domingo, 31 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 13 -

CAMPO SANTO
- 13 -

ASSOMBRAÇÕES -

A magia é uma forma de desaguar os pesadelos sobre algo que atormenta alguém. Não existe magia boa ou ruim. Existe magia. Às vezes um alguém procura uma maga para saber como está o namorado que há muito não o vê. Então se faz a magia entre sapos e demônios. Isso sempre dá por mau, apesar de não raro, a notícia ser do bem. Nos sonhos, vem a assombração de alguém procurando ser acercado pela mulher que o ama então nada faz bem. Porque quando sequer bem, não se procura saber quem sabe fazer o mau. Não raro se atrai o mal ao se apanhar uma lembrança perdida em um cemitério. E ai, a conversa muda.
Anita
--- Cabeça de vento! Isso faz lembrar a minha mãe. Ela costuma dizer que eu tenho cabeça de vento! - -
Médium
--- Pois então. Mas: continuando. A moça buscou encontrar algo apodrecido perdido em algum canto e não achou nada de desagrado. E as moscas até iam para outros cômodos da casa. Mas o local de confraternização dos insetos era mesmo ali naquele quarto. E logo começou a aparecer outros bichos, como mariposas, mosquitos e até sapos.
Bruxa
--- Puxa! Eu moro em São Paulo! Sapo? - -
Médium
--- Sendo bruxa ela deduziu que alguns animais são representações de energia negativa. Mesmo assim ela nem pensou no bem-dito pingente de coração que o encontrou no Cemitério naquela tarde. Até que lhe aconteceu algo mais apavorante de sua vida. Ela já estava dormindo, quando, de repente, acordou. Nesse ponto, de repente, no teto, começou a formar um rosto bem volumoso. Era a cabeça de um homem de cabelo raspado, cavanhaque e até bonito se não fosse por aquele sorriso horroroso, maléfico soltando gargalhadas de zombaria. Era horrível. Um rosto enorme e impregnado de fumaça.
Anita
--- Credo!!! Por que ela não chamou a sua mãe? – - indagou sobressaltada
Médium
--- Escute. Tenha calma! A moça gritou bem alto por socorro em um desespero total. Nesse instante, o rosto amargo sumiu. Nesse justo instante ela se levantou da cama e saiu correndo a procura de sua mãe que de repente se levantou também indo a procura da filha. E a moça disse:
Bruxa
--- Eu sou dormir aqui porque tive um pesadelo! - - e sorriu acanhada.
Médium
--- E ela passou o resto de noite dormindo com a sua mãe. Nós, até parece que tem apenas 20 anos de idade, quando tem medo, vai dormir com seus pais. Quando chegou a manhã, ele despertou e a primeira coisa a fazer foi ligar para o seu guia de magia. E ela disse:
Bruxa
--- Pelo amor de Deus, eu vi um fantasma!!! - -
Médium
--- E a bruxa com tudo e bem com pressa do ocorrido, o homem de fumaça no teto do quarto, sapos e moscas. Nesse ponto, o Mago emudeceu por um tempo. Em seguida o Mago indagou.
Mago
--- Você fez alguma coisa em comum nesses últimos dias? Uma coisa que você nunca fez? –
Bruxa
--- Não! Nada de diferente! - -
Mago
--- Você recebeu alguma visita inesperada? Alguma visita que nunca apareceu em sua casa? –
Bruxa
--- Também não!!  -  - disse bruxa apressada.
Mago
--- Você pegou alguma coisa em algum lugar? Tem em seu poder que a encontrou? –
Bruxa
--- Sim! -- - responde ao se lembrar do pingente do coração.
Médium
--- E ela contou sobre o pingente e levou a maior “bronca”! - -
Mago
--- Como que uma bruxa não segue a sua intuição e pega uma coisa do Cemitério de quem ela não sabe de quem é aquilo e leva para casa? - -
Ela se sentiu muito idiota
Bruxa
--- Burra! Burra! Burra! Burra! Mil vezes Burra!!! - - bateu com a mãe em sua testa
Médium
--- Ela entrou em desespero. Só queria saber para tirar aquele fantasma do seu quarto. Então, o Mestre disse o que ela deveria fazer
Mago
--- Você pegue um caixinha de madeira e encha de sal grosso e guarde o pingente dentro dele, no meio do sal. Isso não vai expulsar o fantasma da caixa. Mas vai isola-lo por um tempo até que vote ao Cemitério para devolve-lo. Então, com todos os detalhes mágicos, velas para os guardiões, você pode licença com todo o respeito e então devolvia esse pingente para quem fosse o seu dono! - -
Médium
--- Então do mesmo jeito ela postou a caixinha com sal grosso e então as moscas sumiram do seu quarto. Ela saiu às pressas, voltando ao Cemitério e devolveu o pingente com devia fazer. Com isso tudo voltou ao normal. O seu quarto voltou a ter a energia gostosa de sempre e à noite, antes de dormir ela pediu proteção aos seus mentores solicitando alguma explicação para o ocorrido. Por isso ela teve um sonho muito estranho. Ela sonhou que tinha um moço loiro, bem bonito, de uns 30 anos mais ou menos. Tinha o cabelo raspado e cavanhaque como aquele que lhe apareceu naquela noite. Mas o sonho era bem menos assustador. Era um homem normal, apenas que ele morava em um lugar feio, andando com pessoas estranhas. Então, de repente, ela apareceu no sonho. Mas tinha algum que lhe fazia companhia. Era alguém de boa estatura esse lembra da voz, não sabendo se era homem ou mulher. E essa que seguia com ela, afirmou
Espírito
--- Esse moço era viciado em drogas e ele se afundou no vício. Ele chegou a roubar coisas para poder comprar drogas. Roubava da própria casa, envolveu-se em assaltos e nem mesmo conseguia pagar o que ele devia. Acabou morrendo com tiros num acerto de contas com traficantes. –
Médium
--- Ela não conseguia ver quem com ela falava. Apenas via o tal moço já em espírito, que andava por dentro do Cemitério. O mesmo Cemitério onde ela foi para o enterro do seu avô. E o espírito seguidor então falou
Espirito
--- Quando esse moço morreu, ele não se deu conta do que ocorreu. E continuou achando que ele precisava roubar para poder pagar as drogas. Então, uma mulher que estava aqui, usava esse colar do coração preto. O colar arrebentou e ela perdeu esse pingente. Mas, na verdade, o fantasma do moço foi que puxou o colar. E esse fantasma continuou a pensar que o pingente era seu. - 
Médium
--- E a última imagem que ela viu em sonho foi a desse moço na frente do próprio túmulo e escutou a voz do espírito que conversava com a Bruxa. E disse o moço em espírito
Fantasma
--- Bom! Está devolvido! - -
Médium
--- E a Bruxa acordou arrepiada dos pés à cabeça sem saber até que ponto esse sonho foi imaginação ou explicação do que ela havia pedido. De agora em diante ela não pega nada de Cemitério nem em formado de 100 que ela encontrar no chão
Anita
--- Interessante! A gente não sabe a procedência de tal objeto. Às vezes eu tomo um presente de alguém não sabendo sua procedência, como um anel, e recebo na melhor das intenções. Mas, e aí? De quem será esse anel? Por que alguém achou? E estava no chão? Aquilo, de repente, aquilo caiu no chão e está carregado de energia negativa? Vai saber! - - exemplificou com cuidado
Médium
--- Aí é que está. Não sabemos a procedência. Essas coisas que podem ser de outras pessoas estão carregadas da energia da pessoa. De que a perdeu ou foi roubada. Essa energia pode mesmo ser ruim. E pode trazer coisas ruins para a sua casa, principalmente objetos de Cemitérios. Flores, por exemplo e mesmo potinhos. O que está no Cemitério, deixa no Cemitério. –
Anita
--- Pura verdade. Dá até medo se entrar no Cemitério. Eu conheço um homem que tudo que ele pega no Cemitério onde ele trabalha, dinheiro por sinal, enche a cara de cana. - -


sábado, 30 de julho de 2016

TAMPOS DE ANITA - 12 -

SUCCUBUS
- 12 -
SUCCUBUS

O espírito, frequentemente, lembra dos fatos cometidos da Terra. Tendo vivido muitas vezes da Terra recorda-se do que ele foi como homem ou mulher, criança ou mesmo ancião. Não raro, se foi homem ou mulher, adulto ou ancião, se for o caso de ter feito mal proceder penaliza-se de si mesmo. A lembrança da existência corporal, se for o caso, vem mais da experiência viva por um ser adulto. Se for um ser pequeno, menino, por exemplo, ele vai demorar a ser lembrado. Um menino pequeno, de um ano, ele não vai se lembrar de imediato se for acidentado. Mas se for por uma lembrança mais forte, ele vai se lembrar ao passo de algum tempo. A lembrança vem como se for projetando lentamente até fixar a sua atenção. O espirito se lembra em seus mínimos detalhes, se ele for adulto, sendo homem ou mulher, porque uma vez em espírito não vem ao caso o sexo, de todos os eventos praticados por ele, mesmo estando bem velhinho em estado já bem avançado, quando nem mais se lembra de coisa alguma, a não ser de memória distante, ele, como espirito volta a recordar.
Anita
--- Agora, eu recordo de um fato ocorrido tempos mais tarde. Uma moça dos seus 16 anos saiu certa vez em companhia de um amigo para passear na praça central de uma cidade pequena, como existem em várias cidades do interior. Os dois amigos andaram juntos, mas não eram namorados. Apenas amigos. Por volta das 9 horas eles combinaram ir à casa de um amigo. Cidade pequena, todos se conhecem. E assim foram. Chegando lá, eles sentaram na calçada levando conversa à toa e nem deram importância ao tempo. Quando se deram conta já era por volta da meia-noite. Então, eles partiram para as suas moradas. Por esse tempo, o rapaz, ao que parece, chegou a sua casa onde todos dormiam. Ele, sem fazer barulho entrou em seu quarto e foi logo trocando a roupa para dormir. Quando deitou, ele sentiu uma pegada, ao que parece, do um Súcubo. Esse fenómeno, para quem não sabe, é um demônio em forma feminina para atacar os homens. E íncubos é um demônio em forma masculina que ataca as mulheres.  Basicamente é isso. Vem durante a noite e ataca de forma sexual. Certo? - - indagou
Médium
--- Certo. Continue, por favor! - - disse o médium
Anita
--- Pois bem. Continuando. Esse é um ataque espiritual e sexual. E o rapaz teve uma espécie de sonho onde havia em seu quarto, duas mulheres peladas. Cada uma que fosse a melhor, com um corpo de modelo. Essas mulheres estavam em pé, na porta do quarto já para o lado de dentro. Dessa vez, o rapaz ficou todo empolgado. Ele nem se tocou de que isso podia ser um sonho. Portanto, uma delas se aproximou dele e beijou se deitado, empurrando ao ponto de o rapaz ficar em êxtase. Ele não procurou saber como que aquilo era possível. Quando ele botou os olhos naquela mulher viu que eles eram abertos e avermelhados. Os olhos brilhavam como se fossem acendendo. Virgem! Que horror! - - falou com medo
O Médium Euclides Dumaresque sorriu por conta do suste de Anita. E esperou continuar
Médium
--- Prossiga. A história do Súcubo. – - sorriu
Anita
--- O senhor não teme? - - indagou amedrontada
Médium
--- Não. Continue! - - calou de vez
Anita
--- Bem. Como é que eu disse? Bom. Lembrei! Vermelho! Nesse momento ele empurrou a mulher com toda força e viu que as duas se transformaram. O rosto ficou então envelhecido, parecendo de pessoas idosas e seus olhares eram malignos. Elas viraram bruxas e seus corpos se transformaram, definhados, envelhecidos e esqueléticos. Apesar de que ele está realmente com medo, o rapaz em luta com um dos Súcubos, socando a mulher, chutes e pontapé enquanto um dos Súcubos o derrubou no chão. A outra já envelhecida, sumiu de vez. Então o rapaz enquanto se tentava levantar iniciou rua reza pedindo a Deus a sua proteção, quase sem forças. Enquanto a mulher que o beijou, entrava em processe de chamas, pegando fogo por completo de uma tonalidade azul. E assim a mulher gritava em um brado fino quando o rapaz acordou de repente totalmente suado sem saber o que ocorrera. No instante, o rapaz acordou de vez e definiu que tudo não passou de um sonho. No entanto ele supôs que tudo aquilo não teria passado deum ataque de súcubos pois esses elementos atacam quando a pessoa adormece. Enfim, o súcubo consegue levar toda a sua energia. Que o senhor acha? - -
Médium
--- Normal. Os Súcubos atacam as pessoas quando eles bem querem. Súcubo que dizer prostituta. Elas agem durante a noite, que é o normal. Quando alguém passa, elas “cantam” para ver se dar certo. As prostitutas são gente comum, como nós. Não tem nada demais. Nos locais mais ermos, elas vivem enchendo a cara de bebidas. São moças bem novas e gente mais velhas, não tao velhas. Gente de 30 anos. Essas são súcubos ou mesmo súccubus que vivem de fazer sexo. Mas, na verdade, Súccubu e Íncubos, eles não existem. No tempo em que a Igreja Católica impôs normas na Europa, por precaução criou esses entes com temor de eles tomarem conta da festa, isto é, uma mulher rameira pegar mesmo um sacerdote. Isso ocorreu como ainda hoje ocorre. Não tem nada demais. –
Anita
--- E como é que eu sonho com esses Íncubos? - -
Médium.
--- Você? É um caso de masturbação. Nada demais. Você se masturba? - -
Anita sorriu e declarou
Anita
--- Às vezes. Em sonho! Sinto uma vontade terrível. E só. - - desconfiada.
Médium
--- Bem.  Uma moça que sempre vem aqui, ela sempre se interessou por magia e ocultismo.  Ela conheceu o Mestre de seu Terreiro quando começou a estudar a esse respeito, aos 20 anos de idade. Nesse tempo ela já estudava Magia. Com certeza, ela era uma bruxa. Mas segundo me disse, ela não pega na vida de ninguém. No seu Terreiro, a moça usa banhos, aromas. Em fim coisas boas. A sua família é de gente católica e ela se sente um pouco excluída. Tem um caso. A prima do seu pai sempre lhe pareceu bruxa. E era com essa prima que ela conversava. Tenho que lembrar que nesse tempo, o seu pai já era falecido. E por coincidência foi no seu velório que ela começou a estreitar os laços de amizade.
Anita
--- Então, elas eram distantes apesar de serem primas? - - indagou
Médium
--- Mais ou menos. Como acontece com muita gente. Anos depois, seu avô faleceu inesperadamente, provocado por um derrame. E no seu velório encontrou essa prima. Foi um dia de lamentos e ela conversou com essa prima já no cemitério e quando a moça penetrou para dentro do Campo-santo, pela alameda principal, a moça, sem querer, olhou para o chão e notou um pingente de cor negra. Um coração preto. Era um pingente muito belo e ela chegou a baixar e pegou na mão, mas por intuição largou de volta.
Espírito
--- Deixa isso aí! – - soou uma voz
Médium
--- Mas antes ela mostrou o pingente para a sua prima e declarou. -
Bruxa
--- Olha que bonito esse pingente. –
Médium
--- Então a prima abriu um sorriso e declarou. - -
Maga
--- Que lindo! Olha só! Você encontrou no caminho do túmulo do seu avô! Olha aí! É seu avô te dando um presente! Pega ele! –
Médium
--- Por ser uma bruxa novata, ela ignorou a sua intuição de que era para largar o pingente. Péssimo erro. Ela então não discutiu e levou o pingente perdido
Bruxa
--- Que mal faz eu levar o pingente, se está perdido no chão? Mal não vai fazer! - -
Médium
--- E pegou. A Bruxa já havia perdido o seu pai e, nesse ponto, perdeu o avô. A Bruxa estava com o emocional bem abalado e pensou assim.
Bruxa
--- E se for um presente do meu avô para mim? Simplesmente vou deixar lá, largado no chão? Não! É uma lembrança e vou guardar com muito carinho! - -
Médium
--- Bom. O enterro terminou, foi muito bonito, estava um dia muito agradável até que ela chegou em sua casa e colocou em uma gaveta esse pingente do coração até que a emoção passasse pela perda do avô. Porém, coisas estranhas começaram a ocorrer depois disso. Primeiro: o seu quarto se encheu de moscas. Tinha muita mosca e era muito estranho, aquilo, porque tinha um altarzinho onde a Bruxa deixava as suas ofertas. Era um altar de fadas, bruxinhas e tal. Mas ela estranhava por estar tudo muito bem arrumado, cheiroso, limpinho. Por isso a bruxa não entendia aquela quantidade de moscas em seu quarto. Nada cheirando mal. Então a sua mãe começou a rezingar
Mãe
--- Está vendo? Com essa cabeça de vento de você têm! De repente você colocou uma comida na bolsa, apodreceu e está atraindo bicho aqui, no quarto! - -
A moça sorriu porque caso semelhante lhe ocorrera certa vez.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 11 -

ASSOMBRAÇÕES
- 11 -
TEMPO -

O tempo passou. Fazia mais de uma semana que a moça Anita de Souza Muniz não aparecia no Centro para assistir as Sessões Espíritas que havia um dia e outro não naquela casa de orações e paz. O tempo esteve meio carrancudo e certamente talvez por conta disso tudo, a coisa pois fim a esse negócio, pensou assim o Médium. Por ter diversas obrigações no Centro, o homem nem mais ligou, apesar de Anita ter sido uma boa companheira nas noites em que os dois estavam a dialogar sobre o Espiritismo. O médium era um homem de certa idade, chamado por senhor Euclides Dumaresque, de pele clara e poucas chagas na face. De corpo meio médio, sem barriga ele era um homem sorridente para com todos os participantes. Aposentado, por sinal, seu Dumaresque, durante o dia contavas estrelas e dialogava com velhos amigos na praça central da cidade. Por um tempo, Dumaresque chegou a ser Maçom, deixando a Ordem sem motivo algum. Apenas parou de frequentar as sessões que se celebrava uma vez por semana. Como espírita assíduo, talvez por isso, Dumaresque deu de mão com a Maçonaria, fincando apenas mais achegado com as sessões espíritas. Uma noite, porém, Dumaresque foi tomado de surpresa quando viu entrar de porta a dentro a figura de Anita Muniz. Cumprimentos afáveis e a moça foi dizendo que o tempo fazia com que ela desaparecesse por milagre. E então, sorriu. Houve a sessão e logo após terminada, o senhor Dumaresque foi conversar com Anita antes de poder sair para a sua casa. E então, Anita relatou ao Médium que por muitos dias estava ouvindo vozes estranhas, sempre quando se deitava para dormir. O médium se interessou logo que a moça falou
Médium
--- Vozes como. Pode me contar? - - perguntou interessado em saber mais
Anita
--- São vozes que surgem ao mesmo tempo que aparecem vultos e várias coisa de tal natureza. Em casa, meus pais nunca deram importância por demais pelo fato de serem eles evangélicos. Não que sejam evangélicos puritanos. Mesmo assim, o meu pai é evangélico. E minha mãe vai atrás. Uma vez ou outra eles frequentam a Igreja, sempre em tempos de Festa ou quando algum amigo os convida. Eu sou espírita e lá em casa, onde eu moro, existe um barracão onde meu pai cuida do carro, uma vez que ele é motorista de taxis. Por fim guarda de tudo um pouco. É uma “catrevagem” só. Certo dia, por volta das sete horas da noite eu tinha tomado banho e saído com a toalha em volta a cabeça. Claro. Eu também estava vestida com um roupão
O médium Dumaresque apenas sorriu para lembrança retardada de Anita o que fez a indagar por que o sorriso maroto.
Médium
--- Por nada. Apenas sorri do seu relato interessante. Vamos à frente. - - continuou o homem.
A moça o olhou desconfiada e logo após prosseguiu.
Anita
--- Bem. Como eu dizia. Então logo entrei no meu quarto para ajeitar meu cabelo. E quando eu olhei para a janela do quarto, eu vi uma pessoa vestida de branco cruzando a janela. Para dizer, a janela dava para um beco e logo após tinha uma casa. E para se chegar à casa do vizinho tinha que se pular o muro que também tinha outro beco.
Médium
--- Faço ideia de como é. - - relatou
Anita
--- Pois bem. É assim. Mas a janela tem um vidro trabalhado que deixa a imagem de fora, distorcida. Mas eu não identifiquei quem era. Apenas era alguém de branco, passando.  E eu percebi de imediato que não era alguém de carne e osso. Não era alguém desse mundo. Mas eu tentei pensar que fosso alguém que estivesse com seu carro quebrado e procurou o meu pai para consertar, com certeza.
Médium
--- Teu pai estava no barracão? - -   
Anita
--- Sabe que eu nem pensei! Talvez estivesse! Não sei ao certo! Naquela hora não pensei no caso. Só que passou o tempo e ninguém entrou! E eu cheguei a indagar de minha mãe, se alguém tinha entrado a procura do meu pai. E minha respondeu que não. O meu pai não chegara ainda até aquela hora. E dentro de casa só estava ela, a minha mãe. E mais ninguém. Podia ser alguém que entrou, foi até o barracão, não viu meu pai, e saiu. Mas, na hora, caiu a ficha e eu, logo imaginei ser então um espirito, porque o beco estava até fechado de cadeado. Por tanto não era gente. –
Médium
--- Já era tempo de você ver essas coisas. Espíritos surgem e desaparecem assim mesmo, de repente. Vocês moram nessa casa há muito tempo? - -
Anita
--- Alguns anos. Eu ainda era menina. Mas não me lembro de ter visto uma alma ou coisa assim. Eu sei que gelei e de imediato fui até a casa do seu Neco falar sobre o ocorrido. Tremia só que vara verde. Certo que eu frequento essa Casa. Mas, um negócio me aparecer assim? Não! Nem imagino! Seu Neco, o velho que também é espírita reportou que aquilo era comum. Muitas almas andam vagando por aí. Ele disse que está acostumado com isso. E muitas dessas almas procuram ajuda. Outras, querem perturbar. Quando essas almas aparecem é quanto menos se espera. Nunca você veja uma alma de costa, me disse o velho. Porque quando alguém vê uma alma de costa, fica tão apavorada que muitas vezes, morre.
Médium
--- Você já me disse! Tem casos dessa natureza pelo baixo espiritismo. - - destacou
Anita
--- É verdade mesmo? - - quis saber alarmada.
Médium
--- Tudo pode ocorrer no mundo eterno. - - relatou sem temor
Anita
--- Pois é. Eu vi. Sei lá se costa ou não. Mas seu Neco me disse que a alma de costa tem de tudo como igual a uma peneira. A gente vê de um lado para o outro! Coisa horrível! Eu, heim? Pelo amor de Deus! Talvez algumas tenham! Talvez isso tenha algum fundamento da cultura. Os ancestrais. - - alertou com cuidado
Médium
--- Tem casos surpreendentes. Casos que, na verdade, nunca se ouviu falar. Certa vez, estava havendo na Faculdade de Medicina uma aula de necropsia quando se abre um defunto para informar do que houve a morte real. Se foi de tiro, ou afogado, acidente e mesmo de morte natural. Certa vez, estava havendo uma aula desse sentido e havia uma estudante um tanto cética que não acreditava em espírito e coisas mais. E nessa aula a estudante começou a zombar dos defuntos que ali estavam. Com os mortos que estavam sem roupa, completamente nus. E havia em especial um senhor que já morrera. Esse morto, ele estava estirado em uma bandeja ou tanque de glicerina para conservar cadáveres. E a estudante a recitar piadas com falar para o homem se ele não tinha vergonha, deitado, sem roupa. A moça passou o dia todo a chacoalhar os defuntos. No dia seguinte, na sala de aula quando os alunos estavam prontos para contar suas experiências uma aluna se levantou da banca de alertou.
Aluna
--- Eu quero desistir do curso! - - falou a moça que no dia anterior menosprezou os cadáveres.
Médium
--- Ninguém entendeu a proposta. Estavam faltando seis meses para a se ter a conclusão do curso e a moça demonstrou bastante assustada. Na sequência alguém indagou o por que ela desistira do curso de Medicina. Então, a estudante declarou ter visto “aquele” senhor que estava morto no necrotério. Depois de muito choro, a moça conseguiu falar com emoção
Aluna
--- Lembra daquele homem de a gente viu no necrotério? - -
Médium
--- Naquele mesmo dia, ela chegou em casa, muito cansada, como sempre, tomou um banho e se deitou para dormir. Quando foi pela madrugada, ela acordou imóvel na cama, como se alguém a segurasse de modo estranho. A estudante estava totalmente nua e não conseguia se mover de forma alguma para qualquer lado. Então a estudante sentiu uma forma humana a observa-la. No interior de sua casa, todas as luzes estavam apagadas. Assim, a estudante conseguiu virar o olho para a direita e nesse momento divisou o mesmo homem que estava no necrotério naquele dia passado.
Anita
--- Que susto! Ela viu mesmo? De carne e osso? - - indagou amedrontada
Médium
--- Sim. Ela declarou bem isso. O homem estava alí, com o rosto bem próximo ao dela. E esse homem tinha um cheiro podre e parecia que ele estava vestido com uma camisola de hospital. Passados segundos, o homem ficou em igual posição, apensas a olhar para a estudante. A moça tentou gritar com muito esforço até que enfim o homem simplesmente sumiu. A estudante chegou logo cedo a Faculdade desistindo de continuar seus estudos por ter certeza de que viu na noite passada não ter sido um sonho, pois quando ela despertou, estava nua, na cama em seu quarto. Ela lembrou das piadinhas que soltou no dia anterior e aquilo fez a moça delirar ao ponto de abandonar o estudo da Medicina de vez.
Anita
--- As piadas com o corpo do velho foi um caso surpreendente! Nem eu! - - disse a moça
Médium
--- É assim. Quando não se espera, acontece! E nunca mais a estudante quis lidar com gente morta ou gente prestes a morrer. As pessoas ao lidar com mortos têm de ter o maior respeito humano. É por isso que nós ensinamos não brincar com os mortos. Apenas de estarem mortos, eles estão vivos em outras esferas. E eles são espíritos. E não precisam andar por aí a fora.
Anita
--- Verdade. Eu sei disso - - confirmou com cuidado


quarta-feira, 27 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 10 -

- OBSESSÃO ´-
- 10 -
DESENCONTRO 

Nós vivemos em diferentes mundos. Não estamos pela primeira vez e nem tampouco a última. São etapas materiais e bem distante da perfeição. A cada nova existência corporal há uma parte de um mundo para outro. Pode-se viver muitas vezes no mesmo Globo se não se adiantou para um Mundo superior. Assim, podemos reaparecer na Terra e podemos voltar a este depois de viver em outros mundos. Tornar a viver na Terra constitui uma necessidade se estivemos em um progresso estagnado.
Anita após várias sessões voltou a querer indagar por onde os espíritos vagueiam nessa porção de Mundos. E foi assim que ela perguntou
Anita
--- Tem nos diversos mundos muitas pessoas? - - quis saber
Médium
--- Sim. Temos diversos Universos. Se você cruzar com o tempo vai estar em outro Universo. São milhares de Universos. É um mundo infinito. Mas, ocorre que você se ambienta na Terra e por aqui fica por mais de uma geração
Anita
--- Hitler por exemplo. Ele foi para onde? - - quis saber.
Médium
--- Veja bem. Adolf Hitler foi um homem que possuía 25% de sangue judeu em suas veias. Ele nasceu no povoado austríaco, centro de Médiuns e videntes, com um ambiente psicamente carregado que influenciou sua visão da realidade. Dois famosos médiuns nasceram no mesmo povoado e um deles teve a mesma ama de leite que Hitler. Quando pequeno ele sonhava em ser sacerdote. E foi nesse local que teve o seu primeiro contato com o símbolo da Suástica de mais de 5.000 anos. Os sacerdotes defendiam o arianismo. Na abadia de Lambach, Hitler fundou a Ordem do Novo Templo. Os únicos seres humanos são os arianos louros de olhos azuis. Os arianos são a obra prima de Deus, dotados de poderes paranormais emanados por “centro de energia” ou Chakras que lhes conferem supremacia sobre qualquer outra criatura. A raça ariana era tida como a mais perfeita pelos Nazistas. E Hitler se dedicava ao estudo do ocultismo e da magia.
Anita
--- É possível, senhor? - - com pouco caso  
Médium 
--- Há uma coisa a mais. Os judeus não nasceram judeus. Eles vieram muito tempo depois dos Anunnakis e dos Sumérios. Muito tempo mesmo. Os Anunnakis estiveram na Terra há 500 mil anos. E os Judeus eram de uma tribo de nômades. Nem se chamavam de Judeus. Esse nome surgiu por causa de Judá. E ser judeu é pertencer a tribo de Judá que vive há desde o século IV antes de Cristo. Há hipótese de que eles vieram em uma nave espacial de outro planeta e fizeram vida em todo o território da Palestina e mais além. Judá nasceu sem ser judeu. Ele adotou esse nome quando Abrão trouxe os livros que se destacou como Torá.
Anita
--- Não entendi coisa alguma. - - sorriu
Médium
--- Bem. Vamos a frente. A reencarnação é um dos pilares do espiritismo. Nascemos e renascemos para novas vidas, novas escolhas, novas oportunidades. A reencarnação é uma lei da natureza, como é a Gravidade. Faz parte mais de 2/3 do Mundo. Os seres humanos são crentes na reencarnação, nas suas diversas variantes filosóficas. Indianos, Japoneses, Esquimós. Um número imenso de criatura acredita na reencarnação. O Ocidente ficou muito preso a uma visão da reencarnação. Há gerações passadas e chega-se a definir como nós somos de ontem e nada sabemos. O cristianismo, ele, em função de motivações políticas e sociais, abriu mão da reencarnação no século IV. O Espiritismo traz de uma forma lógica, precisa, continuando a nos desenvolver.
Anita
--- É por isso que a Igreja é contra? – - quis saber
Médium
--- Sim. De certa forma ela rejeita. Mas, a propósito, eu tenho um caso ocorrido no interior. Um certo cidadão, chamado por Benedito, vendedor ambulante, negociava com pessoal das fazendas de muitas distancia com os negócios de maior necessidade. Até mesmo perfumes ou mesmo um rolo de fumo. Ela buscava na cidade grande e, depois, levava ao povo pobre do interior do Estado. Seus negócios, ele fazia montado em um burro com dois balaios, um de cada lado do jumento. Nessas viagens, ele demorava um tempo imenso porque, geralmente, Benedito comprava até mesmo na Capital. Na sua viagem, as vezes longas, o vendedor ambulante tinha vez de dormir duas ou três vezes cada noite para poder repousar um pouco antes de chegar ao seu destino.
Anita
--- Era longe assim? - -
Médium
--- Um pouco distante. Mas, Benedito tinha outras freguesias. Pois bem. Nessa viagem, ele costumava pedir pousada na casa de uma freguesa que morava em um sítio na Fazenda Dourado, uma fazenda abandonada, por sinal.
Anita
--- Fazenda Dourado? Tenho impressão que eu já vi uma fazenda assim! - - falou um tanto desatenta.
Médium
--- Deve ter visto. Mas, o vendedor chegou nesse povoado onde moravam poucas pessoas, e dentre essas, morava uma moça muito vistosa conhecida por Maria da Cruz. Os conhecidos costumavam a tratar de Mariazinha ou Mariinha. Seus parentes, como seu avô, a chamava de Maricota. Essa moça, casou bem cedo e logo enviuvou. E seu Benedito sempre que passava na Fazenda, levava presentes para dar-lhe, com certeza, por afeição. Após tantos presentes, eles se tornaram amantes. Ela, viúva. Ele, também. E por um tempo eles estavam agarrados por tal caso.
Anita
--- Mas, amantes? Por que eles não casaram? - - quis saber
Médium
--- Isso, eu não sei. Apenas amantes. No meio tempo, o avô de Maria da Cruz, também viúvo, acabou casando com uma outra moça, amiga de Da Cruz em outra cidade. Essa moça estava prometida de casar com o velho, avô de Da Cruz, já há algum tempo. Por sinal, a moça que casou era prima de Da Cruz. Eles tinham um compromisso de casar entre parentes próximos. Era a forma de deixar sangue puro. Ocorre que a nova dona da casa, chamada por Alzira, não gostava muito das viagens de Benedito à Capital por tanto tempo no vai e vem. Portanto, dona Alzira pediu a Benedito para largar essa vida, tanto porque a família tinha uma casa de farinha, uma roça de mandioca além de se fazer carvão e coisa assim. Por isso mesmo, Benedito poderia ajudar a família. Benedito aceitou a oferta feita por dona Alzira. Desse modo, o vendedor deixou de fazer viagem e também se ausentou de Maria da Cruz, que morava bem distante da nova fazenda de fazer farinha. Afinal eles nem sequer eram casados. Na verdade, dona Alzira tinha seus motivos para prender Benedito. Por isso, nunca mais Benedito esteve com Maria da Cruz que morava distante. Em outro município. Passado um tempo, Benedito casou com outra moça, Bartira, e teve 4 filhos e recarga, então notou que a situação não estava boa afinal. Dessa forma Benedito voltou a sua vida antiga de vendedor ambulante. –
Anita
--- Lá vem o Bonde para trás! - - sorrio
Médium
--- Pois é. Escute bem. Agora, com dois burrinhos, fazendo nova freguesia, de Capital e interior. Certa vez, ele parou onde morava a moça, Maria da Cruz, por lembrar da antiga amante. Então bateu a porta para ver de Da Cruz estava em casa. Então, Da Cruz continuava com a mesma casinha e linda até, como sempre era. Ao chama-la, a moça correu sorrindo procurando o seu abraço. Foi muita emoção com beijos e abraços contando como a moça ficou triste ao vê-lo partir para outro caminho. Com seus pedidos de perdão, Benedito aceitou o convite formulado por Maria da Cruz para poderem ir jantar. Aquela foi uma das jantas mais gostosa que o vendedor saboreou. E os dois conversaram até tarde antes de Benedito adormecer entre camas e colchões.
Anita
--- Ô noite à toa! - - gargalhou
Médium
--- Pois é, mas, na manhã seguinte, Benedito acordou e viu a cama vazia. De impulso o vendedor foi até a cozinha e encontrou moça linda de fazer pena a preparar o desjejum. O homem alertou ter de comer bem rápido por ter que ainda chegar a Capital. Depois de acenos, ele pegou o caminho onde fez as suas necessárias compras. Após pousar e dormir voltou no dia seguinte de retorno ao interior. Nessa oportunidade, Benedito procurou nova visita a Maria da Cruz. Mas, chegando lá, não viu casa nenhuma. Nesse lugar, onde ele dormira com sua antiga amante, só viu escombros. Então, Benedito achou por bem ter entrado em um local errado voltando a perguntar em outras moradias onde estava a casa de Maria da Cruz largando o pé a um caminho distante a mais de mil metros
Anita
--- Nossa! Ele se perdeu? - - perguntou nervosa
Médium
--- E então, ele ficou sabendo por um morador distante que naquela casa em ruinas há muito tempo estava vazia. A mulher que habitava o casebre havia posto a vida a plena morte por uma causa de dor de amor por ter sido abandonada pelo amante. O seu sofrimento foi tamanho que Da Cruz pois termo a vida. O pessoal morador de casas distantes, foi que encontro já morta há vários dias. Benedito, alucinado, não pode nem compreender. Da Cruz, muito jovem ainda, era como se fosse uma visão a aparecer do nada, dez anos passados. Ela era linda como nos tempos antigos.
De momento, que pudesse ver Anita, era por demais chorosa, se tremendo até se tornar de desgosto não pensão quão pouco era a vida para os dois amantes.
Médium
--- Chorando? - - perguntou    

segunda-feira, 25 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 09 -

ESPÍRITO
- 09 -

ESPIRITO - 

O que os investigadores concluíram foi a existência de um espírito diabólico em pena casa. E tudo que o espirito queria era sugar a virgem Joana para viver em outra existência. No dia seguinte os investigadores retornaram a casa de Maria no dia seguinte levando uma porção de equipamento para fazer imagens e gravar todo e qualquer barulho que se fizesse notar. Alteração sobrenatural com evidencia. De pronto os investigadores estão armando esses equipamentos quando um deles chamou, alertando sobre um clima por demais pesado. Uma zoada identificava a presença de alguém mais no ambiente apesar de se saber de não haver ninguém em outro local. Mesmo assim, uma cara, provavelmente de algo, forçou a entrada através da parede. Desse modo foi preciso usar água benta em todo o local.
Anita
--- Água benta? Para que afinal? - - indagou ansiosa.
Médium
--- Água benta era um forte protetor para afugentar espíritos do mau. Quando umas das técnicas chegou com a água benta pode ter visto algo impressionante e um arrepio da nunca lhe ocorreu consciente de que algo estava a lhe persegui por trás. Então a técnica do segundo quarto não de se aguentou e levou um bruto empurrão vindo a baixo com todo o corpo. Passados alguns segundos, e tudo que a técnica podia se lembrar era que todos os demais companheiros de trabalho estavam ao seu redor. Algo que não se conseguia combater estava, enfim, em seu comando. –
Anita
--- A técnica levou um tombo também? - - pergunto surpresa
Médium
--- Ela caiu ao chão. E logo se lembrou de alguém lhe tinha feito tal tombo, causando tamanho terror, então do que mais eles seriam capazes de fazer? O ser diabólico causou esses ataques físicos contra os investigadores da casa para, então, criar medo, forçando uma sensação de controle total em todo o meio ambiente para mostrar que ninguém tem o direito de estar naquele local. E isso seria feito exatamente com todos os demais assistentes técnicos. Não era uma assombração diabólica apenas. Qualquer pessoa que pisasse naquela casa corro muito perigo. - -
Anita
--- Então só esses animais podiam mandar nessa pobre casa? - - perguntou amedrontada.
Médium
--- Era assim a intenção. O demonólogo Mario Seabra sabia que ele precisaria de ajuda para combater um espírito tão ameaçador. E então sugeriu se falar com a Igreja. A sua ideia foi aprovada por todos mesmo sabendo que não seria tão simples assim. Ele adianto ser preciso saber o que estava fazendo para buscar as autoridades apropriadas até a casa para cuidar do problema. Ele teria que voltar varia vezes ao local para obter provas suficientes para convencer a Igreja de que o Templo tinha que mandar alguém até onde ele estava para realizar o exorcismo.
Anita
--- Era assim tão difícil? - - perguntou inquieta
Médium
--- Sim. Era. Muito difícil. Difícil até demais. A Igreja não era apenas uma casa de oração. Ela era de uma forma mundial. Era então até mesmo a Santa Sé. O Vaticano. Para se é possível fazer um exorcismo era o mesmo que usar o Vaticano, poder central da Igreja em todo o mundo. Quando os investigadores voltaram trouxeram uma clarividente com eles na esperança de que ela pudesse determinar a causa específica da assombração. Os técnicos não tinham certeza de que eles estariam vivendo com um espírito em particular ou, talvez espíritos humanos que estavam residido juntos com os diabólicos. A técnica resolveu pesquisar a casa. E no seu passeio, a clarividente é atraída por um quarto existente em certo espaço da residência. E foi, então que ela viu um vulto de um homem aparecendo e sumindo. E de repente entrou a mulher, Maria, a perguntar se ela, a clarividente, estava se sentindo bem. A mulher declarou que no local, um quarto, tinha um espírito. No ambiente havia um ser a usar o local como um portal para entrar na residência. E no quarto dormia a menor Joana naquela hora. Ele usava a menina. Ele se escondia em Joana.
Anita
--- Que horror! Ali no quarto da menina? Ah se eu pago esse monstro! - - relatou com ódio
O médium sorriu e no final continuou
Médium
--- A garota sorria a todo o instante para alguém que ninguém via. De repente, a moça encarou a clarividente cheia de ódio e de um impulso atirou do quarto para o corredor a clarividente a qual necessitou de ajuda paras se soerguer. O olhar no rosto da clarividente era como se fosse extasiada. O pessoal buscou auxilio e saiu com a mulher arrastando para o largo. A clarividente descobriu que havia uma entidade particular na residência e era de natureza diabólica. Então, tudo isso levou e se concluir que todas as visões da família, o garoto e a mocinha Joana, são disfarces de uma única entidade que tinha a intenção de tentar manipula-los.
Alice
--- Canalha! Estúpido! Eu cuspo na cara dele! - - fez isso com bastante ódio
Médium
--- Seres diabólicos sempre tentam parecer maiores do que são. E sempre tentam aparecer em grande número denominados “Legião”. Depois de repetidas visitas a casa, Mario Seabra apresenta suas provas conclusivas. E o exorcista, o Padre Egídio concorda em ajudar a família. Uma conversa em particular com Pedro e Maria chegou à conclusão que a filha de Maria estava sobre encosto de um espirito do mal. Mas a moça não tem a escolha de possuir entre o bem e o mal. A moça não pode estar possuída porque ela não tem a habilidade de escolher entre o bem e o mal. A filha de Maria era um portal que o espirito usava entrar na sua casa. E propôs retirar de fato o exorcismo com as bênçãos na casa e as pessoas que nela praticam para afastar a entidade demoníaca. - -
Alice
--- Que bom! Agora concordo! - -suspirou  
Médium
--- E o Sacerdote, o padre Egídio, deu início ao ritual para proteger a família atormentada pelo demônio. E recitou uma forma de exorcismo para expulsar o espirito diabólico do interior da casa relatando que o mal sucumbia diante da realeza de Deus. Ele usava a moça como um portal. Um ponto de encontro. Essa menina não tinha a habilidade de dizer “sim”. Mas, de dizer “não”.  Ele, o sacerdote, acudiu a todos os espíritos impuros ordenado a se afastar do corpo da moça enquanto a menina fazia acenos violentos. As lâmpadas nos quartos e nos abajures ascendiam e apagavam constantemente como o demônio estivesse atormentado. O sacerdote implorava a Deus que se fizesse presente ante aquela maldição sepulcral. Em legitima defesa invocou a Deus contra toda a tirania dos infernos afastando de nós os espíritos impuros e seus poderes malignos. Aos sofredores demoníacos e os possessores infernais em nome da Igreja de Deus que se afastem para sempre.
Alice
--- Ave Maria! Nem eu! Isola! - - e bateu em uma tábua
Médium
--- A garota começou a olhar intensamente para o sacerdote com olhos vampirescos como se dissesse “eu agarrava aquela coisa com minhas mãos”. Mas não era a moça de verdade. Era a entidade que ela estava possuindo. Havia batidas fortes nas paredes como se alguém quisesse derrubar tudo o que encontrava pela frente de uma vez por todas. Ouviu-se três pancadas distintas. Era sinal que a entidade estava lá, deixara a casa. A residência estava a salvo de novo. O ambiente ficou muito mais leve. O ar ficou melhor. Foi como se tivesse tirado um peso tremendo. Nos dias que se seguiram voltou a paz no ambiente. O exorcismo removeu a entidade diabólica da residência, mais não destruiu o mal. A família se mudou para outra moradia, mas o demônio continuou convivendo na mesma residência da maldição.
Alice
--- Nossa Senhora! Acabou mesmo? O demônio foi embora? - -  perguntou distraída.
Médium
--- O demônio nunca vai embora! Ele sempre está a seu lado. Por isso nunca chame pelo mal. Ele está sempre ao seu lado. Quer ouvir outro relato? - - quis saber
Alice
--- Tem diabo? - - pergunto confusa
Médium
--- Sim. Tem demônios! Há algum tempo uma menina de seus 8 anos viveu o seu drama. Ela, seus pais e um irmão moravam numa casa de taipa. Uma casa humilde. Apenas o homem trabalhava. Há vários anos, quando o homem adquiriu a choupana foi de uma mulher estranha e nessa choupana havia desenhos estranhos no chão e nas janelas. E a mãe da menina ainda conta do que viu na choupana, com vultos negros a transitar de um lado a outro. Seu irmão era um bebê e a sua rede balançava para um lado e para outro como se fosse balançada por uma mão invisível e um cão negro que aparecia debaixo da sua cama. E o homem se esforçou para comprar outro terreno e construiu uma casa nova. Isso causou inveja na vizinhança. Houve muita desavença entre a vizinhança até o ponto de uma delas queimar chifre de boi quando o homem retornava para a casa. E o pessoal adoeceu bastante. Feridas na boca das crianças, calafrios em sua mãe sem motivo algum. Certa vez apareceu na casa um homem com um pacote de encomendas explicando que dentro de umas frutas tinham os nomes de toda a família. Ele mostrou um mamão ainda verde entre outros, maduros. Mas se o mamão apodrecesse, a pessoa cujo nome estava dentro da fruta, ela morreria. Desde então a família achava ovos quebrados em cima do telhado toucinho de porco enterrado no jardim, uma terra estranha que chegou a se desconfiar ser terra de cemitério, jogada no terraço da casa, muitas plantas mortas plantadas pela família. Chegou-se a chamar um homem que incorporava entidades e esse homem fez algo que a então menina nunca esqueceu. O homem incorporava e dava banho com ervas e cachaça para descarregar energias ruins. Mas quando foi a sua vez, o negócio foi diferente. A entidade deu o banho na menina e, no final, ele pediu que a garota abrisse as pernas. Quando a garota fez a ação, o homem introduziu um dedo em sua vagina. Com a secreção que saiu, ele fez cruzes invertidas nos braços, nas pernas e na testa da menina. E então ele a ameaçou de morte se ela contasse o que fez para alguém. A menina não disse nada pelo medo que teve naquele instante. - - relatou om médium         

domingo, 24 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 08 -

OUIJA
- 08 -
PORTAS -

As “Portas” existem. Não as portas naturais. Porém os portais do outro mundo onde passam os espíritos dos seres que não existem mais em carne e osso. Os humanos! Da última vez que Anita pode ouvir o Médium, esse estava a contar uma história de entes que já passaram para o outro plano da vida, ela ficou tão aturdida que a segunda parte dessa verdadeira maldade ficou suspensa para a outra ocasião. E assim foi o que tudo ocorreu para maldizer a moça cujo suspense queria ouvir da forma por demais angustiante. Neuma era o nome escrito sobre o talco que o casal espalha na noite anterior a mando da psicóloga. E então, quando a mulher fora chamada para ver o que estava escrito, alarmou-se e desistiu de ajudar o casal. O nome que estava escrito era o mesmo da sua filha,
Anita
--- Da filha a doutora? Com é que pode? - - ficou alarmada
Médium
--- A doutra se sentiu ameaçada. Naquela casa ninguém sabia o nome de sua filha. Passaram dias desde que Pedro usou o Tabuleiro de Ouija para se comunicar com os espíritos em sua casa. Desde então, Maria tinha tido problemas para dormir.  Certa noite, quando estava acordada do quintal da casa, uma pessoa surgiu. E a mulher perguntou que era o tal elemento. Ele disse que era Francisco e declarou então ser tarde demais pois Maria não podia mais ajudar a sua filha, Joana, a mocinha muda e deficiente. Então, Maria relatou que esse homem não podia fazer nada, pois ele era incapaz de fazer algo em benefício da mocinha. O ser, magro e abominável, então sorriu. Sorriu e despareceu. Nesse mesmo instante, Maria entrou em sua casa para proteger a filha amada e gritou para o marido: “Ele quer Joana”. –
Anita
--- Mãe de Deus!  O que a mulher fez? - - indagou atormentada
Médium
--- Por isso mesmo Maria tentou ignorar os seus pesadelos de que o que passara fora somente um susto de sua ansiedade. A noite estava escura. Escura como um breu. E nesse mesmo instante, algo inquieto bateu no chão como se fosse uma bola de futebol. Toda a casa estremeceu. Algo como caveira tentou entrar pela parede e as crianças, assombradas, correram para junto de sua mãe que estava também no quarto próximo. O garoto, chorando, declarou que um rosto saíra da parede. A mulher sabia bem como proteger sua família de uma entidade desconhecida. No dia seguinte Maria fez nova arrumação no quarto do menino Paulo. O menino se recusa de dormir com sua cama encostada na parede. Quando a mulher arrumava o novo quarto foi então que descobriu algo surpreendente. Havia de “F” no chão.
Anita
--- Um ‘’F”? O que significava? - - perguntou atormentada.
Médium
--- Parecia feito com fogo e Maria não conseguia tirar.  Ela perguntou ao seu marido o que estava naquele canto, e esse nada sabia dizer. Aquilo era uma prova de que a entidade era real. Eles chegaram a pensar em mudar de casa. Mas temiam que seus problemas não estivessem ligados à casa, e sim, a Joana. A mulher tinha certeza que se a família fosse para outro local, com ela levaria toda a família, pois não podia deixar seus filhos, principalmente Joana, porque Maria não podia deixar a filha completamente só a mercê de qualquer um pois seria o mesmo problema em uma nova casa.
Anita
--- É verdade. Leva ou deixa tudo. Não haveria motivo para desistir. - - dialogou com firmeza.
Médium
--- Algumas semanas depois ela, Maria, se topou com seu marido. Ao perguntar a ele o que faria ali, recebeu como resposta uma voz estranha que a mulher não sabia com quem ela falava. Uma voz grossa e intrigante e dizia que Joana era a sua filha. Daí gerou-se a contenda. A mulher defendia a maternidade de Joana para aquela figura de mal a defender a sua paternidade da garota. Em tal momento a entidade desapareceu por completo com um sorriso demoníaco. A mulher, assustada, saiu da casa e foi buscar ajuda de qualquer meio possível. No caminho voltou a se encontra com seu marido, Pedro, e esse não sabia o que falar com certeza. Ele se lembrava da mulher ao lhe indagar apenas o que teria ocorrido. E nada sabia mais afirmar.
Anita
--- E não era o seu marido? Quem era então? - - perguntou aflita
Médium
--- Não era o Pedro. Alguem que se juntou a figura do homem. E em uma noite próxima, Maria acordou com um barulho estranho no quarto. Ao se mover, a mulher viu um vulto aterrador. Um ser demoníaco. Uma figura horripilante. Monstruoso. Maria sacudiu o marido e a figura desapareceu de repente. Na manhã seguinte eles resolveram não mudar de casa de retomar as suas vidas a qualquer preço. Todos os dias havia casos estranho ocorrendo e já deixava a ambos cansados por demais. Era igual a um grande redemoinho e cada um a pensar em não ser puxado para o meio do infernal buraco.
Anita
--- Que coisa! Esse espírito não deixava em paz! - - comentou
Médium
--- Pedro disse que eles decidiram tomar uma providência e não poderia deixar esse ente tomar a filha de Maria. A quase menina Joana. Mais mocinha que menina. Desesperado, o casal contata com outro Investigador paranormal. O senhor Mario Seabra era um religioso demonólogo leigo. Ele usava poder da Igreja Católica para combater assombrações. O senhor Pedro pediu a sua presença de imediato à sua casa. E logo disseram que eles tinham uma filha com problemas e por isso precisariam de uma visita de modo urgente. O rapaz, Mario Seabra, ficou muito preocupado quando soube que o casal usou o Tabuleiro de Ouija. Esse Tabuleiro era basicamente um Oraculo por onde o espirito poderia entrar, seja humano ou diabólico. A ação de queimar o Tabuleiro não feita o portal. Com alguns instantes, o rapaz chegou a casa de Pedro e Maria com um membro de sua equipe de investigação, a senhora Carla Mendes.
Anita
--- Outras? - - quis saber
Médium
--- Sim. Outros. Coisas estranhas naquela casa. Parecia haver coisas tentadora por trás das pessoas. Uma sensação muito incômoda. E a mãe da mocinha apresentou Joana dizendo que as pessoas, Mario Seabra e Larissa Rossetti, estavam ali para ajudar. O homem pediu licença para conhecer a casa enquanto Larissa ficou com Joana de certa forma agradando a mocinha. Mario sentiu que Joana podia ver e sentir espíritos. Era uma coisa rara. Mas havia criança que nascia com certa aptidão. Algo de momento surpreendeu a Mario. Escorrendo de um castiçal pregado na parede uma porção viscosa. O homem tentou pegar, porém o visgo sumiu. Essa era a primeira vez que Mario tinha contato com ectoplasma. E então, Mario acreditou que o ectoplasma era uma manifestação de uma poderosa energia psíquica. –
Anita
--- Tenho medo. Que horror! Ele pegou na coisa? - - indagou com dúvidas.
Médium
--- Ainda não. Ele ficou convencido que as histórias da família eram verdadeiras. Os investigadores fizeram uma entrevista a público com o casal sobre tudo o que estava acontecendo. E ficou sabendo que a senhora Maria tinha pesadelos constantes parecendo que o casal estava na beira do precipício. Um homem dos seus 30 anos surpreendia com suas aparições. A investigadora Larissa sentia a frustação eterna da mulher. Maria queria saber quanto tempo levaria para solucionar o terrível problema sendo possível tirar esse demônio de sua casa para proteger as crianças. E a senhora Larissa falou que a melhor coisa a dizer era que todos trabalhassem em conjunto.
Anita;
--- Ave! Meu Deus! E então? - - assombrada
Médium
--- O casal tinha que ter paciência. Mario Seabra explicou que ninguém devia mostrar raiva e medo de modo a não demonstrar reconhecimento porque assim, o espirito toma energia suficiente para seduzir a menina Joana. Raiva e medo alimenta ainda mais o espírito. A questão é que o casal estava com medo, evidentemente. E a coisa se concentrava no medo deles. Ela sabia que os assustava aos dois, marido e mulher. Então o homem Mario Seabra percebe que se havia um espírito diabólico na casa dessas pessoas, seu objetivo principal era possui-los e destrui-los. Os investigadores paranormais retornaram com mais dois pesquisadores e equipamentos de áudio e vídeo.
Anita
--- Áudio e vídeo? Para que isso? - - com temor
Médium
--- Eles esperavam documentar as ocorrências sobrenaturais dentro da casa. E se precisasse convencer a Igreja Católica isso poderia se envolver no caso. Os especialistas disseram que antes de fazer algum tipo de intervenção teriam que apresentar provas suficientes para mostrar o que estava acontecendo na casa. As crianças foram levadas para um hotel, exceto Joana. Como Joana tinha sido a primeira a notar a presença sobrenatural, os investigadores acreditavam que a mocinha talvez fosse uma ponte de energia para os espíritos. Eles convenceram a família de que a moça deveria permanecer na casa para intensificar a manifestação paranormal.
Anita.
--- Credo! E aí? Ela ficou mesmo? Ai meu Deus! - - disse a moça assustada
Médium
--- Sim. Ficou. Os investigadores se dividem em duas equipes para instalar os equipamentos de gravação pela casa. Em certo instante um dos investigados foi tomado de surpresa dor ter ouvido algo como um quadro a cair em um dos quartos existente na casa. A coisa rolou pelo chão. Os investigadores sabiam não haver ninguém nesse ponto da casa. Mas a sensação era mais forte. O quadro escorregou de porta a baixo fazendo um total ruído por demais assombroso. Era como algo a assumir os negros montes de fuligem sobrada pelo vento. Um horror total.
Anita
--- Meu Deus do Céu! E o que foi feito?  O homem morreu? - - indagou assombrada
Médium
--- Tenha calma. Muita calma. Paciência até. - -

sábado, 23 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 07 -

ESPÍRITO
- 07 -
ENCARNAÇÃO -

Há poderes entre os espíritos desencarnados. Há entre eles subordinação e autoridade. Os espíritos têm uns sobre os outros, o grau surpreendente como se fosse aqui na Terra um Governador e o outro, um serviçal. Essa autoridade se dá por uma ascendente moral irresistível. O homem poderoso que esteve na Terra não tem maior disposição quando passa para o além. Na vida em que os espíritos se vão, eles obedecem às ordens de acordo com os méritos obtidos. As diferentes ordens determinam os méritos dos espíritos e, sendo assim, o que é mais elevado quando na Terra, ao ir para o além atinge em menor categoria dependendo do que fez quando esteve perambulando por este mundo. Por isso, não há espirito de ordem superior quando morre ou espirito de ordem interior.
Anita
--- Eu posso ter sido uma rainha ou uma escrava? - -
Médium
--- Vai depender muito do que você fez. Na verdade, não importa o que fizestes. Eu posso ser, um dia, um escravo. E chego aqui como um lorde. O que se faz, na Terra, não tem a menor importância. No além, as coisas viram a cabeça para um lado ou para outro. Você veja bem. Um homem, aqui na Terra, parece ser um imperador. Contudo, mais tarde, ainda quando em vida, empobrece de fazer dó. É isso. E na espiritualidade é mais, como se diz, brutal. Não importa quem você tenha sido. Isso, não quer dizer que é um pagamento. É apenas o que vem a ser.  
Anita
--- E tive um sonho que eu morava na Índia, o que parece. Sei bem que tinha um rio e diversas pessoas. Mulheres a lavar roupa. Em certa ocasião, uma mulher, parece que ela era a minha mãe, pegou-se pelo braço e puxou-me para fora dizendo um punhado de insultos e mandou-me embora para a minha casa.
Médium
--- Às vezes nós sonhamos de termos vidas passadas em locais diferentes. Há diferentes ordens na vida espiritual. Outra coisa. Na espiritualidade nós somos apenas espíritos e nada mais. Não temos carnes como se pensa. Algo posso adiantar. O demônio não existe. Existe sim, um espírito que nós chamamos do espírito do mal. Esse espírito, se nós o chamamos por demônio, prontamente ele atende, porque para ele tanto faz chama demônio como por outro nome. Tem certos casos onde as pessoas ouvem vozes, distinguem vultos e assim por diante. Isso já vem em passado bem antigo. Uma certa vez, uma moça, recentemente casada, tem o seu marido espirita cujos pais são pessoas de terreiro de baixo espiritismo, ou seja, são macumbeiros, esse tipo de espiritismo baixo. Na casa do sogro da moça existe um barracão onde se cuida “santos”, se faz trabalho de macumba, se ler búzios entre outros deveres. E um certo período essa moça morou na mesma casa, quando ainda ela era namorada. Certa vez, a moça após sair do banho por volta das sete horas da noite, com a toalha enrolada no cabelo e entrou em seu quarto. Quando essa moça entrou, divisou uma criatura toda vestida de branco passando pela janela. Então, a moça distinguiu que o ser não era de carne e osso, ou seja, desse mundo. Enfim, aquele vulto era afinal um espírito. E ao contar essa história à sua futura sogra, ela, a moça ouviu da mulher o relato que na sua casa muitos espíritos andam por alí. Umas, são espirito de luz. Outras, apenas querem perturbar. Apenas que a moça nunca veja uma alma de costa. Porque quando a pessoa vê uma alma de costa, fica tao apavorada, que muitas vezes, morre. Porque as almas têm a parte de trás toda furada, como se fosse uma peneira. Por isso a moça deu graça pelo fato de nunca chegou a ver uma alma pelas costas. –
Anita
--- Nossa Mãe. Nunca ouvi falar nisso. Eu quase morro! - - relatou
Médium
--- Casos muitos mais perigosos que esses ocorrem em vários pontos da Terra. Casos de horror, terror. Casos malignos onde uma pessoa aparece e se enterra em outra. Casos do mal onde um ser quer se apoderar de outro. Uma criança é uma porta para um ser e ninguém pode defender essa criança. Certa vez, uma senhora e seus três filhos, sendo uma menina de seus 12 anos e uma porta aberta para algo desconhecido, que a atormenta a qualquer instante, vivem um drama cruel.
Anita
--- Como assim? A menina ouve barulhos?
Médium
--- Mais do que isso. Muito mais. Em profundo silencio, algo desconhecido fala com a menina, quase moça. Algo que luta para destruir a família e luta para destruir o que é mais sagrado. Entre o mundo que nós vemos e as coisas que teremos existem portas. Quando elas se abrem, os pesadelos se tornam realidades. São verdadeiras “aparições”. Uma possessão maléfica.
Anita
--- Ave Maria! Nem me conte! - - falou temerosa.
Médium
--- Tem medo? Pois não tenha. Espere e veras. Em uma cidade do interior o povo que habita se treme de medo por saber que ali existem fantasmas e demônios. Os primeiros exploradores que viveram ali batizaram o local como senda do diabo. Histórias que os pioneiros contam de apavorantes encontros sobrenaturais. Cemitérios em ruinas, logo por todo o canto, a aversão sem piedade. Hoje em dia os habitantes falam de assombrações aterrorizantes. Um dia desses, uma mãe solteira, dona Maria, cuidava dos seus filhos, inclusive a filha doente que não falava e nem se locomovia. Para sair de casa, a mulher tinha que levar a filha nas costas.
Anita
--- Que horror! - - falou estremecida.
Médium
--- A menina, Joana, sofre de um grave problema de nascença sendo preciso leva-la nas costas. Para falar, a mocinha se movia com expressões faciais. Ela e seus filhos moravam em uma casa a três anos. Por vezes a mocinha parecia olhar para alguém em algum ponto da casa. Sorria, porém nada falava. Apenas apontava para um alguém que a sua mãe não distinguia. Era como que alguém se escondia através da parece porque a pessoa surgia quando reaparecia. A mãe da menina pensava que fossem “anjos”.  Certa vez, Maria é apresentada a um homem chamado Pedro. Um homem com um bom senso de humor. E ele também gostava da mulher. Logo se apaixonou por ela. Poucas semanas depois Maria convida Pedro para ir a sua casa. O homem, Pedro, sentiu uma sensação estranha ao chegar aquela casa. Algo como um campo aberto para poder entrar em um armário. Pedro foi apresentado às crianças e Joana até que se deu bem com a visita do estranho.
Anita
--- Ainda bem. Nada mal. - - sorrio
Médium
--- A menina olhou para Pedro e sorrio. Em seguida, em outra sala, Pedro relatou a Maria ter estudado a paranormalidade e sentia espíritos no interior da casa. Alguma coisa sobrenatural naquele ambiente. E Maria compreendeu sabendo que o homem estava falando com coisas com que Joana, a sua filha, se comunicava. Ele disse ser algo de coisa ruim e que a família corra algum tipo de risco. Alguns dias depois, de manhã cedo Maria se assustou com o pandemônio que estava na sala. E ao indagar com a menino mais nove, ele disse ter sido um garoto de cabelos loiros.
Anita
--- Virgem. Mais uma alma? - - inquieta
Médium
--- E o menino disse que o garoto espalhou tudo e que não gosta de brincar com ele. Dias depois, a filha mais nova, Mabel, pela madrugada chegou e acordou a sua mãe alegando ter um garoto sem seu quarto. Um garoto loiro e ela não queria a sua presença. Maria procurou o garoto e apesar de ter informado, a mulher nada notou. Com o passar das semanas Maria e Pedro ficaram mais íntimos com o homem chegando a ficar uma figura paterna para os filhos da mulher ainda nova. Em uma ocasião, manhã bem cedo, quando todos tomavam o desjejum à mesa, uma figura estranha de um menino surgiu na janela da casa e sumiu de repente. A família se apresou em ver quem era e nada encontro de fato. - -
Anita
--- Ai meu Deus! Mais um fantasma? - - indagou com temor
Médium
--- Na verdade, Pedro acreditava ser um ser espiritual e buscou um Tabuleiro de Ouija com letras, números e outros símbolos para comunicação com seres do outro mundo. Um idioma perfeito para se comunicar com os espíritos dos mortos tentando encontrar alguma mensagem enviada. O homem colocou as mãos no Tabuleiro e indagou quem estava naquela casa. A resposta de imediato apareceu na Tabua. Com o nome de Francisco esse espirito queria apenas a Joana, a mocinha doente. Pedro continuou a indagar o que ele – o espírito – queria com a Joana, e não houve resposta a indagação.
Anita
--- Ainda bem! E o que o homem fez depois? - - indagou assustada
Médium
--- Então, o rapaz continuou a indagar se havia mais alguém. E então veio a resposta de um nome diferente dizendo ser se chamar Antero. Esse espírito reclamou a posse de sua filha que havia sido abortada quando ainda estava por nascer. Então, naquela hora a criança já havia nascido e era a filha Joana de Maria. Por conseguinte Pedro ficou bastante nervoso. Uma batida em baixo do chão fez a mesa estremecer por completo e nada podia explicar aquele terremoto infernal. Copos com água balançaram como algo sobrenatural com uma ação impossível para amedrontar a Pedro e Maria. Era algo alarmante até que o homem tocou fogo no Tabuleiro de Ouija acabando com a ação nefasta desse ser imperioso.
Anita
--- Ainda bem! E depois? Que houve? - - perguntou atemorizada
Médium
--- Depois? Depois? Nada. Alguns dias depois surgiram pegadas pelo corredor. As marcas eram de um tamanho desigual as mãos dos filhos de Maria e não havia uma explicação racional para o que avistara. Maria e Pedro acreditava que a entidade que havia falado com eles ainda estava na casa. Assim Pedro buscou uma ajuda de uma investigadora local que era uma mulher capaz de decifrar os destinos da paranormalidade. O casal foi orientado a jogar faria ou talco para ter certeza de quem a pisaram ao passar naquele local. E ele fizeram assim. Mas, na manhã seguinte estava escrito o nome de Neuma! –