domingo, 31 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 13 -

CAMPO SANTO
- 13 -

ASSOMBRAÇÕES -

A magia é uma forma de desaguar os pesadelos sobre algo que atormenta alguém. Não existe magia boa ou ruim. Existe magia. Às vezes um alguém procura uma maga para saber como está o namorado que há muito não o vê. Então se faz a magia entre sapos e demônios. Isso sempre dá por mau, apesar de não raro, a notícia ser do bem. Nos sonhos, vem a assombração de alguém procurando ser acercado pela mulher que o ama então nada faz bem. Porque quando sequer bem, não se procura saber quem sabe fazer o mau. Não raro se atrai o mal ao se apanhar uma lembrança perdida em um cemitério. E ai, a conversa muda.
Anita
--- Cabeça de vento! Isso faz lembrar a minha mãe. Ela costuma dizer que eu tenho cabeça de vento! - -
Médium
--- Pois então. Mas: continuando. A moça buscou encontrar algo apodrecido perdido em algum canto e não achou nada de desagrado. E as moscas até iam para outros cômodos da casa. Mas o local de confraternização dos insetos era mesmo ali naquele quarto. E logo começou a aparecer outros bichos, como mariposas, mosquitos e até sapos.
Bruxa
--- Puxa! Eu moro em São Paulo! Sapo? - -
Médium
--- Sendo bruxa ela deduziu que alguns animais são representações de energia negativa. Mesmo assim ela nem pensou no bem-dito pingente de coração que o encontrou no Cemitério naquela tarde. Até que lhe aconteceu algo mais apavorante de sua vida. Ela já estava dormindo, quando, de repente, acordou. Nesse ponto, de repente, no teto, começou a formar um rosto bem volumoso. Era a cabeça de um homem de cabelo raspado, cavanhaque e até bonito se não fosse por aquele sorriso horroroso, maléfico soltando gargalhadas de zombaria. Era horrível. Um rosto enorme e impregnado de fumaça.
Anita
--- Credo!!! Por que ela não chamou a sua mãe? – - indagou sobressaltada
Médium
--- Escute. Tenha calma! A moça gritou bem alto por socorro em um desespero total. Nesse instante, o rosto amargo sumiu. Nesse justo instante ela se levantou da cama e saiu correndo a procura de sua mãe que de repente se levantou também indo a procura da filha. E a moça disse:
Bruxa
--- Eu sou dormir aqui porque tive um pesadelo! - - e sorriu acanhada.
Médium
--- E ela passou o resto de noite dormindo com a sua mãe. Nós, até parece que tem apenas 20 anos de idade, quando tem medo, vai dormir com seus pais. Quando chegou a manhã, ele despertou e a primeira coisa a fazer foi ligar para o seu guia de magia. E ela disse:
Bruxa
--- Pelo amor de Deus, eu vi um fantasma!!! - -
Médium
--- E a bruxa com tudo e bem com pressa do ocorrido, o homem de fumaça no teto do quarto, sapos e moscas. Nesse ponto, o Mago emudeceu por um tempo. Em seguida o Mago indagou.
Mago
--- Você fez alguma coisa em comum nesses últimos dias? Uma coisa que você nunca fez? –
Bruxa
--- Não! Nada de diferente! - -
Mago
--- Você recebeu alguma visita inesperada? Alguma visita que nunca apareceu em sua casa? –
Bruxa
--- Também não!!  -  - disse bruxa apressada.
Mago
--- Você pegou alguma coisa em algum lugar? Tem em seu poder que a encontrou? –
Bruxa
--- Sim! -- - responde ao se lembrar do pingente do coração.
Médium
--- E ela contou sobre o pingente e levou a maior “bronca”! - -
Mago
--- Como que uma bruxa não segue a sua intuição e pega uma coisa do Cemitério de quem ela não sabe de quem é aquilo e leva para casa? - -
Ela se sentiu muito idiota
Bruxa
--- Burra! Burra! Burra! Burra! Mil vezes Burra!!! - - bateu com a mãe em sua testa
Médium
--- Ela entrou em desespero. Só queria saber para tirar aquele fantasma do seu quarto. Então, o Mestre disse o que ela deveria fazer
Mago
--- Você pegue um caixinha de madeira e encha de sal grosso e guarde o pingente dentro dele, no meio do sal. Isso não vai expulsar o fantasma da caixa. Mas vai isola-lo por um tempo até que vote ao Cemitério para devolve-lo. Então, com todos os detalhes mágicos, velas para os guardiões, você pode licença com todo o respeito e então devolvia esse pingente para quem fosse o seu dono! - -
Médium
--- Então do mesmo jeito ela postou a caixinha com sal grosso e então as moscas sumiram do seu quarto. Ela saiu às pressas, voltando ao Cemitério e devolveu o pingente com devia fazer. Com isso tudo voltou ao normal. O seu quarto voltou a ter a energia gostosa de sempre e à noite, antes de dormir ela pediu proteção aos seus mentores solicitando alguma explicação para o ocorrido. Por isso ela teve um sonho muito estranho. Ela sonhou que tinha um moço loiro, bem bonito, de uns 30 anos mais ou menos. Tinha o cabelo raspado e cavanhaque como aquele que lhe apareceu naquela noite. Mas o sonho era bem menos assustador. Era um homem normal, apenas que ele morava em um lugar feio, andando com pessoas estranhas. Então, de repente, ela apareceu no sonho. Mas tinha algum que lhe fazia companhia. Era alguém de boa estatura esse lembra da voz, não sabendo se era homem ou mulher. E essa que seguia com ela, afirmou
Espírito
--- Esse moço era viciado em drogas e ele se afundou no vício. Ele chegou a roubar coisas para poder comprar drogas. Roubava da própria casa, envolveu-se em assaltos e nem mesmo conseguia pagar o que ele devia. Acabou morrendo com tiros num acerto de contas com traficantes. –
Médium
--- Ela não conseguia ver quem com ela falava. Apenas via o tal moço já em espírito, que andava por dentro do Cemitério. O mesmo Cemitério onde ela foi para o enterro do seu avô. E o espírito seguidor então falou
Espirito
--- Quando esse moço morreu, ele não se deu conta do que ocorreu. E continuou achando que ele precisava roubar para poder pagar as drogas. Então, uma mulher que estava aqui, usava esse colar do coração preto. O colar arrebentou e ela perdeu esse pingente. Mas, na verdade, o fantasma do moço foi que puxou o colar. E esse fantasma continuou a pensar que o pingente era seu. - 
Médium
--- E a última imagem que ela viu em sonho foi a desse moço na frente do próprio túmulo e escutou a voz do espírito que conversava com a Bruxa. E disse o moço em espírito
Fantasma
--- Bom! Está devolvido! - -
Médium
--- E a Bruxa acordou arrepiada dos pés à cabeça sem saber até que ponto esse sonho foi imaginação ou explicação do que ela havia pedido. De agora em diante ela não pega nada de Cemitério nem em formado de 100 que ela encontrar no chão
Anita
--- Interessante! A gente não sabe a procedência de tal objeto. Às vezes eu tomo um presente de alguém não sabendo sua procedência, como um anel, e recebo na melhor das intenções. Mas, e aí? De quem será esse anel? Por que alguém achou? E estava no chão? Aquilo, de repente, aquilo caiu no chão e está carregado de energia negativa? Vai saber! - - exemplificou com cuidado
Médium
--- Aí é que está. Não sabemos a procedência. Essas coisas que podem ser de outras pessoas estão carregadas da energia da pessoa. De que a perdeu ou foi roubada. Essa energia pode mesmo ser ruim. E pode trazer coisas ruins para a sua casa, principalmente objetos de Cemitérios. Flores, por exemplo e mesmo potinhos. O que está no Cemitério, deixa no Cemitério. –
Anita
--- Pura verdade. Dá até medo se entrar no Cemitério. Eu conheço um homem que tudo que ele pega no Cemitério onde ele trabalha, dinheiro por sinal, enche a cara de cana. - -


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