quarta-feira, 20 de julho de 2016

O TEMPO DE ANITA - 03 -

BEIJO FURTIVO
- 03 -
O TEMPO -

Noite passada Anita estava na sessão da casa espirita ouvindo a exposição de um médium sobre Escola Moral. Ela já estava bastante confusa alembrar dos desacertos de sua vida então presente. Na noite passada ela sonhou algo estranho que lhe revoltou a alma. Não entedia bem ou quase nada do que sonhara, a não ser uns sacolejos nos seus pais dados por mãos misteriosas. Além disso, um beijo furtivo dado por um rapaz – ela não tinha certeza de quem fora – mas logo a frente Anita foi à frente à procura de sua irmã que não existia na vida real. A sua irmã estava a cuidar de um filho recém-nascido que sua irmã acabara de ter. Era uma casa em fase de construção, porém o garoto já era crescido para uma criança de nascimento recente. O beijo recebido lhe deixou estonteada. Ao que parecia ser, fora o marido de sua irmã. Nesse ponto Anita se sentiu lisonjeada em vez de ficar enojada. A sensação de alguém que lhe pegou pelos pês, foi algo aterrador. Tudo isso ocorreu durante à noite e ela, ao despertar sentiu calafrios chegando a dizer.
Anita
--- Estou com dor de cabeça. - - falou a sua mãe
Odete
--- Tome um analgésico. Noite mal dormida. Tem goteira na cama? - - indagou sua mãe
Anita
--- Não percebi. Choveu durante à noite? Nem percebi. - - relatou de forma simples
Odete
--- Uns chuviscos. Eu fui até a cama puxar o lençol sobre ti. Nem lembro de ter acordado você. - -
Forçado as têmporas, Anita indagou.
Anita
--- Tem algum analgésico? Estou de regras. - - disse lamentando
Odete
--- Um ponto a mais. Isso passa. Regras, regras, regras. Um horror. - - relatou a mulher a procura o medicamento na parte da estante onde se guardava todo tipo de trambolhos.
Logo após, Anita foi à repartição do Governo cuidar de tudo o que fazia. À noite estava no Centro a procura de um milagre. Naquela noite e naquela hora Anita sabia que milagre não havia. Portanto, calou. E um médium continuou a falar mostrando o que se busca na casa espírita como a solução dos problemas de cada qual tal a informação dos médiuns em favor do desamparado de momento. Como exemplo, um Hospital Escola. A propósito, ao se frequentar uma sessão se deixa para um lado as carências furtivas dos interesses domésticos como assisti uma novela, num jogo de futebol que acontece naquele dia entre outros propósitos. Enfim, Anita escutou a tudo no maior silencio. Um silêncio até mesmo sepulcral. Após a pregação houve a hora dos passes e em seguida a conversa com o Médium. Naquela sublime hora Anita procurou meditar sobre e que mais lhe atormentava. E, então, falou.
Anita
--- Eu não sei por que essa confusão em minha mente. Hoje, eu sonhei com uma porção de tolices. Eu estava em um emprego bem diferente. O meu chefe era um homem de porte avantajado. Ele trouxe me um monte de papeis para que eu datilografasse uma parte sobre um negócio que estava ou ia haver em uma outra capital. E eu fiz o que ele mandou. Na verdade, era um caso importante. E após fazer eu o apresentei. Ele, malcriadamente, rasgou tudo e pôs do lixo. Confesso que aquilo me causou revoltou. Porem eu não reclamei. - -
Médium
--- Muito bem. Você tem ideia de quem seria o espirito? ---
Anita
--- Eu? Como? Nunca. Eu jamais vi tal criatura. - -
Médium
--- Bem. Nós temos diferenças em sonhos. Alguns são transtornos psicológicos. Mas temos sonhos irreais. Outros, perturbadores. Mas todos são sonhos. Pessoas queridas que nos aparece, outras vezes, pessoas que nós tivemos desagrados. Às vezes, pessoas daqui da Terra a quem nós sonhamos e ela vem com toda sua arrogância apesar de ser um tipo afável. São muitos os sonhos. Variam de acordo com a nossa percepção do mundo e da vida.
Anita
--- Para bem lembrar, esse homem que eu tive em sonho, na verdade, ele existe. Um senhor gorducho e que, de vez em quando, ele entra da repartição. Eu não o conheço. Porem ele me causa antipatia só por vê-lo. Agora forcei a memória e o recordei. –
Médium
--- Muito bem. Mas nem sempre é a mesma pessoa. Ela assume a posição de determinada pessoa, porém para buscar uma outra forma. Um caso é o de sonhar com pessoas que já morreram. Por várias vezes nós sonhamos com pessoas que não existiram nesse mundo. Isso pode ser uma intuição ou apenas um caso que nos leva muito além. Quem sabe, um tio que viveu muitos anos. Uma bisavó que está em busca de auxílio. É caso muito sério.
Anita
--- Mas, este homem rasgara todo o conteúdo que eu acabara de fazer! - - disse a moça
Médium
--- O sonho expressa o nosso inconsciente pessoal e nossas lembranças de nossas recordações de vidas já existidas em outras gerações em um passado remoto. Certas pessoas lembram de sonhos onde vivem em uma casa de barro. E tem filho. Mas, na verdade, tudo isso não passa de um sonho. Buscando de seu conteúdo mais denso, se vai encontrar respostas de ocorrências de que essa pessoa viveu em outra existência em uma vila de gente pobre em outro país onde moradores eram todos de gente pobre. Isso, apenas através de um sonho se pode recordar.
Anita
--- Muito certo. Mas não tem nada a ver com esse meu sonho dessa madrugada. - -
Médium
--- Num caso especifico de um sonho, como o seu, nota-se algo peculiar. No seu sonho há de se convir que os personagens escolhidos por você, eles abrem um leque mais profundo do que você se lembra. Esse personagem pode ser um alguém de um passado distante transportada para uma outra realidade. Um homem gordo. Por que ele não é magro? Essa é uma questão a ser discutida. Não. Mas ele é gordo. E o que você diz. Quantas vezes você sonhou com uma pessoa gorda? - -
Anita
--- Não sei. Talvez ele tenha aparecido em outras oportunidades. Mesmo assim, esse gordo era bem diferente. Mas delicado. É como penso. - -
Médium
--- Você supõe que ele veio outras vezes? Varias? Muitas vezes? - -
Anita
--- Sim. Todas as vezes. Penso eu. Não sei. - - aturdida
Médium
--- Vamos recorda mais. O seu pai é gordo? - -
Anita
--- Não. Mas tem um amigo gordo. Pançudo. Igual a o homem do meu sonho. - - relatou
Médium
--- Só um amigo do seu pai é gordo? Ou apenas esse? - -
Anita
--- Tem vários. Mas esse é gordo. O pessoal chama ele de Baleia. - -
Médium
--- E você gosta, como quero dizer, gosta por se falar, dessa Baleia? - -
Anita
--- Para falar a verdade. Eu nem gosto dele. O homem parece que está andando sempre para a traz em vez de andar para frente. Os seus quartos ficam para dentro e os ombros são como uma corcunda. É um horror. - - declarou
Médium
--- Você tem tio ou outro parente que tenha postura de gente gorda? - -
Anita
--- Na verdade, eu não tenho tios. Nem gordos de finos. Parece que foram feitos em uma forma. Todos os parentes conhecidos são todos de um só tamanho e secura. Mas minha mãe teve um irmão que era diferente dos demais. Era um tanto pançudo. Esse morreu num acidente de carro. Ele entrou com seu carro em uma avenida quando foi atingido por outro carro que vinha em sentido contrário. Ele morreu na hora. Não deu tempo nem a ambulância chegar. É o que recordo. - -
Médium
--- Esse foi o único gordo em sua família? - -
Anita
--- Que eu me lembre, sim. A não outros mais da minha extensa família que eu não conheço. Minha família é grande. Muita gente. Se for contar tem gente a morar em todos os Estados. Muita gente mesmo. - -
Médium
--- Você não se lembra de mais nenhum caso assim de gente gorda? - - 

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