sábado, 12 de março de 2016

LAGO AZUL - 39 -

- SUMÉRIOS -
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OS CRÂNIOS


A semana já havia começado com Gilda indo às escolas a cumprir sua missão e o doutor Lister trabalhando   em sua clínica os seus pacientes logo cedo da manhã. Logo após, de tarde, quando Lister já havia almoçado no Grande Hotel, foi para o Hospital “Miguel Couto” onde estavam seus velhos conhecidos. Então, ao chegar, ele conversou com o médico doutor Sarinho, atual diretor geral sobre o caso de um homem no interior do Estado cujo problema era não ter problema. Apenas, vezes o velho foi provavelmente abduzido por alienígenas de outro sistema planetário. Por acaso, uma professora descobriu o caso e teve com o homem por algumas horas. Então, com isso, a mestra declarou ao doutor Lister todo o ocorrido por saber que esse assunto poderia encontrar apoio entre os amigos médicos, não por nada, mas por curiosidade.
Sarinho
--- O senhor conhece o velho? - - indagou com cisma.
Lister
--- Por sinal não o conheço. Eu estou apenas indagando. Pode ser um caso muito especial. - -
Sarinho
--- Eu vou ter uma reunião, hoje, com outros médicos e posso avisar a eles que o senhor está empenhado nesse caso. O velho fala? - -
Lister
--- Sim. Fala. Agora eu estou prevenindo porque eu ainda não fui na Vila onde ele mora. Eu tenho primeiro que ir para conversar com o senhor Bernardo, como eu soube que era ou é o seu nome. - -
Sarinho
--- Certo, certo. E tem mais alguém para falar com esse velho? - -
Lister
--- Eu suponho que podemos fazer um seminário bem amplo e convidar professores de Física, Química, Astrônomos entre outros. –
Sarinho
---Bom. Muito bom. Vamos em frente. Amanhã o senhor esteja aqui. Eu direi o que vou fazer ainda hoje. - -
E trocaram abraços afetuosos. À noite, o doutor Lister voltou à residência da professora Gilda para expor o que já estava pronto citando nomes os quais seriam convidados para uma aula e, talvez, um seminário com a presenta do senhor Bernardo. Lister teria que ir ao vilarejo para conversar com o velho, na presença de Gilda, Lourdes, e Maria moradora da Vila. Seria conversa amena até Lister convidá-lo para um seminário em Natal. Acertaram o dia, um domingo logo cedo pela manhã. Em outro dia, uma terça feira à tarde, o médico Lister voltou a ter contato com o diretor do Hospital “Miguel Couto” onde o homem também clinicava e foi ouvir o que falou o Doutor Sarinho. Esse demonstrou ser favorável ao acontecido. E de vez, o médico doutor Saul Lister, procurou manter contato com o Reitor da Universidade e solicitar seu apoio ao ocorrido tendo sido feito um convite para os demais professores de Física, Química, Astronomia e demais docentes. Foi acertado a data para maiores negociações. Ao caso parecia muito rápido. No entanto não era assim. O tempo monótono passava até o domingo chegar. Era, de fato, o dia o início da conversa entre o doutor Lister e o ancião Bernardo, caso que o velho nada saia de concreto.
No auto, os visitantes rumaram à vila entre conversas de negócios importante para definir. O domingo estava calmo e, na estrada se podia perceber as aves canoras percorrendo o local distante ainda. Um homem com seu jerico foi caso interessante.
Lister
--- Jerico! – - o médico apontou e sorriu
Maria
--- Aqui tem muitos. Na capital não tem nem a metade. - - respondeu.
E as moças foram a admirar a vegetação, as garças, as lagoas, algumas com pouca água. Outras, nem tanto. Um caminhão a conduzir homens, mulheres e crianças seguindo direto para alguma feira existente naquele ambiente natural. Na carroceria do caminhão podia-se ver o amontoado de sacos e jovens escanchados com um pé de fora e outro por dentro do caminhão. O vento soprava batendo as vestes dos moços. Galinhas, patos, perus, galos. Tudo para quem quisesse comprar. Ainda se podia ver camiseiros, montes de objetos de barro como quartinha, jarras até mesmo panelas e sacos atolados para dentro do cambão.
Lourdes
--- O povo vai fazer a feira. - - alegou a costureira.
Gilda
--- Só aos domingos? - - indagou
Lourdes
--- Depende. Tem sábados, domingos, segundas até quartas-feiras. Tem gente que vai a todas as feiras. - - respondeu
Gilda
--- E não se cansa? - -
Lourdes
--- É costume. Vai no Estado todo. Até nos Estados vizinhos. - -
Maria
--- É a vida dos retirantes. Alguns até a pé. - - comentou
Lourdes
--- Um cheiro. Carvão. - - emanava no ar.
O doutro Lister chegou ao final de sua excursão. Ele ouviu quando Maria reportou ter chagado ao vilarejo e a casa do velho tinha um toco de um pau bem na frente. Ele ouviu e seguiu direto para a casa do toco. Já era coisa de 9 horas da manhã quando Lister.
Gilda
--- É aqui mesmo. Espere. Vou saltar primeiro. - - disse a mulher.
As demais também saíram acompanhando dona Gilda. O homem ficou meio afastado. Gilda bateu palmas e quase leva um susto. O ancião estava sentado revendo umas revistas e se levantou de imediato. Temerosa a mulher ainda assim sorriu. Feitas as pazes Gilda mostrou o homem que a acompanha e o chamou para próximo. Lister se aproximou e trocou cumprimentos. As duas moças ficaram um pouco de fora. Maria sorriu para Lourdes como se aquilo fosse combinado. Gilda se afastou um pouco dando lugar a Lister. Esse foi quem falou.
Lister
--- Bom dia. Como está o senhor? Lendo? -- - sorriu por disfarçar
Bernardo
--- Vou bem, obrigado. O senhor vem? - - e apontou para Gilda
Lister
--- Claro. Foi ela quem me ensinou a sua casa. - - sorriu.
Bernardo
--- Vamos entra. E as moças também. Uma é Maria. Eu a conheço desde pequena. Vamos. Vamos. - -
Depois dessa troca de afabilidade a conversa teve início. De antemão o ancião falou ter sabido de sua visita no dia passado – um sábado.
Bernardo
--- Eles me falaram que o senhor estaria aqui, ainda hoje. Foi sim. - -
Lister
--- Mas eles falaram? Quem são “eles”? - - indagou alarmado
Bernardo
--- Eles são os Homens do Espaço. Eles me falaram pelo pensamento. Assim! - - e fez a menção de pensar
Lister
--- Quer dizer que eles sabem onde estou? - - perguntou agoniado
Bernardo
--- Sabem. Sabem. Até o seu traje. - - sorriu.
Lister
--- E onde eles estão? - -
Bernardo
--- Agora? Subiram. Eles são visitantes amigos. Vem e voltam num instante. - - sorriu
Gilda
--- Quer dizer se eu quiser falar com os extraterrestres, eles vêm? - - surpresa.
Bernardo
--- Se for do interesse deles, com certeza virão. –
Gilda
---- Mas o senhor não disse isso! - - assustada
Bernardo
--- Nem a senhora me perguntou. - - sorriu   

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