domingo, 16 de julho de 2017

SALÉSIA - 12 -

- DESMAIO -
12 
DESPERTAR -

E Julia, devagar, saiu do desmaio ou do transe, novamente. De consciência aberta, verificou quem estava a seu lado e desconhecia o homem que estava próximo. De vez, perguntou outra vez para ver se tinha certeza daquele alguém. O homem respondeu ser Luiz e ela olhou para o lado oposto e viu Salésia, a sua amiga que estava a chorar em desespero. E também perguntou porque a virgem chorava. Salésia veio com um abraço bem forte. Em volta, havia gente, rapaz e mulheres todas quietas, sem fala. Apenas quietas.
Julia
--- Quem é essa gente? Por que estou aqui? - - perguntou sem entender
Salésia
--- Que bom, querida. Você despertou! - - relatou a chorar
Julia
--- Despertou? De que? Eu não sinto nada. - - relatou com voz delicada
Luis
--- Você desmaiou. Somente isso. - - explicou
Julia
--- Eu? Quem inventou tal história? Não estávamos indo para casa. É isso. - - tentou explicar
Luis
--- Eu sei. Mas você teve um desmaio repentino. - - explicou
Julia
--- Eu? E que faz esse povo aí na frente? - - indagou
Luis
--- Apenas a observam. Só isso. - - disse o rapaz
Julia
--- Salésia. É verdade? - - indagou
Salésia
--- Sim. Verdade. Mas você está bem, agora? - - indagou
Julia
--- Sempre estive. Vamos para casa. Desmaio? Desmaio mesmo? - - indagou
Salésia
--- Sim. Um desmaio momentâneo. Mas agora está tudo bem. - - fez de conta
Julia
--- E o homem gordo? Onde ele está? - - quis saber a olhar para um lado e para outro
Salésia
--- Ele está aqui. Veja. - - replicou
Julia
--- Não é esse. É o velho buchudo. - - disse outra vez
Luiz
--- Você sofre de esquizofrenia? - -
Julia
--- Eu? Nunca ouvi tal insulto. –
Salésia
--- Em uma falta de memória por alguns instantes. - - explicou
Julia
--- Nunca sofri desse troço. Esquizofrenia? Que diabos. - - disse a moça
E os três caminhavam para a residencia da senhorita Julia com certas perguntas feitas pelo rapaz a desconhecer por completo pela moça. Já estavam perto da moradia e Luiz disse ser estudante de medicina e residir da Casa do Estudante, antiga sede do Quartel da Polícia, um pouco abaixo de onde eles estavam naquele instante. Despediram-se por iguais e Julia entrou a dizer de volta à Salésia
Julia
--- O gordo homem falou perguntando quem tu eras? Eu, agora, recordei. - - ele recordou de imediato
Salésia
--- E você disse a ele? - - espantada
Julia
--- Não. Eu estou assombrada agora. - - falou
Quando Salésia saiu do lar, viu bem o rapaz já a mais de meio metro de distância. Ela correu para agradecer o que foi feito por ele e em seguida, Luis correspondeu por certo. Salésia emendou a perguntar se o que Julia sofria era um pouco de amnésia e o rapaz respondeu.
Luis
--- Não sei. Ela terá que fazer exames para se ter certeza. - - explicou
Salésia
--- Se Julia não quiser fazer os exames? - -
Luis
--- Então vai ficar assim. Apresenta caso em que a pessoa morre de vez. –
Salésia
--- Ave Maria. Deus nos acuda. - - e se benzeu com o sinal da Cruz
Salésia chegou a sua residencia e disse ao moço morar naquela casa.
Luiz
--- Eu morro lá embaixo, da Casa do Estudante. Qualquer dia eu volto para conversamos
Salésia
--- Volte sempre. Na próxima sexta eu termino o curso de Filosofia, se Deus quiser. - - sorriu
E o rapaz se despediu soltando-lhe um beijo como se estivesse dando-lhe “até logo”.
Após o café, chegou a moradia de Salésia sua outra amiga, Olga e até que parecia ter o assunto percorrido meio mundo. A síncope de Julia. Olga abriu a porta e logo entrou de casa a dentro. E foi logo perguntar
Olga
--- O que houve com Julia? - - perguntou assustada
Salésia teve um susto pela inesperada presença. E indagou.
Salésia
--- Que susto! Ave Maria! Deixa eu tomar um pouco d’água! - - sentiu seu coração bater forte.
Olga
--- Desculpe. Foi sem querer! - - arrependida
Laura (mãe)
--- Foi um chilique. Nada demais! Ora! - -
Salésia
--- Não sei bem. Talvez ela sofra de algum distúrbio de amnésia. Coitada! - - arrependida
Olga
--- E o que é isso? - - assustada
Salésia
--- É uma doença no cérebro. Quer dizer: eu estou supondo. - - temeu
Moises
--- Que cérebro que nada. Ela está é de “boi”. - - falou seu pai como rosnando
Salésia
--- Ô meu pai! O senhor de mata de vergonha! - - intrigada 

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