domingo, 30 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 10 -

COPACABANA
10
GRANDE RIO

Quando chegou ao Rio de Janeiro, dona Noca ficou extasiada por ver tantos aviões. Uns, decolavam para o mar, outros faziam o vou para o Sul ou o Centro. Gente muita a andar para um lado e para outro. E a mulher estava desnorteada. A filha a sorri, chamou por sua mãe alegando que eles estavam chegando no aeroporto do Rio. Tudo, ali, era diferente. Nesse instante, Lindalva, mãe de Lauro, se acercou do filho amado, o abraçando e beijando e, em seguida abraçou afável a moça, Marilu e, por sugestão de Lauro, ela dirigiu a dona Noca, igualmente a abraçando-a. A mulher, um tanto nervosa, aceitou aquele abraço. Vestindo um traje de cor negra, longo, todo bordado, Noca quase desmaia por ver tanta gente a desfilar e a conversar com os seus assuntos vários.
Lindalva
--- Como passas, dona Noca? Gente muita! - - falou suave.
Noca
--- Pensei que não ia mais chegar. - - falou olhando nervosa o povo no aeroporto
Lindalva
--- Estas admirando o pessoal? - - sorriu com paciência
Noca
--- Tem mais gente do que formiga. - -
Sorrisos francos. Lauro foi o mais distinto. A filha, Marilu, se tremia na base com cuidado para não sair um disparate da boca de sua mãe. Então, despachada as malas, o automóvel de luxo seguiu com seus ocupantes para o Hotel onde estava o Senador com a sua barriga gigante. No meio do caminho, dona Lindalva se preocupava em mostrar a dona Noca tudo de belo pelo caminho. Senhoras com vestidos alongados, pois era o normal, homem em trajes de paletó, bondes, carros, pessoas a atravessar as ruas, entre outras, e o Hotel Central, onde os visitantes teriam de ficar naqueles tempos de glória. Um formigamento deu nas penas de dona Noca que, só não coçou por ter vergonha.
No interior do Hotel, Noca foi apresentada ao Senador. Com muito gosto, o homem com cordialidade a cumprimentou. E declarou com afabilidade.
Senador
--- Agora somos uma família. Faladava apenas conhecer a ilustre senhora Noca! - - abraços
Noca pouco entendeu os apreços pois estava se urinando e precisava de um vaso com urgência. Sem sossegou, pegou Marilu pela gola e puxou para adiante.
Noca
--- Filha, estou me mijando! - - foi o que disse apertando as pernas.
Quando Noca entrou no banheiro do Hotel, algo sobrenatural ocorreu. Uma cortina se deslizou sobre os trilhos sem Noca toca em nada. Ela teve um sustou e ficou a olhar aquela misteriosa cortina. Procurou de um lado a outro o que fez a cortina deslizar, porém nada notou. Sentiu as suas pernas a molhar de imediato. Então, a mulher notou que estava urinada pelo sustou dado. Um calafrio se assomou o corpo inteiro e de vez, chamou a sua filha, mesmo a porta de banheiro estando fechada. A moça, que estava próxima a porta de repente acudiu ao chamado.
Marilu
--- Abra a porta, minha mãe!!! - - sacudiu a maçaneta.
Noca não conseguia abrir a maçaneta da porta e dizia por dentro.
Noca
--- Não abre. Está como se estivesse travada. Eu estou mijada. Um negócio sacudiu a cortina. Por favor. Ajude-me!!  - - gritava chorando.
Marilu
--- É o vento? - - perguntou
Noca
--- Não tem vento. A cortina se mexeu de repente. Ajude-me.! – - e torcia a maçaneta sem conseguir abrir a porta
Marilu
--- A senhora fechou a cortina? - - indagou do lado de fora.
Noca
--- Eu nem cheguei a mexer nela! - - destacou
Marilu
--- Espere. Vou abrir a porta. Espere. Não toque em nada! - - e a moça destrancou a porta
Lindalva, de imediato, chegou ao banheiro pelo lado de fora acompanhado a filha da mulher.
Lindalva
--- Ela está presa? - - perguntou
Marilu
--- Parece. A tranca não abre. Nem para um lado, nem para outro!!! - - reclamou
Lauro
--- Que houve? - - chegou apressado
Marilu
--- Minha mãe está presa por dentro. Eu não consigo destrancar a maçaneta! – - Virando e desvirando a maçaneta
Lauro
--- Deixa eu ver. - - e sacudiu a maçaneta sem fazer esforço e logo abriu a porta.
Lindalva
--- Coitada. No primeiro dia? Deixa eu entrar! - - e lá foram as duas, a mãe de Lauro e Marilu para dentro do banheiro
Noca chorava como um neném abraça com a filha. A moça agarrou-se a sua mãe e dona Lindalva procurava abrir e fechar a cortina e, essa, corria com facilidade. Não havia nada de anormal. Logo em seguida, chegou Lauro e um feitor para ver ao certo que houve com a cortina.
Lauro
--- A cortina fechou de imediato, conforme desse a senhora, deslizando sobre os trilhos. E a senhora nem chegou a tocar em nada.
O rapaz verificou os trilhos e nada ocorreu.
Lauro
--- E então? - - quis saber
Mecânico
--- Vou ver outras e outros apartamentos. - - saiu com pressa
Lindalva
--- O que ele disse? - - perguntou atenta
Lauro
--- Não disse nada. - - magoado
Marilu se retirou com sua mãe para o quarto reservado às duas. Dona Noca, retirando a roupa molhada de urina, apenas chorava a dizer.
Noca
--- Que vergonha, meu pai. Eu vou embora. Eu vou. - - soluçando
Marilu
--- Ora mãe. Deixa de tolice. Isso acontece. Eu também tenho vontade. A senhora se acalme. Depois, isso passa. - - refez a moça
Noca
--- Comigo, nunca!!! - - magoada
Marilu
--- Quer um pouco de café? - -
Noca
--- Um pouco. Mas eu vou embora! - - soluçando 

sábado, 29 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 09 -

RIO DE JANEIRO
09
A VIAGEM -

Após a saída de Lauro da residencia de Marilu deu-se uma revolta na cabeça de dona Noca. Mesmo tendo firmado acordo da negociação e recebido o valou estabelecido, a mulher pensou duas vezes e dessa vez se virou para a filha pensando de imediato em também ir para o Rio. Ela pretendia zelar pela mercadoria entregue. E foi assim o sucedido.
Noca
--- Quanto custa a passagem? - -
Marilu
--- Passagem? Que passagem? A do Rio? Sei lá. Ele compra para pagar depois. Por que? –
Noca
--- Eu vou com vocês. Seja lá o que der. Eu resolvi que vou! - - e olhou para a barriga da filha.
No dia marcado, estavam no avião, Marilu, Lauro e a mãe da noiva, dona Noca além de vários passageiros. No decorrer do caminhar, a mulher adormeceu. Na viagem, Marilu estava lendo um livro que abordava os Papas do Vaticano, sendo um, o Papa Silvestre.  Dizia o escrito que, ao longo dos seus quatro anos, o Papa Silvestre provou ser tanto culto como inovador, tendo provido estudo de aritmética e astronomia.
Lauro
--- Que estás lendo? - - quis saber
Marilu
--- História sobre um Papa. - - sorriu
Lauro
--- Papa? Quem foi ele? - - perguntou para saber melhor
Marilu
--- Papa Silvestre. Estou nessa parte. Quer ver? - - perguntou
Lauro
--- Leia que eu escuto. - - declarou
Marilu
--- Pois bem. Lá vai.
Com a aliança no dedo anelar da mão direita, Marilu continuou a leitura em voz baixa. E passou a vista na leitura anterior até chegar na continuação.
Marilu
--- Pois bem. Continuando. “Mas havia aqueles que acreditavam que as habilidades cientificas do misterioso Pontífice foram resultado dele ter estado em conluio com demônios. - - sorriu
Lauro
--- Demônios? Nossa! - - arregalou os olhos para ver de mais perto o livro.
Marilu
--- É o que está dito aqui. O Sacerdote tinha estudado a Magia Negra e construído uma cabeça robótica de onde recebia conhecimentos secretos. Em seus últimos suspiros, o Papa Silvestre fez uma confissão chocante. Que ele foi envolvido por um Demônio mitológico chamado Súcubo.
Lauro
--- Súcubo! Estava bem acompanhado! - - sorriu,
Marilu
--- Que diabo é súcubo? - - indagou a moça
Lauro
--- Digamos que seja ‘”rameira”, meretriz. Popularmente “puta”. - - disse o homem.
Marilu
--- Ah! Já sei! Calado! - - falou a moça um tanto envergonhada.
Lauro
--- Mas é isso mesmo. Acercava-se de um Padre, Bispo ou mesmo Papa. - - explicou
Marilu
--- Vamos lá. “Nas histórias antigas o Súcubo é um ser demoníaco que assume a forma de uma mulher e seduz os homens humanos. –
Lauro
--- Como ainda hoje fazem. Veja a 15 de Novembro. As rameiras! - - disse ele.
Marilu
--- Coitadas! Não quero nem pensar. - - refletiu
Lauro
--- Os súcubos aparecem, normalmente, à noite. Veja bem as mulheres que vivem em lupanares. Elas vêm como um pesadelo. O homem enche a cara e não tem domínio sobre si. Quer é fazer sexo. Para se negar a forma com que agem, elas tentam um estupro. O súcubo faz do gozo sua armadilha. Muitas vezes o homem sente medo e nem consegue resistir, quando é jovem, garoto, e se entrega as mulheres. - -
Marilu
--- Já entendi! As bruxas, mulheres novas, lá pelo ano de 1480, a Igreja não tolerava as que faziam sexo com os homens e as queimava vivas. Era a Santa Inquisição. Que horror! - - repugnou
Lauro
---- Foram queimadas 50 mil chamadas bruxas, mulheres bem novas, analfabetas. Uma guerra implacável travada pela Igreja Católica que maltratava as mulheres porque pecavam contra a lei de Deus. Veja só! - - repugnou
Marilu
--- Diz aqui. As bruxas eram pessoas que estavam envolvidas em uma conspiração satânica para causar a destruição do cristianismo. A decadência do mundo civilizado. De acordo com o Martelo das Bruxas, a bruxaria começou quando as mulheres pararam de resistir as investidas dos “demônios”. Por que demônios? - - quis saber
Lauro
--- Esse título está bastante defasado. Pode ser dito como anjos.
Marilu
--- As mulheres acusadas de fazer sexo com os “demônios” foram torturadas até confessarem e revelares detalhes escabrosos de suas relações sexuais. –
Lauro
--- Anda hoje, tem mulher que faz sexo com seu marido toda coberta por um pano. Ela não se mostra nua para o outro. Na Igreja Evangélica o procedimento é esse. Em qualquer uma delas.
Marilu
--- Já sei. Eu só católica! Isso ainda hoje acontece com matadores de gatos! Eu até já li a história de um fazendeiro que foi seduzido por uma mulher loira num terreno que ele cultivava seus plantios. A mundana chegou e fez sexo alí fora de casa mesmo. - -
Lauro gargalhou contra a insistência de Marilu em fazer silencio.
Lauro
--- Teve um caso até recente de um encontro de um homem que foi abduzido por uma mulher que o levou a bordo de o disco voador e em lá chegando, o homem fez sexo com essa ninfa extraterrestre.
Marilu
--- Existem muitas histórias como essa para não ter meios de se descartar. Tem um moço, em Natal que ele foi abduzido por seres estranhos em disco voador. Um homem que se diz que ele é louco, foi um desses. –
Lauro
--- O que nós estamos vendo é uma questão de abdução de extraterrestre nos dias de hoje e o que se passou no período medieval. Até mesmo em tempos remotos mais distante, como aqueles do tempo de Gilgamesh e dos Anunnakis.
Marilu
--- Você já leu sobre os Anunnakis? - - quis saber.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 08 -

JORNAIS
08 
CASAMENTO

Segunda-feira, de manhã, Marilu chegara as sete horas. Na redação não tinha viva alma a não ser o pessoal da foto, inclusive Canindé. Os três fotógrafos estavam trancados no laboratório, ao que parece, conversando com a conversas de sempre, pois para Marilu só chegavam os risos de cada um. A mulher que fazia limpeza das salas passava para o lado mais de dentro em busca de algo, como um balde ou vassoura, certamente. O cheiro de perfume invadia todo o meio ambiente por conta do borrifador usado. Na sala, Marilu foi buscar os jornais do fim de semana chegados do Rio de Janeiro para se entender o que demais era notícia. Com um pouco mais chegaram os repórteres da manhã, inclusive Janilce. Essa chegara com o rosto antipático para nem se perguntar o que houve.
Janilce
--- Merda! Minhas regras! - - falou para Marilu um tanto abusada
Marilu
--- Nem fale nisso! Estou vendo a hora de ocorrer comigo! - - relatou
Janilce
--- Que livro é esse? - - indagou apontando para o tomo.
Marilu
--- Esse? Gilgamesh! Um livro antigo. Homens do Espaço. - -
Janilce
--- Vou usar o seu sofá. As cólicas estão irritantes. Licença! Quero puxar a barriga para baixo. –
E a moça se deitou de papo para baixo. Pôs um magazine no rosto para não ver ninguém. Marilu a observou e não disse nada. Continuou com o seu trabalho de examinar o que foi feito do sábado até domingo. Na sala em frente, chegava gente a toda hora. Gadelha entrou na sala de Marilu trazendo revistas.
Gadelha
--- Seu Ramão! - - entregou as revistas da Agencia Pernambucana e viu Janilce deitada com a face coberta. Nada perguntou. Apenas a olhou piscando um olho. Marilu entendeu e nada falou. O livro Gilgamesh permanecia no lugar. E logo, entrou em seu escritório o senhor Lauro. De onde estava, fez um aceno a Marilu como a chama-la. Ela entendeu e foi em frente. Canindé entregou a Marilu, antes da mesma seguir, as fotos do dia. E dali, retornou. Ela agradeceu e entrou no gabinete a cumprimenta o Diretor. Ele sorriu e falou
Lauro
--- Que tem a moça? - - quis saber
Marilu
--- Coisas de mulher, mesmo. Nada de mais. - -
Lauro
--- Certo. Sua mãe, como vai? - -
Marilu
--- Hoje saiu mais tarde. Disse que tinha negócios a fazer. Não sei o que é. - -
Lauro
--- Vamos viajar? - - sorriu
Marilu
--- De bonde?  - - sorriu
Lauro
--- Bonde não tem mais. De avião. Nem precisa dizer sim! - -
Marilu
--- De avião? Eu preciso conversar com minha mãe. De avião? Para onde? Rio? –
Lauro
--- Sim. Ao Rio. É o aniversário do Senador. Vamos fazer uma festa. E você é uma das tais. Eu tenho algo para entregar a você. - -
E Lauro entregou um par de alianças em uma caixa de veludo escuro.
Marilu
--- Que é isso? Alianças? Para mim? - - a moça estremeceu
Lauro
--- Sim. Ponha no dedo e pronto. - - sorriu
Marilu
--- Mas. Mas. Mas. E você nem sabe se eu aceito? - - e chorou
Lauro
--- Ora. Aceite. Vamos mostrar na redação. Eu te quero. Só isso. - - relatou
Marilu se esqueceu do destino e sentou na poltrona chorando de emoção. Com poucos instantes toda a redação comemorava o pedido de casamento feito por Lauro. E o pessoal se abraçava com orgulho ovacionado Marilu por ter aceito a rogativa. A moça, desambientada, apenas agradecia aos companheiros de oficio. Nesse justo instante, surgiu do seu local onde estava, a virgem Janilce. Inquieta, indagou.
Janilce
--- Quem faz aniversário? - - perguntou preocupada.
No mesmo dia, à noite, Marilu acompanhada de Lauro, chegaram a casa de dona Noca para oficializar o pedido de casamento. Antes, porém, dona Noca, sem saber de nada, foi dizendo sem ter nenhuma noção de que estava a ocorrer.
Noca
---Vendi o Café. - - falou sem mais nem que e se perceber a presença de Lauro
Marilu
--- Vendeu? A quem? - - assustada
Noca
--- A um sargento. Quer dizer. É o nome do homem. Sargento. –
Marilu
--- E agora? Que vai fazer? - - indagou
Noca
--- Fazer vendagem para conhecidos. E você? Que está a seu lado? - -
Marilu
--- Ora, mãe! É Lauro, do jornal. Não diga que não o conhece? - - perguntou abusada
Noca
--- A sim. Seu Lauro. E o que faz aqui a essa hora da noite? –
Lauro
--- Boa noite, dona Noca. Como tem passado? É que eu vim trazer Marilu e ao mesmo tempo lhe pedir a mão de sua filha em casamento. - - sorriu
Noca
--- Minha filha? E por que não disse logo? Alianças? - - e observou as alianças
Marilu
--- Ora, mãe! A senhora não deixou o homem falar! - - se desculpou
Noca
--- E tu queres? Ah bom. Se é assim, está dada! - - disse a mulher ainda desconfiada.
Lauro
--- Tem uma coisa. Depois de amanhã, creio, nós vamos para o Rio festejar o aniversário de meu pai. Eu pergunto: a senhora que ir? - - quis saber
Noca
--- Não. Viajem bem e veja lá menina. – e olhou para a barriga da moça
Marilu
--- Ora. Mãe. Aqui está tudo fechado - - dizendo isso, sorriu
Então, Lauro gargalhou. 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 07 -

- RIO NILO -
07
NILO

Então, Marilu prosseguiu a conversa iniciada na manhã daquele domingo. Ouvia-se os gritos vindos do campo de futebol, com certeza por alguma vitória ainda sem final. O buzinaço dos carros era mais estridente naquela hora de fim de tarde. Um rapaz conversava algo sem graça com o seu amigo de companhia passando célere em caminho da rua Felipe Camarão, no outro lado da pequena rua onde ficava a nova casa de Marilu. Um garoto vendendo tapiocas passava quase com pressa para chega na artéria seguinte. Uma moça saiu de sua casa sem nada contar a alguém, certamente sua mãe. Na sala, dona Noca chegou com lanches para ambas as moças.
Marilu
--- Deixe eu terminar a conversa. - - sorriu
E as duas amigas saborearam o que vinha no prato posto por dona Noca, a dona da casa. Ao fim, a conversa prosseguiu.
Janilce
--- Pronto. Terminei a minha parte. Continue! - - falou séria
Marilu
---- Bem. A história começa antes da destruição causada pelo “Diluvio”, quando ainda existia outra civilização na Terra sobre o lugar que hoje convertido em lenda chamamos de Atlântida. Tinha uma sabedoria que era produto da evolução da consciência do homem por milhares de anos. Eram verdades aprendidas sobre o funcionamento do Universo e do processo que chamamos: Vida. O estudo das constelações revelou que a humanidade era uma reunião vivente entre o Céu e a Terra. Certo? - - indagou
Janilce
--- Sim. Eu estou a escuta. Prossiga, por favor. - - disse a moça
Marilu
--- Muito bem. E que as estrelas e os Sois ainda a influenciavam formando estações, ciclos e ritmos. Sábios sacerdotes da Escola de Conhecimento de Naacal, na Atlântida, descobriram que o Planeta estava nos momentos finais de um desses ciclos. Avisados sem que lhes dessem ouvidos que uma catástrofe eminente destruiria as estruturas que organizava a vida do homem. Sem o apoio da maioria da população, construíram alguns barcos fechados por todos os lados e os protegeram com campos eletromagnéticos de forças que podiam penetrar e dissolver a matéria comandada pelo Sumo Sacerdote Chiquitet Arelich Vomalites subiram a bordo com suas famílias, alguns instrumentos e animais domésticos. E afastaram-se de Atlântida. - - sorriu
Janilce
--- Nossa! - - fez a moça.
Marilu
--- O Planeta estremeceu!
Janilce se encolheu na cadeira de balanço feita de vime. Ela estava morrendo de medo.
Marilu continuou com a sua preleção
Marilu
--- Os Céus e as águas arrasaram os Continentes apagando quase todos os rastros de sua civilização. Com uma evidencia próxima ao Egito foram encontrados uns gigantescos monumentos de pedra chamados Megálitos, que por seu tamanho, peso e difícil montagem revelam uma tecnologia desaparecida, certamente da civilização atlante. A primeira evidencia está em Baalbek, Líbano. Lá se encontram os três maiores e mais pesados monumentos de pedra do Mundo chamados Monólitos. Cada um pesa 1.200 toneladas, mede vinte e cinco metros de comprimento, oito de largura e cinco de altura.
Janilce
--- É um monstro! - - disse a moça
Marilu
--- Não existe, hoje, tecnologia para levantá-las e muito menos para posicioná-las com tanta precisão. O lugar onde foram talhadas fica a três quilômetros onde se encontra uma pedra do mesmo tamanho que nunca foi utilizada pelos construtores originais.
Janilce
--- Igual as armações que se tem em nosso interior. - - relatou
Marilu
--- Mais ou menos. Em virtude do seu tamanho, a misteriosa plataforma tornou-se um lugar sagrado para as culturas que depois do Diluvio se assentaram da região. Assírios, Persas, Gregos e, por último, os romanos construíram seus principais Templos sobre a plataforma. - -
Janilce
--- Tudo isso já passou para a história do passado remoto. –
Marilu
--- Para você vê. A segunda evidencia está em Jerusalém. A cidade é sagrada para três religiões. Lá existem outros desses Megálitos, monumentos gigantescos, pesando, cada um, mais de 800 toneladas. Por seu enorme e inexplicável tamanho também se converteram em lugares sagrados em volta dos quais cresceu Jerusalém. Fazem parte da enorme plataforma que sustentava o Templo dos Judeus e que hoje segura a Mesquita de El Aksa e a Cúpula da Roca.
Janilce
--- Eu estou imaginando. Cúpula da Roca. Deve ser muito linda. - - comentou
Marilu
--- As pedras fazem parte das fundações do Muro das Lamentações. Hoje chega-se lá pelo um túnel que revelou as enormes pedras. Os Megálitos de Baalbek e de Jerusalém faziam parte de construções desaparecidas com o cataclismo universal e permaneceram em seu lugar por serem tão imponentes. Este cataclismo destruiu a civilização Atlante. Isto aconteceu por volta do ano dez mil e novecentos antes de Cristo quando o sistema solar transitava no signo de Leão e está registrado nos Livros Sagrados de todas as culturas do Mundo.
Janilce
--- Preciso ler mais. - - falou envergonhada.
Marilu
--- Quando se recuperou o equilíbrio, os Sacerdotes sobreviventes ao cataclismo desembarcaram no centro da superfície terrestre no lugar onde sabiam que afluem as forças telúricas do planeta. Esperavam utilizar essas forças para dar impulso ao pensamento do homem construindo maciças formas piramidais que ressoavam, concentravam e transformavam a vibração fundamental do planeta em energia.
Janilce
--- Imagine! - - observou
Marilu
--- Seres muito avançados espiritualmente que tinham um conceito de progresso que não estava baseado em aquisições matérias, mas encontra a paz e a harmonia interior transformando o limitado homem animal em um super-homem. Esses sacerdotes, no momento se chamaram de Zep-Tepi ou o Tempo Novo, viram ressurgir das águas um oásis estreito e longo. Uma terra fértil rodeada pelo deserto protetor as margens de um longo rio. Chamaram-no “Egito”, a terra que emerge das águas, o país de um único rio, o Nilo, com as melhores condições para gerar uma nova civilização.
Janilce
--- Fantástico!!! - - sorriu
Marilu
--- Os Sacerdotes viram o cataclismo como uma oportunidade de orientar a humanidade a um destino mais alto e estruturar neste novo ciclo uma sociedade dedicada ao aperfeiçoamento espiritual. A Esfinge demostra os enormes ciclos de tempo que consideravam. Sua forma de Leão com cabeça de homem ressalta o ciclo compreendido entre a era de Leão e a era de Aquário, os tempos da influência da nova civilização. Viam a vida como um processo desenhado por um Deus, no qual o homem reencarna sucessivamente para aperfeiçoar-se e ascender na hierarquia do Universo. –
Janilce
--- Os egípcios já surgiram como pensadores em reencarnação? - - quis saber
Marilu
--- Positivo. Eles e os demais. Note-se os Anunnakis vindo das Estrela e voltando para o Céu? Os povos antigos, todos eles sempre voaram das Estrelas para a Terra ou para outros planetas. Existem no Universo seres de todos os tipos. Grandes e pequenos. Não ficou apenas para os homens da Terra, a vontade de migrar para outra vida quando morrer. Eu não sei se eu mesma vou para as Estrela. Mas, confesso que sinto vontade de ir. - - gargalhou

quarta-feira, 26 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 06 -

- ALMOÇO -
06 
ALMOÇO

Por volta das 12 horas daquele mesmo dia Marilu convidou a amiga Janilce, jornalista, para almoçar em sua sala de refeições um pouco mais para o interior da nova casa para onde Marilu se mudara em dias recentes. A sua mãe, dona Noca, enfatizou o convite perguntando se a moça queria comer o caldo de peixe ou o fígado grelhado. A moça sorriu diante da pergunta, uma vez ter a comida o gosto da melhor forma. Passadas as horas, Janilce estava pronta uma vez que o que comera já estava bem demais. Alegre como um cão, a moça demorou um pouco para satisfazer o seu estomago, então já cheio. Faltava apenas dormir. Eis a questão. Marilu foi fazer seu descanso ao lado de Janilce, ela deitada em um sofá e a amiga, se ajeitando em uma cadeira de balanço.
Marilu
--- Vida boa. Vamos repor as nossas energias. - -
Janilce
--- Fico devendo essa. - - sorriu
Por volta das duas e meia, as moças acordaram. Nada de barulho na rua. Havia esportes nessa tarde e os homens já estavam para o campo de futebol, com certeza. A residencia de Marilu ficava contra o sol e àquela hora tudo era normal. Um carro buzinou, ao transitar e logo tudo já era silencio. A gritaria se ouvia dos rádios a transmitir seus jogos.
Marilu
--- Quem está nos observando? - - perguntou
Janilce
--- Hum? Observando? De onde? – - despertou a moça
Marilu
--- Os extraterrestres. Eles estão espalhados por toda a Terra, desde tempos remotos.
Janilce
--- Você acredita? - -
Marilu
--- Estou pensando. Eles estão observando as pessoas na Terra, a civilização crescer. Isso acontece hoje em dia como já ocorria em antigas civilizações. –
Janilce
--- Isso acontece ainda hoje? - - quis saber.
Marilu
--- Milhões de pessoas pelo mundo acreditam que fomos visitados, no passado, por seres extraterrestres.
Janilce
--- E se for verdade? –
Marilu
--- Será que alienígenas do passado, realmente ajudaram a moldar a nossa história?  -
Janilce
--- E se foi assim, será que estão entre nós, nesse momento? – - preocupada
Marilu
--- Estamos transferindo nossa vida inteira para uma coisa chamada “nuvem”. –
Janilce
---- Nuvem. Tenho lido sobre isso. –
Marilu
--- Estamos chegando a uma situação que, ao apertar uma tecla. Você pode descobrir o que quiser sobre uma pessoa. –
Com a tecnologia avançando a um ritmo cada vez maior, ganhamos maior acesso à informação uns dos outros, nos tornando mais interligados do que qualquer outro período da nossa história. Existem aqueles que acreditam que essa evolução da tecnologia não é criação totalmente nossa. Que estamos sendo guiados pelos visitantes que vieram para a Terra há milhares de anos.
Marilu
--- A partir da perspectiva em que enxergo isso, eu vejo que muito tempo atrás extraterrestres forneceram as ferramentas básicas, o conhecimento básico com a simples ideia de que, automaticamente nós nos tornaríamos na sociedade que nós nos somos hoje. –
Janilce
--- Então: é possível que ainda estejamos sendo observados? - - indagou
Marilu
--- A resposta é um retumbante: SIM. - -
Os adeptos das teorias sobre astronautas antigos afirmam que foi por designo extraterrestre que nos tornamos tão tecnologicamente interconectados e que estamos sendo observados, não apenas por agencias do Governo, mais por seres que não são desse Mundo. Eles também afirmam que nos puseram neste curso em um passado antigo e que podemos encontrar evidencias da existência deles de um grupo de alienígenas antigos, conhecidos como “os vigilantes”. Eles são descritos como um grupo de observadores “Divinos”, mais tarde associados com os anjos.
Marilu
--- Tem um artigo bem antigo que fala nos vigilantes. É bom lembrar que os vigilantes são puros mensageiros. E assim é por isso que muitos estudiosos consideram “os vigilantes” como uma classe de anjos, já que os anjos são considerados mensageiros. Estão encarregados de cuidar da Terra e zelar pelos humanos.
O livro de Enoque, que não é da Bíblia, contém um relato em primeira mão do bisavô de Noé foi tirado do antigo testamento, e foi tirado no Concílio de Laodiceia no século IV depois de Cristo. No terceiro livro desse texto apócrifo Enoque diz que um anjo, conhecido como Vigilante o levou à bordo de uma Carruagem de Fogo que ascendeu ao Céu. Enoque acaba sendo levado ao espaço exterior para o Céu.
Marilu
--- São facilmente detalhados o relato sobre as paredes de cristal de luzes e os quartos de cristal. Soam como alguém com competência linguística primitivas tentando explicar, entrar em uma realidade em alta fidelidade.
De muitas maneiras quando se ler o livro de Enoque ver-se logo que ele é abduzido por extraterrestres e levado em uma nave espacial onde Enoque pode enxergar a Terra e recebe instruções especiais dos extraterrestres. O livro de Enoque também afirma que 200 Vigilantes desceram à Terra para supervisionar a humanidade e ajudar no avanço do terráqueo.
Janilce
--- Dizem que os Vigilantes ensinaram muitas artes e ciências diferentes a humanidade.
Marilu
--- Que antes só eram conhecidas pelos Anjos do Céu. E isso inclui astronomia, metrologia e o uso de armas.
Janilce
--- Enoque está falando de seres de carne e osso que vieram, viram o potencial da humanidade e transmitiram conhecimentos.
Marilu
--- Eles eram esses Vigilantes. Em todo o Mundo achamos histórias que são semelhantes às dos Vigilantes vindo para a Terra e dando conhecimento a humanidade pincipalmente os segredos do Céu;
Janilce
--- A lenda Inca afirma que o Deus Viracocha criou o homem e ensinou astronomia, agricultura e outras artes avançadas. –
Marilu
--- A civilização Maia acreditava que seus Deus supremo Cúcuta ensinou ao homem a escrita, a matemática e as ciências. E uma lenda chinesa o governante de divino Lia Di introduziu numerosos avanços como a roda, a tecelagem e a escrita.
Janilce
--- E o Egito? - - indagou


terça-feira, 25 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 05 -

ESFINGE DE GIZÉ
05
BLOCOS

Domingo, manhã, cerca de nove horas, Marilu estava em casa com a sua mãe, essa, lavando as louças e a cantar canções sacras nem se lembra quais. Era uma mistura de letras que dona Noca fazia como se fosse uma canção de outros tempos. Marilu sorria baixo com os cantos da senhora Noca. Na sala de visita Marilu estava lendo um artigo de tempos remotos. Quem dera esse livreto tinha sido o senhor Luis Romão, dono da Agencia Pernambucana, situada na Ribeira onde a moça era funcionária do Jornal do Estado, um dos melhores órgãos de impressa da cidade. Nesse instante, tocou a porta a senhorita Janilce, jornalista igual a Marilu. Essa se apressou para receber a moça à porta.
Marilu
--- Entre, mulher. Tive um susto. Nem te esperava. Entre. – -  sorrindo
Janilce
--- Obrigada. Tua mãe está? Eu vim da missa, no Convento. - - falou
Marilu
--- Minha mãe está na cozinha preparando comidas. Olha ela a cantar! - - sorriu
Janilce
--- Ah bom. Ela canta bem.  Que fazia? - - respondeu
Marilu
--- Estou lendo esse livrinho. Quer ver? - -
E passou o livro para Janilce. Essa folheou e devolveu logo após.
Janilce
--- Que aborda?  - - quis saber
Marilu
--- Questões de velhas construções. Ela aborda a questão de quem observa as paredes dessa construção notará que os blocos parecem ter sido moldados por betume. - -
Janilce
--- Deixa-me ver novamente. - - e verificou a construção
Marilu
---Se você pode montar pedras, então, de repente, por mais maluco que pareça faz mais sentido nenhuma Argamassa foi usada. De acordo com a lenda local um pássaro foi o responsável por essa construção sem emendas.
Janilce
--- Aqui diz que lendas com criaturas com asas carregavam uma poderosa química em seu bico, uma substancia capaz de derreter pedras.
Marilu
--- Então. O Sol representava a cabeça do falcão. Mas talvez fosse alguns falcões ou talvez um povo pássaro que poderia ter se conectado com o lugar.
Janilce
--- Mas seria possível, como sugere a teoria do astronauta antigo, que o mítico pássaro fosse uma nave espacial? - - indagou
Marilu
--- Pilotada por alienígenas visitantes conhecidos pelos locais como irmãos do espaço. - -  assim falou 
Janilce
--- Eu acredito que é uma combinação da tecnologia dos irmãos do espaço com outros tipos de possibilidade. –
Marilu
--- Hoje em dia temos outros tipos de ferramentas. Nós não tínhamos, antes, esse tipo de ferramenta. Ou então temos até mais sofisticadas. Então esse lugar, Saxauaman permanece até hoje um mistério. –
Janilce
--- Então, olhando para todas essas edificações com pedras perfeitamente amontoadas, estamos olhando para um tipo de tecnologia que não foi usada em nenhum outro lugar da Terra.
Marilu
--- É, praticamente extraterrestre, de certo modo. Alguém deve ter ensinado essas técnicas
Janilce
--- Mas, se o processo de formação dessas grandes pedras megalíticas envolve o uso de energia térmica ou uma misteriosa química, uma coisa é certa: os antigos construtores usaram essa técnica em larga escala. Mas, por que? - - quis saber lendo o livro e vendo as figuras estampadas
Marilu
--- Eu não posso dar uma resposta se eles estavam sendo usados para além do eu sei. Os extraterrestres, muito provavelmente, são a fonte do que os humanos chamam de Deus. Como eles chegaram aqui? Muito provavelmente em algum tipo de nave.
Janilce
--- E muito possivelmente eles podem ter usados esses enormes megalíticos como plataforma de pouso.
Marilu
--- Poucos lugares, na Terra, são tão majestosos e tão traiçoeiros como a região regular da Bretanha, localizada na costa francesa. Nesse local podem ser encontradas as lendárias Pedras de Caraoquê, uma coleção de mais de mil pedras maciças organizadas em fileiras e outras formas
Janilce
--- Tenho observado. Elas estão espalhadas por mais de três quilômetros no interior da França.
Marilu
--- Perfeito. Estão aí milhares de pedras alinhadas em fileiras retas, alinhadas em círculos, alinhadas em quadrados e retângulos. Quando você olha primeiramente para essas pedras em Carnac, elas parecem estar em formas acidentais. Mas observando bem nota-se que elas foram cortadas de um lado para o outro. –
Janilce
--- Perfeito. Esses Megálitos e granitos são magnetizados com a Terra. –
E vendo mais o livrinho, Janilce vai mais além.
Janilce
--- E, praticamente todos eles apontam para a mesma direção. Ímãs de pedras.
Marilu
---Correto. Essas pedras foram realmente cortadas e posicionadas de modo a criar algum tipo de campo geomagnético.
Janilce
--- Realmente. Carnac é altamente carregado de energia. Isso eu vi em outro livro. –
Marilu
--- E as pessoas que passam entre os corredores de pedras podem sentir essa carga. As pessoas que construíram Carnac deviam ter grandes conhecimentos sobre o campo de energia da Terra.
Janilce
--- Perfeito. O conceito Teoria da Grade do Mundo aponta que algum lugar em nosso planeta contém forças magnéticas maiores que outros. –
Marilu
--- Uma coincidência interessante para todas as estruturas megalíticas que tem em volta do Planeta é que foram colocadas em pontos específicos que poderiam estar aproveitando uma grade de energia do mundo antigo.
Janilce
--- Muito justo. Existem alguns pontos ao redor do mundo que foram sacramentados e então santificados por onde há energia diferente.
Marilu
--- Curioso! Muito curioso! – - falou a olhar para o Céu.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 04 -

MORTE
04
JABURTE

Após o incrível susto tido pela moça Janilce, chegando a bater com a sua cabeça em uma parte do carro, Gadelha pediu desculpas aos ocupantes do veículo, ele prosseguiu viagem rogando pragas ao garrote. O sol já estava quente e pessoas seguiam para a Praia de Areia Preta, para tomar banho salgado e, as mulheres pobres, vestidas em trapos, bater roupas de seus senhores os moradores da parte alta de Petrópolis. Não havia muita gente. Mesmo assim, era uma porção. Na Praia do Pinto, ligada a outra praia, pescadores seguiam para o mar aberto. O interessante era a vestimenta dos pescadores. Homens pobres vestindo blusão de marinheiro, quase todos. As jangadas eram puxadas da areia na parte alta da praia e seguiam justo mar; Na parte das moradias, havia bodega, coisa simples, uns tocos para evitar a água do mar quando cheia que batiam da soleira da porta e mesmo entrava de casa a dentro. Na bodega, um vendedor despachava brotes secos e doces, pães sabe lá de qual dia, farinha, açúcar bruto e de outras marcas, como triturado, banha de porco, querosene que se chamava gás, álcool, aguardentes, das piores entre outras coisas. Gadelha indagou ao vendedor ou bodegueiro.
Gadelha
--- Para se chegar à Barreira Roxa é seguir em frente? - - indagou aos berros
Bodegueiro
--- Siga em frente. - - respondeu o homem com gesto feitos com braços
Gadelha
--- A baleia está lá? - - indagou
Bodegueiro
--- Parece que sim. Os pescadores estão com o bicho. - - respondeu
E o carro rompeu direto com toda força para não atolar no areal.
Gadelha
--- Vamos lá. - - declarou
Janilce
--- É longe? - - indagou
Canindé
--- Um pouco. Vencendo o areal, é logo alí. –
Gadelha
--- Sabe a história do enforcado? - - perguntou
Janilce
--- Qual? Não sei. Conte. - - disse a moça meio assustada
Gadelha
--- Certa vez encontraram um soldado. Ele estava morto por uma corda, dependurado da caixa de água. Tiraram e pronto. Mas, de noite lá estava ele, dependurado na corda e balançando pra lá e para cá. Ninguém dormiu mais na caixa d’água. - - sorriu
Janilce
--- Tem Quartel na região? - -
Gadelha
--- Teve um, no tempo da Guerra. - - explicou
Canindé
--- Cuidado! Ele ainda aparece! Cuidado! - - disse o fotógrafo, com voz rouca
A moça Janilce, olhou para o morro e estremeceu de medo.
Barreira Roxa. Ali estava o monstro. Pescadores esperavam a maré cheia para ver se era possível puxar a baleia para dentro do mar. Com suas asas grandes se tornava difícil puxar a jubarte para o seu seio natural. Naquela hora já estavam cinco pescadores apostando em quem um deles tirava a baleia para as águas. O garoto já saíra a mais de hora para chamar o Bombeiro. Nada de bombeiro ou de polícia e nem mesmo de alguma instituição de perca. A distância era longa. Os repórteres estavam a chegar mais próximo. E um dos pescadores indagou.
Pescador
--- Vocês são os repórteres? - -
Lauro
--- Jornal do Estado. Soubemos desse bicho encalhado nas pedras. É baleia? - -
Pescador
--- Pelo tamanho, só pode ser um bicho desses. Ela está ferida. Eu acho que não escapa. –
Lauro
--- Chamaram os Bombeiros? –
Pescador
--- A mais de hora! E o diabo do moleque nem voltou ainda. - -
Outro
--- Va ver que ele foi na Polícia mesmo. - -
Com mais uma hora, veio o Carro de Bombeiros, o Ibama e o garoto. Foi verdadeiro suplicio. Com pouco tempo chegaram novos técnicos de baleias jubarte. Os fiscais entraram na luta. Os Bombeiros tinham a sua opinião o Ibama tinha outra. Ninguém se entendia. A baleia jubarte já estava desnutrida pelo esforço feito.
Pescador
--- Ela vai morrer. É o fato verdadeiro! - - relatou
Uma maré brava sacudiu a baleia para baixo e o animal ficou alojado em baixo das pedras.
Técnico
--- Pronto. Agora que são elas. Se não se pode fazer tanto. Onde está o veterinário? –
Os repórteres fizeram a matéria no primeiro instante da luta. Janilce chorava por causa de tudo e todos. Canindé fazia fotos. Lauro conversava com os técnicos.
Lauro
--- Elas vivem do Sul? - -
Técnico
---Mais no Sul. E vivem também na região norte. Essa foi atropelada, com certeza, por algum navio cargueiro ou mesmo petroleiro. - -
As águas do mar oceânico se avolumavam, porém, eram insuficientes para fazer o resgate da baleia jubarte, uma espécie quase em extinção. Canindé falou ter que sair naquela hora. Marilu ficou para seguir com Lauro e, Janilce, com o outro repórter, seguiu de vez com Canindé em outro veículo, dirigido por Gadelha. Eram cerca de meio dia. Outros repórteres foram mandados para seguir acompanhado a ação dos técnicos em baleias, sabendo se tinham esforço para ser feito resgata do animal anfíbio jogando para o mar quando cheio.
Repórter
--- Que bicho feio! - - alertou o tal repórter
A baleia é um mamífero marinho. Respira pelos pulmões, e não pelas brânquias, como os peixes. Por isso, precisa subir â superfície para pegar oxigênio. O corpo é coberto por uma espessa camada de gordura. Uma baleia chega a trinta metros e pesa 150 quilos. Em casos normais, pode ser vista com 110 anos.  É comum ver os sons emitidos por uma baleia. Esse barulho serve para ela se localizar e se comunicar.
Técnico
--- A maré está alta agora. Mas não suficiente para tira-la daquele chão. - -
Outro
--- Verdade. Parece que eu vou o fim dessa baleia!  Merda! - - chorou o técnico.
Técnico
--- Não se desespere. É morte! E ninguém escapa! - -
Outro
--- Merda! Merda! Merda! - - e caiu em prantos
Levou-se uma semana para se ter o fim da baleia. Após a sua morte, foi a parte derradeira. Os bombeiros cavaram uma vala no chão onde a velha baleia este por esses vários dias. De um baque só, ela foi enterrada entra as águas do mar. Ali estavam a observar a jornalista Marilu e o fotógrafo Canindé.


domingo, 23 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 03 -

- BALEIA -
03
BALEIA

Marilu adormeceu por volta da meia noite a ponto de deixar seu livro totalmente aberto sem nem sequer esperar ser fechado. Quando acordou, Marilu notou o que deixara por fazer. E de imediato, pegou o livro e o fechou dizendo asneiras por seu eterno sono. Sem mais o que fazer às seis horas da manhã procurou ver se sua mãe saíra de casa pela madrugada, umas cinco horas, por certo. Ainda bêbada de sono a moça saiu para fazer asseios. Na mesa, notou bolos e pamonha. Sua mãe se lembrou em deixar seu café já pronto e não se importou em acorda-la. Com a cara feia, a moça entrou para o banheiro. Observou para o relógio Cuco e viu a hora certa.
Marilu
--- Merda! Vai dormir assim ...! - - e suspendeu de dizer a “praga”.
Depois do café, a moça olhou para o Cuco e pensou ser melhor sair direto para o Jornal uma vez ser tarde para passar no Café de sua mãe, dona Noca. Então, a moça depois de limpar o seu quarto, lembrou em seu livro, pegou o volume e saiu. Na rua, viu o gazeteiro já distribuindo jornais em cada casa. Ela não se importou. Era melhor ir ao Jornal onde poderia ver um dos volumes com mais tranquilidade. O motorista já estava aposto quando Marilu chegou a porta para subir as escadas e em iniciar o labor. Alguns repórteres já estavam a trabalhar em suas tarefas próprias. Marilu observou que Janilce não havia chegado. Isso era normal, por certo.
Após passar a vista no jornal notou que novas matérias se avolumaram em meio do que ela já colocara. Nesse meio tempo sentiu a presença de Janilce. Ela chegara na companhia de outros redatores. E foi sentar próximo a Marilu.
Janilce
--- Notou o mal tempo pela madrugada? - - indagou
Marilu
--- Acordei as seis. Nem vi o mundo acabar! - - falou sem insistir      
Janilce sorriu e nada comentou. Mesmo assim algo para tecer conversa.
Janilce
--- Pelo que eu li, antes de pregar os olhos, foi uma citação por demais interessante naquele livro que em comprei.
Marilu
--- Que diz? - - indagou lendo o jornal da manhã.
Janilce
--- Um caso interessante. Durante gerações um resumo majestoso da criação do nosso mundo tem sido o núcleo do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, as três religiões monoteístas, sendo essas duas últimas, frutos da primeira. No século XVII um arcebispo da Irlanda calculou por esses versos iniciais, o dia, até o momento da origem criação do mundo. - - sorriu
Marilu
--- Pois é. Você já ouviu falar em Sidarta Gautama? - - quis saber
Janilce
--- Creio que não. Quem é ele? - - perguntou
Marilu
--- Buda. O Iluminado. Nasceu no Nepal. Interessante! O seu nome significa “pastor de vacas”. Ou seja, a vaca é um animal forte. E quem cuida é o mesmo que se cuidar do “Universo”. Os nomes têm um significado diferente. Cada pessoa tem o seu nome. - - mastigou a unha da mão
Janilce
--- Eu, jamais imaginaria em tal nome. Pastor de Vacas. - - sorriu
Nesse ponto Canindé entrou apresado na redação e foi logo chamando os repórteres.
Canindé
--- Vambora cambada. Tem serviço! Uma baleia está encalhada nas pedras! Vamos! Vamos! –
E nesse ponto, com muita pressa, observou Janilce e quase arrastou pelo braço, falando sério.
Janilce
--- Baleia? Onde? – - perguntou e se desfez do puxão
Marilu
--- Baleia? Nas pedras? Quem falou? - - se levantou a moça da cadeira em que estava de modo espantada.
Canindé
--- Um pescador! Vamos logo! Até agora nem bombeiro chegou perto! - - já cansado
Marilu
--- Cuida! Vamos embora! Você, Janilce. Vamos! Vamos! - - apressada
Janilce
--- Danou-se! Um dia é o trem. No outro, a baleia! - - correu e busco resma de papel da redação
E pela escada, desceram em busca do carro. Canindé chamou por Gadelha, o motorista e logo se apeou no veículo. Nesse instante, vinha chegando o Diretor e, com a pressa do pessoal, perguntou.
Lauro
--- Aonde vão vocês? - -
Marilu
--- Pescar baleia. Uma enorme encalhou nas pedras de Barreira Roxa, diz Canindé. - - apressada
Lauro
--- Espere. Eu vou também. Eu levo outro repórter. - - correu para o interior do Jornal
Marilu
--- Eu vou com você! - - chamando atenção de Lauro
Canindé
--- Vamos embora! Eles seguem a gente! - - falou para o motorista
Com um pouco, um segundo repórter ingressou no auto de Lauro. Além desse, Marilu, chefe de redação, caminhou no banco da frente. O outro veículo já havia perdido de vista. Outros carros passavam em direção da Cidade Alta ou do Alecrim. Uma freada brusca. Um veículo sacolejou para evitar a colisão com o auto de Lauro ainda na Ribeira. O motorista gritou.
Motorista
--- Está bêbado sua “porra”! - - gritava o outro motorista
Sem dar conta, Lauro trafegou insistente indagando a Marilu.
Lauro
--- Por onde eles foram? - - perguntou exaltado
Marilu
--- Pela praia, eu creio. - - se agarrando por causa dos solavancos que sofria o auto
Lauro
--- Use o cinto! - - olhou vexado para Marilu
Marilu
--- Está apertado. - - alertou a moça
Mais à frente seguia o carro de Canindé a toda pressa. Janilce sofria com os solavancos da estrada feita de barro e pedras.
Janilce
--- Não dá para ir mais devagar? - - falou a moça
Canindé sorriu e detalhou.
Canindé
--- Está com medo? Pois a baleia nem está. Segura-se! - - falou o fotografo
Janilce
--- Agora, deu! - - cara abusada
Canindé
--- Tem um garrote da estrada! - -
Gadelha, de imediato, freou em cima do garrote. 

sábado, 22 de julho de 2017

GRANDES DEUSES - 02 -

RESTAURANTE
02
O TEMPO -

Após toda a história contada, o Jornal do Estado, considerado o melhor jornal da cidade e do Estado divulgou todo o acontecido envolvendo o trem e o ônibus causando a morte de mais de trinta pessoas, inclusive crianças. Duas repórteres se incumbiram em redigir as matérias reais como se cada pessoa estivesse vendo a tragédia in loco: Marilu e Janilce. Após várias horas, chegando as primeiras horas da tarde, cheia de imagens tiradas pelo fotografo Canindé, as moças igualmente concluíram suas tarefas. Dali para a revisão e concluindo na chapa quente.
Marilu
--- Coitado dos mortos!  - - quase chorando de comoção
Janilce
--- Nem fale! Uma tragédia! - - lamentando
Lauro, entristecido com o caso, apenas conseguiu dizer para as moças, ser a vida de cada um de nós. E logo o homem desceu as escadas indo para qualquer lugar, não importando qual. As moças tomaram o seu destino indo almoçar em algum local. Canindé há tempos havia saído para fazer novas fotos do trem e do ônibus totalmente amassados. Ao fim da tarde, os gazeteiros teriam que sair com uma edição extra do jornal. Lauro despachou dois novos repórteres para acompanhar o serviço de reboque dos veículos sinistrados. O dia seguinte sairia com novos apontamentos. Essa foi a ocorrência daquele dia anunciando a tragédia marcada.
Janilce, após o almoço, nem tanto assim por causa do acidente do trem, indagou de Marilu que livro era o tal que ela recebera naquela manhã tão logo voltou da cobertura. Ela que estava com o livro, disse apenas.
Marilu
--- Esse? Os Grandes Deuses! - - falou tão simplesmente
Janilce
--- É novo? - - quis saber
Marilu
--- Acho que sim. Luis Romão foi quem me entregou. Sempre ele recebe livros. –
Janilce
--- Eu adquiri um, mas nem abri. Está guardado. Preguiça de ler. - - fez algo com os lábios
Marilu
--- Eu vou ler esse. Se você quiser, depois eu te empresto. - -
Janilce
--- Enquanto isso, eu tento ler o meu. - - relatou
Marilu
--- À noite, eu começo a ler esse dos Deuses. –
E assim, as duas moças, pagaram as contas e voltaram ao Jornal para ver as novidades que alguns dos repórteres resolveram ir buscar. Marilu ocupou a sua sala e logo em seguida atendeu ao chamo de Lauro. Esse apenas indagou.
Lauro
--- Recebeu o livro? - -
Marilu
--- Aquele? Recebi. Mas ainda não li. Creio que à noite começo. –
Lauro
--- Romão fez boas referências dos autores. Ele entende também. Eu pedi um para sossegar da preguiça. Eu hoje estou exausto. - -
Marilu
--- Que observou no livro? –
Lauro
--- Ainda não li também. Mas é algo sobre os Anunnakis, creio. - -
À noite, quando estava em sua nova casa, um beco entre a avenida Deodoro e a rua lateral, Marilu, a ver por baixo o telhado da casa, deixou de lado e apanhou a brochura pondo-se a ler com vagar. Cotavam os autores que a cerca de 350 mil anos, com certeza, os homens sapiens foram modificados geneticamente por extraterrestres.
Marilu
--- Hum! Começou assim? - -
E disse mais que esses seres aterrissaram pela primeira vez onde o Rio Eufrates encontra o Golfo Pérsico. A razão para isso é que nessa área há uma concentração o que é chamado do ouro monatômico e é encontrado nas águas do mar. Hoje em dia a maior concentração deles é encontrada nas Ilhas do Havaí. Os seres extraterrestres foram chamados Annunaki que significa “Aqueles que Desceram dos Céus” e que estavam em busca desse material para repararem a atmosfera do seu planeta.
Marilu
--- Vieram roubar aqui na Terra? Não digo mesmo! - - abusada
Os Annnakis vieram do seu Planeta chamado Nibiru. O ouro monatômico faz parte do metal supercondutivo. A supercondutividade permite que se transmita, por exemplo, a eletricidade em fio desse material sem perder nada da energia da dissipação pelo calor.
Marilu
--- Isso é com Severo, técnico de rádio. - - sorriu
O ouro monoatômico faz com que seus caminhos neurais sejam, por coincidência, como se fossem superautoestradas com energia quântica. Isso significa que todos os seus sentidos serão aprimorados. Serão utilizados e processados de melhor maneira quanto as partes usadas de seu cérebro vão se tornar mais ativas de modo a implementar a sua memoria
Marilu
--- Muito bom. Prossiga! - -
Então, os Anunnakis buscavam pelo ouro monatômico e isto envolvia um enorme esforço porque tinha que ser extraído da água do mar ou processa-lo de maneira que, o ouro processado em pares de oito átomos, as moléculas pudessem ser separadas em partículas individuais. Desta forma as partículas monoatômicas eram separadas dos seus primos, múltiplos atômicos. Para uso de escravos inteligentes os Anunnakis usaram seres do planeta que a já estavam relativamente avançados de evolução.
Marilu
--- Eu não acredito nesse caso. Escravos avançados? - - rebateu
Usaram uma parte de sua costela, porque costela é uma parte do corpo que pode ser removida sem causar muito dano e também porque a costela contém a medula óssea, que é uma perfeita fonte de DNA. E os Anunnakis a modificaram, misturando o DNA deles próprios com os dos seres para uma melhor manipulação, criando em laboratório o nome de Adamo e Mulva (Eva) para eles se reproduzirem e tiveram filhos gerando à ciência a criação modificada. Estes humanos trabalhavam para os Anunnakis (Aqueles que Desceram dos Céus).
Marilu
--- Mas, é verdade isso? - - questionou.
Mas poucos sabiam realmente a respeito deles. E então, por algum motivo, os Anunnakis desapareceram. Então, alguns seres humanos receberam parte do conhecimento do Anunnakis. Os últimos humanos conhecidos foram sumérios que pegaram a Arca em sua jornada para a Mesopotâmia. Além dos Sumérios, que foram os primeiros, houve também os babilônios e tibetanos. Essa Arca, não a Arca de Noé, era conhecida por possuir poderes além da imaginação humana.
Marilu
--- Então, houve mais de uma Arca? - - indagou surpresa.
Espere. Ela podia levitar e liberar o fogo das estrelas, uma perigosa exibição de poder, como fogos de artifícios que ocorria quando os elementos atômicos se tornavam estados. Para torna-los estáveis novamente você precisaria saber certos segredos, e com os segredos você precisaria preservar a Arca, assim como seus poderes. Os homens que tinham conhecimento dos segredos da Arca, tiveram longas e prósperas vidas. Onde quer que a Arca esteja, a cultura que a possui prospera. E durante os últimos séculos foi levada de Jerusalém até Roma. Depois mudou-se de Roma para Londres e agora, supõem-se que esteja nos Estados Unidos.
Marilu
--- Será que vem para o Brasil? - - indagou surpresa.