segunda-feira, 27 de abril de 2015

RASTRO MORTAL - 22 -

- FOGO NO CÉU -
- 22 -

GENOCÍDIO

Nesse mesmo dia um dia após a bola de fogo que matou centenas ou milhares de pessoas, Marlene Santos concluiu a sua tarefa na redação do jornal Primeira Página. Quer pudesse observar o relógio, veria o tempo marcado. Os demais jornalistas ainda estavam rebuscando as suas matérias. Mesmo assim, a jornalista já terminara a sua tarefa. Fez uma matéria, por sinal elogiosa, pelos seus companheiros. Após um dia de labor, a moça estava exausta, porém tranquila por ter o dever cumprido. A matéria começava aludindo o fenômeno da bola de fogo um dia após o desastre ocorrido na cidade do Natal com o tormentoso desastre do Meteoro gigante a cobrir o céu envolvendo um avião Boeing a causar a morte dos seus 150 ocupantes, Marlene Santo descreveu o havido por todo esse tempo com a devastação dos edifícios da praia.   
“De repente, um clarão no Céu!” e foi assim o início da matéria. “Natal: O Dia Seguinte”. Assim, continuou a descrever todo o empenho devastador feito pelo Meteoro que se afundou na terra. Marlene Santos não tinha tempo de terminar o texto. Oito horas da noite, os demais jornalistas a cumprir suas tarefas cada qual no seu dever. O esporte estava suspenso na capital. A polícia tinha os seus detalhes. A política, havia o discurso do senador no Congresso que chamava Deus de “um velho surdo” e o plano geral estava com atenção para Marlene Santos onde tudo era infortúnio por conta do desabamento de prédios em vários setores da Capital. E a moça deu prosseguimento a matéria aludindo ser o dia 10 de Abril a marca da maldade. O Meteoro enlouquecido furou a capa da Terra e colidiu com prédios, avião e veículos. Um caminhão de 42 metros de comprimento a conduzir volume para se assentar em uma ponte caiu de rodas para cima pelo resto do chão causando mortes e devastando acidentes. Como esse, vários outros tiveram o mesmo infortúnio.  Crianças próximas as janelas contemplavam a rua. Meninas a brincar às duas horas da tarde. E gente a passar para o comércio distante. O homem do caranguejo a vender os seus apanhados. E um bebê a brincar na sala ao lado da janela onde estava o garoto a admirar quem passava. Tudo isso ocorreu. Tudo isso morreu
Naquele mesmo dia, no Aeroporto Internacional, pessoas esperavam os seus voos de embarque. Outras conversavam a espera de parentes vindos de São Paulo em um Boeing civil. Uma mulher, pela primeira vez, visitava o aeroporto e esperava a sua filha amada. Todos estavam a conversar informes fúteis. Um rapaz a trocar ideias com um amigo discutindo a imensidão do aeroporto onde se podia ver, à noite o poder das estrelas e do cosmo. No entanto, para o controlador de tráfego aéreo a sua missão era bem outra muito mais diferente: ordenar a saída de um aparelho Airbus e de mandar descer um Embraer ou um Douglas. Os carros que esperavam passageiros, continuavam parados com os seus taxistas a conversar assuntos em vão.  Tripulantes seguiam em direção aos seus compartimentos onde pegariam os seus aparelhos de vou. Era um dia normal, por excelência.
Pessoa:
--- Eu vou para a França. – dizia alguém a outro passageiro.
Segundo:
--- Eu vim da Suíça na última semana. – respondia o outro
No entanto, apesar do contentamento popular de quem estava no Aeroporto, algo demais estava para ocorrer. O fotógrafo destacado pelo jornal Primeira Página, o jovem Armando Souto, estava a fazer fotos de negócios simples em tudo o que encontrava. Pessoas, aviões, pássaros, nuvens e coisa assim, normal. Foi então que ele verificou uma luz incandescente se aproximar da Terra. E pôs a máquina fotográfica para fazer mais foto até avistar o Boeing a se aproximar. Focou no objeto luminoso e no aparelho por verificar ambos em igual posição, chegando a bola de fogo incandescente com toda sua rapidez pelo lado direito do Boeing. E detonou o flash. Era o fim da primeira página. O fragor da cena foi de levar o avião a se estraçalhar por completo e a bola de fogo a seguir o seu caminho. Nas ruas e estradas, carros se atropelavam e gente ficava atônita. Casas derrubavam a todo instante como se fossem de papel.
Um asteroide detonou a sua precisão por todos os locais lançando raios por ampla cobertura. Era o início oficial da missão. Toda a população estava extasiada com o fenômeno enquanto por terra, as residências desabavam. A carga de ferro se destinava para o oeste do Estado.  E quem morava no leste da capital, cuidava de se proteger a correr e a gritar vendo as suas residências ruírem. Em questão de segundos a massa desastrosa criou uma quantidade colossal de devastação sobre o solo. Era a energia destrutiva. Aquele era o seu primeiro alvo onde empregaria a destruição mortal. Natal era o alvo principal para ser o seu ataque infernal. Cidade de importância militar considerável, Natal tinha o Centro de Comunicações além de governar uma área puramente bélica, pois foi, na II Guerra Mundial, o núcleo nefrálgico para esses estudos. Apesar desse seu destino, Natal estava longe de ser apenas uma área militar. A maior parte de sua população vinda do interior e de outros Estados era de civis vivendo de compra e venda de artigos rentáveis. Desde o tempo da Guerra, todas as cidades brasileiras estavam no labor da compra e venda de artigos e da indústria. E Natal vivia a gloria desse poder enigmático.
Apesar do enigmático meteoro já estivesse sob o território potiguar, o destino da cidade ainda não estava selado. Tudo seria a dependência das condições de impacto da primeira missão da incompreensível bola de fogo no céu calmo e azul. E era uma tarde de céu claro para a capital onde o povo vivia de seu labor Porém, o seu destino crucial era inescapável. Na tarde de sol sem nuvens, a juventude caminhava a verificar os artigos mais atraentes expostos à venda. Algumas pessoas sorriam junto aos amigos de escolas e se beliscavam umas às outras numa atenção de pura maluquice. Outras donas de casa variam a rua num trabalho onde muita gente fazia, enfim. Foi quando uma moça olhou para o céu e viu algo completamente estranho.
Moça:
--- Uma bola de fogo? Será um foguete da Base? – ela indagou.
Não era um foguete. Na verdade, a moça não teve tempo nem de entender. Aquela bola prateada e linda era tão somente um meteoro em chamas com a sua bela calda de fumaça a despejar entulhos para todos os lados. A moça ficou extasiada quando notou a suntuosa bolha prateada vir em terrível velocidade a despejar uma pilha de fumo sobe a pacata cidade. Em uma altura de quase cinco mil metros, o estranho meteoro cruzou o céu e colidiu com um possível avião.
Moça:
--- Meu Deus do Céu! – relatou alarmada com a mão à boca.
A força estranha mostrou para o que estava ali, como um falcão voraz em busca da sua caça. Com os olhos cintilantes à margem da colisão, o asteroide cruel espatifou em migalhas a impotente aeronave. Estavam concluídas as suas manobras finais. O alvo foi atingido de repente e sem escapatória. A cidade virou escombros. Mortos: inúmeros! Feridos: uma porção. Gritos de crianças e adultos para todos os lados. Ninguém escaparia daquela imaginável explosão. Foi a maior mortandade já provocada por uma única arma: o Meteoro.
Mas o povo da cidade não desistiu de lutar. Entre todos os sobreviventes da hecatombe, havia os bravos lutadores a seguir o impacto da misteriosa luz do céu. Entre estragos e corpos a navegar pelas águas do rio Potengi, eles estavam cientes de poder fazer algo em defesa dos que ainda não se foram levados na caudalosa enxurrada onde homens, mulheres e crianças haviam sido tragadas. Às duas horas da tarde, antes mesmo de o asteroide explodir, alguém avistou com surpresa.
Senhor:
--- Cuidado! Vai explodir! – dissera assustado.
O homem avisou como se fosse mesmo o seu instinto. E, na verdade, a bola explodiu em chamas. Uma luz clara e irradiante tomou conta do local de passagem. Era uma bola de fogo imensa a assustar toda a gente. Alguns se lançaram ao rio seguidos de suas mulheres e filhos. Poucos aguentaram com vida. Um nevoeiro se formou e uma chuva ácida caiu sobre a terra.  Em certos pontos da velha capital, havia chuva a parecer diferente. Entre os demais sobreviventes, um menino dos seus 10 anos de idade. Ele olhava atônito da janela de sua pobre casa para o céu e não sabia o que falar, então.
Menino:
--- Mamãe! O Céu está caindo! – disse ele com pavor.
Milhares de outras pessoas também olharam para o céu vendo de longe algo terrível. Eram pessoas, moças e homens, a se dirigir para o trabalho. Gente também solitária não se preocupava com a vida dos outros e caminhava sem destino. Os automóveis trafegavam naquele exato instante e, de momento, assustado, um rapaz comentou:
Rapaz:
--- Meu Senhor! Olha! É um buraco do céu. – fez ver aterrorizado.
A massa rochosa assustou quem o viu. Como um vendaval, o meteoro gigante seguiu a sua marcha a 75 mil quilômetros por hora levando de rojão o que estava pela frente. O impacto no céu foi observado por cientistas na Universidade Federal. O grupo que estava no momento do choque, relatou ser o meteoro visível há vários meses. Contudo, apenas nessa data se pode afirmar ter a bola de fogo se destinado ao Céu de Natal. O cientista não quis da com precisão o choque do fenômeno. Porém, adianto que o meteoro era um super-gigante, um aniquilador de planetas.
Miranda:
--- É um monstro! Um aniquilador de planetas. – revelou muito valente.
Jornalista:
--- Por que o senhor argumenta dessa forma? – indagou
Miranda:
--- Porque daqui em diante muitas pessoas estarão mortas! – foi o que declarou.
Uma tempestade de ferro veio, então, na direção do Estado. Não havia forma de se evitar. O gigante Meteoro chegou com pressa e nada mais se podia fazer. Prédios em ruinas a desabar a todo instante. As equipes de socorro eram impotentes para reverter o tal impacto alarmante. Nas últimas horas houve impacto de meteoritos nos edifícios localizados em zonas de praias. Para se ter uma posição definida a Marinha está coletado dados de vários satélites. Mas se pode afirmar ter havido dois impactos em plena terra, um dos quais visto bem de perto por um grupo de cientista. Era possível ter havido um choque entre o Meteoro e um meteorito, e que provocou a onda de choque atingindo apartamentos residências localizados na costa leste da cidade. Tais rochas tinham tamanho de um caminhão. A colisão do cometa pode ter alterado a posição original do fenômeno. Esse Meteoro era grande demais para ser considerado um pequeno asteroide. Com 50 quilômetros de diâmetro seria capaz de acabar com a vida de várias cidades do nosso Estado. Os fragmentos da explosão podem ser catastróficos.
E terminou, Marlene Santos, a sua importante matéria. Em seguida pôs à disposição do redator Otacilio Macedo a qual, depois de ler, argumentou:
Macedo
--- Você tem certeza do que afirma? – indagou curioso
Marlene
--- Eu ouvi todos os entrevistados. – respondeu. 

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