SALÉSIA - 15 -

COLAÇÃO DE GRAU 

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SUMÉRIOS

Sexta feira, noite, convidados presentes. Salésia contente vestindo negro com cinta azul na cintura, um manto branco na gola e um chapéu redondo encimado por colar branco. Todas as concluintes vestiam assim. O salão estava repleto. Na mesa ao fundo, podia-se ver o Reitor e os professores graduados todo compostos, muito bem vestidos com uma túnica coberta por um estilo azul. Mães, pais, padrinhos, convidados se compunham na imensa sala do auditório. Salésia era a mais nervosa entre todos. Um rapaz fez o discurso de final de curso ilustrando a todos os acadêmicos por ter chegado ao fim nesses anos de formação. Eram todos felizes por ter podido chegar a Colação de Grau, finalmente. Ao final da cerimonia todos os alunos receberam os seus diplomas. Olga, Julia e os seus parentes próximos abraçaram a nova diplomada no curso de Filosofia. Era o fim de uma luta árdua na conclusão dos estudos. Ao final de tudo os chapéus foram atirados para o alto como forma de despedida. Após a entrega dos diplomas, os alunos foram convidados para um jantar de despedida em um restaurante de alto requinte. Abraços incansáveis, sorrisos amplos, conversas de todo estilo. Algo assim maravilhoso como se ali juntassem os deuses do Olimpo. Depois da festa, já chegando a madrugada do sábado, foram os deuses para os seus lares. Chovia manso, mais uma neblina. Bêbados, carregadores, viajantes em seus carros continuavam a passar de um lado a outro e ao cruzar com os heróis, eram saudados com fortes vivas. Era assim que se despediam os novos cientistas.

Ao chegar em seu lar, Salésia se despediu das duas amigas, Olga e Julia, prometendo um novo encontro logo mais à noite, pois queria dormir após ter participado da festa durante toda a noite e madrugada. Após comer algo trivial, foi logo para a cama onde pode dormir durante o dia inteiro. Sua mãe, Laura, fechou a porta do quarto permitindo a Salésia dormir seu sono sossegado. Logo após muito tempo, a moça quando dormia, viu surgir em sua cama o velho Melquiades. Como estava a dormir. Para Salésia não mais acordara por longo espaço de tempo. O velho, já morto há vários anos, tocou na poça como em sonho. E logo falou.

Melquiades

--- Menina. Eu vim te buscar para darmos um passeio longo. –

Salésia, dormindo, não acordou e só fez responder mesmo dormido.

Salésia

--- Passeio? Aonde? Eu estou dormindo agora. - - relatou a dormir

Melquiades

--- Não importa. Venha comigo para o mundo estranho. - - assim falou.

Salésia

--- É longe o lugar? - -

Melquiades

--- Um pouco. Estamos a sós. Eu e você. - - sorriu

Salésia

--- Credo! Quanto tempo estaremos nessa casa? - - - quis saber.

Melquiades

--- Não é casa. É uma terra. Dizem que lá foi Deus que desceu do Céu. - - informou

Salésia

--- Deus? Deus mesmo? Onde? - - espantada

Melquiades

--- É uma terra arroxeada. É uma terra sagrada. Ele veio numa carruagem com fumaça, fogo e grande estrondo fazendo tremer tudo. Nesse local, os humanos tiveram horror. Mas penso eu que Deus não precisa de um veículo para se movimentar. - -

Salésia

--- Nossa! Isso é verdade? - - indagou preocupada

Melquiades

--- Bem. Isso está narrado no Livro de Enoque, um profeta. Ele foi conduzido por Deus em uma carruagem de fogo. Mas eu não sei de nada sobre máquinas voadoras, no passado. Na verdade  o que Enoque fez foi voar em um disco voador.

Salésia

--- Disco? Esse que a imprensa mostra hoje em dia? - - alucinada

Melquiades

--- Sim. Esse mesmo. Ele falou em seu livro sobre os Guardiões do Céu que vieram. Eram chamados de Anjos Caídos e queriam fazer sexo com os humanos. E seus filhos seriam gigantes. Então terá havido contato sexual entre os extraterrestres e humanos. - -

Salésia

--- Ave Maria. Não quero mais nem saber. - -

Melquiades

--- Isso é a nossa história, querida. Os ETs eram Gigantes. Uma tecnologia secreta que falam dos Arquitetos do Mundo, uma raça que construiu todos os Megálitos do mundo antigo. Eles são o povo que viveram antes de nós. Nós os chamamos Deuses.

Salésia

--- Mas esses não são Deuses! - - falou de volta

Melquiades

--- É verdade. No Líbano, ficam as imponentes ruinas de Baalbek. Há uma menção desse lugar no Antigo Testamento, no Livro dos Reis. Baalbek é um ótimo lugar. É onde estão os Trílitos ou portas dos gigantes feitas com três pedras imensas. São grandes que nem sabemos o seu peso. Veja daqui as pedras. - -

E Salésia observou estupefata aquela imensa porta dos Gigantes. Curiosa, foi até mais próximo. E então declarou.

Salésia

--- É enorme! Só um Deus poderia ter feito. - - alarmada

Melquiades

--- É enorme, mesmo. Essas pedras foram cortadas e deslocada a oito quilômetros. Assentadas, elas não cabem nem uma lâmina de barbear. Não se sabe como ele fizeram isso. Eu sei que foram os gigantes comandados pelo Rei Nimrod. Havia gigantes na Terra naqueles tempos. Eu sei que os primeiros homens daqui, eram gigantes.

Salésia

--- Mas o senhor nunca viu um deles? - - perturbada

Melquiades

--- Para dizer a verdade, eu tenho a impressão de tê-los visto. Eles vieram de outros planetas, longe da Terra criando aqui uma colônia. –

Salésia

--- Isso é surpreendente. – - falou a tremer

Melquiades

--- Os antigos escreveram que estes eram seres celestiais que vieram de outro planeta; Vamos viajar para outro lado.

Salésia

--- Onde o senhor quer ir? - -

Melquiades

--- Logo ali, no Iraque. Ali, em baixo, várias civilizações brotaram nessa parte do mundo sendo uma a babilônica. Lendária por sua riqueza e esplendor. Porém muito antes, outra notável civilização desenvolveu-se aqui. Os Sumérios. –

Salésia

--- Ouvi falar. –

Melquiades

--- Eles possuíam uma cultura muito avançada. Eles foram os pioneiros de quase tudo a nossa sociedade atual. Criaram o primeiro Congresso com duas Câmaras, a primeira escrita, o primeiro sistema de escola. Surge então a pergunta: de onde veio tudo isso? Creio que eles disseram. Tudo isso veio do ensinamento de seres vindos dos Céus. Os Anunnakis ou Amanhais.

Salésia

--- Verdade! - -    

              FIM