sábado, 18 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 16 -

- AVIÃO EM CHAMAS -

- 16 -

TRAJETO

Após um imenso trajeto, o motorista Catolé buscou uma saída partindo de São José do Mipibú e ingressando por outro percurso, onde não mais chovia naquele instante ele viajou para Natal. Já era noite quando Armando Souto e Marlene Santos saltaram do veículo lembrando da tragédia nos edifícios de apartamentos e em residências menores ao longo do percurso feito. O pior dos casos se verificou a partir de Ponta Negra até Petrópolis, onde os edifícios ruíram por completo. Os projetos de arranha-céus foram por tudo por água abaixo mesmo os longe da praia onde os edifícios estavam em queda total.
Marlene:
--- Que horror! – falou em lágrimas.
Armando:
--- Eu fiz fotos. – afirmou ajeitando sua máquina
Marlene:
--- Não quero ver nenhuma! – declarou em prantos.
Armando:
--- Acidentes. Acidentes. Muito mais tem no centro. – falou a correr para o estúdio.
Na redação, estava um homem totalmente alarmado a conversar com Zé Maria, o jornalista. Dizia-lhe ter encontrado uma turbina de um avião ainda em fumaça, no seu sítio. Ele estava em seu jeep a percorrer o cercado quando ouviu um estrondo. De repente, o homem se assustou.
Nicácio:
--- Que foi isso meu Deus? – disse o homem alarmado.
Com uns segundo começou a chover pedaços de ferro, zinco, bagagens e tudo mais em cima dele. Ou quase em cima dele. Era o mundo a se acabar. Pedaços de corpos de gente vieram voando pelo céu e a cair por todo o lado. O estrondo não cessava e ele viu uma luz incandescente vindo de um objeto que passou rápido por cima de tudo e foi seguindo o seu caminho em direção a Santa Cruz ou mais para frente. A chuva de corpos não parava e ele, alarmado, cobria a cabeça protegendo-se de coisas piores.
Nicácio:
--- Era um caso terrível! O senhor nem imagina! – declarou com alarme.
Zé Maria:
--- E o senhor estava aonde nesse instante? – indagou.
Nicácio:
--- No sítio. O meu pedaço de terra. Eu vi tudo aquilo. Era coisa de outro mundo. Após alguns minutos, e eu me protegendo dos cadáveres, quando aquilo terminou, eu fui para fora de minha casa, e vi o estrago sucedido. E vi uma turbina de avião cair bem perto de minha casa totalmente em chamas. E pedaços de corpos de gente espalhando-se por todo o canto. – declarou estonteado.
Zé Maria:
--- E o que o senhor mais encontrou? – indagou.
Nicácio.
--- Eu. Eu. Eu tive medo. Só sei que se passou um tempo e eu fotografei com meu celular e fiz carreira para longe. Fui pegar a estrada, sai correndo e vim bater aqui.  A estrada está toda entulhada de casas despedaçadas. Eu vim por Macaíba onde tinha mais um meio de passar. As fotos estão no celular. Pois tire. O senhor verá o que eu falo. Se é verdade ou não. – declarou assombrado.
Zé Maria:
--- Verdade. Está uma catástrofe. Os repórteres estão desanimados com a tragédia. – asseverou
Nicácio
--- Eu sei que os corpos vieram do Céu. Do avião, nem fumaça. Tudo acabado. – relatou com vexame.
Zé Maria:
--- Foi um Boeing. Ele foi atingido por um Meteoro. E se despedaçou em migalhas. A Base Aérea ainda está no encalço dos pedaços do avião e dos corpos. Eu acho que foram todos despedaçados. Pelo menos o senhor já tem as fotos. Segundo, por favor, tire as fotos do celular. Mas deixe as do celular. Só tire as fotos para salvar o equipamento. – recomentou a outro rapaz.
Segundo:
--- Na hora. – obedeceu.
Nicácio.
--- Mas esse avião bateu em alguma coisa? – indagou preocupado.
Zé Maria:
---- Esse Meteoro espatifou o Boeing. – relatou preocupado.
Nicácio:
--- Mas como? – perguntou assustado
Zé Maria:
--- É o seguinte. Pelo que sabemos, às 2 horas da tarde o Meteoro desceu do Céu em alta velocidade, quebrando tudo, até mesmo um avião. Desse tempo para cá, a FAB tem procurado os restos do Meteoro e o avião espedaçado. O aparelho vinha já baixando para pousar quando foi atingido pelo meteorito. É um caso sério. – pois a mão na cabeça
Nicácio:
--- Do céu? – indagou com assombro.
Zé Maria
--- Sim. Do céu. O objeto entrou na Terra a uma velocidade estonteante. Nós temos a gravação de todo esse caso distribuído por estações de sul do país. Aqui, não temos sequer energia elétrica. Agora é que está sendo restabelecida em algumas partes. De resto, nada. Temos um informe da BBC de Londres dando em conta como se deu o acidente. França, também. E estações do sul. Acredito que nós teremos cobertura melhor amanhã. Isso, se for possível. – relatou confuso
Nicácio:
--- Mas de Céu mesmo? – pois em dúvida o que o rapaz lhe disse
Zé Maria:
--- É. Do Céu. Esses objetos vêm do céu. São estrelas cadentes. Vem em altíssima velocidade, espalhando pequenas pedras por onde passam. Algumas são bem maiores. Derrubam edifícios. Incrível! – fez vez o rapaz torcendo seu cabelo.
Nicácio:
--- E eu pensava que no Céu só marasse Deus. Imagine! – supôs o homem
Zé Maria.
--- Céu não é somente o que nós enxergamos. Ele é imenso. Do jeito que tem ouro, tem ferro. Imenso. – afirmou em mentir.
Nicácio:
--- Só o senhor me explicando melhor. Com é a história dessa bola de fogo? – quis saber.
Zé Maria:
--- Esse meteoro é uma pedra. Pedra de ferro. Ele bate e afunda. Não se assuste, Quando o meteoro está fora da Terra, ele é uma matéria fria. Quando entra, vira matéria quente. O meteoro viaja quilômetros para chegar ao seu destino. Às vezes toca o Mar. Mas, temo caso deum Meteoro tocar o chão da Terra. Esse é o mais violento Meteoro. Isso foi o que se deu hoje. Esse é um fenômeno raro. Quanto entra na atmosfera vem com uma chama de fogo cobrindo tudo por onde passa. Foi esse que vez a rota por Natal e cidades próximas. Por onde ele passou deixou a sua marca. – fez ver
Nicácio
--- Marca? Marca como? – indagou assustado
Zé Maria.
--- Esse objeto vindo do céu caiu aqui na Terra. Aqui em Natal. Mais de mil mortos. Esse objeto é um meteorito. Há milhões de asteroides próximos da orbita da Terra. Tudo que existe na Terra em termos de elementos químicos existe também no Universo. Esse meteoro de 50 mil quilos se chocou hoje com a Terra. O choque deixou ainda dezenas de feridos e causou bastante destruição. Era as duas horas da tarde quando um rastro incandescente cruzou e céu iluminando uma população de dois milhões de habitantes. O meteorito entro da atmosfera numa velocidade estimada de 75 mil quilômetros por hora. Ele viajou pela atmosfera e explodiu com o atrito do ar. Houve pânico porque depois da forte luz houve a explosão e logo depois, uma onda de choque. Umas enormes quantidades de prédios vieram ao chão. Vidros espatifaram-se. Cerca de três mil prédios foram danificados. Estilhaços acabaram causando a morte ou feridos as pessoas. Quem olhou para a luz forte teve sua face ceifada. O meteorito deixou uma nuvem um bom tempo no Céu. Houve o choque com o avião, o Boeing, que se espatifou. Esse é o rastro desse estranho visitante vindo do firmamento. - afirmou
Nicácio
--- Incrível! Meu Deus do Céu! – lamento o homem do campo
Zé Maria
--- E alguém gritou que era o fim do mundo. E foi muito raro um asteroide chegar à Terra e, de modo especial, em uma cidade como Natal. Aqui há milhões de astros a girar pelo espaço. A queda de meteorito é, na verdade, bastante comum. Mas, normalmente, eles caem no oceano ou em áreas desertas. Dessa vez, foi Natal a região a ser atingida. – afirmou.
Nicácio
--- Estou abismado! – falou o camponês. 

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