quinta-feira, 31 de março de 2016

LAGO AZUL - 47 -

- JESUS CRISTO -

- 47 -

JESUS -

Na manhã de domingo Lourdes voltou para a casa da professora Gilda Leal visto que fora assistir a Santa Missa na Igreja próxima. Fazia tempo que Lourdes não assistia a um ato litúrgico. Na manhã daquele dia, não se sabe como, ela resolveu participar da Santa Eucaristia. Ao voltar, algo atordoou a sua mente. Lourdes caminhava como sem destino a pensar nas palavras do padre, pois se tratava em um domingo da Ressureição uma vez que passara a Semana Santa e Jesus agora então renasceu. Tudo transcorria bem até se formar em sua mente o santo reaparecimento do Deus Cristo.
Lourdes
--- Como é que pode? Ele renasceu de verdade? - - era o seu pensar
Outras senhoras passavam a seu lado conduzindo seus filhos e filhas, algumas muito bem ornadas com um vestido comprido quase a bater do chão. Os meninos vestiam calças compridas, calçavam sapatos com meias e vestiam camisas brancas. Alguns trajavam uma fita no braço alegando ser aquilo o sinal da Primeira Comunhão a qual fizeram. Lourdes ouviu um menino chamar por sua mãe e solicitar comprasse um sorvete pois estar com bastante sede. A moça sorriu e dobrou à esquina rumando para a casa de Gilda. Passados alguns instantes Lourdes chegou e encontrou as duas senhoras, Gilda e Angélica a conversar animadamente. Maria, a moça da cozinha veio servir café com bolos e biscoitos para as visitas. Lourdes cumprimentou a Angélica e adentrou a residência O dia era calmo e passavam os verdureiros, vendedores de tapiocas além de compradores de garrafas vazias. Domingo de doce ameno.
O dia prossegui até o ponto em que Lourdes indagou de Gilda sobre o Jesus adorado por todos no meio daquela calmaria.
Lourdes
--- Senhora. Jesus existiu de verdade? - - indagou meio confusa.
Gilda
--- Para mim, talvez Jesus existiu. Mas tem gente que opina diferente. Qual a dúvida? - - quis saber.
Lourdes
---- Por nada. Apenas dúvidas. A questão de ser católica. Mas, está no meio de dois bilhões se seguidores e nada indagar aceitado apenas discussões sobre vida de morte de Jesus.
Gilda
--- Jesus tem os seus seguidores que o chamam o Filho de Deus e tem até um pergaminho da figura história de Cristo. Nos escritos de Roma tem a sua tortura e morte como um criminoso. - -
Angélica
--- A dúvida sobre a verdadeira história de Jesus tem maior força com o livro Zelota ou “imitador”, o homem que tem maior zelo pelo nome de Deus. Foi uma seita estabelecida por Judas, o galileu, que liderou uma revolta contra a dominação Romana. - -
Gilda
--- Trinta anos após a sua crucificação, Jesus parece ter almejado maior significado quando os judeus cristãos criaram a sua Divindade para limpar as perseguições do Império Romano. - -
Lourdes
--- Isso ouvi falar. Mas o sacerdote daqui nunca fala. Eu não sei o por quer! - - melancólica
Gilda
--- Jesus não foi um pacifista. Mas um revolucionário que tinha como meta expulsar os romanos da Judéia, criar um Reino de Deus na terra e assumir seu trono.
Angélica
--- Em palavras mais simples: ser um Imperador a qualquer custo tendo Deus como patrono. - -
Gilda
--- Exatamente assim. Hoje em dia o povo tem mais uma febre por tentar entender a figura de Jesus de Nazaré por sua sedução. Hoje interessa saber mais sobre Jesus do que por Sócrates, Buda ou Martinho Lutero. O povo tem interesse maior por Jesus, apesar de surgir alguém o qual diz que isso é uma invenção do Catolicismo e que Jesus era o Imperador Constantino, criador do cristianismo e ainda se proclama Jesus Cristos abençoado pelo Papa Leão X. - -
Lourdes
--- Essa é novidade! Quem? - - indagou
Angélica
--- Mas isso é uma paródia teatral. E Leão X nem era Papa de verdade.  Essa parte faz uma sátira da peça.
Gilda sorriu.
--- Verdade. É preciso saber, quem foi, onde viveu, se era casado ou não, se tinha filhos, se tinha irmãos. Tudo aquilo que não se entende direito. Essa nova história de Jesus é, na verdade, capiturante.
Lourdes
--- E essas “sombras” de Jesus até onde seguem? História? Ou figura humana? - -  
Gilda
--- Sombras! Figura humana! Bem. Para não ferir dogmas ou mitos nós temos que acertar com a fé e não com a verdade, a razão. A pessoa que reage contra uma crença, ela reage como se fosse agredir a ela mesma. Em relação a Jesus, o Cristo, eu não vejo tantas coisas que ultrapasse o que já conseguimos. O mais importante seria desmontar a aura de religiosidade e apenas os Romanos podiam crer. O Jesus Cristo. Não o Jesus de Nazaré. - -
Angélica
--- Certamente. Sendo o Messias há dois grupos a tirar de cena: os próprios judeus já que o cristianismo é uma religião protestante dentro do Judaísmo e os Romanos em função até da força que aquela prática teria de ameaçar do poderio de Roma. Mas diante de tudo isso, 2 mil anos passados, as descobertas dos documentos das cavernas de Qumram que apareceram no ano de 1947, já não se tem tanta novidade.
Lourdes
--- Mas se tem de ver a realidade da Palestina no tempo de Jesus. Há um interesse de se mostrar um Cristo diferente. O Jesus real era um Jesus revolucionário.
Gilda
--- Sendo assim temos de realizar alguns estudos dos temas nos quatro Evangelhos Canônicos, que é uma evidência. Se nós encontrarmos quatro temas semelhantes nos quatro Evangelhos provavelmente aquilo aconteceu. Tem-se uma grande fraude quando Jesus teria dito: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. A interpretação dessa frase não está correta. Quando Jesus diz que daí a Deus ele não está falando no Deus do Céu. Naquele tempo a terra da Palestina era a terra de Deus. Então Jesus estava pedindo aos romanos para sumir dali. Não é pôr a caso que Jesus estava na Cruz. Essa é a realidade. Então se conta que Jesus era um revolucionário e Ele era apenas um homem que manda o povo a pensar no Reino de Deus?  
Angélica
--- Isso é uma teoria que vem à tona algumas vezes especialmente porque quando dá capacidade de encontrar Evangelhos apócrifos, como o de Madalena, que são editados pelas editoras cristãs. Quando se encontra alguns documentos daquele tempo que falam da figura de Jesus como sendo um ídolo político revolucionário veremos uma guerrilha, naquele momento em que se sabe haver quatro partidos políticos em Israel quando o Imperador Romano era Tibério. Os Fariseus, os Saduceus, os Zelotas e os Essênios. –
Gilda
--- Os Essênios tinham a seguinte percepção: o Império está aí, mas uma hora ele cai. Os fariseus: a gente convive, finge que adere, mas não adere. Os Essênios dizem: Não. O Messias virá, vai nos salvar e vamos participar da gestão. E os Zelotas eram: Tentar. Como aqueles que enfrentavam. Alguns interpretam que Jesus de Nazaré, ele não era um líder religioso 100%. Ele era um líder religioso que queria a expulsão do dominador romano. E nesta hora ele enfrentava também a autoridade judaica. Ela só vem a tona que ele queria ser alguém que faria uma revolução naquele momento.
Angélica
--- E essa ideia só vem à tona no século 19. Mas tem o problema de Jesus ter sido Judeu. Com isso leva a má vontade de se dizer que ele era judeu. Por que essa preocupação sobre o judaísmo de Jesus? - -
Gilda
--- Jesus praticava o judaísmo, foi chamado de Rabi várias vezes nos documentos. No entanto, uma parte dos cristãos durante a história entendeu que esse nome de Jesus de Nazaré com o judaísmo se daria como uma maneira de oposição ao próprio poder existente. Daí se criou um preconceito em relação ao próprio judaísmo. A palavra “judiar” é absolutamente “racista”. Judiar é fazer os males que se faz a outrem ou os judeus. E Jesus não colocou o judaísmo do seu povo como se faria com os romanos. É tanto que os cristãos dizem que nosso Deus, que é judeu, Ele apoia aqueles que são cristãos.
Angélica
--- Talvez a maior causa de lavar as mãos seja dada por Pilatos. Ele era o grande interessado em punir Jesus que estava alí protestado contra a presença de Roma. Pilatos oferece um criminoso para os judeus. E os judeus escolheram o criminoso em lugar de Jesus para ser crucificado.
Lourdes
--- Após dois mil anos a história não morre. - - adiantou magoada.
Gilda
--- Não morre nunca. Jesus foi um revolucionário. Ele fez a sua revolução pela paz. Não era violenta. Mas era uma revolução. Ele propôs outra maneira de organizar a sociedade assim como outra maneira das pessoas encarar aquilo que era essencial na vida. E há de se fazer uma revolução pessoal não ser preciso assumir armas ou outro tipo de violência. Mas não fugir do conflito não cedendo a tentação da violência. A violência só troca um poder pelo outro    
Lourdes
--- Há uma característica revolucionaria na mensagem de Jesus. - -


quarta-feira, 30 de março de 2016

LAGO AZUL - 46 -

- O REI -

- 46 -

NABUCODONOSOR -

Dias depois, Lourdes indagou da professora Gilda Leal quem poderia ter sido o Rei Salomão. Essa era uma dúvida que pairava há alguns tempos. Na verdade, Lourdes jamais ouvira falar nesse homem. Como estava se aproximando da Semana Santa chegou a vez de lembrar em outros Patriarcas, inclusive Salomão, homem sábio e de grande poder. Lourdes viu em um livro algo que a deixo cismada: O Testamento do Rei Salomão e suas relações com os Demônios. Não teria grande importância o texto se Lourdes não tivesse lido a palavra Demônios.
Gilda
--- Bem. Para alguns, a Bíblia é a Palavra de Deus perfeita e autêntica. Mas em algum tempo foram encontrados outros textos antigos perdidos e há muito esquecidos. Enterrados em grutas nas areias do deserto contando versões diferentes da história bíblica. Os Sumérios já haviam feito a Arca há muitos tempos. Depois, chegou o Rei Salomão que ficou com esse objeto sagrado. Os Deuses deixaram com os Sumérios essa Arca protegida toda por ouro porque nela eles colocaram uma mensagem dirigida ao seu povo. O negócio não terminou com o Rei Salomão que ficou com o caixão de ouro. Era feito de ouro porque era para proteger o seu conteúdo. O que tinha dentro.
Lourdes
--- E o que tinha dentro da Arcade Ouro? - -
Gilda
--- Conforme especulações, com a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor a Arca desapareceu para ser guardada no Monte Nebo, em Jerusalém. Bem. O tempo passou e a Arca não era só uma representação. Mas um presente dos Deuses. Diz-se que na Arca tem guardado os Dez Mandamentos. Ela representa o próprio poder dos Deuses entre os homens. Vejamos a história. Mesopotâmia, a terra entre rios. Fica entre os rios Eufrates e Tigre e já foi considerada o berço da cultura. Há mais de dois mil e quinhentos anos uma metrópole imensa se ergueu no coração dessa região: a Babilônia. O homem que a governou tornou a cidade uma das maravilhas do mundo e seu nome foi Nabucodosor. A estruturas construídas pelo reino se tornaram como uma imensa Torre de Babel que encantaria várias gerações futuras. Hoje, restam somente cascalhos.
Lourdes
--- Derrubaram tudo? - - indagou surpresa
Gilda
--- Sim. Mas, a mais nova tecnologia preserva os sinais cuneiformes, a escrita mais antiga e milhares de taboas que apenas agora se pode decifrá-las. A cidade perdida de Babilônia pode ser vista através de imagens e com essas imagens se compreender melhor Nabucodonosor e da cosmologia dos babilônios. A redescoberta do mundo de Nabucodonosor começou há 100 anos, no Líbano. O século 19 foi a época das grandes descobertas. A lendária cidade de Troia havia sido escavada. Hieróglifos egípcios puderam ser decifrado. Também por esse tempo se descobriu o vasto império da Babilônia seguindo do rio Eufrates ao Mar Mediterrâneo. Em uma parede de pedra havia sido esculpido um Rei e um leão. Foi a primeira foto de Nabucodonosor e sua pintura mais antiga. Os pesquisadores buscavam por lendas antiga. E ficou se sabendo que o Rei cruzara os grandes rios Eufrates e Tigre. A mais de 2.500 anos antes de Nabucodonosor as obras de arte eram criadas para testemunhar as conquistas a transmitir as imagens curiosas daquela época. O povo sumério criou uma cultura inteiramente nova anunciada pelo desenvolvimento revolucionário.
Lourdes
--- Os Sumérios também? Eu já ouvi falar! Sumérios! - - relatou surpresa
Gilda
--- Sim. Sumérios. Foram eles que deixaram esse legado para nós. A invenção da escrita cuneiforme há três mil anos antes de Cristo e o crescimento cultural que resultou na invenção de uma língua escrita atingiria seu auge no vasto Império da Babilônia de Nabucodonosor. A nova tecnologia se espalhou da antiga Uruk por toda a Mesopotâmia, estendendo-se ao norte. Espalhou-se também para o Mediterrâneo, pelo Oeste e à esfera cultural da Palestina. O Reino de Nabucodonosor se estendia até o Egito e Jerusalém. Um autêntico Império
Lourdes
--- Jerusalém, a Cidade Sagrada? - - quis saber
Gilda
--- Verdade. Jerusalém a Cidade Sagrada do povo judeu. Mas há 2.600 anos essa não era a metrópole que é hoje. Protegido pelos muros da cidade poucos milhares de judeus habitava a pequena área em torno da montanha do Templo. Nabucodonosor foi capaz de invadir o círculo de pedra e arrasar a cidade sagrada. Os babilônios escalaram as paredes da cidade com a ajuda de torres fortificados. Os defensores não foram capazes de combater a tecnologia militar superior. Os invasores possuíam armaduras de metal, catapultas e pedras, estratégias cuidadosamente planejadas. Os planos bem elaborados eram altamente eficientes junto com as ondas devastadoras de flechas atiradas por milhares de arqueiros. - -
Lourdes
--- Sinto em mim a flecha penetrando! Que medo! - - falou a tremer
Gilda
--- Então, Nabucodonosor usou o seu poder militar para um bom propósito. Milhares de inimigos foram massacrados enquanto que os sobreviventes foram levados para Babilônia como prisioneiros de guerra. Para os judeus foi uma catástrofe terrível. A Ira de Deus! E Babilônia era vista como o teatro, local do exilio. Chamava-se até o “canteiro da depravação”. Atualmente os restos da Babilônia podem ser visto no Iraque. Mas esses edifícios criativos proporcionam algum o conceito do esplendor e gloria da antiga cidade que foi arte e habitava para além de um milhão de habitantes. As imensas paredes de cerâmicas da Babilônia estão entre as sete maravilhas do mundo antigo.
Lourdes
--- Mas dizem que há uma segunda maravilha do mundo antigo! - -
Gilda
--- Isso é. Os Jardins Suspensos da princesa Semíramis, suposta amante de Nabucodonosor. As maravilhas eram de fato lendárias da Torre de Babel. As ruas tinham 16 metros de largura, paredes com 25 metros de espessura e uma área urbana que se estendia por 96 km. E assim, a metrópole ao longo do rio Eufrates se tornou assunto de lendas fantásticas que eram passadas através de gerações. Quando se descobriu os restos das muralhas da Babilônia notou-se que essas paredes eram untadas com betume contra a umidade do tempo, coisa incrível para a época. As escavações que começara há cem anos prossegue ainda hoje até se descobrir todo o Império da Babilonia. - -
Lourdes
--- Loucura.
Gilda
---Que nada. Em Sippar, a 50 km das escavações, a equipe havia descoberto uma nova sensação arqueológica: uma biblioteca do período de Nabucodonosor. Mesmo assim os pesquisadores estavam em busca taboas entalhadas em escritas cuneiformes com milhares de anos seguidos registrando as ideias e crenças na era de Nabucodonosor. Os arqueólogos desenterraram mais de 300 taboas de argila. Textos valiosos descrevendo rituais e costumes, mitos e política. A Biblioteca de Sippar é literalmente um tesouro de conhecimento. Ocorreu, porém, que o tempo quando se abateu nas taboas quase que de imediato desmanchou o que se tinha em mãos transformando tudo em pó. As inscrições proporcionam na vida do Império Babilônio. Entre os achados teve um por demais curioso: um eclipse da lua. - -
Lourdes
--- Da Lua? - - quis saber surpresa,
Gilda
--- Verdade! As taboas de argila falam do dia em que a lua desapareceu e os sacerdotes e toda a cidade tiveram que acender tochas. As pessoas se encobria em pela rua temendo um perigo maior. Os soldados do Rei mergulhavam as mãos na argila e espalhavam por todo o rosto cobrindo-se inteiramente. Somente assim poderiam ir à rua pois se acreditava que Deus estaria preparado para mostrar seu rosto à raça humana mais uma vez.  A questão que os Sumérios, babilônios e Assírios eram escritores compulsivos. Eles mantinham o registro de tudo o que podia ser preservado em texto. Cartas, da vida diária e também todo o conhecimento cientifico disponível na época. Literatura, mitologia, astrologia. Tudo que sabemos hoje sobre eles chegou até nós através das taboas de argila. - -
Lourdes
--- Naquele tempo? - - atemorizada.
Gilda
--- E tem mais. Talvez da região em volta do Iraque possa haver mais cem milhões enterrada no solo. E só uma pequena parte do texto que já encontramos, cerca 25 por cento, foi decifrada. Com todas essas tábuas de argila com tanta informação não é de se espantar que arqueólogos queiram preservar o legado de Nabucodonosor com a ajuda da mais alta tecnologia. O conhecimento do antigo Oriente pode agora ser preservado em tábuas de vidro para sempre.  As tábuas com escrita cuneiformes contam histórias antiquíssimas. Entre elas estão rituais de sacrifícios que mostram quanto a vida na Babilonia era dominada por fortes crenças religiosas. Os registros também provam que o orgulho ateu pelo povo de Babel nada era de propaganda hostil. No ritual de sacrifício tudo era calculado no mínimo detalhe. O Sumo Sacerdote tinha que colocar uma corrente de lã vermelha e pedras coloridas em volta do pescoço quando a Lua aparecia.
Lourdes
--- Estranho! Por que isso? - - indagou
Gilda
--- Ora por que! Na Igreja o padre também não se orna por completo? Veste, Estola, Casula, Dalmática, Cálice revestido de ouro, Âmbula, Pala, Crucifixo entre outros? - -
Lourdes.
--- Isso é. Do mesmo jeito. Padres, Bispos, Papa e mesmo o Sumo Sacerdote de acordo com o local onde se celebra a Eucaristia ou ação de graças. É mesmo. - -
Gilda sorriu.                       
    

segunda-feira, 21 de março de 2016

LAGO AZUL - 45 -

- TÚMULO -
- 45 -

TÚMULOS -
À noite daquele mesmo dia, após a janta, estavam Lourdes e a professora Gilda a trocar lorotas. Era próximo o dia comemorado pela Igreja Católica do Senhor Morto. Apesar de não ter pura devoção pelo catolicismo ou mesmo pelo protestantismo nem por outra religião que lhe valesse fé, dona Gilda bem pouco falava em religiosidade. Apesar de lecionar em colégios de orientação cristã, mesmo assim, para Gilda pouco ou nada importava. Lourdes, temerosa, nada falava de aceitar ou não em ser cristão, pelo menos católica. E nessa noite a conversa mudou de tom. E foi Lourdes quem começou
Lourdes
--- Apesar de saber que a senhora não tem religião, eu indago: quantos homens como Jesus existiram? - -
Gilda
--- Homens ou Deuses? Bem, antes de se criar esse Jesus, outros existiram. Eles existiram não para profetizar as tais Sagradas Escrituras. Porém para demarcar o tempo. As estações do tempo. Primavera, Verão, Outono e Inverno. Acontece que bem antes de se proclamar Jesus, teve outro, o Deus Mitra, adorado pelos soldados romanos – - e ela procurou uma revista onde continha Mitra. Em seguida, prosseguiu - - A lenda de Mitra apresenta semelhança com a história de Jesus. Ele era um Deus pagão. Ele nasceu de uma Virgem no dia 25 de dezembro. A Virgem era Maria. Mitra dividiu uma última refeição antes de ser chamado ao Paraíso. Depois, ressuscitou e voltou a Terra como filho de Deus. Por volta de 200 depois de Cristo seguidores de Mitra superaram em número o de Jesus de Nazaré. - -
Lourdes
--- Se eu gostasse de apostas, provavelmente apostaria que o Mitraislmo e não o Cristianismo se tornaria a religião oficial do Império Romano. - - sorriu.
Gilda
--- Pois bem. Essa religião era muito popular entre o Exército Romano. Entre as Legiões. E era muito popular entre os Oficiais do Império Romano. Foram descobertos Templos em honra a Mitra por todo o Império Romano. Do centro de Londres até às montanhas da Romênia. Eles eram construídos no subsolo e seus tetos eram decorados para simbolizar o Cosmos - - e apontou para cima - -. Um afresco do Deus dominava cada Templo. Ele era sempre imaginado como um caçador de touros. É tanto que o Deus puxava o pescoço do touro para trás e depois contava-lhe a garganta e esse se torna o maior ato litúrgico do culto a Mitra. –
Lourdes
--- Então o touro morria. - - disse a mulher penalizada.
Gilda
--- Isso. Agora. A iniciação de um novo membro no mitraismo era feito de um ritual secreto. O iniciado é vendado e suas mãos atadas. Seus laços com o mundo eram simbolicamente cortados e seus olhos simbolicamente abertos. Como na Maçonaria. Aliás, Maçonaria é bem mais antiga. Veio com os Sumérios. O procedimento é o mesmo. Bem. E quando o Sacerdote de Mitra oferece a ele o reino do mundo, o iniciado precisa recusar dizendo: Mitra é minha única Coroa. O novo seguidor somente poderá tomar parte da refeição sacramental depois de sua iniciação. O objetivo do ritual da refeição do culto mitraico – pão e vinho – é invocar o corpo e o sangue sacrificial de Mitra e do touro sagrado que ele matou.  Não fica claro o que vem primeiro. A refeição de Pão e Vinho de Mitra ou o celebrado de pão e vinho celebrado pelos cristãos durante a Missa.
Lourdes
--- Mas, são iguais? - -
Gilda
--- Sim. São iguais. No ano 200 depois de Cristo, depois da difusão do Mitraismo pelo Império Romano, ambas as religiões já estavam estabelecidas há muito tempo. Pode ser que as pessoas hoje fiquem chateadas com esse tipo de comparação entre a Eucaristia Sagrada dentro do cristianismo e a refeição Mitraica. Certamente nos primeiros séculos os cristãos devem ter ficado com raiva disso e a única coisa que eles podiam pensar diante disso era que o Demônio fez os adeptos do Mitraismo imitarem a verdade da Eucaristia.
Lourdes
--- Que demônio quis fazer isso? - -
Gilda
--- Eles pensavam. Estavam loucos. As religiões misteriosas são clubes exclusivos. O Mitraismo é uma seita apenas de homens e, talvez, isso tenha levado ao enfraquecimento da religião. O cristianismo venceu por conta da proteção da poderosa ação da Santa Mae de Deus, uma mulher frequentemente retratada com um bebê no colo. Ela é chamada de a Rainha do Céu. Mas ninguém sabe que a Rainha do Ceu e outra. Isis. Representa o equinócio da primavera. Isis é uma figura popular no Império Romano. Uma Deusa Sagrada conhecida como a Rainha do Céu e a Estrela do mar. Seu nome não é Maria.  É Isis. E esse culto é um significativo rival a religião de Jesus. Uma antiga Deusa egípcia.
Lourdes
--- Egípcia? - -
Gilda
--- Sim. Isis era esposa de Osíris, Rei dos Deuses. Ela é retratada em tumbas e em pergaminhos de papiros que datam do ano dois mil antes de Cristo. Quando o Egito se tornou parte do Império Romano no ano 30 antes de Cristo a religião de Isis começou a se espalhar. Por volta do ano 40 depois de Cristo o imperador romano Calígula construiu um Templo para Isis em Roma. Entretanto Isis é venerada por seus seguidores como a mãe Virgem. As similaridades entre Isis, no ano 200, depois de Cristo e a Virgem Maria da Igreja Católica são incríveis. Ambas são chamadas de Rainha do Céu e Santa Mãe de Deus. –
Lourdes
--- Pode ser que não gostemos de admitir. Mas a iconografia nos mostra Maria com Jesus no colo foi tirada diretamente do culto a Isis no antigo Egito. - - a moça verificou as fotos na revista.
Gilda
--- Pois é., Mas no ano 312 depois de Cristo, o Imperador Romano, Constantino, liderava o Exército contra um rival pelo trono. Estava em risco o futuro do Império Romano. Mas Constantino retrocedeu quando gente fora do Império dialogou que ele deveria parar de perseguir cristãos. E dessa vez, Constantino adotou o Cristianismo como sua verdadeira marcha. Então, derrota o inimigo. Não se sabe quem era esse inimigo. Apenas se sabe que Constantino procurou todas as religiões para ser cristã. Quem não era cristão, estava frito. - - sorriu.
Lourdes
--- Quer dizer que o povo não cristão estava frito? -- - gargalhou
Gilda
--- Sim. Ou se estava com Constantino ou morria. Todas as religiões foram reunidas em uma porque uma só teologia podia manter o Império unificado em uma época em que o Império estava desmoronando. Ele acabou com a briga entre cristãos e hereges. Quem não era cristão, portanto era herege. Acabou-se a divisão. Só havia uma religião. Porcaria! - - falou com raiva.
Lourdes
--- Bem. E os túmulos de quem morria? - - indagou
Gilda
--- Túmulos? Túmulos são túmulos onde se guarda restos de mortos. Em Belém, na Palestina tem aqueles túmulos sagrados. Abraão, Isaac, Sarah. Tem túmulo com se tem túmulo do Rio de Janeiro ou em Natal. Isso é uma lembrança dos nossos antepassados. Pai, mãe, irmãos, tios e por aí vai. Revivendo o passado. Túmulos célebres. O Túmulo das Patriarcas, em Hebron. Você pode ir até Hebron e conhecer os túmulos de Abraão, Isaac e de Sarah. Hebron é um local que quase ninguém vai. A cidade é dos palestinos. Esse local interessa aos cristãos, aos muçulmanos e judeus. É uma visita ao Túmulo de Abraão. Você entra em uma Mesquita e visita logo o túmulo de Sarah. Logo após tem o túmulo de Rebeca. Você está na visita ao Túmulo dos Patriarcas. –
Lourdes
--- É longe, isso? - - quis saber
Gilda
--- Sim. Uma viagem de 12 horas aproximadamente. Tem um comercio agitado. Na Mesquita você encontra os túmulos até mesmo de Isaac e de outros homens e mulheres famosos. É a cidade de Hebron onde tem o túmulo também de Abraão. Para quem vai pela primeira vez é uma sensação muito especial porque se reúno todas as religiões empregadas em um texto. É o controle dos mulçumanos, dos judeus e mesmo dos cristãos. Entra-se até mesmo dos Deuses. O povo não acredita em Deuses. Mas vem dos Sumérios. Nota-se o túmulo de Isaac. - -
Lourdes
--- E como os historiadores encontraram esses túmulos? –
Gilda
--- Bem. Essa é uma história bem antiga. Recentemente houve uma significante descoberta científica e tecnológica que releram novos fatos e evidencias que confirmam a precisão e de autêntica passagem da Bíblia. Nos segredos da Bíblia destaca-se a nova tecnologia assim como as recentes descobertas arqueológicas que confirmam as muitas histórias, afirmações e anotações encontradas na Bíblia. Cada exemplo e apresentado por estudiosos e peritos reconhecidos em suas áreas. Esse documento confirma certas partes desses pergaminhos e que milhões de pessoas já haviam aceito.
Lourdes
--- A Terra foi criada em um único momento? - - quis saber
Gilda sorriu e respondeu em seguida
Gilda
--- Não. Em um único momento, não. A Terra é como uma criança. Nasce do primeiro dia e vai progredido com o tempo. E leva até muitos anos, 80, 90, 100 anos aquela que foi uma criança para se desenvolver. - -



domingo, 20 de março de 2016

LAGO AZUL - 44 -

- MIUDEZAS -

- 44 -

TIC TAC

À tarde daquele mesmo dia, a costureira Lourdes rumou para o centro da cidade a procura de linhas e miudezas. E foi direto para uma loja pequena e de pouco conhecer. A Tic-Tac. Entre outros compradores, estava uma, que Lourdes já a conhecia. Seu nome: Angélica, a professora de Ciência. Três pessoas procuravam carreteis de linhas das mais variadas formas, do mesmo modo como Lourdes também buscava. Entre gente e linha estava a professora Angélica que, com sua inteligência de repente avistou Lourdes, a costureira da amiga Gilda. E sorriu então indagando o que buscava.
Lourdes
--- Linhas, colchetes, pressão e outros botões. Coisa para roupas de baixo. - - sorriu
Angélica
--- Ah sei. Veio então no lugar certo. É uma loja apertada mas tem de tudo. Eu venho aqui, costumeiramente;
Lourdes
--- Eu estou aprendendo - - sorriu a costureira.
E as duas conhecidas não pararam de buscar as suas missangas. Na rua, os ônibus passavam seguidos de carros e carroças puxadas a burros. Apesar de tempos sem grandes emoções, a cidade vivia seu progresso habitual com o seu temeroso e costumeiro tempo. Adiante, uma escola de datilografia. Podia-se ver alunos saindo a procura de seu destino. Uma loja de artigos para uso masculino era o ponto da moda. À frente casas de comércio em meio aqueles vendedores de caldo de cana. O Cinema estava com o seu habitual frequentador. A sessão começava às três e meia. Nas esquinas, podia-se ver bancas de revistas e jornais. Garotos a oferecer as suas frutas e doces. Era esse o movimento da avenida Rio Branco no meio da tarde, a rua principal do bairro da Cidade Alta deixando para o outro lado o Mercado Publico
Após breve tempo de busca as duas mulheres sorriram e buscaram caminho como indo para as suas moradias. Ao atravessar a Avenida Rio Branco, a professora Angélica indagou a Lourdes, tao meio apressada.
Angélica
--- Tem carro? - - perguntou
Lourdes
--- Não senhora. Vou a pé. - - respondeu.
Angélica
--- Vamos. Estou de carro. Eu deixo você em casa. Cuidado no atravessar. - - relatou alertando
Lourdes
--- Não tenha medo. Com relação ao transporte, muito obrigada. – - disse isso sorrindo
O calor do Sol ardente era de mais. Mesmo assim, as duas mulheres prosseguiam em sua viagem com o automóvel seguindo pela Rua Ulisses Caldas. Em meio a tanta conversa, Lourdes teve o cuidado de indagar à mulher sobre um assunto muito vago.
Lourdes
--- Professora, existe mesmo vida extra-terrestres? - - quis saber
Angélica
--- Creio que sim. Por que a pergunta? - -
Lourdes
--- Não é por nada. Mas segundo uma pesquisa os norte-americanos acreditam em ÓVINs. E cerca de 5 milhões reportam terem visto seres alienígenas. É verdade? - -
Angélica
--- Não só americanos, como Ingleses, franceses, Russos, e de outros países da Ásia. Esse mundo em que vivemos foi cultivado por seres extraterrestres há milhares de anos. Os Sumérios, por exemplo. E antes desses temos os Annunakis. E hoje, eles surgem e quem os notam afirmam ser verdadeira a sua existência.
Lourdes
--- Isso quer dizer que nós não estamos sozinhos? - -
Angélica
--- Verdade. Não estamos sozinhos no Universo. As testemunhas de Discos são a coisa mais comum desse de outros séculos. Os extraterrestres estão aqui, entre nós. São seres normais como eu e você. Em estudo, ficamos sabendo que a seis mil anos temos sido visitados por seres do espaço sideral. Mas esse testemunho é dado muito mais próximos. Os Sumérios já visitavam a Terra há 500 mil anos. Isso quer dizer que a vida extra-terrestre não é uma ficção. - -   
Lourdes
--- Sim. Não pode ser ficção. - -
Angélica
--- Em 1955 uma comunidade rural em Kentucky, nos Estados Unidos, na noite de 21 de agosto, no meio de uma roça as pessoas tiveram um contato violento com um grupo de extraterrestres. Esse pessoal estava voltando de uma reunião de família quando se deparou com os seres. Uns objetos misteriosos com luzes ao redor surgiram tão de repente. Os homens se armaram de espingardas e abriram fogo contra os homens que procuraram agarrar os fazendeiros. Os extraterrestres não faziam barulho nenhum. Nesse mesmo instante as criaturas flutuavam enquanto os fazendeiros continuavam atirando. Alguns tiros derrubaram os extraterrestres. Mas para a surpresa de todos as estranhas figurar voltaram a flutuar, incólumes.  Quando um fazendeiro saiu de casa um deles o agarrou pelo cabelo. O fazendeiro fez fogo, mas a criatura mergulhou para a escuridão. Tempos depois um fazendeiro declarou que esses seres não queriam fazer mal a ninguém. E declarou que os extraterrestres estavam com mais medo dos camponeses do que os camponeses deles.
Lourdes
--- Imagino. É como se fosse hoje. Um pedinte chegasse em uma casa do mato em busca de um pouco de água e as pessoas o matavam. Ave Maria! - - tremeu a mulher
Angélica
-- É mais ou menos assim. No caso, outros moradores na mesma noite viram luzes que pareciam meteoros acompanhadas por um estranho objeto. O caso foi verificado por patrulhas armadas na mesma noite, mas nada de concreto os milicianos encontraram. Porém, digo eu: é um caso, na verdade, bastante convincente.
Lourdes
--- Como a senhora deve saber, no domingo passado, o doutor Lister esteve conversando com o matuto Bernardo que fez várias viagens para o espaço. E, agora estão ajeitando um seminário com o homem, pois ele dez ter conhecido várias coisas. E até conversas. - -
Angélica
--- Eu tenho conhecimento. O matuto e os Cinzas, como se chama esse povo. As pessoas chegam a falar que os extraterrestres visitam nosso planeta e interagem com a comunidade. Nesses últimos anos o povo está fascinado por Discos Voadores. É mais um assunto da Guerra Fria entre Estados Unidos e URSS. Mas os lavradores e protestantes desconhecem tal assunto. Alguns deles, Fundamentalistas. Isso quer dizer que são cristãos que acreditam apenas no que está escrito na doutrina. No caso dos ÓVINs, os Fundamentalistas jamais acreditariam no que viram se não fosse verdade, principalmente por seus trajes prateados.
Lourdes
--- Roupas? - - indagou temerosa.
Angélica
--- Sim. Roupas. Todos os extraterrestres vestiam roupas prateadas. A região onde ocorreu o incidente fica sobre uma falha geológica e pressões tectônicas da Terra podem criar imagens estranhas a partir de descargas eletromagnéticas, tão fortes que desorientam as pessoas. No entanto os Fundamentalistas não sabem informar porque os extraterrestres chegaram. Isso não foi sonho, como se diz quando o terreno fica em uma falha magnética que pode desorientar as pessoas. - -
Lourdes
--- Quer dizer que se verifica até mesmo ter uma falha no terreno? - - perguntou espantada
Angélica
--- Claro. Nós estamos em um terreno que se move continuamente. Nós não estamos num campo só. Observe o Sol momo se movimenta. Mas será o Sol ou a Terra? - - indagou
Lourdes
--- Eu nunca observei isso. Para mim o Sol é apenas o Sol. - -
Angélica
--- Mas a Terra se movimenta. Abaixo dessa superfície, temos crateras, cada uma mais enorme que a outra. Esses tsunamis – ou ondas do cais – não surgem por acaso. Elas vêm porque alguma coisa se moveu. E quando se move, então sacode para cima. É parecido com um foguetão. Sobe e estoura.
Lourdes
--- Mas a senhora é por demais inteligente. Tudo tem uma explicação. - - sorriu
Angélica
--- Se há vida nesse planeta por que não há em outros? Se alguém fosse capaz de viajar para os outros planetas encontraria com certeza aeroporto de ÓVINs. E por esses lugares é bem capaz de se falar com os extraterrestres. É preciso a pessoa ter uma certa mentalidade ao fazer essa pesquisa. Não há tempo definido. Pode ser um ou vinte anos. Mas se ele busca o que procura, é bastante paciência e sobriedade. - -
Lourdes
--- Pois é. Sobriedade. - - confirmou

LAGO AZUL - 43 -

- A CRUZ -
- 43 -
ESPAÇO -

Naquela manhã, Lourdes estava costurando em sua máquina como nada tivesse importância. Um vento frio soprava desde cedo da madrugada e com ele vinha a chuva. Às vezes forte e em outras ocasiões um pouco fraca. A portados fundos estava fechada para proteger a moça de maior conflito. Maria, a doméstica, estava toda encolhida e mesmo assim cuidava do fogão a gás, novidade prazerosa para ela por ver então a combustão se formar a um só tempo. E ela, muito alegre recitava o seu amem. Maria, igual a Lourdes, não tinha religião de fé. Assistia Missa assim como cachorro entra na Igreja. O mesmo Lourdes fazia. O que as duas moças faziam era conversa de cabo a rabo. No tempo da Semana Santa, Maria seguia os preceitos religiosos. Somente isso e nada mais. Nesse dia de chuva Maria lembrou de uma conversa.  Apesar de parecer surpreendente quando se trata do mundo incrível dos Universos paralelos, tudo que pode acontecer, aconteceu ou irá acontecer em algum outro Universo, em alguma outra dimensão no espaço e tempo deixa a pessoa confusa, pelo menos as mulheres do campo.
Maria
--- Lourdes. Me diga uma coisa. Ontem eu ouvi uma conversa sobre esse negócio de Universo. O que foi mesmo? - -
Lourdes
--- Universo? Eles estavam conversando. Parece que diziam que diferenças quânticas podem reescrever a história dos Universos múltiplos. Sei lá. Uma coisa assim. Vida em outra vida. Parece.
Maria
--- Mas parece que dona Gilda que cada um apresentava resultados diferentes? - -
Lourdes
--- Sim. Uma coisa assim. Tudo é possível dizia dona Gilda. Guerras que não ocorreram. Coisa dessa natureza. Cometa errante. Tem coisa que não entendo. - -
Maria
--- Mas ela disse que todos esses Universos paralelos fantásticos ocupam um mesmo espaço? - -
Lourdes
--- Sim. Foi o que ela conversou com dona Angélica, a professora de Ciência. Os animais pré-históricos ainda existem, mas em outros Mundo e nós não os vemos. Eles podem passar até dentro dessa sala. Foi o que disse. - -
Maria
--- Crocodilos? - - assombrada.
Lourdes
--- Uma coisa assim. Não sei bem. Sei que são gigantes. Ela falou que outro mundo pode estar existindo em seu redor. Dona Gilda falou em dinossauro. Esses grandalhões. Mas ninguém pode vê-lo. - - explicou
Maria
--- E a gente? - - mais assustada
Lourdes
--- Dona Gilda falou a dona Angélica que o princípio quântico que cria muitas versões de cada pessoa também pode criar Universos inteiros. O Universo, em certo ponto, já chegou a ser menor que um elétron. Mas os elétrons estão em muitos lugares ao mesmo tempo em estado paralelo, isso significa que também há os Universos em estados paralelos. –
Maria
--- Não entendi nada! - - falou abusada
Lourdes
--- Você, com certeza, existe em um Universo paralelo. Não há opção. E pode haver mais de um tipo de Universo paralelo. Esse Universo é criado por membranas. Se as leis da Física são diferentes em Universos paralelos então você vai existir no outro Universo como se estivesse então aqui. Exemplo: você o eu ou dona Angélica pode estar aqui e ao mesmo tempo está vivendo em um outro Universo. E mais: galáxias, estrelas e planetas não teriam se formado nesse Universo ou Multiverso. E a vida, como a conhecemos, não existiria. - -
Maria
--- Quer dizer que eu posso nem existir? Égua! - - falou se tremendo toda.
Lourdes gargalhou ante de continuar o que estava a falar.
Lourdes
--- Pois é. Talvez você nem exista! Para comprovar que cada tipo de Universo paralelo, nível um, dois, três ou quatro ou invisíveis realmente existem, busca-se provas, sejam elas grandes ou pequenas. Mesmo assim que sejam provas físicas das dimensões extras que nos ligam a estes outros mundos. -- -
Maria
--- Será que eu posso estar sendo agora um Rainha no outro mundo? - - sorriu.
Lourdes
--- Pode. Claro que pode. Como pode ser uma velha paupérrima vestida em trapos também - -  
Maria
--- Nossa! Você também! - - responde quase tremendo de medo.
Lourdes gargalhou com a exposição feita e disse em seguida
Lourdes
--- Esse negócio de Multiverso é apenas suposição. Eu, também, não acredito. Era a conversa tida entre dona Gilda e sua amiga Angélica. Conversas! - - alegou
Maria
--- Até que é bom se ouvir essas estórias. Eu penso ser de Trancoso. - - sorriu
Lourdes
--- Esse homem que está por chegar tem cada estória. E eu fico a imaginar: será verdade? - -
Maria
--- Os meninos de lá acreditam em tudo. Mas, são meninos. Eu não levo fé. - - respondeu
Lourdes
--- Dona Gilda acredita. Para ela são verdades. - -
Maria
--- E essa outra? Como se chama? - -
Lourdes
--- Angélica. Ela também é professora. Eu fico a cismar. - -

LAGO AZUL - 42 -

- O HOMEM -
- 42 -
APOCALIPSE -

Após dias o médico, doutor Saul Lister estava a conversar naquele início de noite com a professora Gilda Leal sobre a declaração do camponês a ser prestada dentro de mais alguns dias. Para o doutor Lister aquele fato seria da maior importância. A imprensa já fora convidada, como rádios e jornais da cidade tendo a vez representantes de Recife, João Pessoa e Fortaleza. Havia uma troca de impressões em saber onde morava o camponês Bernardo. Isso gerou um tumulto pela negativa da informação. Foi preferido negar qualquer assunto a respeito. No caso de se saber melhor pelo lado da imprensa era preferível se alojar o camponês em uma estância mais ao largo da capital. Mesmo assim, o negócio continuou sendo feito em caldo morno. E nesse ponto Lister procurava conversa com a senhora Gilda.
Lister
--- Parece que está tudo correndo bem.
Gilda
--- Todo cuidado é pouco.
Lister
--- Eu sei. Agora tem algo que não me sai do pensamento: a questão que Bernardo quer falar.
Gilda
--- Apocalipse? - -
Lister
--- Isso mesmo. Por que ele teima com isso? - -
Gilda
--- Por ser um assunto angustiante. Ele quer ouvir a opinião dos presentes sobre o Diabo em ação. –
Lister
--- Suas visões inspiraram e amedrontaram durante dois mil anos. Muitos vêm nas páginas do Apocalipse uma série fantástica de previsões. O aquecimento global, o desastre nuclear de uma Usina e até mesmo a Guerra no Oriente Médio. Não há no mundo um campo mais perfeito de que este. - -
Gilda
--- E alguns acreditam que o livro é um guia para um dos maiores enigmas de todo. A data do fim do mundo. Será que o Apocalipse contém esse segredo? - -
Lister
--- Novos indícios revelaram que a chave deste mistério deste último livro da Bíblia está nas areias da atual Turquia. E o número infame da Besta pode não ser 666. Para entender o Apocalipse precisamos saber quem o escreveu e onde. Aproximadamente 60 anos após a morte de Jesus uma coleção de pergaminhos foi entregue à pequena comunidade cristã, em Éfeso, na Ásia Menor, na atual Turquia. Os pergaminhos continham o que agora é conhecido como o Apocalipse, o Livro da Revelação. O nome do autor estava lá: João. - -
Gilda
--- Segundo a tradição, foi o discípulo João, pescador e filho de Zebedeu, autor do Evangelho de João, quem cuidou de Maria, mãe de Jesus após a crucificação do seu filho.
Lister
--- Mas, no Livro, João nunca se descreve como discípulo de Jesus. Nem escreve como se o tivesse conhecido. Agora, novos métodos científicos podem ajudar a solucionar a questão sobre que foi o verdadeiro autor. O que mais caracteriza os autores não são aquelas palavras especiais, consideradas favoritas. Mas a frequência com que usam palavras muitos comuns. Duas dessas palavras comuns foram “mais” e “ter”. Enquanto o evangelho de João não aprecia muito ele empregando menos de a média. Por sendo um simples teste de estatística se consegue reunis esses 99 testes de uma forma em que se pode discrimina-los. - -
Gilda
--- E se pode entender que o quarto Evangelho e o Apocalipse eram coisas distintas.
Lister
--- É extremamente improvável que os dois Livros tenham sido escritos pelo mesmo autor. Sendo assim, tudo indica que João, o discípulo, não escreveu o Apocalipse. Há outras pistas no Livro que indiquem o seu autor. João se dirige ao seu público de um modo direto. Ele dia: “Eu, João, seu irmão” como se fosse alguém que os conhecesse e que eles reconheceriam. - -
Gilda
--- O Apocalipse começa com uma série de sete epistolas paras a Igrejas localizadas na Ásia Menor ou no sudoeste da Turquia. Cada epístola é dirigida a uma única Igreja parabenizando-as por suas virtudes ou admoestando por suas falhas. Então, conclui se que João conhecia essas Igrejas e havia estado presente nelas. - -
Lister
--- Há uma outra indicação de que João estava escrevendo a uma congregação. O Apocalipse de João significa Revelação. Descreve as visões distintas de Anjos e Monstros. A epistola que deve ter sido ditada a um escriba não é uma correspondência de rotina enviada a uma Igreja cristã. João tem algo importante a dizer e usa a imaginação de sua plateia para ajudar a expor suas ideias
Gilda
--- É importante lembrar que o Apocalipse é escrito para ser ouvido. João abençoa que ouve as palavras da profecia assim como aquele que a lê presumivelmente em voz alta para uma plateia.
Lister
--- Havia uma necessidade aparente de que o Apocalipse fosse escrito para os ouvidos e não para os olhos. A maioria das antigas comunidades cristã tinha algumas pessoas alfabetizadas. E elas, provavelmente, eram líderes daquela Comunidade. Mas a maioria era analfabeta. Isso refletia à sociedade em geral. - -
Gilda
--- E quase certo que João fosse um homem de autoridade na Igreja, escrevendo para o seu rebanho na Ásia Menor. O Dragão de sete cabeças e os Quatro Cavaleiros apavorantes são imagens incomuns. Mesmo para os padrões do Século Primeiro. O que fez João recorrer a imagens tão medonhas para transmitir suas mensagens? - -
Lister
--- Para entender o verdadeiro significado do Livro precisamos voltar as suas raízes. João escreveu o Apocalipse na Ilha de Pátimos, perto da costa turca, naquela época sob o controle do império romano. Se João estava sofrendo em Pátimos, seria ele um prisioneiro dos romanos?
Gilda
--- Ele esteve em uma caverna onde prosseguia com as suas visões. Ele apoiava a cabeça em um local na parede e até se segurava em uma espécie de poste parasse erguer. João esteve na caverna como exilado por sua crença cristã. –
Lister
--- Embora não haja um indício arqueológico de uma prisão romana a localização da ilha sugere que servia a um proposito militar. Pátimos pode ter sido uma de uma série de Ilhas Fortalezas que defendiam um importante porto marítimo de Miletos a 65 km dali, no Continente. Era um lugar ideal para confinar exilados. - -
Gilda
--- Mas, se João estava no exilio parece estranho que ele tivesse liberdade para encontrar uma caverna, ter visões, anota-las e, depois enviar as suas Igrejas no Continente.
Lister
--- Essa talvez fosse a forma de Roma exilar os encrenqueiros. Quando as autoridades romanas mandavam alguém para o exilio, a pessoa tinha uma certa liberdade. Ela não ficava numa prisão. Somente não lhe era permitido em certas regiões. Ou então era obrigado a restringir seus movimentos a apenas uma Ilha. Mas ela podia manter correspondência através de intermediários que navegavam entre a Ilha e o Continente. De modo que João pode ter mantido contato com as Igrejas. - -
Gilda
--- Mas João estava revoltado? - -
Lister
--- Com certeza. Os maus tratos nos prisioneiros. O fato é que no século Primeiro as autoridades romanas perseguiam sistematicamente os cristãos por todo o Império. Acredita-se que a violência começou cerca de 20 anos antes do Apocalipse ser escrito sob o reinado do Imperador Nero, em 64 depois de Cristo. Nero culpava os cristãos pelo o incêndio trágico e catastrófico que devastou a Cidade naquele ano. Alguns cristãos foram crucificados. Nero utilizou os corpos como tochas para iluminar o caminho até a Cidade. Foi uma experiência tao devastadora que as lembranças de Nero marcaram as primeiras comunidades cristãs. - -
Gilda
--- A maioria dos Acadêmicos concorda que Nero perseguia os Cristãos.
Lister
--- Mas o Apocalipse não foi escrito sob Nero. Foi datado por volta de 90 depois de Cristo. No Reinado do Imperador Domiciano. Indicio no próprio livro parece indicar que Domiciano era bem menos brutal que Nero. Se o Apocalipse sido motivado pela perseguição à Comunidade de João, era de se esperar que ele citasse uma serie de mártires elo nome. Na verdade, o Livro da Revelação menciona apenas um: Antipas, que morreu por causa de seu testemunho de fé. Embora João mencione a morte do mártir Antipas, então há indícios de que o Imperador Domiciano não tenha o sague de tantos cristãos em suas mãos. –
Gilda
--- Certamente. É como ocorreu agora na II Guerra quando as tropas desembarcaram na Normandia apenas para morrer. Quanta tristeza. Uma chacina implacável.
Lister
--- Realmente. A Guerra só traz misérias.

LAGO AZUL - 41 -

- TEMPLOS -
- 41 -
TEMPLOS -

E a conversa prosseguiu enquanto Maria, a doméstica, correu até a sua casa deixando a espera, na porta da cabana a sua amiga, Lourdes. Para dentro, ficou o casal que investigava o depoimento de Bernardo a conversar contente. A cada pergunta havia a resposta. No domingo pela manhã, as ruas serviam de caminho para aqueles serviçais e gente que seguia para a Igreja Católica no início da cidade. O vento morno sacudia para a frente e as mocinhas tinha os seus cuidados para aguentar a aragem. Na conversa, o doutor Lister, abismado, indagou.
Lister
--- Templos? Como templos? O povo é religioso? - -
Bernardo
--- Sim e não. O povo vai, periodicamente, deixar um pouco de sua colheita como uma dádiva para o Governo. - -
Lister
--- Governo? Como é o Governo? - -
Bernardo
--- Pelo o que eu vi, há apenas um governo. O povo depositas as ofertas para esse Governo. Os responsáveis recolhem as dádivas e anotam. - -
Lister
---Por acaso, os que ti levaram para estranhos lugares forma da raça Suméria? - -
Bernardo
--- Não senhor. Os Sumérios residem em outro Planeta. Eles também vieram do Céu. Mais distantes. Eles e outros seres que ficaram por aqui mesmo. Os Annunakis ou Anananoukis. Os Sumérios escreveram a sua história em tábuas de argila que poucas pessoas chegaram a decifrar o seu antigo idioma. Escreviam como os chineses, os hebreus, os Indus e gente do lado de cá das Américas, como os Maias, os Astecas e assim por diante como os egípcios. Acredita-se que os Sumérios deixaram seus escritos há seis mil anos. Mas creio que foi muito mais tempo. Eles, sumérios, vieram em uma carruagem de um planeta chamada de Nibiru. Eles eram gigantes. Do tamanho de até três metros ou mais de altura. Os Sumérios já tratavam o nosso sistema solar com o Sol ficando dentro e os planetas espalhados em torno dele.
Lister
--- Como o senhor sabe de tudo isso? - -
Bernardo
--- Ora. Estudando, pesquisando, conhecendo. Os sumérios já descobriram o planeta Urano há seis mil anos passados e nós só descobrimos em 1930. E por incrível tem um outro planeta chamado de Nibiru de onde os gigantes celestiais chegaram. Os Ananokis. Esse nome se modifica muito. Pode ser dito Annunakis. Eles, os Annunakis mostraram desenhos onde aparecem quase do mesmo tamanho. Mas não é. (e mostro a figura) – E se o senhor medir essa outra verifica que é bem mais que mais alta que os demais. Veja pela posição dos joelhos com a figura sentada. - -
Lister
--- E quem é ele? - -
Bernardo
--- Ele? É um Deus. O que desceu do Céu para a Terra. É o lar dos Ananokis bem perto da Terra. Isso é uma prova convincente de que os gigantes celestiais são reais. De um antigo texto sumério, de uma forma bem ampla diz que, 400 mil anos atrás esses Ananokis vieram do espaço e pousaram a Terra no Vale do Tigre-Eufrates. Fizeram a sua colônia e chamaram de Éden onde eles começaram a trabalhar. E quando muito tempo depois os Ananokis retornaram para conferir como sua obra genética de desenvolvera, encontraram mulheres irresistivelmente atraentes. E quando os Annunakis viram que as filhas do homem eram bonitas, eles as tomaram como esposa. Mais tarde, daqueles ventres, nasceram gigantes. Foi então que o tempo mudou por circunstancia normal e veio muita chuva matando os seres humanos por conjunturas naturais. Porém, alguns dos Titãs sobreviveram. E esses homens continuam a viver isolados ou em cultivo do campo come se pode ver. - -
Lister
--- Isso está escrito na Bíblia? –
Bernardo  
--- Pode estar. A Bíblia é um resumo do que os Sumérios contaram muito antes. Esse negócio de Adão e Eva é uma invenção da Bíblia. A formação do homem já se dera muitos anos atrás. Dizer que Caim matou Abel é uma mentira. Antes, muitos anos antes, dois ou três milhos de anos passados o homem já habitava o planeta. Hoje, com o passar do tempo, tem quem diga que os Annunakis estão voltando a bordo de naves espaciais. - -
Lister
---   Mas tem na Bíblia que Deus criou o homem a sua imagem semelhança. - - 
Bernardo
--- O senhor acredita? Então eu sou um Deus! Houve tempo de muita chuva. Temporal. Um, digamos tsunami ou aguas de bater no cais. E os Annunakis estavam na Terra gozando de boa vontade. Casaram-se com as moças da Terra por sua beleza e formosura, nada mais eles desejavam. Durantes muitos anos os Annunakis estavam atraídos pelas filhas dos homens. Havia luxuria e sexo. Eles estavam prazerosos com a outra raça. Então o tempo das águas chegou. Choveu bastante no local onde esse povo habitava até não se aguentar mais para sobreviver em grande parte. Era como se fosse uma era glacial. Frio cada vez mais gélido e nuvens cobriam todo o Universo. Todo ou quase todo, porque alguém escapou da tempestade. Quem não podia suportar, por fim morreu. O que ocorreu foi o desmanchar das grandes placas de gelo. Mas de uma forma natural. Foi isso o que se deu. - -   
Lister
--- E por que Deus não avisou? - -
Bernardo
--- Deus? Quem é Deus? Não existe esse ser. Deus. Deus. O que houve foi um degelo total. Houve um, porém. Nesse tempo o planeta Nibiru estava bem próximo da Terra. E se acredita que tal degelo foi provocado por sua aproximação pelo polo Sul, lá por baixo do planeta. Isso não se evita. Houve um desequilíbrio magnético e climatológico. Isso foi o que ocorreu. Nada de mais. Ainda hoje tem desses desequilíbrios na Terra. Houve ondas tao grandes que submergiram quase em todo o planeta. Eu estou esclarecendo. Pena se o senhor não acredita. - - falou sério 
Lister
--- Mas a questão é muito séria. Como pode um planeta se aproximar de outro a ponto de destruí-lo? - -
Bernardo
--- Muito sério? Veja o senhor um asteroide perder o rumo e se chocar com a Terra! Será que se choca? Pois fique sabendo que por dia milhares de asteroide vem se chocar com a Terra. Uns pequenos. Outros maiores. Segundo uma teoria Maya, o mundo que vivemos será destruído no dia 21 de dezembro de 2012. Vamos ver. O calendário Maya foi feito há muito tempo. E esse mesmo calendário não vai ter um fim nessa data. Nem uma data prevendo o fim do mundo, desse mundo. Os Mayas floresceram nas Américas tempos atrás. Amplas cidades foram então edificadas, densamente povoadas ainda até hoje. Os Mayas dominavam a astronomia e desenharam uma escrita elaborada. O que impressiona é o tempo que eles então fizeram essa previsão. O tempo usado pelos Maya é muito maior que o tempo moderno. De acordo com a nossa ciência, o Big Bang ocorreu há 13,7 bilhões anos. Algumas datas encontradas em ruinas Mayas ampliam essas datas para bilhões de anos antes disso. O calendário Maya de alta contagem foi desenhado para acompanhar esses longos intervalos. É o mais complexo de calendário que já existiu.
Lister
--- Para quem não sabe ler, o senhor é dono de uma cultura ímpar. O senhor pode ir a Universidade fazer uma exposição sobre todos esses casos? - -
Bernardo
--- Com certeza, eu posso. É só o senhor marcar a data. Tem mais um, porém: o Calendário Maya pode ser descrito como um contador de quilometragem de um carro. Como os dígitos zeram ele pode recomeçar a contagem. Essa repetição é a chave para o fenômeno 2 mil e 12. De acordo com teoria Maya o mundo foi criado em 5 mil 125 anos atrás uma data que para nós seria 14 de agosto de 3.114 antes de Cristo. Naquela época o calendário Maya se parecia com 13 milhões. Em nenhuma dos milhares de ruinas e rochas está prevista o fim do mundo. O Sol também não é uma ameaça. O Sol reluz a bilhões de anos, muito mais que os Mayas terem existido.
Lister
-- - O senhor diz não saber escrever e nem mesmo assinar o nome, e como sabe tudo isso? - - quis saber
Bernardo
--- O senhor estuda coisa da vida, como as formigas, as tanajuras, os papagaios ou mesmo as gaivotas? - -
Lister
--- Não, Eu as admiro. Eu estudo outras coisas da ciência. –
Bernardo
--- Pois é. Lá em cima eu estudo tudo isso. E mais alguma coisa. Se o senhor tiver um tempinho eu posso falar sabe outros assuntos que nem sequer o senhor já ouviu falar. Por exemplo: o senhor conhece algo sobre o inferno? - -
Lister
--- Ah. Disso eu seu. Um lugar tortura e de maldade. - - sorriu e lembrou de imediato de Lourdes
Bernardo
--- É verdade. Um lugar que os hereges teimam em ficar por toda a eternidade. É o que se ouve: “Tem fogo no inferno”. Mas onde fica esse inferno? Para alguns, esse inferno não somente é real como pode se encontrar aqui na Terra. Em vulcão em erupção ou cavernas escondidas sobre a floresta. Ou mesmo em um lago de fogo em um deserto. Esses lugares remotos têm algum em comum. Acredita-se que todos são antigas entradas para o inferno. - - sorriu
Lister
--- É verdade. Há milhares de anos em diferentes culturas as pessoas acreditam que o Inferno está bem em baixo de nossos pés.
Gilda
--- Homem! Vamos parar senão eu desmaio! - - falou já um tanto assombrada

sábado, 19 de março de 2016

LAGO AZUL - 40 -

ABDUÇÃO
- 40 -
- ABDUÇÃO -
Então, o homem Bernardo contou a história do que passara nas viagens que ele fez a outro Universo. Para ele não houve abdução. Os extraterrestres estiveram com ele da primeira vez e em seguida sempre o visitaram. E advertiam quando algo poderia ocorrer. Eles eram visitantes de outros Mundos. Essa história de viagens astrais não são mais do que ilusões. Muitas pessoas que são abduzidas falam como se estivessem voando para o espaço. Os encontros com outros mundos são reais e que ocorrem em locais tão comuns como se estivessem em casa ou em um local de trabalho. As chamadas abduções são casos normais. Nem por seres gigantes e nem por seres pequenos ou de olhos enormes.
Lister
--- Mão como são esses seres? - - perguntou o médico
Bernardo
--- Nos mais. Nem gigantes e nem tão pequenos. Tem gente de 1 metro e 90 centímetros. Outros menores. Mas todos normais. - - respondeu sem medo
Lister
--- Mas, por favor, me conte como o seu primeiro encontro com os extraterrestres! - - perguntou
Bernardo:
--- Bem. Como já disse antes, eu caminhava pelo cercado quando vi um Disco à minha frente. Nem pequeno. Nem grande. Um Disco do tamanho de um caminhão desses maiores. Ele, todo redondo e com luzes a piscar. E do Disco desceram umas criaturas me cumprimentando, porém, sem falar. Eles não falam. Apenas se comunicavam comigo pela mente. E eu logo compreendi o que eles falavam sem abrir a boca. Pelos menos comigo nunca eles falaram como se fala. Só telepaticamente. É isso. São encontros imediatos do quarto grau. Eles me explicaram. E já houve gente dessa terra que foram levadas para o mundo deles. - -
Lister
--- E como era esse mundo? - - quis saber
Bernardo
--- Como era? Ou quem vivia? O mundo é um chamado Zeta. Ele não enorme. É um planeta normal. Pelo menos foi o que vi das vezes que estive com os Essassanis. As mulheres são Yahyel. Elas são bonitas, gentis, inteligentes, atenciosas e saudáveis. Os homens são Plêiades, bonitos e distintos. Eles são como nós. E vivem aprendendo sobre a vida na Terra
Lister
--- Quer dizer que para muitos as viagens astrais e de abduções não são mais abduções da mente humana? - -
Bernardo
--- Não. São reais. Tão reais como o senhor, a moça, eu. Nós todos somos reais. Há pessoas que já foram a outros Mundos. Um mundo diferente do que eu fui. Existem vários Mundos no Universo. Vários. Essas pessoas vivem, hoje em lugares tão comuns como sua casa ou seu local de trabalho. Esse meu caso, ocorreu, como se chama: encontro imediato do quarto grau. Não são sequestros. São encontros. Entendes? - -
Lister
--- Sim. Encontros.  O objetivo é de examinar ou outros propósitos desconhecidos? - -
Bernardo
--- Bem. Não tem esse de ser em idade fértil, como se supõe. Certa vez eu viajei com os Essassaris para encontra mais para o sul, região de Punta Arenas, em Magallanes, no Chile, até um campo onde se construía campos de petróleo. Os trabalhadores ficaram assombrados com os Essassanis porque nunca eles tinham visto algo assim. Aquela luz pousado no chão. Era o Disco ou veículo espacial. Ninguém conhecia o tal veículo. Mesmo assim, os trabalhadores vieram até nós saber o que os Essassaris queriam. Eles, os chilenos, nada fizeram de mal. Apenas conversaram. –
Liste
--- O que os trabalhadores indagaram? - - quis saber
Bernardo
--- Coisas banais. Um dos Essassaris foi quem falou. E falou, não pela boca, mas pela telepatia. Ele não falava consciente. Falava de forma telepática. Eu ouvia pela minha mente. Uma projeção. Cabeça a cabeça. Foi sempre assim. Com os rapazes ou as moças. Elas também falavam pela mente. E nos foi perguntado coisas simples. Foi num promontório. E no final do corredor um trabalhador se acercou para saber o que a gente queria. Nós dissemos apenas que estava em visita. O trabalhador, ao que parece, procurava ver a luz. De onde vinha a luz. Mas não teve o desejo alcançado. Porque a luz ninguém via. Era luz gerada por uma coisa bem mais que forte e não se enxergava de onde vinha. Apenas ela iluminava.
Liste
--- E o senhor sabe de onde vinha a luz? Era forte? - -
Bernardo
--- Forte, era. Mas eu mesmo não sei como gerava aquela luz. Talvez fosse uma força do Universo. Talvez. Não sei.
Lister
--- E o trabalhador? O que ele fazia? - -  
Bernardo
--- Ele era operador de rádio. Pelo menos foi o que ele disse. Ele conversou alguns instantes com o Essassari. O homem que comandava a nave. - -
Lister
--- E tinha mais alguém junto a esse ser? - -
Bernardo
--- Ao Essassari? Quatro. Ele mais três e eu, certamente. O restante do pessoal estava em seus locais de trabalho. Até mesmo as moças. As Yahyel. Assim era como se chamava moças. O Disco Voador ou mesmo veículo espacial iluminava todo campo de trabalho onde os operários estavam. O que o operário supunha era o estilo de roupa do Essassari. Ela bem perto do comandante a olhar para os trajes e não disse nada. Eu até sorri. Um traje cinza. Só isso. O Essassari estava flutuado à frente do operário. Ele flutuava porque flutuava mesmo. Os Essassaris flutuam em qualquer condição. Ou apenas tocam o chão quando estão entre pessoas percorrendo a cidade. Se eles entram na cidade, é comum eles pisarem a terra. Não há nada demais.  
Lister
--- Quer dizer: eu posso andar com um Essassari sem mesmo notar? - -
Bernardo
--- Sim. Pode. Ele é gente comum como nós. Quando há necessidade eles mudam de traje. Usam roupas normais, como o senhor e a patroa. - -
Lister
--- Mas não falam? - -
Bernardo
--- Bem. Até que eu sei, isso não. Ou fazem de conta que estão falando. Se alguém pergunta algo eles respondem através de um mecanismo que ligação direta. Um faz de conta. Mas eles entendem tudo o que o senhor pergunta. Não sei como, mas entendem. Eles são humanos, com certeza. Apenas se locomovem com pressa para as naves espaciais. - -
Lister
--- A propósito. Qual a distância entre a Terra e o outro mundo chamado Zeta? - -
Bernardo
--- Disso eu não sei. Eu ocupei um local reservado na nave espacial. Talvez tenha dormido um certo tempo. Eu não lembro. Mas a nave entro em outra embarcação, essa bem maior. Gigante até. Era uma nave espacial que se locava a uma velocidade imensa em busca do seu planeta. Com certeza é uma nave espacial que vem do seu planeta. E é por isso que eu adormeci. Eu já viajei para mais de dez vezes da Terra para o planeta Zeta e nunca consegui ficar acordado durante toda a viagem. - -
Lister
--- Qual o tempo da viagem? - -
Bernardo
--- Sei lá. Talvez seis horas. Quando eu desperto já estou em terra. - -
Lister
--- Em terra? Como em terra? - -
Bernardo
--- Em terra, eu quero dizer; desembarcado. Da primeira vez os Essassanis me puseram uma máscara, com certeza para me habituar com a pressão atmosférica e logo depois retiraram. E é sempre assim. Apenas um pouco de tempo. Nós entramos numa espécie de hospital onde os médicos me examinaram e logo após liberaram. Eu saí com uma moça, uma Yahyel, linda a moça. Ela me apresentou a cidade onde nós ficamos durante o percurso que eu estive no planeta Zeta e quando eu estive aprendi a língua que se fala comumente naquele mundo. - -
Lister
--- Aprendeu? O que? Como? - -
Bernardo
---Aprendi aprendendo. Lua, sol, estrelas, tempos, relâmpagos, chuva, vento, noite. Interessante: o sol de lá é o mesmo Sol daqui, com algumas diferenças. A lua é mais brilhante. E tem duas luas. Uma maior que a outra. Naves cruzam o Céu de manhã à noite sem fazer barulho. Visitei escolas, templos, locais de estudos espaciais. É um colosso! - -
Lister
--- Tem Bancos, serviços, indústrias, comércios, criações, plantio de terras? - - curioso
Bernardo
--- Tudo o que o senhor deseja, tem em Zeta. Tudo. Tudo. – - falou tranquilo