- METEORO -
- 11 -
- BOEING -
O professor Tarcísio Costa se
estarreceu ao ouvir a notícia de que um Meteoro foi de encontro a um aparelho
Boeing naquele início de tarde. Na verdade, o Meteoro bateu pelo meio no avião
quando esse já estava para pousar no Aeroporto Internacional de Natal. O impacto
foi violento e o Boeing se espatifou por completo. O professor Pontes de
Miranda não soube precisar detalhes, pois ainda era muito cedo para saber de
todo o conjunto. Porém se ateve a declarar ter perdido a vida o senador Eduardo
Arruda, do PSD de Goiás. Com o senador viajavam dois políticos da esfera
federal. Foi tudo o quanto soube o cientista Pontes de Miranda.
Miranda:
--- Eu vejo o caso por outro
ângulo. Não me atenho a questões político-partidária. Isso é de outra esfera
para bem falar. – falou o senhor Miranda.
Tarcísio:
--- Eu digo o mesmo. Esqueça tal
assunto. – confirmou
Vitória:
--- Mas esse senador teve um
namorico com uma Miss há alguns anos. Foi um caso rumoroso e deu muito o que
falar.
Miranda:
--- La bem bomba! Esses assuntos
de namoro ficam bem para as mulheres. – sorriu
Tarcísio:
--- Como foi o caso? – indagou a
matutar.
Vitória:
--- Não sei bem. Foi destaque nas
colunas de fofoca dos jornais do sul. Ela se chamava Raquel Ramasco, se não me
falha a memória. Mas, deixa pra lá. Vamos ao que interessa. A bola de fogo. –
sorriu a moça.
Tarcísio:
--- Bem. Mas o avião pegou fogo?
– indagou curioso.
Miranda:
--- Creio que sim. Foi ainda
agora. Está cedo para se saber do caso. – comentou.
Tarcísio:
--- Mas o senador Eduardo Arruda?
– perguntou novamente.
Miranda:
--- Esse é o nome. O senhor o
conhecia? – indagou
Tarcísio
--- De vista. Ele estava
envolvido no escândalo da Petrobras. – comentou
Miranda:
--- Essa notícia é rotineira.
Mas, o certo é que o senador morreu. – finalizou
Tarcísio
--- Sim. O que nós fazermos agora? – indagou.
Miranda:
--- Primeiro lugar é manter
contato com o Catre. Vê se ele localiza o Boeing e o resto do Meteoro. Segundo:
é chamar para nos assessorar o doutor Miguel Gustavo Campo Belo. E só. – falou
Tarcísio:
--- Ótimo pensar. O senhor sabe
onde ele se encontra? – indagou
Miranda;
--- Creio que ele já está a
caminho! Diante de uma causa dessa envergadura, não é preciso chamar nem duas
vezes. – declarou
Tarcísio
--- Excelente. Vamos ativar o
Catre. – orientou.
Vitória:
--- O Catre na linha. Parece que
eles precisam de ajuda. – informou
Após um diálogo, os doutores
ficaram sabendo da prontidão marcada pelas aeronaves da FAB, prontas para
largar voo. Os aviões, helicópteros e carros de bombeiros estavam prontos para
partir a qualquer tempo. Mas, havia um porém: A falta de energia e o tumulto
criado pelos outros veículos sem ter meios de passagem. A FAB estava atenta ao
problema. Os seus aparelhos tinham forma de voar. Mesmo assim, havia os carros
de bombeiros. Essa era a angústia. O Meteoro correu o espaço em poucos segundos
e minutos. Com a sua agressividade vertiginosa, não encontrava meios para se
deter. A bólide chegou com fúria. E com essa mesma fúria seguiu o tempo,
derrubando, inclusive um Boeing apagando do mapa seus ocupantes. Era a sanha
assassina do meteoro a se vigar dos pequenos seres a encontrar a sua frente.
A viagem começou dentro de poucos
minutos. Três aviões e dois helicópteros estavam seguindo o rastro da
destruição causada pela bólide. Com uma cólera voraz, o tormento seguia com
fúria em busca de se vigar do bem. Ou do mal! Em terra, veículo se espedaçavam
uns contra os outros. Mortos e feridos enchiam de terror os hospitais, casas de
saúde entre outros abrigos. Não tinha vez de suportar tamanha sanha criminosa
vinda do Céu. O horror era o destino. No
ambiente de estudos, o INPE, (Instituto de Pesquisas Espaciais) onde se
pesquisava o estudo dos astros e a estrutura o Universo, os quatro professores
avançavam na espera para promover o destino desse Meteoro gigante. Era os
doutores cientistas Augusto Pontes de Miranda, Vitória Ferretti, Tarciso Costa
e Miguel Gustavo Campo Belo, o último a chegar ainda eufórico e impaciente com
sua pouca estatura, paletó de linho e cabelos desgrenhados.
Miranda:
--- O que faremos agora? –
indagou solene.
Campo Belo:
--- Que se estude o fenômeno. –
relatou a tossir vez por outra.
Tarcísio:
--- Vamos começar pelo princípio.
– relatou
Vitória:
--- Isso é comigo. – respondeu a
cientista.
Tarcísio:
--- Pois se faça presente. – expôs
com calma.
Vitória:
--- Bem. A cerca de dois anos,
nós – eu e o professor Pontes de Miranda – estudando alguns Meteoros bem
diferentes. E então chegamos ao ponto crucial: o Meteoro Pallank. Esse foi
descoberto há vários anos e se pôs o nome do seu descobridor. - interrompeu.
Campo Belo:
--- Gustav Pallank! Eu o conheci.
Homem ilustrado! – replicou.
Vitória:
--- Isso mesmo. E então notamos
que o gigante Meteoro estava em direção à Terra. Demoraria, com certeza. Mas,
para a ciência. Dois anos é um nada. E foi assim que voltamos o telescópio
todos os dias para acompanhar a trajetória do gigante. O doutor Pontes de
Miranda chegou à conclusão de dentro de mais alguns dias, esse monstro surgiria
na tela de nosso radar. E foi isso o que se expresso. – concluiu.
Campo Belo:
--- Nossa Mãe do Céu, se existe.
Um radiante Meteoro veio a estourar em plena cidade do Natal. Incrível!
Incrível! – expressou o astrônomo
Miranda:
--- Foi isso o que a cientista
expôs. – informou
Campo Belo:
--- Conte-me mais! Conte-me mais!
– falou irado o astrônomo
Tarcísio:
--- Bem. Daí veio o inesperado. O
choque do Meteoro com o Boeing. – relatou.
Campo Belo:
--- Boeing? Até um Boeing? Onde
estava essa aeronave? – indagou
Miranda:
--- No Céu! – apontou para o
firmamento.
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