quinta-feira, 30 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 25 -

- HÉRCULES -

- 25 -

DESASTRE

Naquele dia seguinte o tempo estava chuvoso logo pela manhã e advertindo aos aviadores a ter cuidado com a ocasião, pois não era favorável naquele ponto, o aeroporto militar internacional Augusto Severo, em Paramirim, local de grandes tradições militares advindos do tempo da II Guerra, quando aquele posto era o destino dos militares para alcançar a África. Alguns vos militares estavam sendo desviados para demais aeroportos de Recife ou Fortaleza por medida de segurança. Os vos civis tinha destino já confirmados em vindo do sul do país em pousar no aeroporto dos Guararapes. Os vindos do norte, pousavam no aeroporto de Fortaleza, o Pinto Martins. Com a tempestade assumida, Natal ficaria fora de rota para aviões nacionais. Mesmo assim, o avião C-130 Hercules, do Governo Americano, seguia firma para o aeroporto Augusto Severo, de Paramirim, antigo aeroporto internacional de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Apesar das advertências feitas com máxima precaução pelo Controlador de Tráfego Aéreo de que havia turbulência e pista escorregadia, a voz do piloto respondia, então.
Piloto
--- Aqui é um avião dos Estados Unidos. O avião Gigante do Ar. – comentou a sorrir
Controlador:
--- Confirme prefixo. – pediu o homem.
Piloto
--- Nós estamos no comando de um C-130 Hercules. Isso é o bastante. – informou.
Controlador:
--- Confirme o prefixo – novamente perguntou
E o piloto norte americano deu o seu prefixo anunciando estar visualizado o aeroporto. E indagou em qual pista era para aterrar e o Controlador respondeu com precisão. O avião era mesmo um gigante para todos os efeitos. O aparelho voava com sua capacidade normal e buscou pousar na pista marcada. Foi então que houve o desastre. Uma ave de rapina cruzou o espaço do Hercules e bateu de encontro a fuselagem da vidraça penetrado para dentro do Hercules e caindo sobre o colo do piloto. Como de imediato, o piloto desfaleceu e o seu copiloto assumiu o controle da aeronave.
Copiloto:
--- O aparelho está com problemas! – advertiu
O aparelhou roncou forte e a sua total visibilidade ficou prejudicada por causa da chuva. No avião encontravam-se autoridades do Governo e importantes cientistas. O pessoal de bordo desandou como ébrios por causa do arremate feito em um segundo.
Copiloto:
--- Sobe! Sobe! Sabe! – dizia o segundo piloto com o manche puxado.
Porém, aquele seria um feio acidente de chocar o mundo. A medida que o copiloto fazia força, o Hercules descambava para uma lagoa existente ao largo do campo de pouso. Aquela não era uma aeronave comum, mas um avião militar a levar cientistas e demais autoridades do Governo, até mesmo um Coronel da alta esfera. Na caixa preta, ouvia-se o alarme do copiloto a chamar – May Day. May Day, May Day. -  Era, sem dúvida, um desastre aéreo. Uma sequência de erros levou o Hercules a desandar para o interior da lagoa onde se esfacelou por completo causando a morte de todos os seus passageiros e tripulantes. A ave de rapina foi o começo de tudo. Em seguida, a chuva a molhar a pista de pouso. O pessoal de terra procurou se manter livre da tempestade e as ambulâncias seguiam com toda sorte para o local do crucial   acidente. Não dava para ver coisa algum há alguns metros da pista de pouso. Apenas, o Corpo de Bombeiros, ambulâncias, jipes e alguns poucos veículos seguiam a toda velocidade direto para o local do acidente onde o Hercules embicou na lagoa ficado apenas com a cauda de fora. Apesar de ser um avião versátil, que pousa ou decola em pista curta, de asfalto ou terra, dessa vez não teve sorte. Um Hercules é capaz de levar soldados ou cargas e pode despejar centenas de paraquedistas sobre um campo de batalha ou jogar suprimentos para os soldados, através da porta gigante. O Hercules é tão grande que é possível caminhar dentro dele e se instalar numa das macas-beliche, montadas para que o pessoal de bordo possa descansar. Era isso e muito mais o avião. Quando ele avistou o início da pista fez um barulho roncador para pousar. Tudo isso ele fez. Mas, a ave de rapina foi mais forte pondo o Hércules para fora do seu voo. E o grande avião foi parar na lagoa afundando por completo.
Os carros de Bombeiros já estavam na margem da lagoa e os soldados procuravam apagar o fogo que se seguiu. A cauda do Hércules era a única coisa avistada. O restante enfiou de bico como um monstro se enfia na lama. A pequena frota de Hércules ainda serve para transportar soldados e autoridades pelo mundo. E dessa vez, o Hércules apenas transportava autoridades e cientistas além do pessoal de bordo. Com todo o necessário para se fazer negócio e política, o avião não se importava com algo mais que não lhe fosse possível. E assim, ele embicou na lama da lagoa. Naquele momento, os soldados de socorro tentavam salvar alguns dos passageiros e tripulantes em meio da chuva intensa. Era um oficio difícil o de prestar socorro em plena chuva e dentro de uma lagoa. A fumaça era o que se avistava, com certeza. Com um pouco de tempo se notou uma explosão. O Hércules pegou fogo.
Bombeiro:
--- Cuidado! A explosão! – gritou aflito
Foi fogo imenso, mais do que se notava no início do choque do avião na lama. Dois bombeiros foram tragados pelas chamas. Outros militares também caíram ao solo com a tormentosa cena de horror. Era uma violenta queda de gente bem fora das águas da lagoa. Sirenes não aplacava do vozeiro sem sucesso do pessoal de apoio.
Oficial:
--- Vai morrer mais gente! – gritava sem sucesso
E o ribombar dos estrondos era cruel por demais. O negro fumo que subiu do Hércules não permitia se divisar coisa alguma. Era tudo uma bola de fogo a sair do avião como se estivesse morrendo para sempre após tanta angustia e sofrimento. De longe de podia ouvir as chamas do Hércules e o volume de fumaça se ateando para o ar em meio da chuva intensa. Era algo assustador. Para se compreender melhor, o tamanho de um carro de combate ao fogo era tão pequeno que a gigantesca fumaça a assumir as suas proporções. Era algo impressionante o tamanho de tudo. De longe, de muito mais, ouvia-se os gritos de alarme da gente que estava no auxílio de pegar os restos dos cadáveres vindos em bolsas enormes trazidas por meio de outros carros que ali chegavam vindos da mata. Um carro de Bombeiros se incendiou por conta das chamas cruéis do Hércules. Era tudo muito confuso. Outros carros tanque fizeram fila para jogar líquido ante-chamas no avião sinistrado que ainda vomitava suas agruras da vida. Uma cena horrível como de alguém no estertor da morte. Aquele era um ato cruel para jamais se esquecer. O estrou do Hércules partir em meios e pedaços foram encontrados há um caminho de distância, tempos depois.
Após o dia inteiro para sufocar as chamas, os soldados do fogo se deram por vencidos. Após as chamas aplacarem, houve apenas o rescaldo. Caminhões-tanques entravam e saíam do perímetro do incêndio e outros carros militares também estavam presentes com os seus soldados, mecânicos e oficiais na tentativa de ajudar uns aos outros. Por todo esse dia e parte do outro, o aviso da sirene parecia ligado dando a entender estarem suspensas as atividades rotineiras no aeroporto Augusto Severo onde a ação era a buscados corpos das vítimas do avião Boeing há dois ou três dias passados pois o rescaldo do restante do Hércules ainda levou três dias. Um relatório foi feito e, um dia após, outro avião dos Estados Unidos, com seus ocupantes, chegou ao aeroporto de Mossoró. Esse pessoal veio para anotar o que se passou com o Hércules e verificar também a situação do Meteoro que colidiu com o Boeing entre outros detalhes.
Em detalhes, tempos depois, o acidente do Hércules levantou polêmica. Por conta de um urubu, o avião foi ao chão. Na verdade, foi a água, pois o piloto caiu dentro de uma lagoa. O efeito da queda foi por demais interessante. O avião Hércules ao ser abatido por um urubu, levantou voo de imediato, mas o ar que lhe escapava fez o aparelho reverter e descer de brusco para a lagoa. A queda foi fatal. Logo em seguida, o fogo intenso e a explosão a despedaçar o aparelho por completo.
Comandante:
--- Como? Explodiu? Mas como? – perguntou o comandante da Base Aérea.
Capitão:
--- Explodiu. Pluft! – disse o capitão fazendo gestos com as mãos.
Isso foi logo que o Hércules explodiu na situação vexatória do incêndio. O Comandante da Base estava ausente no momento do acidente e logo que chegou foi buscar explicações com um militar esse fez o gesto com suas próprias mãos. O comandante ficou alarmado com o que ouviu e fez em reparo:
Comandante:
--- Pluft? – fez o Comandante com suas próprias mãos com a cara de quem não sabe
Capitão:
--- Sim, senhor. Pluft. – fez de novo o oficial levantado as próprias mãos.
O Hércules viajava com uma equipe de dez pessoas. O piloto seguia com seu copiloto a festejar esse voo pois seria o último a fazer, uma vez ter feito o pedido de reserva. Onde mil metros já era um ponto de se aposentar de vez por todas. Ele o Comandante do avião tinha planos para fazer em casa, como criar galinha de raça, passear pelo Caribe ou viajar pela Europa com a sua mulher. A terceira mulher. Dessa vez, ele viajava a 11 mil metros de altura e podia ver a terra em baixo. Esse avião era mais um dos velhos Hércules que ainda viajavam pelo mundo afora, inclusive no Brasil. O Comandante tinha orgulho de ser piloto, pois o seu pai também foi piloto na época da II Guerra e falava muito em Natal, cidade pequena onde se construiu uma pista de três léguas, a maior do mundo. Essa era a conversa do comandante do Hercules. A medida que o avião se aproximava de Natal, o Comandante chamava o serviço do tempo da Força Aérea do Brasil. Numa das últimas informações eram de chuvas e tempo do céu 500 com nuvens. E ele gradeceu pelo aviso
Copiloto:
--- Então? – indagou o copiloto
Piloto
--- Vamos ver como está Natal. –falou.
A medida que o Comandante de Voo se aproximou do Aeroporto de Natal, ele recebeu um aviso inesperado. O Controlador de Tráfego Aéreo avisou que o aparelhou estava entrando em um espaço aéreo perigoso. O Comandante obedeceu, pois apenas queria sentir o solo de Natal, sem nenhuma dúvida apesar estar com chuvas.
Piloto:
--- Chegaremos com 15 minutos a Natal. Cambio! – informou o comandante

quarta-feira, 29 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 24 -

- MOTO -
- 24 -

- FRUTAS
Ainda no dia seguinte do tormento entre o Meteoro e o espedaçar do avião Boeing, um caminhoneiro viajava para Natal, às primeiras horas da madrugada e já conhecedor do que fez a bola de fogo na capital, mesmo assim, despreocupado por dizer apenas ser “esse bicho um negócio do demônio”. E gargalhava, então. Era o sinal de desprezar o ocorrido. O seu caminhão vinha lotado de frutas para chagar logo cedo à CEASA, entidade responsável em receber frutas, legumes e hortaliças de todos os tipos. Pela madrugada, coisa de duas horas, ele mantinha a velocidade normal até porque esse seu carro era mesmo um velho “cambão” não desenvolvendo mais de 80 quilômetros por hora. José Nicácio viajava pela estrada da região de Santa Luzia em um tempo seco de fazer dó onde nem água havia o suficiente para se beber. Como era então de madrugada, José Nicácio apenas fazia as contas do ter o apurado e nem pagar a todos os fornecedores dessa vez. O céu estava nublado, porém não parecia de chuva. Um galo cantou fora de hora, mesmo assim, José Nicácio não deu a menor importância. Carros não vinha pela estrada. Havia cercados de um lado e do outro. E ele também não deu importância. Uma comichão no pé, e ele começou a coçar, mesmo tirando o sapato roto e chulerento. Entre uma passagem e outra, surgiu uma moto em toda velocidade. Seu motoqueiro estava com um capacete escuro, talvez preto. O motoqueiro saiu de uma vereda em toda velocidade. José Nicácio teve tempo de avistar o motoqueiro. E se assustou porque o homem enveredou para a frente do caminhão. O motorista ainda buzinou. Mas a coisa foi tão rápida que não deu mais tempo a fazer coisa alguma. Ele sentiu o impacto da moto em seu caminhão de frutas e o homem ser puxado por baixo do caminhão. Aquele estraçalhar e com certeza fazendo a vítima em pedaços. De repente, José Nicácio pisou no freio e o carro trafegou uns vinte metros dado a velocidade na qual ele viajava. Tão logo parou seu caminhão, José Nicácio desceu e assustado procurou verificar o destino do motoqueiro. Não havia casebre por perto a quem ele pedisse socorro. De qualquer modo ele correu para a trazeira do seu caminhão a procura de ajudar o homem da moto. Mesmo assim, não viu moto e nem motoqueiro. Ele se abaixou para ver se havia alguém preso nas engrenagens de seu caminhão e nada pode enxergar de fato.
Nicácio:
--- Sumiu? – indagou cheio de susto.
E, mesmo no escuro da madrugada, José Nicácio procurou encontrar o motoqueiro de um lado e outra da pista. E nada pode perceber. Não havia sinal de gente e moto alí por perto. Ele coçou a cabeça e voltou a olhar por baixo do caminhão. E nada encontrou de certo. Não havia motoqueiro algum. Mesmo depois de Nicácio buscar por amplo caminho, ele não avistou coisa alguma. Quase como um louco, embrutecido com a causa do rapaz, ele ainda seguiu à frente em busca de algum vestígio, apesar de saber que na frente nada ele estaria a encontrar. A coçar a cabeça, com a camisa aberta aos peitos e calça presa por um cinto, ele então voltou para a cabine do seu caminhão.
Nicácio:
--- Ora merda. Eu vi o homem. E a moto também. Agora, nem uma coisa nem outra! Eu estou ficando doido? – perguntou a si mesmo.
E deu marcha no carro, olhando mais uma vez para trás, e seguiu preocupado com o caso do defunto. Na estrada não havia viva alma. E então Nicácio seguiu um tanto aluado a indagar.
Nicácio
--- Mas eu vi o rapaz! Eu vi! Eu vi! – era o que ele declarava.
Entre trancos e barrancos Nicácio rodou e mais rodou onde tudo ainda era fechado, quando ele passou pelas primeiras taperas e casas de taipa. Em seguida, veio a cidade. Um homem ajustava o seu caminhão limpando as mãos com uma estopa. Ele nem deu por fé. Apenas seguiu o seu destino. Mas adiante, um posto de combustível ainda fechado. E logo a seguir uma mulher com uma trocha na cabeça. Disso tudo Nicácio nem observou. Quando o tempo raiou ele entrou da cidade de Macaíba, onde os feirantes já estavam ponde as suas bancas e dona Cora era a primeira mulher a buscar freguês para lhe arranjar o que comer. O homem, todo molhado de suor, ainda buscou explicação pelo defunto da estrada. E contou a sua prosa;
Nicácio:
--- Dona Cora, bom dia! Eu estou alarmado com que há poucos ocorreu comigo. Eu vinha na estrada de madrugada, tudo escuro, nem vento soprava, quando, de repente, atravessou na minha frente um rapaz e sua moto. Eu brequei o cambão e, de repente busquei o homem para prestar socorro e não havia mais ninguém. Nem em baixo do carro e nem a distância. Como é que pode? – indagou preocupado
Cora:
--- Virgem. Ninguém, ninguém? – perguntou surpresa.
Nicácio:
--- Nem a alma! – chorou vertendo lágrimas
Cora:
--- Ele pode ter se engalhado na trazeira. Não? – perguntou sem assunto
Nicácio:
--- Que traseira? Não havia ninguém em baixo de carro! Eu verifiquei todo o percurso e não havia nem lágrimas.
Cora:
--- Estranho. Muito estranho! – responde a mulher.
Nesse momento surgiu um outro caminhoneiro que também seguia para a Ceasa e pediu licença por ter ouvido toda a história de Nicácio. Ele, era um homem corpulento e um pouco de baixa altitude. Então, falou sobre o que ouvira Nicácio contar. Uma verdadeira história tenebrosa.
Motorista:
--- Com licença pela sua fala. Eu, por acaso, já sabia dessa tragédia. Aconteceu há vários anos. Era um rapaz que vinha de seu casebre em busca de uma parteira para atender a sua mulher, bem jovem, e que estava tendo uma criança. Acontece que a criança estava enlaçada e não podia sair. Ele, então, deixou a mulher com a sua mãe e correu em debandada a procura da parteira. Era uma vereda muito estreita por onde ele trafegava em sua moto a toda pressa. Era de madrugada. Cedo da manhã. Era noite ainda. Quando ele chegou ao cruzamento da pista, um caminhão que também buscava seu caminho, atropelou o rapaz. Foi morte certa. Desde esse tempo que se chama o local do rapaz da moto. Se esse foi o seu caminho, portanto você cruzou com o rapaz da moto. – declarou
Cora:
--- Menino! E a mulher? – indagou preocupada.
Motorista:
--- Mãe e filho morreram também. Apenas ficou a velha mãe. É o que me consta. Todos, na redondeza sabem bem essa história. Os três defuntos foram enterrados no cemitério da capela. Tem uma capela no lugar. Uma capela, assim. Pequena. É lá onde se enterra os defuntos. O nome do morto, se não me falha a memória, era José Aparecido. Ou coisa assim. – declarou cuspindo de lado.
Nicácio:
--- Meu Deus do Céu? É verdade essa história? Mas eu estava pronto para correr louco! E a gente pode fazer algo em benefício da família? – indagou.
Motorista:
--- Creio que não. É se contentar de não ter sido você. – reportou
Cora:
--- Eu vou acender três velas! – disse a mulher se baixado para retirar um pacote de velas.
Uma cruz estava postada no cruzamento da estrada, um pouco derreada e marcando o nascimento e morte do homem. O seu nome era quase todo extinto. Porém se podia ver em letras miúdas o assentado “Aparecido” quase nulo. Um ramo de flores foi depositado no local já há muito tempo. Ninguém, ou quase ninguém sabia dizer com precisão qual o seu nome. Tempos depois, ao passar pelo local, José Nicácio visitou a cova no cemitério. Porem nada encontrou de verdade. A marcar para o local da cruz, Nicácio ainda observou ser o nome. Na verdade, de Aparecido. Ele entrou pela vereda e bem distante avistou um casebre. A casa de Aparecido. Não havia viva alma. O casebre estava todo malfeito e havia alguém a declarar ser a choupana ditada de assombrada. Isso, foi quando Nicácio voltou de sua longa viagem. Um homem gordo estava a espera em seu caminhão e, logo a seguir, passou marcha e seguiu. Esse homem era o mesmo que contou a história do rapaz da moto. Nicácio ainda observou o gordo mas não teve tempo de chamá-lo. Ficou então, apenas a espiar quando o caminhão se afastou de vez.
Nicácio
--- Quem era esse homem? – indagou com cisma.
E assim, José Nicácio debreou o seu cambão e seguiu viagem para o sitio de Santa Luzia onde nada mais tinha a contar. Apenas lamentar o ocorrido com José Aparecido, sua mulher e filho. Com relação a anciã, ele nada podia contar, pois ninguém havia por perto. Apenas, seguia o rumo do caminhoneiro gorducho. Nicácio nunca o vira no mercado da Ceasa para contar a história. Algum depois ele veio a saber ser o caminhoneiro o mesmo homem que matou por atropelamento o jovem José Aparecido.
Nicácio
--- E onde ele está agora? – perguntou assustado
Alguém
--- Dizem que ele morreu depois de um acidente com um motoqueiro. – respondeu
Nicácio
--- Morreu? Morreu com? – perguntou assombrado
Alguém
--- O povo matou. É o que se diz. Não sei. – relatou
Nicácio
--- Mas em vi o homem! – disse com fé o caminhoneiro.


terça-feira, 28 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 23 -

- BOMBA -

- 23 -
- FUGA -

No segundo dia do choque do meteoro na Terra a envolver o Boeing, houve uma fuga de presidiários na Penitenciária de Alcaçuz, no município de Nízia Floresta. Foram para a liberdade 32 fugitivos do presidio escapando por um túnel cavado no chão saindo de dentro da Penitenciária até um buraco aberto do lado de fora. Os presidiários aproveitaram a confusão gerada pela população com o terrível medo de morrer por causa do Meteoro e, então, conseguiram a fuga. A Polícia somente descobriu o buraco, horas mais tarde, após a revista dos detentos. Então foi feito o alarme. O presidiu fica a 30 quilômetros de Natal, onde se deu o acidente com o Meteoro, e o Supremo Tribunal Federal igualmente foi acionado. A Guarda Nacional estava atenta e de imediato foi acionada. Apesar da persignação contínua, os detentos conseguiram pular para a liberdade se misturando com o restante da população desnorteada com os impactos do magnifico fenômeno natural. O Pavilhão Três foi por onde os detentos escaparam. O Presídio é o maior do Estado e o diâmetro de entrada desse túnel é de 50 centímetros, largura suficiente para a fuga de presos. Durante a madrugada os reclusos conseguiram escavar a passagem e atingir a maior fuga de um presidio de Natal. Um relatório do Conselho Nacional de Justiça aponta a penitenciaria como a de maior atrocidade em todo Estado, onde houve brutalidades medievais com a decapitação de vários detentos sendo uma carnificina humana. Há detentos condenados por ter sido autores de mortes, um deles, ajustando 120 facadas em outro detento na mesma cela onde ambos viviam encarcerados. Tudo isso por não ter sido obedecido em usar um telefone celular de detento. Dois anos depois, o detento decapito outro preso e comeu o seu fígado, espalhando as vísceras pelas paredes. No presidiu de Alcaçuz são 800 detentos sem dispor de atendimento médico, até mesmo para alguém com tuberculose. Nesse horror sem trégua, ocorreu a fuga.
A reportagem do jornal Primeira Página esteve no local atendendo o chamado da Direção do Presídio e fez as imagens do buraco por onde os detentos escaparam. Um monte de reclusos estava no pátio por ordem da Direção e, nus, completamente nus, sob o comando das armas de fogo, esses detentos foram alojados contra a parede, em meio do sol das 11 horas, cada qual abaixado com as mãos ao busto eles tinham apenas o direito de calar. Eram presos quase loucos, muitos dos quais com a promessa de morte ditada por outros detentos carniceiros e sangnários. A Tropa da Guarda Nacional estava pronta para deflagrar fogo a qualquer instante. Um detento foi chamado a uma dependência para depor sobre a fuga pela madrugada. Apesar de se esforçar, a Guarda Nacional nada pode conseguir de satisfatório. Esse elemento foi posto em uma dependência onde se ouviu vários tiros de rifle.  E o silêncio reinou ostensivo ao escuro de outros detentos. Outro detento foi chamado. Ao cabo de alguns minutos, uma saraivada de balas concluiu aquela missão.
Repórter:
--- Puta merda! Vão acabar com todos! – relatou baixinho com outro repórter.
Segundo:
--- São 800. Vai passar a tarde toda. – falou baixo.
Repórter:
--- Será que nós vamos informar alguma coisa? – indagou surpreso.
Segundo
--- Sei lá. Essa turma está toda coberta. O rosto deles nem se observa. – relatou em murmúrio
Outro recluso foi chamado. Chama-se aleatoriamente. E o seguinte também se levantou, inteiramente nu, e seguiu para o cubículo chamado do extermínio, pois quem entrava nessa cela jamais se podia vislumbrar outra vez. Talvez fosse executado sem dó nem piedade. E assim, foi a tarde. Dez reclusos sumiram de vez. Um “rabecão” encostou pelo lado direito do da detenção e, após algum tempo, colocaram os possíveis cadáveres para dentro tendo sido o carro orientado a sair de vez. Esses dez mercenários foram os seguidos mortos e os demais ficaram ao sol até o entardecer. Enquanto isso, um Grupo da Guarda Nacional buscava por todos os recantos de Natal algum dos 32 fugitivos. Esses bandoleiros estavam escondidos na mata ou em outros locais. Chama-se atenção para casos de roubos a se fazer em prédios em ruinas ou em pessoas maltrapilhas, vencidas pela sorte, quando esses se viam a mercê da própria sorte.
Bandido
--- Passa a grana! Passa a grana! – relatava o bandido com o máximo vexame
Velho:
--- Que grana? Eu não tenho nada! – relatava o ancião
Uma martelada no côco e deixava estirado o velho já um tanto moribundo. Uma rajada de balas pela Guarda Nacional, e tombava morto o bandoleiro. E assim, continuou a mortandade dos elementos maus sempre que havia um encontro entre a Guarda. O tiroteio era intenso e os bandoleiros nem sequer conseguiam fugir. De uma só vez, a Guarda exterminou nove bandidos em execução totalmente sumária. Encapuzados os Soldados perseguiam pelas ruas os desordeiros. Mesmo levando as mãos, os bandidos eram massacrados literalmente. Natal tinha a aparência de uma terra norte americana. A Guarda Nacional agia em certos instantes para deter o avanço dos facínoras. Deixava-se mortos os marginais. O Comando da Guarda ficou a cargo do Coronel Dagoberto, homem austero, magro e de voz quase aos gritos.  Nessa operação o comandante deu o seu acerto:
Comandante
--- Praças! Eu não quero ouvir desculpas! O que importa é ação! Ladrão é sempre ladrão! E se possível, esse ladrão deve ser entregue já morto! Não ouço desculpas! O que importa é a morte do ladrão! Entenderam?! – falou bravo o comandante.
O “sim, senhor” era o que os militares diziam! E na ação desse desastre de fuga os ladrões se deram mal. O Corpo da Guarda Nacional tinha sangue nos dentes. E foram à frente em busca dos assaltantes e assassinos à frente de tudo e de todos.  Em caça, a Guarda movia paus e pedras para impedir a fuga dos meliantes. E assim, eles usavam helicópteros, motos, carros da ROCAN entre todos os veículos. E se possível, atirar no marginal sem ouvir desculpas. Depois de morto, o marginal em nada podia falar. Era um bandido morto. Por isso, A Guarda Nacional perseguia bandidos por terra e por ar com a precisão de um tiro de uma arma de fogo. E foi assim que se deu uma das ações da Polícia. Um bando mascarado entrou em uma agencia bancaria desativada por força do toque de alarme não está operando em consequência do meteoro do dia passado. Os bandidos se acercaram do Banco e entraram com muita pressa para reter uma quantia em dinheiro
Um agente da Guarda viu a cena de um ponto onde o mesmo estava.  E alertou a Guarda de um assalto, naquele instante, por um grupo de meliantes. De imediato, a Guarda se deslocou para a região onde identificou os meliantes. Feito isso, deu voz de prisão a todos eles. Em troca, houve tiroteio. Os marginais se escudaram nas paredes do edifício já bastante desgastado pela ação de meteoritos e foi a refrega. A Guarda estava em carros blindados e passou fogo em troca. Os bandidos revidaram com nova carga.  Pelo visto, os delinquentes, no máximo de cinco, estavam muito bem armados com carabina de ar comprimido podendo acertar a longa distância. Os policiais também não faziam promessas. Suas escopetas eram de fato, letais para qualquer desordeiro. Dois helicópteros sobrevoaram a área ameaçada e soltou novos atiradores de elite a ficarem em cima de um prédio e de instantes mirar o alvo. Cinco carros de polícia já estavam no local com os seus ocupantes, atiradores também de elite. Do lado de dentro da Casa Bancária ouviu-se um disparo de arma de fogo. Um bancário mirou uma arma contra um dos desordeiros e fez fogo imediato.
Bancário
--- Acertei! – disse confiante.
Em contra partida, um outro bandido deflagrou a sua arma no tórax de bancário o ponto morto. Era a revanche. Agora, apenas quatro bandidos. Nesse instante, um detonou uma carga de explosivo para arrombar a trava da porta da caixa forte. A detonação foi precisa. A espera de alguns segundos o bandido foi até a caixa forte e buscou todo o numerário embrulhado em um saco. Ele pôs a mão no seco e saiu com pressa para o lado onde estavam os seus comparsas. O bandido viu o corpo estirado do chão. Era do bandido morto por um tiro de escopeta. Ele apenas observou e se acercou parede na sala. Os demais estavam aquartelados trocando tiros com a guarda do lado de fora. Pelo visto, os assaltantes estavam em desvantagem, pois a equipe da Guarda Nacional engrossava a fileira com os melhores atiradores do mercado de armas. Mesmo assim, sem temer os delinquentes, já de posse do dinheiro ensacado, nada havia do que temer. De dentro do prédio em ruinas, eles fizeram mira na Guarda, detonando as armas. Um dos policiais saiu ferido. Do lado de fora, um atirador de elite fez mira no alvo e detonou. Um salteador caiu morto. Nesse momento, restavam três, apenas.
Bandido:
--- Caralho! – gritou um assaltante e saiu à porta com a sua arma atirando ao esmo procurando abrir passagem para os seus comparsas.
Novo disparo do atirador de elite. Novo tombo mortal. Apenas dois assaltantes restavam. Na correria louca os marginais atiraram para fora e fugiram com a mala de dinheiro. O caminho estava aberto. No entanto, um novo atirador de elite acertou o alvo. O criminoso caiu sem vida como se fosse empurrado para trás. Apenas um restava. Escondido entre as paredes de uma casa de câmbio, o facínora detonou a sua carga contra a Guarda. Em um momento decisivo, quando não mais esperava, o facínora se pôs a correr enveredado por um beco. Certeiro, novo atirador de elite buscou o seu alvo. E acertou mesmo nas costas do meliante. Foi novo tiro fatal. O quinto marginal caiu morto deixando para trás a maleta de dinheiro toda aberta e a esvoaçar as cédulas pelo caminho. O comandante da Guarda fez o sinal.
Comandante:
--- Terminou a caça! – destacou o chefe da Guarda
Os veículos policiais, de sirene ligadas, acorreram para o setor a buscar os elementos, todos aniquilados. Era uma ação positiva da Guarda. Várias pessoas procuram averiguar a ação da Guarda e nada falaram, de momento. O gerente do Banco se acercou da Guarda agradecendo a ação decisiva da Polícia,
Gerente:
--- Foi um desespero. Espero que os senhores tenham recompensas. – falou aturdido
Guarda:
--- É a nossa missão! – declarou o policial
Podia ter sido pior. Um policial saiu ferido e cinco bandidos foram mortos. A cruel ação foi decisiva para a Guarda Nacional. A contar então para os fugitivos da penitenciara de Alcaçuz, os militares já estavam decididos em continuar a busca dos celerados. Desse tumulto no centro da cidade, foi a vez de chamar a Guarda, pois só assim a situação teria calma. A perseguição teria fim trágico com certeza. Na situação enervante, era os bandidos ou a Guarda Nacional. Não vez de escolha. Os policiais tentaram buscar os bandidos muito bem armados e terminou em uma ação decisiva, com a vitória para o lado dos militares. Era a vez de soltar as amarras da Polícia. Cinco homens tentaram assaltar uma agencia bancaria, mas se deram com uma força bem superior. Era o fim trágico para os agressores. Toda a ação durou cerca de uma hora. Mas para quem estava de dentro do círculo, foi um tempo bem maior.
Testemunha
--- Nunca vi cena igual! – declarou uma testemunha ao desespero. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 22 -

- FOGO NO CÉU -
- 22 -

GENOCÍDIO

Nesse mesmo dia um dia após a bola de fogo que matou centenas ou milhares de pessoas, Marlene Santos concluiu a sua tarefa na redação do jornal Primeira Página. Quer pudesse observar o relógio, veria o tempo marcado. Os demais jornalistas ainda estavam rebuscando as suas matérias. Mesmo assim, a jornalista já terminara a sua tarefa. Fez uma matéria, por sinal elogiosa, pelos seus companheiros. Após um dia de labor, a moça estava exausta, porém tranquila por ter o dever cumprido. A matéria começava aludindo o fenômeno da bola de fogo um dia após o desastre ocorrido na cidade do Natal com o tormentoso desastre do Meteoro gigante a cobrir o céu envolvendo um avião Boeing a causar a morte dos seus 150 ocupantes, Marlene Santo descreveu o havido por todo esse tempo com a devastação dos edifícios da praia.   
“De repente, um clarão no Céu!” e foi assim o início da matéria. “Natal: O Dia Seguinte”. Assim, continuou a descrever todo o empenho devastador feito pelo Meteoro que se afundou na terra. Marlene Santos não tinha tempo de terminar o texto. Oito horas da noite, os demais jornalistas a cumprir suas tarefas cada qual no seu dever. O esporte estava suspenso na capital. A polícia tinha os seus detalhes. A política, havia o discurso do senador no Congresso que chamava Deus de “um velho surdo” e o plano geral estava com atenção para Marlene Santos onde tudo era infortúnio por conta do desabamento de prédios em vários setores da Capital. E a moça deu prosseguimento a matéria aludindo ser o dia 10 de Abril a marca da maldade. O Meteoro enlouquecido furou a capa da Terra e colidiu com prédios, avião e veículos. Um caminhão de 42 metros de comprimento a conduzir volume para se assentar em uma ponte caiu de rodas para cima pelo resto do chão causando mortes e devastando acidentes. Como esse, vários outros tiveram o mesmo infortúnio.  Crianças próximas as janelas contemplavam a rua. Meninas a brincar às duas horas da tarde. E gente a passar para o comércio distante. O homem do caranguejo a vender os seus apanhados. E um bebê a brincar na sala ao lado da janela onde estava o garoto a admirar quem passava. Tudo isso ocorreu. Tudo isso morreu
Naquele mesmo dia, no Aeroporto Internacional, pessoas esperavam os seus voos de embarque. Outras conversavam a espera de parentes vindos de São Paulo em um Boeing civil. Uma mulher, pela primeira vez, visitava o aeroporto e esperava a sua filha amada. Todos estavam a conversar informes fúteis. Um rapaz a trocar ideias com um amigo discutindo a imensidão do aeroporto onde se podia ver, à noite o poder das estrelas e do cosmo. No entanto, para o controlador de tráfego aéreo a sua missão era bem outra muito mais diferente: ordenar a saída de um aparelho Airbus e de mandar descer um Embraer ou um Douglas. Os carros que esperavam passageiros, continuavam parados com os seus taxistas a conversar assuntos em vão.  Tripulantes seguiam em direção aos seus compartimentos onde pegariam os seus aparelhos de vou. Era um dia normal, por excelência.
Pessoa:
--- Eu vou para a França. – dizia alguém a outro passageiro.
Segundo:
--- Eu vim da Suíça na última semana. – respondia o outro
No entanto, apesar do contentamento popular de quem estava no Aeroporto, algo demais estava para ocorrer. O fotógrafo destacado pelo jornal Primeira Página, o jovem Armando Souto, estava a fazer fotos de negócios simples em tudo o que encontrava. Pessoas, aviões, pássaros, nuvens e coisa assim, normal. Foi então que ele verificou uma luz incandescente se aproximar da Terra. E pôs a máquina fotográfica para fazer mais foto até avistar o Boeing a se aproximar. Focou no objeto luminoso e no aparelho por verificar ambos em igual posição, chegando a bola de fogo incandescente com toda sua rapidez pelo lado direito do Boeing. E detonou o flash. Era o fim da primeira página. O fragor da cena foi de levar o avião a se estraçalhar por completo e a bola de fogo a seguir o seu caminho. Nas ruas e estradas, carros se atropelavam e gente ficava atônita. Casas derrubavam a todo instante como se fossem de papel.
Um asteroide detonou a sua precisão por todos os locais lançando raios por ampla cobertura. Era o início oficial da missão. Toda a população estava extasiada com o fenômeno enquanto por terra, as residências desabavam. A carga de ferro se destinava para o oeste do Estado.  E quem morava no leste da capital, cuidava de se proteger a correr e a gritar vendo as suas residências ruírem. Em questão de segundos a massa desastrosa criou uma quantidade colossal de devastação sobre o solo. Era a energia destrutiva. Aquele era o seu primeiro alvo onde empregaria a destruição mortal. Natal era o alvo principal para ser o seu ataque infernal. Cidade de importância militar considerável, Natal tinha o Centro de Comunicações além de governar uma área puramente bélica, pois foi, na II Guerra Mundial, o núcleo nefrálgico para esses estudos. Apesar desse seu destino, Natal estava longe de ser apenas uma área militar. A maior parte de sua população vinda do interior e de outros Estados era de civis vivendo de compra e venda de artigos rentáveis. Desde o tempo da Guerra, todas as cidades brasileiras estavam no labor da compra e venda de artigos e da indústria. E Natal vivia a gloria desse poder enigmático.
Apesar do enigmático meteoro já estivesse sob o território potiguar, o destino da cidade ainda não estava selado. Tudo seria a dependência das condições de impacto da primeira missão da incompreensível bola de fogo no céu calmo e azul. E era uma tarde de céu claro para a capital onde o povo vivia de seu labor Porém, o seu destino crucial era inescapável. Na tarde de sol sem nuvens, a juventude caminhava a verificar os artigos mais atraentes expostos à venda. Algumas pessoas sorriam junto aos amigos de escolas e se beliscavam umas às outras numa atenção de pura maluquice. Outras donas de casa variam a rua num trabalho onde muita gente fazia, enfim. Foi quando uma moça olhou para o céu e viu algo completamente estranho.
Moça:
--- Uma bola de fogo? Será um foguete da Base? – ela indagou.
Não era um foguete. Na verdade, a moça não teve tempo nem de entender. Aquela bola prateada e linda era tão somente um meteoro em chamas com a sua bela calda de fumaça a despejar entulhos para todos os lados. A moça ficou extasiada quando notou a suntuosa bolha prateada vir em terrível velocidade a despejar uma pilha de fumo sobe a pacata cidade. Em uma altura de quase cinco mil metros, o estranho meteoro cruzou o céu e colidiu com um possível avião.
Moça:
--- Meu Deus do Céu! – relatou alarmada com a mão à boca.
A força estranha mostrou para o que estava ali, como um falcão voraz em busca da sua caça. Com os olhos cintilantes à margem da colisão, o asteroide cruel espatifou em migalhas a impotente aeronave. Estavam concluídas as suas manobras finais. O alvo foi atingido de repente e sem escapatória. A cidade virou escombros. Mortos: inúmeros! Feridos: uma porção. Gritos de crianças e adultos para todos os lados. Ninguém escaparia daquela imaginável explosão. Foi a maior mortandade já provocada por uma única arma: o Meteoro.
Mas o povo da cidade não desistiu de lutar. Entre todos os sobreviventes da hecatombe, havia os bravos lutadores a seguir o impacto da misteriosa luz do céu. Entre estragos e corpos a navegar pelas águas do rio Potengi, eles estavam cientes de poder fazer algo em defesa dos que ainda não se foram levados na caudalosa enxurrada onde homens, mulheres e crianças haviam sido tragadas. Às duas horas da tarde, antes mesmo de o asteroide explodir, alguém avistou com surpresa.
Senhor:
--- Cuidado! Vai explodir! – dissera assustado.
O homem avisou como se fosse mesmo o seu instinto. E, na verdade, a bola explodiu em chamas. Uma luz clara e irradiante tomou conta do local de passagem. Era uma bola de fogo imensa a assustar toda a gente. Alguns se lançaram ao rio seguidos de suas mulheres e filhos. Poucos aguentaram com vida. Um nevoeiro se formou e uma chuva ácida caiu sobre a terra.  Em certos pontos da velha capital, havia chuva a parecer diferente. Entre os demais sobreviventes, um menino dos seus 10 anos de idade. Ele olhava atônito da janela de sua pobre casa para o céu e não sabia o que falar, então.
Menino:
--- Mamãe! O Céu está caindo! – disse ele com pavor.
Milhares de outras pessoas também olharam para o céu vendo de longe algo terrível. Eram pessoas, moças e homens, a se dirigir para o trabalho. Gente também solitária não se preocupava com a vida dos outros e caminhava sem destino. Os automóveis trafegavam naquele exato instante e, de momento, assustado, um rapaz comentou:
Rapaz:
--- Meu Senhor! Olha! É um buraco do céu. – fez ver aterrorizado.
A massa rochosa assustou quem o viu. Como um vendaval, o meteoro gigante seguiu a sua marcha a 75 mil quilômetros por hora levando de rojão o que estava pela frente. O impacto no céu foi observado por cientistas na Universidade Federal. O grupo que estava no momento do choque, relatou ser o meteoro visível há vários meses. Contudo, apenas nessa data se pode afirmar ter a bola de fogo se destinado ao Céu de Natal. O cientista não quis da com precisão o choque do fenômeno. Porém, adianto que o meteoro era um super-gigante, um aniquilador de planetas.
Miranda:
--- É um monstro! Um aniquilador de planetas. – revelou muito valente.
Jornalista:
--- Por que o senhor argumenta dessa forma? – indagou
Miranda:
--- Porque daqui em diante muitas pessoas estarão mortas! – foi o que declarou.
Uma tempestade de ferro veio, então, na direção do Estado. Não havia forma de se evitar. O gigante Meteoro chegou com pressa e nada mais se podia fazer. Prédios em ruinas a desabar a todo instante. As equipes de socorro eram impotentes para reverter o tal impacto alarmante. Nas últimas horas houve impacto de meteoritos nos edifícios localizados em zonas de praias. Para se ter uma posição definida a Marinha está coletado dados de vários satélites. Mas se pode afirmar ter havido dois impactos em plena terra, um dos quais visto bem de perto por um grupo de cientista. Era possível ter havido um choque entre o Meteoro e um meteorito, e que provocou a onda de choque atingindo apartamentos residências localizados na costa leste da cidade. Tais rochas tinham tamanho de um caminhão. A colisão do cometa pode ter alterado a posição original do fenômeno. Esse Meteoro era grande demais para ser considerado um pequeno asteroide. Com 50 quilômetros de diâmetro seria capaz de acabar com a vida de várias cidades do nosso Estado. Os fragmentos da explosão podem ser catastróficos.
E terminou, Marlene Santos, a sua importante matéria. Em seguida pôs à disposição do redator Otacilio Macedo a qual, depois de ler, argumentou:
Macedo
--- Você tem certeza do que afirma? – indagou curioso
Marlene
--- Eu ouvi todos os entrevistados. – respondeu. 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 21 -


- ATAQUE -
- 21 -

- CAUSA -

Um dia após o estrago causado pelo Meteoro, os repórteres de rádio e televisão estavam a postos nos locais mais atingido pelo fenômeno para documentar os desmoronamentos motivados pelo assassino de planetas às duas horas da tarde quando o objeto atingiu um avião civil de carreira com 150 pessoas, inclusive seus seis tripulantes, até mesmo o comandante de voo. Do jornal Primeira Página estava a jornalista Marlene Santos e o fotógrafo Armando Souto. Eles buscavam os informes nos edifícios de apartamento da Avenida Getúlio Vargas, em Petrópolis, construídos quase que recente, de frente para o mar, onde residiam as mais nobres famílias de Natal. Desses edifícios, nada sobrou. Tudo estava destroçado. E eram vários prédios residenciais onde as pessoas eram as poderosas entre todas. Gente rica, por assim dizer.  O Corpo de Bombeiros, Cruz Vermelha entre as demais, trabalhavam com afinco em busca das vítimas do drama apavorante onde nem se podia enxergar direito o que se estava a fazer. Era luta intensa como toda a gente a procura de vislumbrar alguma das vítimas ainda com vida. Os edifícios ficavam na zona leste da cidade, região de frente para o oceano. Cerca de 70 homens do Corpo de Bombeiros trabalhavam com assiduidade das vítimas nos escombros.
Cães farejadores buscavam algum sinal de vida e quando encontravam, era a luta sem trégua para os homens retirarem ainda o sobrevivente, quando podiam, os sentenciados à morte. Uma luta sem trégua em uma parte de Natal. Em outros edifícios de outras partes da cidade a luta era contínua. Os hospitais estavam lotados e não havia médicos suficientes para socorrer. Aliás, não havia médico algum, por em sua maioria, ou estava à procura de seus parentes, ou mesmo se tonava uma vítima. Pedia-se apoio dos quarteis militares para dar um auxilio qualquer. Havia a destruição total dos edifícios e a ocorrência de tantos mortos quando podia se dar.
Bombeira:
--- Mais um aqui! Veja se resgata! – relatava com brutal serenidade.
Outro;
--- Aqui tem mais gente com vida! – alertava outro.
Os números de mortos eram vertiginosos apenas naqueles edifícios.
Agente:
--- Parece até Hiroshima! – relatava alguém em prantos. 
Rastro mortal. A guerra começou. Eram milhares de gente a pedir socorro por sob os escombros das ruinas dos edifícios da praia da idade, em especial, da avenida que dava acesso à Praia do Meio e a praia de Areia Preta. O toque de um clarim anunciava a angustia dos mortos. Com uma menina nos braços, um soldado do Socorro às vítimas chorava copiosamente. Ele estava a conduzir a criança, talvez a única, para depositar em um carro de Bombeiros.
Bombeiro:
--- Por que isso meu Deus? Por que isso? – relatava em prantos.
Em seus braços, a pequena menina olhava apenas o rosto do soldado dos Bombeiros. As suas mãozinhas caíam para o lado do chão e a menina nada respondia. Apenas olhava o soldado a copiosamente chorar. Em volta, as sirenes acionavam os pedidos de socorro de tamanhas vítimas. Talvez setenta. Talvez cem. Talvez milhares de vítimas em uma sequência vertiginosa. Ele sequer não podia contar. Era ele apenas um soldado. Soldado de combate às chamas do destino. Um mundo dedicado a dignidade humana virou o caos. E entre esse caos estava a menina. O soldado se abraçava e chorava por cada sequência a acudir a vítima daquela imolação do horror. Essa é a história da luta inglória dos homens soldados no combate ao desmoronamento total de uma cidade, de uma capital do nordeste. Desde o dia em que se viu a luz, o pânico tomou conta da Metrópole. Uma pequena cidade em comparação as grandes cidades do país. O povo gritava, gemia, lutava na esperança de que tudo aquilo acabasse de um dia para o outro. Mesmo assim, não foi o caso. Após seguidas horas o estrondo ocorreu. Quem morava próxima a praia, viu o fragor com pura intensidade. No dia seguinte ao estampido cruel, então eram lágrimas de medo e espanto.
Mulher:
--- Minha filha! Minha filha! Onde está? – lamentava a mulher aos prantos junto aos entulhos do edifício soterrado.
Ambulâncias, carros de bombeiros, cães farejadores era tudo o que se observavam na avenida tomada em escombros.  A cada instante mais uma vítima era socorrida daquela tragédia avassaladora. O pessoal que mova na rua do Motor disse tem ouvido apenas um estrando e, em seguida, o total desabamento vindo até as encostas com uma vibrante cachoeira de terras.
Homem
--- Tudo veio abaixo num instante. – declarou angustiado vendo os restos de prédios a precipitar-se a cada instante.
Mulher:
--- Deus me livre de nunca mais passar por perto! – relatava uma mulher a se benzer.
Ela estava na parte de baixo da avenida Getúlio Vargas, mais para o início de sua rua quando se sai para a praia, em frente ao Hotel Santos Reis. A implosão ocorreu tão logo o clarão se fez presente por conta do Meteoro. E desse tempo em diante, outras destruições ocorreram em vários bairros na capital. Em todos esses bairros havia a busca de pessoas deficientes ou não e, principalmente, de mortos. Por melhor compreensão, não havia explicação do ocorrido. O meteoro despejou fagulhas em várias direções e atingiu a maior parte os edifícios mais altos. Esses visitantes extraterrestres vieram para acabar com a Terra cruzando o sistema solar para oferecer pistas sobre o planeta. Com a força de extinguir civilizações eles exultam de um impacto mortal. E com esses meteoros, a sensação do fogo no céu. Do centro da cidade a bem próximo da praia do Meio, o estranho poder do tirando apocalipse. Após viajar milhões de quilômetros em direção à Terra, o gigante colide com o espaço e destrói tudo o que encontra pelo seu caminhar. Foram mais de 75 mil quilômetros por hora de viagem do gigante asteroide.
Homem:
--- É o inferno total! – declarou o homem da rua do Motor.
Pescador:
--- Por que esse bicho se espatifou logo alí em cima? – indagou um pescador que esteve no mar nessas últimas horas
O estrondo era imenso, mesmo sendo do dia passado o povo ficava com temor a olhar constantemente o céu para ver se alguma coisa ocorria. Algo como um terror escabroso. Nos edifícios que ruíram era tudo o desastre alarmante. As equipes de socorro estava com enchedeiras a retirar os entulhos para dar melhor visão de que se tinha para colher entre os vivos. Os cães buscavam os mortos. O pessoal da Cruz Vermelha já não tinha mais esforço. Tudo era agonia e dor.
Socorrista:
--- Tem gente aqui em baixo! – alertou um socorrista a se orientar pelo latido de um cão
A onda de choque com a força três megatons de TNT atinge o solo. Essa vibração o povo não esquece. Faz pouco tempo para tal. O fenômeno foi registrado pela primeira vez da cidade, nos últimos tempos. Se alguns Meteoros se abateram sobre esse espaço, foi em um passado bastante distante. A jornalista Marlene Santos, um tanto assombrada, não sabia nem mesmo o que colher naquele caos terrível. Alguém a buscou para pedir alguma informação:
Mulher:
--- Você sabe dizer onde está minha mãe? – indagou em prantos.
E Marlene Santos nada podia informa pela razão de nada saber. E declarava:
Marlene:
--- Eu não sei. A senhora pode perguntar aquela moça que tem uma cruz no boné! – respondia sem noção
Era um tormento na luta das equipes em buscar quem podia estar com vida em baixo dos escombros. Uma anciã passeava por cima dos entulhos e costumava proferir.
Anciã:
--- Meu valho estava aqui, no instante. Eu fui para a Missa, e ele ficou assistindo a TV. – disse a ancião com a voz tremula
Outra:
--- Encontrei o sapatinho de minha filha! – dizia eufórica como se descobrisse algo por demais importante.
Os objetos perdidos eram encontrados. Porém, não se prestava atenção a alguém. Jatos de água tentavam sufocar a fumaça a arder constante dos velhos apartamentos destruídos de um momento inesperado. Um Pastor evangélico comentava:
Pastor:
--- Desisto. Nada mais posso fazer. Deus os guarde! – rezava o homem com total desespero.
O fogo irrompeu em um setor onde um dia foi um apartamento. De repente, o Corpo de Bombeiros chegou com o lança-chamas para sufocar o incêndio prematuro.
Bombeiro:
--- Aqui. Aqui. Mais adiante! – recomendava algum outro.
Alarmes se faziam presentes. O ar quente se fazia atemorizar a total respiração dos alarmados operários do fogo. Não era mais a massa rochosa. Era o caos total mergulhado em ostentosos negrumes eternos de nevoeiros. Os edifícios estavam em escombros desde a tarde do dia anterior. Casas explodiram e quase tudo foi então destruído. No alto do morro a terra estava arrasada com os pedaços de escombros espalhados por todo o chão úmido por conta da agua jogada pelas equipes de bombeiros.
Senhor:
--- A minha família! A minha família! – lamenta-se em pranto o homem de um apartamento
Atendente:
--- Vem mais escombros! Cuidado! – disse alarmado alguém da Cruz Vermelha
A jornalista Marlene Santos, de momento, estremeceu de pavor e por cuidado se protegeu em baixo de um auto totalmente destruído, sobrando apenas a velha lataria bem distante de outro desabamento de apartamentos. Nada seria o fim. E a devastação era impressionante em amplos locais. O rapaz Armando Souto, se defendeu do estrondo por trás de um caminhão de bombeiros. E de onde estava, ele apontava a câmera para fazer novas fotos do desabamento de mais edifício. 


quinta-feira, 23 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 20 -

- IMPACTO -

- 20 -

ESTRAGO

Nesse mesmo dia chegou a Natal uma equipe de engenheiros franceses sob a chefia de Jean Tissou vindos diretos da França para tomar conhecimento do ocorrido no dia anterior. Outros engenheiros brasileiros também chegaram em voos diferentes. Esperava-se ainda um comando de engenheiros dos Estados Unidos e do Chile. Esse pessoal estava desesperado por conta do Meteoro ter caído em terra. Tissou queria saber como aconteceu esse acidente. A França foi o primeiro país a se interessar pelo assunto. Ajudas humanitárias estavam na mira dos franceses ou do povo francês. Mas, a equipe somente queria saber como houve esse fenômeno tão inusitado. Viajando direto de Paris, os franceses desembarcaram no Recife e do aeroporto seguiram por avião desembarcando no Aeroporto do Catre, único possível de receber visitas ilustres. O aeroporto militar já estava em busca de programar para receber todos os voos, uma vez porque o Aeroporto Internacional já não podia mais operar de jeito algum com voos domésticos ou estrangeiros.  No mesmo horário também chegou ao aeroporto do Recife, o físico Marco Galeno, da Casa da Ciência em companhia de dois outros cientistas. O cientista Jean Tissou era ligado ao Centro Europeu de Pesquisas Nucleares. Duas entidades de igual aparência. Quando em Natal, os cientistas franceses e brasileiros, após os cumprimentos de praxe, trocaram informações sobre o ocorrido do dia passado. Ao lado dos visitantes estavam os cientistas de Natal, tendo à frente Pontes de Miranda. As primeiras conversações giraram em torno do Meteoro, o início de sua chegada, a bola de fogo, o desastre de nas residências, o toque com o Boeing, o acidente avassalado que se seguiu e todo o ocorrido, enfim. Já passava da meia-noite quando os visitantes resolveram se recolher um apartamento existente no próprio Catre para poder iniciar todo o trabalho no dia seguinte.
A tragédia de Natal foi assunto ainda nesse segundo dia, com falatórios exacerbados ouvidos no Congresso Nacional, onde um senador, enlouquecido de raiva, falava aos brados como foi ocorrer um desastre como tal com um Boeing de carreira doméstica.  Para ele, “Deus estava cego, mudo e surdo, não vendo o que estava a ocorrer”. E dizia mais: “Isso é um absurdo! Não se pode nem comer nessa terra! Já não basta os moleques fazerem badernas em frente ao Congresso exigindo férias, querendo salários, sendo contra a terceirização do trabalho e ainda vem um desastre de avião?” – dizia o senador batendo com os punhos na mesa. Ele estava irritadíssimo com as consequências do fenômeno envolvendo apartamentos destruídos, casas aos escombros, carros empilhados pelo chão: “E ainda mais um desastre de avião? Deus está surdo? Está babaca? Onde está esse Deus?” – dizia eufórico o senador e não atendendo a seus pares em lhes dar a palavra. “Não concedo aparte”, respondia o degenerado senador a suar feito um porco. O irado membro do senado, enlouquecido como um cão raivoso ocupou a banca por todo o seu tempo sem atender a nenhum pedido de fala. E discorreu mais com ira tremenda. “Por que um avião viaja desse modo sem proteção e quem autoriza esse voou? Um avião estava com problemas para aterrissagem, e ainda enfrenta uma bola de fogo? Quem deu essa autorização?” – indagou o senador bufando feito um boi.  “Quem deixou o piloto enfrentar a bola de fogo? Foi Deus? Só pode ter sido Ele mesmo! Um Deus maluco, sem sentido! Que Deus é esse? Onde está o seu poder?”, - relatava o excêntrico senador.
A maior tragédia de aviação, em Natal, ocorreu nesse dia, com a morte de 144 passageiros e 6 tripulantes sob a chefia do seu comandante. O Boeing foi atropelado por um Meteoro que estava em sua viagem para a terra. O avião colidiu pela parte do lado direito e saiu em borbotão completamente estraçalhado para chegar ao fim em uma longa distância. Corpos dos passageiros e tripulantes e partes da aeronave nada sobraram que se pudesse recolher. Pedaços de corpos estavam espalhados por longa distância e, do avião, nada sobrou por inteiro. As equipes de buscas estavam na mata a procura de juntar peças do Boeing e corpos encontrados aqui e ali. Um braço, uma perna, uma mão, uma cabeça. Tudo enfim que sobrou dos ocupantes do avião. Era um trabalho duro e terminaria por mais uma semana, se fosse possível. Os restos dos corpos vinham sendo retirados em esteiras e depositados por carros guindastes para dentro de outros carros baús e daí ficavam em refrigeração constante. Esse serviço era demorado e requeria a presença de técnicos especializados.
O rastro do Boeing deixou uma trilha de incerteza e medo. O barulho foi o terror. O maior terror de todos os tempos na cidade. Fumaça gigantesca tomava conta do espaço ao longo de uma chuva torrencial intermitente a sufocar as pessoas. Via-se cair pedaços do voou a todo instante após passar por cima das residências logo próximas as residências do aeroporto da FAB. Ouvia-se gritos de pessoas temendo o que estava a ocorrer.
Povo:
--- Ai meu Deus? Uma luz! – relava que prestava atenção ao Meteoro a tremer de pavor.
Houve falta de energia elétrica, rádios saíram do ar e mais a grossa fumaça a despejar escombros do avião totalmente em chamas. Era um rolo de fumaça a sair das chamas a não se poder ver o ocorrido. Os transeuntes, apavorados, corriam sem destino a qualquer local.  O grito de morte era o terror dos vivos. O Boeing havia saído em sua carreira para Natal às 10 horas da manhã de São Paulo devendo chegar as 14 horas no Aeroporto Internacional da Grande Natal. A viagem transcorria com normalidade até o Meteoro chegar ao seu destino colhendo o Boeing de supetão e empurrá-lo para longe. Quem estava por perto assistiu a tragédia ao vivo. Um taxista que abastecia seu veículo pôs a mão na cabeça e correu para dentro do prédio por temor do ocorrido. Mas foi em vão. O posto também se viu em chamas e quem estava no local também morreu por conta as chamas vindas do Céu envolvidas pela negra fumaça. Foi uma fatalidade o ocorrido. Não se esperava, por mais que se julgasse, o desastre daquela forma. Para quem estava longe, aquilo era o caos.
Testemunha:
--- Santo Deus! Aquilo é o caos! – relatou uma senhora com a sua mão à boca.
A pista do Aeroporto Internacional estava em plena ordem para receber voos domésticos e internacionais. Havia transito normal de aparelhos para seguir viagem a outros destinos. Era o movimento rotineiro a se observar por quem estava naquele local. Os voos de saída saiam sem problemas para os seus destinos. Havia movimento de passageiros e tripulantes a sair dentro de instantes para os seus destinos, quer no sul, quer no norte. Não se esperava a tragédia vinda do Céu a marcar o destino dos passageiros embarcados para seguir o seu voou. Porém houve o acidente fatal de um Bening a chegar dentro de instantes a atrapalhar o tráfego das demais aeronaves. O Corpo de Bombeiros foi acionado por causa da emergência. A segurança do Aeroporto foi suspensa, salvo para já estava a decolar. Alguns aviões que estavam na pista tiveram que paralisar seus movimentos no Aeroporto Internacional, pois os estragos foram imensos. A tragédia que se formou quase por sobre o Aeroporto de Parnamirim se estendeu para o Aeroporto de Macaíba, há curta distância. As labaredas e a fumaça chegadas do Céu de Parnamirim, era como se tudo corresse em Macaíba.
A torre de comando do Aeroporto Internacional de Natal foi comunicada instantes antes do dia da tragédia de haver tempo bom e céu de brigadeiro. O estado da pista era ótimo e a velocidade naquele momento era normal. Mas um clarão chegou inclusive a torre de controle do Aeroporto de um avião que se despedaçava em pleno ar.
Torre:
--- Meu Deus do Céu! O que é aquilo? – disse assustado um especialista.
E todos os que estava na Torre de Comando estavam perplexos. Uma aeronave bem operada com uma tripulação bem treinada desaparece de repente. Esse Boeing já estava no ar há três anos e nenhum passageiro morreu nenhum a bordo por uma causa qualquer. Dessa vez, os 150 passageiros e tripulantes desapareceram em pleno voou, sem destino algum. Todos morreram. Naquele instante, não se explicaria por completo o que ocorreu. Uma luz brilhante surgiu o céu e um impacto violento do lado direito do aparelho seriam a causa, com certeza. Até aquele instante. São Paulo-Natal. O mistério do vou que não chegou ao fim. O trágico acidente aéreo começava alí antes do Boeing chegar ao seu destino final. Os especialistas precisavam entender o que ocorreu de fato. Quem estava no balcão procurava saber do desastre ocorrido naquele instante:
Passageiro:
--- O que ocorreu naquele Boeing? Era o que chegava? – perguntou assombrado
Outro:
--- Eu quero saber que vou era aquele! – quis saber enlouquecido
Terceiro:
--- Onde está a minha filha? - indagava em prantos
A empresa aérea nada respondia.  Em determinado instante, as moças atendentes, saíram do seu balcão e deixaram de lado as pessoas desesperadas pela dor de não poder saber de coisa alguma. A equipe de investigadores de acidentes aéreos foi devidamente alertada para conduzir investigação sigilosa e buscar as informações com o desastre do Boeing com total urgência. Com seus próprios testes, a equipe esteve no local para verificar o tal acidente. Em primeiro lugar, foi verificada a bola de fogo a surgir no céu. Logo após, o impacto da bola de fogo contra a aeronave. Os relatórios oficiais davam pouca pista sobre o ocorrido
Investigador:
--- É imprescindível a leitura das caixas pretas.  O que o Comandante informou antes do impacto. – disse.    
Segundo:
--- Apenas quando tivermos em mãos. – dialogou.
Terceiro:
--- Daqui há dois meses. – falou desenganado
Investigador
--- Se acharem. – lembrou com angustia
Uma aterrissagem de rotina se prepara para pouso no Aeroporto Internacional de Natal, próximo a São Gonçalo do Amarante se transforma em uma inesperada luta contra a morte. Um jato de passageiros cai misteriosamente e se arrasta após colidir com um Meteoro levando de rojão todas as pessoas ao chão. Não passa de um segundo e, mesmo assim, o asteroide açoita da longe o jato. As pessoas que viajavam não têm nem tempo de segurar a máscara de oxigênio e repô-la na face. Todos sentem o impacto do assombroso asteroide, mas já era tarde demais. Crianças e adultos não sentem nem o pavor do pânico, uma vez ter lago entro em desmaio e, de imediato, seus corpos se despedaçam como borracha e assim são levados para o fundo do matagal. Era o destino pavoroso de cada um. Corpos dilacerados caem sobre a terra como um foguete em plena selva. O piloto ainda falou antes do misterioso impacto.
Piloto:
--- Pra cima! Pra cima! Adiante! Segura o avião! – disse o comandante de vou da Boeing
Era tarde demais. Era o fim de tudo. Em um instante, o sinal sumiu do ar. O terrível acidente chegou ao fim nesse exato instante. Uma força misteriosa derruba o avião matando todos os seus passageiros e tripulantes. Nada menos que 150 pessoas. Nos destroços está a única pista: Mayday. Uma tempestade mortal, um dia bastante quente.  O calor havia provocado algumas tempestades durante a tarde, como aquela que açoitou a cidade de Parnamirim. Isso provocou um acumulo de aviões a espera de decolar do Aeroporto Internacional de Natal. O controlador de tráfico aéreo ainda sorriu por causa do calor e deu a ordem de descida do avião Boeing vindo de São Paulo. Porém essa autorização não deu para ser cumprida. O meteoro não pediu passagem. Tudo estava terminado.