “Moisés estendeu a mão sobre o Mar e o Senhor fez o Mar recuar com forte vento leste que soprou a noite inteira. E fez o Mar ficar e as águas se dividirem”. Esse fenômeno foi causado pelo vento. A divisão do Mar Vermelho não foi um milagre instantâneo. Mas um raro fenômeno meteorológico. É um fenômeno que acontece em águas rasas. O vento soprou da praia para a parte mais funda, muito forte mesmo e o golfo raso, a agua recuou tanto que as irregularidades do leito ficaram expostas. Na história, os hebreus cruzaram o mar Vermelho quando o leito ficou exposto.
O fenômeno foi encontrado justamente onde a Bíblia aponta. Moises e os hebreus fugiram do Egito, cruzando a península do Sinai e chegando ao Mar Vermelho onde hoje fica o Golfo de Acabar. Hoje, Ácabar é um paraíso turístico onde as nações de Israel, Jordânia e Egito se encontram. A topografia subaquática não revela irregularidades. Mas a três mil anos as condições eram diferentes. Sabe-se que há dois mil anos as águas do Golfo de Ácabar avançavam cerca de 200 metros litoral a dentro. E sabe disso por causa de uma cidade romana chamada Eilat.
Segundo registros romanos era um porto no Golfo de Ácabar. Diametralmente, Eilat está a quase 200 metros do litoral. Então na época do Êxodo, há três mil anos, o mar devia se estender por mais de 200 metros. O litoral de hoje deve ter sido há três mil anos uma área elevada submersa. Se o Mar Vermelho foi dividido, deve ter ocorrido no estreito, ocorrido a trezentos metros onde hoje está o Golfo de Ácabar. Era o local para tal fenômeno. Mas a Bíblia também afirma que, quando o “vento parou de soprar, as muralhas de água desabaram” e o Exército do Faraó se afogou. E isso ocorre hoje por onde se for.
A Bíblia diz que depois que Moises e seu povo atravessaram para a liberdade, ainda faltava uma etapa: chegar a Montanha de Deus. Existe um mistério final na narrativa bíblica no Êxodo. Depois de atravessar o Mar Vermelho, Moises levou seu povo para o Sinai, a Montanha de Deus, onde recebeu os Dez Mandamentos. Existe um monte chamado Sinai na península do Sinai, considerado o Monte Bíblico desde o século IV depois de Cristo. Ele, desde então vem recebendo milhares de peregrinos todos os anos. Mas, se a teoria estiver correta, o tal pico não pode ser o lugar onde Moises recebeu as Leis.
Se o povo escolhido atravessou mesmo o Mar Vermelho em Ácabar e não em Suez, o atual monte estaria a 250 km dos hebreus. Aonde fica o verdadeiro Monte Sinai? O livro do Êxodo nos dá uma pista. Quando Moises e os hebreus seguem as instruções de Deus: “E o Senhor ia diante deles, seguia uma coluna de nuvens para mostrar o caminho. E de noite, numa coluna de fogo para iluminá-los para que caminhassem de dia e de noite”.  Um evento natural: Um vulcão!
De dia, poderiam ver grossas nuvens saindo de um vulcão. E à noite eles viram as chamas! Então, o vulcão faz sentido. Não existem vulcões ativos na península do Sinai. Mas há vários na Arábia Saudita, perto do local da travessia. Em Ácabar.
Mas, será que o Vulcão de Moises poderá ser localizado?
A própria Bíblia parece dar a direção específica. A pista fundamental para dar a localização de Kadosh Barnea ao Monte Sinai vem do relato do Deuteronômio. Uma jornada de onze dias até o Monte Sinai. Os peregrinos percorrem uma jornada de sessenta quilômetros por dia, e isso equivale em seiscentos e sessenta quilômetros. A cidade indicada de Kadosh Barnea aparece em muitos mapas antigos. Em um raio de seiscentos e sessenta quilômetro só há um vulcão ativo grande o bastante para criar uma coluna de fumaça que os hebreus poderiam ver e seguir há muitos quilometros de distância: Monte Borne; E quanto Moises rebe as leis do Monte e a Biblia diz: “E a fumaça subiu como fumaça de uma fornalha e todo o mundo tremia grandemente”.
Uma erupção impressionante que só poderia ter vindo de um Vulcão ativo. Das dez pragas do Egito a divisão do Mar Vermelho, até a Montanha de Deus, os milagres do Êxodo podem ser explicados por seus números científicos. Porém, isso não torna a história menos milagrosa. Descobrir a ciência por trás a Biblia pode não ser tão importante. Mesmo assim, o Êxodo é uma história de perdedores que, com fé e perseverança conseguiram superar toda a opressão de suas vidas.
O Êxodo! Narrativa bíblica de milagres. Catástrofes. No curso da história alterado pelas mãos de Deus. Da sarça ardente à morte do primogênito, então se busca por acessos explicações naturais para acontecimento sobrenaturais. Areias do deserto e Vulcões. Os milagres aconteceram. Essa é a verdadeira história do Êxodo! Mistérios da Biblia!                 

FIM


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