- FOGO NO CÉU -
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GENOCÍDIO
Nesse mesmo dia um dia após a bola
de fogo que matou centenas ou milhares de pessoas, Marlene Santos concluiu a
sua tarefa na redação do jornal Primeira Página. Quer pudesse observar o
relógio, veria o tempo marcado. Os demais jornalistas ainda estavam rebuscando
as suas matérias. Mesmo assim, a jornalista já terminara a sua tarefa. Fez uma
matéria, por sinal elogiosa, pelos seus companheiros. Após um dia de labor, a
moça estava exausta, porém tranquila por ter o dever cumprido. A matéria
começava aludindo o fenômeno da bola de fogo um dia após o desastre ocorrido na
cidade do Natal com o tormentoso desastre do Meteoro gigante a cobrir o céu
envolvendo um avião Boeing a causar a morte dos seus 150 ocupantes, Marlene
Santo descreveu o havido por todo esse tempo com a devastação dos edifícios da
praia.
“De repente, um clarão no Céu!” e
foi assim o início da matéria. “Natal: O Dia Seguinte”. Assim, continuou a
descrever todo o empenho devastador feito pelo Meteoro que se afundou na terra.
Marlene Santos não tinha tempo de terminar o texto. Oito horas da noite, os
demais jornalistas a cumprir suas tarefas cada qual no seu dever. O esporte
estava suspenso na capital. A polícia tinha os seus detalhes. A política, havia
o discurso do senador no Congresso que chamava Deus de “um velho surdo” e o
plano geral estava com atenção para Marlene Santos onde tudo era infortúnio por
conta do desabamento de prédios em vários setores da Capital. E a moça deu
prosseguimento a matéria aludindo ser o dia 10 de Abril a marca da maldade. O
Meteoro enlouquecido furou a capa da Terra e colidiu com prédios, avião e
veículos. Um caminhão de 42 metros de comprimento a conduzir volume para se
assentar em uma ponte caiu de rodas para cima pelo resto do chão causando
mortes e devastando acidentes. Como esse, vários outros tiveram o mesmo
infortúnio. Crianças próximas as janelas
contemplavam a rua. Meninas a brincar às duas horas da tarde. E gente a passar
para o comércio distante. O homem do caranguejo a vender os seus apanhados. E
um bebê a brincar na sala ao lado da janela onde estava o garoto a admirar quem
passava. Tudo isso ocorreu. Tudo isso morreu
Naquele mesmo dia, no Aeroporto
Internacional, pessoas esperavam os seus voos de embarque. Outras conversavam a
espera de parentes vindos de São Paulo em um Boeing civil. Uma mulher, pela
primeira vez, visitava o aeroporto e esperava a sua filha amada. Todos estavam
a conversar informes fúteis. Um rapaz a trocar ideias com um amigo discutindo a
imensidão do aeroporto onde se podia ver, à noite o poder das estrelas e do
cosmo. No entanto, para o controlador de tráfego aéreo a sua missão era bem
outra muito mais diferente: ordenar a saída de um aparelho Airbus e de mandar
descer um Embraer ou um Douglas. Os carros que esperavam passageiros,
continuavam parados com os seus taxistas a conversar assuntos em vão. Tripulantes seguiam em direção aos seus
compartimentos onde pegariam os seus aparelhos de vou. Era um dia normal, por
excelência.
Pessoa:
--- Eu vou para a França. – dizia
alguém a outro passageiro.
Segundo:
--- Eu vim da Suíça na última
semana. – respondia o outro
No entanto, apesar do contentamento
popular de quem estava no Aeroporto, algo demais estava para ocorrer. O
fotógrafo destacado pelo jornal Primeira Página, o jovem Armando Souto, estava
a fazer fotos de negócios simples em tudo o que encontrava. Pessoas, aviões,
pássaros, nuvens e coisa assim, normal. Foi então que ele verificou uma luz
incandescente se aproximar da Terra. E pôs a máquina fotográfica para fazer
mais foto até avistar o Boeing a se aproximar. Focou no objeto luminoso e no
aparelho por verificar ambos em igual posição, chegando a bola de fogo
incandescente com toda sua rapidez pelo lado direito do Boeing. E detonou o
flash. Era o fim da primeira página. O fragor da cena foi de levar o avião a se
estraçalhar por completo e a bola de fogo a seguir o seu caminho. Nas ruas e
estradas, carros se atropelavam e gente ficava atônita. Casas derrubavam a todo
instante como se fossem de papel.
Um asteroide detonou a sua precisão
por todos os locais lançando raios por ampla cobertura. Era o início oficial da
missão. Toda a população estava extasiada com o fenômeno enquanto por terra, as
residências desabavam. A carga de ferro se destinava para o oeste do Estado. E quem morava no leste da capital, cuidava de
se proteger a correr e a gritar vendo as suas residências ruírem. Em questão de
segundos a massa desastrosa criou uma quantidade colossal de devastação sobre o
solo. Era a energia destrutiva. Aquele era o seu primeiro alvo onde empregaria
a destruição mortal. Natal era o alvo principal para ser o seu ataque infernal.
Cidade de importância militar considerável, Natal tinha o Centro de
Comunicações além de governar uma área puramente bélica, pois foi, na II Guerra
Mundial, o núcleo nefrálgico para esses estudos. Apesar desse seu destino,
Natal estava longe de ser apenas uma área militar. A maior parte de sua
população vinda do interior e de outros Estados era de civis vivendo de compra
e venda de artigos rentáveis. Desde o tempo da Guerra, todas as cidades
brasileiras estavam no labor da compra e venda de artigos e da indústria. E
Natal vivia a gloria desse poder enigmático.
Apesar do enigmático meteoro já
estivesse sob o território potiguar, o destino da cidade ainda não estava selado.
Tudo seria a dependência das condições de impacto da primeira missão da incompreensível
bola de fogo no céu calmo e azul. E era uma tarde de céu claro para a capital
onde o povo vivia de seu labor Porém, o seu destino crucial era inescapável. Na
tarde de sol sem nuvens, a juventude caminhava a verificar os artigos mais
atraentes expostos à venda. Algumas pessoas sorriam junto aos amigos de escolas
e se beliscavam umas às outras numa atenção de pura maluquice. Outras donas de
casa variam a rua num trabalho onde muita gente fazia, enfim. Foi quando uma
moça olhou para o céu e viu algo completamente estranho.
Moça:
--- Uma bola de fogo? Será um foguete
da Base? – ela indagou.
Não era um foguete. Na verdade, a
moça não teve tempo nem de entender. Aquela bola prateada e linda era tão
somente um meteoro em chamas com a sua bela calda de fumaça a despejar entulhos
para todos os lados. A moça ficou extasiada quando notou a suntuosa bolha
prateada vir em terrível velocidade a despejar uma pilha de fumo sobe a pacata
cidade. Em uma altura de quase cinco mil metros, o estranho meteoro cruzou o
céu e colidiu com um possível avião.
Moça:
--- Meu Deus do Céu! – relatou
alarmada com a mão à boca.
A força estranha mostrou para o que
estava ali, como um falcão voraz em busca da sua caça. Com os olhos cintilantes
à margem da colisão, o asteroide cruel espatifou em migalhas a impotente
aeronave. Estavam concluídas as suas manobras finais. O alvo foi atingido de
repente e sem escapatória. A cidade virou escombros. Mortos: inúmeros! Feridos:
uma porção. Gritos de crianças e adultos para todos os lados. Ninguém escaparia
daquela imaginável explosão. Foi a maior mortandade já provocada por uma única
arma: o Meteoro.
Mas o povo da cidade não desistiu
de lutar. Entre todos os sobreviventes da hecatombe, havia os bravos lutadores
a seguir o impacto da misteriosa luz do céu. Entre estragos e corpos a navegar
pelas águas do rio Potengi, eles estavam cientes de poder fazer algo em defesa
dos que ainda não se foram levados na caudalosa enxurrada onde homens, mulheres
e crianças haviam sido tragadas. Às duas horas da tarde, antes mesmo de o
asteroide explodir, alguém avistou com surpresa.
Senhor:
--- Cuidado! Vai explodir! –
dissera assustado.
O homem avisou como se fosse mesmo
o seu instinto. E, na verdade, a bola explodiu em chamas. Uma luz clara e
irradiante tomou conta do local de passagem. Era uma bola de fogo imensa a
assustar toda a gente. Alguns se lançaram ao rio seguidos de suas mulheres e
filhos. Poucos aguentaram com vida. Um nevoeiro se formou e uma chuva ácida
caiu sobre a terra. Em certos pontos da
velha capital, havia chuva a parecer diferente. Entre os demais sobreviventes,
um menino dos seus 10 anos de idade. Ele olhava atônito da janela de sua pobre
casa para o céu e não sabia o que falar, então.
Menino:
--- Mamãe! O Céu está caindo! –
disse ele com pavor.
Milhares de outras pessoas também
olharam para o céu vendo de longe algo terrível. Eram pessoas, moças e homens,
a se dirigir para o trabalho. Gente também solitária não se preocupava com a
vida dos outros e caminhava sem destino. Os automóveis trafegavam naquele exato
instante e, de momento, assustado, um rapaz comentou:
Rapaz:
--- Meu Senhor! Olha! É um buraco
do céu. – fez ver aterrorizado.
A massa rochosa assustou quem o viu.
Como um vendaval, o meteoro gigante seguiu a sua marcha a 75 mil quilômetros
por hora levando de rojão o que estava pela frente. O impacto no céu foi
observado por cientistas na Universidade Federal. O grupo que estava no momento
do choque, relatou ser o meteoro visível há vários meses. Contudo, apenas nessa
data se pode afirmar ter a bola de fogo se destinado ao Céu de Natal. O cientista
não quis da com precisão o choque do fenômeno. Porém, adianto que o meteoro era
um super-gigante, um aniquilador de planetas.
Miranda:
--- É um monstro! Um aniquilador de
planetas. – revelou muito valente.
Jornalista:
--- Por que o senhor argumenta dessa
forma? – indagou
Miranda:
--- Porque daqui em diante muitas
pessoas estarão mortas! – foi o que declarou.
Uma tempestade de ferro veio,
então, na direção do Estado. Não havia forma de se evitar. O gigante Meteoro
chegou com pressa e nada mais se podia fazer. Prédios em ruinas a desabar a
todo instante. As equipes de socorro eram impotentes para reverter o tal
impacto alarmante. Nas últimas horas houve impacto de meteoritos nos edifícios
localizados em zonas de praias. Para se ter uma posição definida a Marinha está
coletado dados de vários satélites. Mas se pode afirmar ter havido dois
impactos em plena terra, um dos quais visto bem de perto por um grupo de
cientista. Era possível ter havido um choque entre o Meteoro e um meteorito, e
que provocou a onda de choque atingindo apartamentos residências localizados na
costa leste da cidade. Tais rochas tinham tamanho de um caminhão. A colisão do
cometa pode ter alterado a posição original do fenômeno. Esse Meteoro era
grande demais para ser considerado um pequeno asteroide. Com 50 quilômetros de
diâmetro seria capaz de acabar com a vida de várias cidades do nosso Estado. Os
fragmentos da explosão podem ser catastróficos.
E terminou, Marlene Santos, a sua
importante matéria. Em seguida pôs à disposição do redator Otacilio Macedo a
qual, depois de ler, argumentou:
Macedo
--- Você tem certeza do que afirma?
– indagou curioso
Marlene
--- Eu ouvi todos os entrevistados.
– respondeu.
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