OUIJA
- 08 -
PORTAS -
As “Portas” existem. Não as portas naturais. Porém os portais
do outro mundo onde passam os espíritos dos seres que não existem mais em carne
e osso. Os humanos! Da última vez que Anita pode ouvir o Médium, esse estava a
contar uma história de entes que já passaram para o outro plano da vida, ela
ficou tão aturdida que a segunda parte dessa verdadeira maldade ficou suspensa
para a outra ocasião. E assim foi o que tudo ocorreu para maldizer a moça cujo
suspense queria ouvir da forma por demais angustiante. Neuma era o nome escrito
sobre o talco que o casal espalha na noite anterior a mando da psicóloga. E
então, quando a mulher fora chamada para ver o que estava escrito, alarmou-se e
desistiu de ajudar o casal. O nome que estava escrito era o mesmo da sua filha,
Anita
--- Da filha a doutora? Com é que pode? - - ficou alarmada
Médium
--- A doutra se sentiu ameaçada. Naquela casa ninguém sabia o
nome de sua filha. Passaram dias desde que Pedro usou o Tabuleiro de Ouija para
se comunicar com os espíritos em sua casa. Desde então, Maria tinha tido
problemas para dormir. Certa noite,
quando estava acordada do quintal da casa, uma pessoa surgiu. E a mulher
perguntou que era o tal elemento. Ele disse que era Francisco e declarou então
ser tarde demais pois Maria não podia mais ajudar a sua filha, Joana, a mocinha
muda e deficiente. Então, Maria relatou que esse homem não podia fazer nada,
pois ele era incapaz de fazer algo em benefício da mocinha. O ser, magro e
abominável, então sorriu. Sorriu e despareceu. Nesse mesmo instante, Maria
entrou em sua casa para proteger a filha amada e gritou para o marido: “Ele
quer Joana”. –
Anita
--- Mãe de Deus! O que
a mulher fez? - - indagou atormentada
Médium
--- Por isso mesmo Maria tentou ignorar os seus pesadelos de
que o que passara fora somente um susto de sua ansiedade. A noite estava
escura. Escura como um breu. E nesse mesmo instante, algo inquieto bateu no
chão como se fosse uma bola de futebol. Toda a casa estremeceu. Algo como
caveira tentou entrar pela parede e as crianças, assombradas, correram para
junto de sua mãe que estava também no quarto próximo. O garoto, chorando,
declarou que um rosto saíra da parede. A mulher sabia bem como proteger sua
família de uma entidade desconhecida. No dia seguinte Maria fez nova arrumação
no quarto do menino Paulo. O menino se recusa de dormir com sua cama encostada
na parede. Quando a mulher arrumava o novo quarto foi então que descobriu algo
surpreendente. Havia de “F” no chão.
Anita
--- Um ‘’F”? O que significava? - - perguntou atormentada.
Médium
--- Parecia feito com fogo e Maria não conseguia tirar. Ela perguntou ao seu marido o que estava
naquele canto, e esse nada sabia dizer. Aquilo era uma prova de que a entidade
era real. Eles chegaram a pensar em mudar de casa. Mas temiam que seus
problemas não estivessem ligados à casa, e sim, a Joana. A mulher tinha certeza
que se a família fosse para outro local, com ela levaria toda a família, pois
não podia deixar seus filhos, principalmente Joana, porque Maria não podia
deixar a filha completamente só a mercê de qualquer um pois seria o mesmo
problema em uma nova casa.
Anita
--- É verdade. Leva ou deixa tudo. Não haveria motivo para
desistir. - - dialogou com firmeza.
Médium
--- Algumas semanas depois ela, Maria, se topou com seu
marido. Ao perguntar a ele o que faria ali, recebeu como resposta uma voz
estranha que a mulher não sabia com quem ela falava. Uma voz grossa e
intrigante e dizia que Joana era a sua filha. Daí gerou-se a contenda. A mulher
defendia a maternidade de Joana para aquela figura de mal a defender a sua
paternidade da garota. Em tal momento a entidade desapareceu por completo com
um sorriso demoníaco. A mulher, assustada, saiu da casa e foi buscar ajuda de
qualquer meio possível. No caminho voltou a se encontra com seu marido, Pedro,
e esse não sabia o que falar com certeza. Ele se lembrava da mulher ao lhe
indagar apenas o que teria ocorrido. E nada sabia mais afirmar.
Anita
--- E não era o seu marido? Quem era então? - - perguntou
aflita
Médium
--- Não era o Pedro. Alguem que se juntou a figura do homem.
E em uma noite próxima, Maria acordou com um barulho estranho no quarto. Ao se
mover, a mulher viu um vulto aterrador. Um ser demoníaco. Uma figura horripilante.
Monstruoso. Maria sacudiu o marido e a figura desapareceu de repente. Na manhã
seguinte eles resolveram não mudar de casa de retomar as suas vidas a qualquer
preço. Todos os dias havia casos estranho ocorrendo e já deixava a ambos
cansados por demais. Era igual a um grande redemoinho e cada um a pensar em não
ser puxado para o meio do infernal buraco.
Anita
--- Que coisa! Esse espírito não deixava em paz! - - comentou
Médium
--- Pedro disse que eles decidiram tomar uma providência e
não poderia deixar esse ente tomar a filha de Maria. A quase menina Joana. Mais
mocinha que menina. Desesperado, o casal contata com outro Investigador
paranormal. O senhor Mario Seabra era um religioso demonólogo leigo. Ele usava
poder da Igreja Católica para combater assombrações. O senhor Pedro pediu a sua
presença de imediato à sua casa. E logo disseram que eles tinham uma filha com
problemas e por isso precisariam de uma visita de modo urgente. O rapaz, Mario
Seabra, ficou muito preocupado quando soube que o casal usou o Tabuleiro de
Ouija. Esse Tabuleiro era basicamente um Oraculo por onde o espirito poderia
entrar, seja humano ou diabólico. A ação de queimar o Tabuleiro não feita o
portal. Com alguns instantes, o rapaz chegou a casa de Pedro e Maria com um
membro de sua equipe de investigação, a senhora Carla Mendes.
Anita
--- Outras? - - quis saber
Médium
--- Sim. Outros. Coisas estranhas naquela casa. Parecia haver
coisas tentadora por trás das pessoas. Uma sensação muito incômoda. E a mãe da
mocinha apresentou Joana dizendo que as pessoas, Mario Seabra e Larissa
Rossetti, estavam ali para ajudar. O homem pediu licença para conhecer a casa
enquanto Larissa ficou com Joana de certa forma agradando a mocinha. Mario
sentiu que Joana podia ver e sentir espíritos. Era uma coisa rara. Mas havia
criança que nascia com certa aptidão. Algo de momento surpreendeu a Mario.
Escorrendo de um castiçal pregado na parede uma porção viscosa. O homem tentou
pegar, porém o visgo sumiu. Essa era a primeira vez que Mario tinha contato com
ectoplasma. E então, Mario acreditou que o ectoplasma era uma manifestação de
uma poderosa energia psíquica. –
Anita
--- Tenho medo. Que horror! Ele pegou na coisa? - - indagou
com dúvidas.
Médium
--- Ainda não. Ele ficou convencido que as histórias da família
eram verdadeiras. Os investigadores fizeram uma entrevista a público com o
casal sobre tudo o que estava acontecendo. E ficou sabendo que a senhora Maria
tinha pesadelos constantes parecendo que o casal estava na beira do precipício.
Um homem dos seus 30 anos surpreendia com suas aparições. A investigadora
Larissa sentia a frustação eterna da mulher. Maria queria saber quanto tempo
levaria para solucionar o terrível problema sendo possível tirar esse demônio
de sua casa para proteger as crianças. E a senhora Larissa falou que a melhor
coisa a dizer era que todos trabalhassem em conjunto.
Anita;
--- Ave! Meu Deus! E então? - - assombrada
Médium
--- O casal tinha que ter paciência. Mario Seabra explicou
que ninguém devia mostrar raiva e medo de modo a não demonstrar reconhecimento
porque assim, o espirito toma energia suficiente para seduzir a menina Joana.
Raiva e medo alimenta ainda mais o espírito. A questão é que o casal estava com
medo, evidentemente. E a coisa se concentrava no medo deles. Ela sabia que os
assustava aos dois, marido e mulher. Então o homem Mario Seabra percebe que se
havia um espírito diabólico na casa dessas pessoas, seu objetivo principal era
possui-los e destrui-los. Os investigadores paranormais retornaram com mais
dois pesquisadores e equipamentos de áudio e vídeo.
Anita
--- Áudio e vídeo? Para que isso? - - com temor
Médium
--- Eles esperavam documentar as ocorrências sobrenaturais
dentro da casa. E se precisasse convencer a Igreja Católica isso poderia se
envolver no caso. Os especialistas disseram que antes de fazer algum tipo de
intervenção teriam que apresentar provas suficientes para mostrar o que estava
acontecendo na casa. As crianças foram levadas para um hotel, exceto Joana.
Como Joana tinha sido a primeira a notar a presença sobrenatural, os
investigadores acreditavam que a mocinha talvez fosse uma ponte de energia para
os espíritos. Eles convenceram a família de que a moça deveria permanecer na
casa para intensificar a manifestação paranormal.
Anita.
--- Credo! E aí? Ela ficou mesmo? Ai meu Deus! - - disse a
moça assustada
Médium
--- Sim. Ficou. Os investigadores se dividem em duas equipes
para instalar os equipamentos de gravação pela casa. Em certo instante um dos
investigados foi tomado de surpresa dor ter ouvido algo como um quadro a cair
em um dos quartos existente na casa. A coisa rolou pelo chão. Os investigadores
sabiam não haver ninguém nesse ponto da casa. Mas a sensação era mais forte. O
quadro escorregou de porta a baixo fazendo um total ruído por demais assombroso.
Era como algo a assumir os negros montes de fuligem sobrada pelo vento. Um
horror total.
Anita
--- Meu Deus do Céu! E o que foi feito? O homem morreu? - - indagou assombrada
Médium
--- Tenha calma. Muita calma. Paciência até. - -
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