domingo, 19 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 17 -

- CAÇA -

- 17 -
FAB
No dia seguinte, às primeiras horas da manhã, os oficiais da FAB já estavam vasculhando a região onde os destroços do Boeing havia se despedaçado com o impacto sofrido pelo meteoro gigante. Havia chovido ao longo do dia anterior e tudo ainda estava umedecido para lama. Os soldados recolhiam partes do Boeing com para recuperar o avião por inteiro. Corpos esfacelados estavam entre as árvores e pelo chão na fazenda de um morador onde não se podia sequer ter acesso enquanto se recolhia corpos e pedaços da aeronave. Com estava em plena manhã, o serviço era ligeiro. O morador procurou o Comando para colher as suas informações, como as de recolher seus pertences enquanto as equipes recolhiam corpos e partes do Boeing. Sabia-se ter sido o aparelho despedaçado em pleno voo quando se preparava para descer até o Aeroporto Internacional de Natal. O choque foi tamanho que todo o Boeing se esfacelou no espaço. O aparelho foi colidir com o chão a uma distância vertiginosa passando por sobre toda a cidade de Parnamirim. Ninguém podia nem sequer antever o que fizera tal desastre. No centro de Parnamirim e de Natal, colhia-se escombros e vítimas do fatal acidente. Para além de Parnamirim, restava apenas os destroços da aeronave e dos seus ocupantes. O Boeing viajava com 144 passageiros e seis tripulantes. Dos ocupantes, nada se salvou. Os corpos eram todos dilacerados. Uma perna aqui, outro braço alí, uma mão posta em uma cerca. Cabeça era tudo o que restava. Afinal cerca de 150 corpos para se juntar. E passaram dias para fazer esses estragos por toda a mata. Um relógio de pulso, uma corrente de prata, um lenço de alguém.  Era tudo o que sobrava. E não havia testemunhas para informar o aflito acidente naquela hora da tarde. A não ser, o homem, senhor Nicácio, que vira tudo, inclusive a turbina do avião a cair por entre árvores
Enquanto isso, em outra parte da cidade, um homem relatava ter, no dia anterior, visto uma bola de fogo parecendo um foguete se aproximar com a maior velocidade e bater contra um avião que já parecia descer para pousar no Aeroporto Internacional. Ele morava no terceiro andar de um antigo prédio de apartamentos. Tudo começou quando o homem estava na janela do edifício pequeno, por sinal, e olhou para o Céu vendo chegar uma bola de fogo e torpedear o avião que já estava abaixando para pousar. Foi uma queda terrível. De imediato, o avião se despedaçou e partiu para o outro lado de Parnamirim onde procurou cair em uma mata sem habitação de qualquer espécie.
Enélio:
--- Eu estava aqui na varanda do meu apartamento quando vi uma bola de fogo sendo arremessada contra aquele avião e despedaçando em fatias. Eu vi! Eu vi! O avião passou por cima do meu edifício e foi parar lá bem longe, não sei nem aonde. Eu morro aqui por um lado do antigo aeroporto da Base onde sempre havia muitos aviões a pousar. Depois da queda, eu ouvi outros aviões e helicópteros voarem em diversas direções a procura desse avião, com certeza. Mas, eu não vi se alguém também viu o estrondo provocado pela bola de fogo. Foi um estrondo terrível. Mas, pelo estrondo, todo mundo deve ter ouvido. - declarou o homem em pânico. 
Repórter:
--- E o senhor notou algo como gente caindo ao solo? – indagou o repórter
Enélio:
--- Olha seu menino! Eu vi coisa que nunca tinha visto. Pedaços de gente. Gente mesmo! Eles voaram pelo espaço. Era muita gente. Eu nem sei o que eles sentiram. Achou que nada! Foi uma barroada e tanto. Ninguém sobrou vivo, eu acho. Ninguém! – chorou o velho
Repórter:
--- Imagino. Eu também vi pedaços voando. Muitos pedaços. Incrível! – relatou o repórter.
Nesse momento surgiram demais pessoas querendo dizer também o que avistaram no início daquela tarde passada. A medida que o tempo se estendia, o movimento de carros diminuía apesar do desastre na Capital fosse imenso. Mesmo assim, alguém relatava algo na cidade de Parnamirim, vizinha a Natal, poucos quilômetros. Em Paramirim também houve pânicos entre a população. E o desastre com o Boeing foi um trágico momento, pincipalmente nas horas que se seguiam. Um depoimento veio de parte de uma mulher.
Mulher:
--- Meu filho. Nem me pergunte. Só vendo para crer. Foi um vendaval. O avião passou de raspão sobre a minha casa e não sei nem se ele caiu. Foi vupt! Um susto só. – declarou a velha mulher.
Repórter:
--- Mas a senhora viu algum corpo caindo? – indagou.
Mulher:
--- Eu sei lá. Eu estava na sala quando veio aquele estrondo. Eu tive tempo de dizer: “Ai meu Deus! O que foi isso?”. E de repente eu vi o vendo sobrar e alguém dizer ser um furacão. Não vi mais nada! Mais nada! – enfatizou a anciã.
E a conversa continuou por longas horas. A energia elétrica voltou à cidade logo perto do amanhecer e a emissora de rádio começou a divulgar o ocorrido, em Parnamirim e distritos próximos. As sirenes de Ambulância e Corpo de Bombeiros eram o que mais se ouvia a perturbar a todos. Um senhor que consertava a i das casas ouviu o relato dito pelos entrevistados e resolveu dar o seu também.
Eletricista:
--- Eu queria informa que aqui, em Parnamirim, o estrondo foi o pior de todos. Eu estava fazendo uma revisão de cabos elétricos quando veio aquele trovão. Eu olhei para trás e vi apenas o desastre do avião e a luz imensa a ofuscar a todos. Nada mais. Eu me segurei para não cair da escada. Mas não houve jeito. Eu pulei para dentro da casa e o resto de avião passou raspando onde eu estava a ajustar os fios. Foi um caso de segundos fatais quando tudo ocorreu- relatou com assombro.
A Terra é um planeta de 4 bilhões e 500 milhões de anos que ainda está evoluindo à medida que os Continentes se movem e colidem, vulcões explodem e glaciares avançam ou recuam. A crosta terrestre é esculpida de maneira fascinante que deixa uma trilha de mistérios geológicos. Uma força tremenda que molda a Terra vem do espaço e não ocorre ao longo de milhões de anos: mas em segundos. É a força causada pelo violento impacto dos asteroides. Gigantescas pedras espaciais. Estudando o impacto dos asteroides, os cientistas passaram a entender a formação do Universo. E o passado remoto do planeta Terra. Como nasceu nosso planeta. Hoje, há um colossal deserto no Rio Grande do Norte. É imenso. Tem quase um quilometro de largura e 170 metros de profundidade. E como isso ocorreu? Uma força avassaladora poderia ter criado uma fenda tão imensa. Esse buraco foi causado pelo impacto de um asteroide. O asteroide Pallank vindo do espaço e destruindo tudo o que achava pela frente. E a conclusão foi a de que se encontraria uma pedra gigantesca em seu meio tão logo a terra esfriasse por completo.
Essa foi a conclusão dos cientistas vindos de Natal para a região de Acari, onde estava o buraco fumegante com um vapor em labaredas destruindo todos os espetaculares caminhos. Perto da misteriosa cratera em chamas, havia outros buracos semelhantes já desativados há muito tempo. Era uma rara cratera que deixou intrigado os geólogos. Havia pelo chão, espalhados, pedaços de ferros já frios, pois devia ser da segunda cratera logo posto há alguma distancia da atual, ainda em chamas. Pedaços de ferro levou os cientistas a não se enganar da atual cratera. Era um fragmento daquilo que começou tudo. Um tipo de material que não se encontra em nenhum terreno geológico. Pedras com ferro contem outros materiais. Mas segunda cratera o ferro era puro e havia uma quantidade incomum na superfície da terra espalhada sobre a área em torno da cratera
Os bombeiros continuavam a espera que o fogo da primeira cratera se consumisse e os geólogos prosseguiam a examinar a outra cratera e ver se havia mais alguma ao longo de onde eles descobriram esse estado incomum de acidente terrestre. Os cientistas eram Pontes de Miranda, Vitória Ferretti e Miguel Campo Belo. Eles buscavam outros buracos do mesmo estilo em igual canto ou mais distante. Os cientistas ficaram a recolher os meteoritos, pequenas pedras quanto os asteroides explodem. E o imenso buraco ainda em chamas foi o resultado da criação do imenso asteroide feito, principalmente, de ferro. Pelo tamanho da cratera, o asteroide pesaria dez milhões de toneladas. E uma tonelada de ferro custaria cerca de US$ 85 dólares. E ali ficou sendo chamada a cratera do meteoro. Após várias pesquisas, os três cientistas regressaram com a ideia de tão logo os três voltarem ao local quando o buraco pudesse ser escavado com mais afinco.
Miranda:
--- Aquele é um verdadeiro buraco vindo do Céu. – proferiu o homem
Vitória:
--- O Governo vai ter muito o que fazer. – articulou a astrônoma
Campo Belo:
--- Eu imagino. Uma tonelada está custando uma fabulosa fortuna. – falou o terceiro
E massa meteórica estaria em baixo da cratera. E o Governo tentaria cavar poços em torno quando o tempo permitisse. Daqui há algum tempo os geólogos, com cerca de dois anos mais ou menos teriam de elaborar um documento baseando as informações recolhidas para ser entregue ao Governo Federal.
Miranda:
--- Vamos trabalhar com firmeza. – relatou torcendo as mãos.
Campo Belo:
--- Eu estou petrificado! – fez ver o outro.
Vitória:
--- Imaginem eu! – sorriu a mulher.
Formações rochosas e originais como pedra pulverizada em torno da segunda cratera já era uma prova de que alí estaria a rocha não tão grande enterrada no solo. Nessa segunda cratera, os fragmentos eram tão finos que pareciam talco. Isso levava a ideia de algo incomum nos processos geológicos que formaram o relevo naquele caminho. As pedras pulverizadas era uma pista importante que apontava para o impacto violento de um asteroide. Pedras viradas de modo caótico que denunciavam uma energia muito forte levantou as rochas na cratera inclinando-as para cima. E que estiver no alto da borda verá que essas pedras estavam completamente viradas. A procura seria do asteroide de ferro, na segunda cratera, enquanto o asteroide maios ficasse menos quente. Os fragmentos de ferro espalhados pela cratera não poderiam um caso banal. E as rochas lançadas para cima era algo de suma importância.
Vitória:
--- Imagine? Uma rocha daquelas? Lançada para cima? – fez ver a pesquisadora
Campo Belo:
--- Isso é incrível! Incrível! – aludiu o cientista.
Miranda:
--- Espero que o Governo sinta tudo isso! – alertou o homem.



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