- MIUDEZAS -
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TIC TAC
À tarde daquele mesmo dia, a costureira
Lourdes rumou para o centro da cidade a procura de linhas e miudezas. E foi
direto para uma loja pequena e de pouco conhecer. A Tic-Tac. Entre outros
compradores, estava uma, que Lourdes já a conhecia. Seu nome: Angélica, a
professora de Ciência. Três pessoas procuravam carreteis de linhas das mais
variadas formas, do mesmo modo como Lourdes também buscava. Entre gente e linha
estava a professora Angélica que, com sua inteligência de repente avistou
Lourdes, a costureira da amiga Gilda. E sorriu então indagando o que buscava.
Lourdes
--- Linhas, colchetes, pressão e outros botões.
Coisa para roupas de baixo. - - sorriu
Angélica
--- Ah sei. Veio então no lugar certo. É uma
loja apertada mas tem de tudo. Eu venho aqui, costumeiramente;
Lourdes
--- Eu estou aprendendo - - sorriu a
costureira.
E as duas conhecidas não pararam de buscar
as suas missangas. Na rua, os ônibus passavam seguidos de carros e carroças
puxadas a burros. Apesar de tempos sem grandes emoções, a cidade vivia seu progresso
habitual com o seu temeroso e costumeiro tempo. Adiante, uma escola de
datilografia. Podia-se ver alunos saindo a procura de seu destino. Uma loja de
artigos para uso masculino era o ponto da moda. À frente casas de comércio em
meio aqueles vendedores de caldo de cana. O Cinema estava com o seu habitual
frequentador. A sessão começava às três e meia. Nas esquinas, podia-se ver
bancas de revistas e jornais. Garotos a oferecer as suas frutas e doces. Era
esse o movimento da avenida Rio Branco no meio da tarde, a rua principal do
bairro da Cidade Alta deixando para o outro lado o Mercado Publico
Após breve tempo de busca as duas mulheres
sorriram e buscaram caminho como indo para as suas moradias. Ao atravessar a
Avenida Rio Branco, a professora Angélica indagou a Lourdes, tao meio
apressada.
Angélica
--- Tem carro? - - perguntou
Lourdes
--- Não senhora. Vou a pé. - - respondeu.
Angélica
--- Vamos. Estou de carro. Eu deixo você em
casa. Cuidado no atravessar. - - relatou alertando
Lourdes
--- Não tenha medo. Com relação ao
transporte, muito obrigada. – - disse isso sorrindo
O calor do Sol ardente era de mais. Mesmo
assim, as duas mulheres prosseguiam em sua viagem com o automóvel seguindo pela
Rua Ulisses Caldas. Em meio a tanta conversa, Lourdes teve o cuidado de indagar
à mulher sobre um assunto muito vago.
Lourdes
--- Professora, existe mesmo vida
extra-terrestres? - - quis saber
Angélica
--- Creio que sim. Por que a pergunta? - -
Lourdes
--- Não é por nada. Mas segundo uma pesquisa
os norte-americanos acreditam em ÓVINs. E cerca de 5 milhões reportam terem
visto seres alienígenas. É verdade? - -
Angélica
--- Não só americanos, como Ingleses,
franceses, Russos, e de outros países da Ásia. Esse mundo em que vivemos foi
cultivado por seres extraterrestres há milhares de anos. Os Sumérios, por
exemplo. E antes desses temos os Annunakis. E hoje, eles surgem e quem os notam
afirmam ser verdadeira a sua existência.
Lourdes
--- Isso quer dizer que nós não estamos
sozinhos? - -
Angélica
--- Verdade. Não estamos sozinhos no Universo.
As testemunhas de Discos são a coisa mais comum desse de outros séculos. Os
extraterrestres estão aqui, entre nós. São seres normais como eu e você. Em
estudo, ficamos sabendo que a seis mil anos temos sido visitados por seres do
espaço sideral. Mas esse testemunho é dado muito mais próximos. Os Sumérios já visitavam
a Terra há 500 mil anos. Isso quer dizer que a vida extra-terrestre não é uma ficção.
- -
Lourdes
--- Sim. Não pode ser ficção. - -
Angélica
--- Em 1955 uma comunidade rural em
Kentucky, nos Estados Unidos, na noite de 21 de agosto, no meio de uma roça as
pessoas tiveram um contato violento com um grupo de extraterrestres. Esse
pessoal estava voltando de uma reunião de família quando se deparou com os
seres. Uns objetos misteriosos com luzes ao redor surgiram tão de repente. Os
homens se armaram de espingardas e abriram fogo contra os homens que procuraram
agarrar os fazendeiros. Os extraterrestres não faziam barulho nenhum. Nesse mesmo
instante as criaturas flutuavam enquanto os fazendeiros continuavam atirando.
Alguns tiros derrubaram os extraterrestres. Mas para a surpresa de todos as
estranhas figurar voltaram a flutuar, incólumes. Quando um fazendeiro saiu de casa um deles o
agarrou pelo cabelo. O fazendeiro fez fogo, mas a criatura mergulhou para a
escuridão. Tempos depois um fazendeiro declarou que esses seres não queriam
fazer mal a ninguém. E declarou que os extraterrestres estavam com mais medo
dos camponeses do que os camponeses deles.
Lourdes
--- Imagino. É como se fosse hoje. Um
pedinte chegasse em uma casa do mato em busca de um pouco de água e as pessoas
o matavam. Ave Maria! - - tremeu a mulher
Angélica
-- É mais ou menos assim. No caso, outros
moradores na mesma noite viram luzes que pareciam meteoros acompanhadas por um
estranho objeto. O caso foi verificado por patrulhas armadas na mesma noite,
mas nada de concreto os milicianos encontraram. Porém, digo eu: é um caso, na
verdade, bastante convincente.
Lourdes
--- Como a senhora deve saber, no domingo
passado, o doutor Lister esteve conversando com o matuto Bernardo que fez
várias viagens para o espaço. E, agora estão ajeitando um seminário com o
homem, pois ele dez ter conhecido várias coisas. E até conversas. - -
Angélica
--- Eu tenho conhecimento. O matuto e os
Cinzas, como se chama esse povo. As pessoas chegam a falar que os
extraterrestres visitam nosso planeta e interagem com a comunidade. Nesses últimos
anos o povo está fascinado por Discos Voadores. É mais um assunto da Guerra
Fria entre Estados Unidos e URSS. Mas os lavradores e protestantes desconhecem
tal assunto. Alguns deles, Fundamentalistas. Isso quer dizer que são cristãos
que acreditam apenas no que está escrito na doutrina. No caso dos ÓVINs, os
Fundamentalistas jamais acreditariam no que viram se não fosse verdade,
principalmente por seus trajes prateados.
Lourdes
--- Roupas? - - indagou temerosa.
Angélica
--- Sim. Roupas. Todos os extraterrestres
vestiam roupas prateadas. A região onde ocorreu o incidente fica sobre uma
falha geológica e pressões tectônicas da Terra podem criar imagens estranhas a partir
de descargas eletromagnéticas, tão fortes que desorientam as pessoas. No
entanto os Fundamentalistas não sabem informar porque os extraterrestres
chegaram. Isso não foi sonho, como se diz quando o terreno fica em uma falha
magnética que pode desorientar as pessoas. - -
Lourdes
--- Quer dizer que se verifica até mesmo ter
uma falha no terreno? - - perguntou espantada
Angélica
--- Claro. Nós estamos em um terreno que se
move continuamente. Nós não estamos num campo só. Observe o Sol momo se
movimenta. Mas será o Sol ou a Terra? - - indagou
Lourdes
--- Eu nunca observei isso. Para mim o Sol é
apenas o Sol. - -
Angélica
--- Mas a Terra se movimenta. Abaixo dessa superfície,
temos crateras, cada uma mais enorme que a outra. Esses tsunamis – ou ondas do
cais – não surgem por acaso. Elas vêm porque alguma coisa se moveu. E quando se
move, então sacode para cima. É parecido com um foguetão. Sobe e estoura.
Lourdes
--- Mas a senhora é por demais inteligente.
Tudo tem uma explicação. - - sorriu
Angélica
--- Se há vida nesse planeta por que não há
em outros? Se alguém fosse capaz de viajar para os outros planetas encontraria
com certeza aeroporto de ÓVINs. E por esses lugares é bem capaz de se falar com
os extraterrestres. É preciso a pessoa ter uma certa mentalidade ao fazer essa
pesquisa. Não há tempo definido. Pode ser um ou vinte anos. Mas se ele busca o
que procura, é bastante paciência e sobriedade. - -
Lourdes
--- Pois é. Sobriedade. - - confirmou
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