- DESMAIO -
12
DESPERTAR -
E Julia, devagar, saiu do desmaio
ou do transe, novamente. De consciência aberta, verificou quem estava a seu
lado e desconhecia o homem que estava próximo. De vez, perguntou outra vez para
ver se tinha certeza daquele alguém. O homem respondeu ser Luiz e ela olhou
para o lado oposto e viu Salésia, a sua amiga que estava a chorar em desespero.
E também perguntou porque a virgem chorava. Salésia veio com um abraço bem forte.
Em volta, havia gente, rapaz e mulheres todas quietas, sem fala. Apenas
quietas.
Julia
--- Quem é essa gente? Por que
estou aqui? - - perguntou sem entender
Salésia
--- Que bom, querida. Você
despertou! - - relatou a chorar
Julia
--- Despertou? De que? Eu não
sinto nada. - - relatou com voz delicada
Luis
--- Você desmaiou. Somente isso.
- - explicou
Julia
--- Eu? Quem inventou tal
história? Não estávamos indo para casa. É isso. - - tentou explicar
Luis
--- Eu sei. Mas você teve um
desmaio repentino. - - explicou
Julia
--- Eu? E que faz esse povo aí na
frente? - - indagou
Luis
--- Apenas a observam. Só isso. -
- disse o rapaz
Julia
--- Salésia. É verdade? - -
indagou
Salésia
--- Sim. Verdade. Mas você está
bem, agora? - - indagou
Julia
--- Sempre estive. Vamos para
casa. Desmaio? Desmaio mesmo? - - indagou
Salésia
--- Sim. Um desmaio momentâneo.
Mas agora está tudo bem. - - fez de conta
Julia
--- E o homem gordo? Onde ele
está? - - quis saber a olhar para um lado e para outro
Salésia
--- Ele está aqui. Veja. - -
replicou
Julia
--- Não é esse. É o velho
buchudo. - - disse outra vez
Luiz
--- Você sofre de esquizofrenia?
- -
Julia
--- Eu? Nunca ouvi tal insulto. –
Salésia
--- Em uma falta de memória por
alguns instantes. - - explicou
Julia
--- Nunca sofri desse troço.
Esquizofrenia? Que diabos. - - disse a moça
E os três caminhavam para a
residencia da senhorita Julia com certas perguntas feitas pelo rapaz a
desconhecer por completo pela moça. Já estavam perto da moradia e Luiz disse
ser estudante de medicina e residir da Casa do Estudante, antiga sede do
Quartel da Polícia, um pouco abaixo de onde eles estavam naquele instante. Despediram-se
por iguais e Julia entrou a dizer de volta à Salésia
Julia
--- O gordo homem falou
perguntando quem tu eras? Eu, agora, recordei. - - ele recordou de imediato
Salésia
--- E você disse a ele? - -
espantada
Julia
--- Não. Eu estou assombrada
agora. - - falou
Quando Salésia saiu do lar, viu
bem o rapaz já a mais de meio metro de distância. Ela correu para agradecer o
que foi feito por ele e em seguida, Luis correspondeu por certo. Salésia
emendou a perguntar se o que Julia sofria era um pouco de amnésia e o rapaz
respondeu.
Luis
--- Não sei. Ela terá que fazer
exames para se ter certeza. - - explicou
Salésia
--- Se Julia não quiser fazer os
exames? - -
Luis
--- Então vai ficar assim.
Apresenta caso em que a pessoa morre de vez. –
Salésia
--- Ave Maria. Deus nos acuda. -
- e se benzeu com o sinal da Cruz
Salésia chegou a sua residencia e
disse ao moço morar naquela casa.
Luiz
--- Eu morro lá embaixo, da Casa
do Estudante. Qualquer dia eu volto para conversamos
Salésia
--- Volte sempre. Na próxima
sexta eu termino o curso de Filosofia, se Deus quiser. - - sorriu
E o rapaz se despediu
soltando-lhe um beijo como se estivesse dando-lhe “até logo”.
Após o café, chegou a moradia de
Salésia sua outra amiga, Olga e até que parecia ter o assunto percorrido meio
mundo. A síncope de Julia. Olga abriu a porta e logo entrou de casa a dentro. E
foi logo perguntar
Olga
--- O que houve com Julia? - -
perguntou assustada
Salésia teve um susto pela
inesperada presença. E indagou.
Salésia
--- Que susto! Ave Maria! Deixa
eu tomar um pouco d’água! - - sentiu seu coração bater forte.
Olga
--- Desculpe. Foi sem querer! - -
arrependida
Laura (mãe)
--- Foi um chilique. Nada demais!
Ora! - -
Salésia
--- Não sei bem. Talvez ela sofra
de algum distúrbio de amnésia. Coitada! - - arrependida
Olga
--- E o que é isso? - - assustada
Salésia
--- É uma doença no cérebro. Quer
dizer: eu estou supondo. - - temeu
Moises
--- Que cérebro que nada. Ela
está é de “boi”. - - falou seu pai como rosnando
Salésia
--- Ô meu pai! O senhor de mata
de vergonha! - - intrigada
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