segunda-feira, 17 de julho de 2017

SALÉSIA - 13 -

LEMBRANÇAS 
13
RECORDAÇÕES -
Naquela mesma noite, a moça Julia estava em sua casa respondendo as questões indagadas por sua mãe Lindalva desde quando saiu para a Igreja de Santo Antônio e a Repartição dos Correios. O atendimento a um Frade, a ida a casa de um médico a pedido de sua amiga. Por fim, o baque sofrido no meio da Praça que ela não lembrava. Apenas recordou uma pessoa, um velho e a sua barriga a indagar quem se tratava de uma moça. Disso, Julia lembrou pouco a pouco. Da queda na praça, Julia esquecera. Apenas dizia frases desconexas. O rapaz – Luiz – ela se lembrou tempo após. Um estudante, parecia ser. Assuntos diversos, Julia tentava querer se lembrar, mas não conseguia assim. Algo obstruía suas lembranças. A mãe de Julia teve uma sensação. Seria bom chamar um médium. Eurípedes, profundo conhecedor das anomalias psíquicas. Ele residia bem próximo a sua casa. E falou então.
Lindalva
--- É bom você chamar o senhor Eurípedes. Ele entende muito bem desses transes. - - assustada
Julia
--- Ele está em casa? - - perguntou moça
Lindalva
--- Sim. Ele nunca sai. A não ser quando é chamado. - - falou
E logo a mulher saiu para ver se o senhor Eurípedes se encontrava em sua residencia e se podia ir a sua moradia naquele momento. Não demorou 15 minutos e o senhor Eurípedes atendeu ao chamado. Nesse momento, já encontrou na residencia de Julia, as suas duas amigas, Olga de Salésia. As três conversavam sobre o surto sofrido de Julia. O homem as cumprimentou juntamente com Lindalva, mãe de Julia. Logo após, o senhor Eurípedes perguntou a dona da casa se tinha um local reservado onde ele pudesse está com maior tranquilidade com a moça.
Lindalva
--- Tem. O meu quarto onde eu faço minhas orações. –
Eurípedes
--- Ah. Bom. Vamos entrar. A mocinha deve vir também. As duas, podem ficar, se for o caso. –
Olga e Salésia sentiam frio de tremer os ossos. Eles sentiam algo diferente e não sabiam o que era na verdade. Apenas tremiam de frio naquela hora.
Olga
--- Que frio! - - tremendo e esfregando as mãos nos braços
Salésia
--- Eu também estou sentindo. Vai chover? - - indagou
Olga
--- Não. O céu está claro. - - batendo os queixos
No quarto dos Santos, Lindalva chegou acompanhada da sua filha, Julia e do médium, Eurípedes. Houve um momento de silencia e paz. O médium for umas orações em silencio acompanhado por dona Lindalva. A filho de recostou na parede, com certeza sem rezar naquele momento. Um vento frio correu a casa e fora, as moças procuraram de agasalhar ainda mais. Certo tempo, o senhor Eurípedes solicitou a moça Julia que se sentasse em uma cadeira de palha. Então, Julia obedeceu sem reclamar. Em seguida, de mãos sobre a cabeça da jovem o homem alertou.
Eurípedes
--- Eu vou te postar as mãos. Você não diga nada quando eu perguntar. A entidade é quem fala.
Julia obedeceu com cuidado. Lindalva apagou a luz do quarto permanecendo acesa apenas duas velas brancas. Passou-se um breve tempo de entidade falou.
Entidade
--- Por que me chamastes. - - falou com voz grossa
Eurípedes
--- Como te chamas? - - indagou
Entidade.
--- Tu sabes muito bem. - - respondeu
Eurípedes
--- Diga-me teu nome. - -
Entidade
--- Eu venho de muitos séculos. - -
Eurípedes
--- De qual século tu viestes? - -
Entidade
--- Do mais remoto? - -
Eurípedes
--- Não. Do mais recente. - -
Entidade
--- Tu queres ir comigo?  =
Eurípedes
---Não. Quero apenas saber. - -
Entidade
--- Para que tu queres saber?  
Eurípedes
--- Para poder continuar a conversar com o senhor, entidade. –
Entidade
--- Continuar? Continuar, como? –
Eurípedes
--- O senhor, entidade, teve mansão nesta cidade? –
Entidade
--- Sim. Eu tenho. –
Eurípedes
--- Há quanto tempo o senhor se passou dessa vida para o além? –
Entidade
--- Eu não passei desse mundo. Sempre estou aqui. –
Eurípedes
--- Assim é melhor de conversarmos. O senhor reside por trás da Catedral? - -
Entidade
--- Sim. Eu, minha mulher e a minha filha Alice. - -
Eurípedes
--- Sei bem. O senhor conhece alguém por nome de Salésia? –
Entidade
--- Salésia. Bem. Eu tenho um recado para uma Salésia. –
Eurípedes
--- Como é o teu nome, por favor?
Entidade
--- Melquiades. Médico. –
Eurípedes
--- O senhor pode passar-me a mensagem? - -
Melquiades
--- Não posso. É possível só a Salésia eu contar. –
Eurípedes
--- Um instante, por favor. –

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