INSTITUTO HISTÓRICO
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INSTITUTO
Então, Lauro voltou para a
capital em busca de encontrar o delegado de Ponta Negra, sargento Nogueira,
indo direto para o Quartel de Polícia, no Tirol. Por lá ele, perguntou a quem
podia informar, porém nenhuma resposta obteve. Desse modo, desistiu, a não ser
de procurar no Instituto Histórico, em última análise. Por um instante, Lauro
observou Canindé, Marilu e Janilce que estavam mortos de fome àquela hora
tardia para se almoçar a qualquer custo. E se voltou a indagar às moças.
Lauro
--- Vocês estão com fome? - -
quis saber
Janilce
--- Para mim, eu aguento. - -
respondeu
Marilu
--- Eu bebi suco de manga. - - disse
a outra
Canindé
--- Estou com dor de barriga! - -
achou graça
Lauro
---Querem comer algo? - - quis
saber
Marilu
--- Desde que não seja caju. - -
respondeu sorrindo
Os caminhantes saíram, cada um em
seu carro, menos Marilu e Janilce que continuaram com Lauro no carro Ford.
Canindé e o seu motorista seguiram direto para o Jornal. Após tomarem um caldo
quente e um suco de manga, eles seguiram viagem. Lauro foi direto para o
Instituto Histórico. Por lá conversou com o Diretor contando não ter encontrado
o delegado sargento Nogueira
Lauro
--- O sargento é quem pode dizer
onde está a estátua de Netuno, o deus dos mares, segundo a crença romana. Deixo
em suas mãos esse achado.
Diretor
--- Pode deixar. Eu vou procurar
o deus Netuno. Não se aprece. - - resoluto
Desta forma, Lauro seguiu de
volta, levando as duas moças – uma era a sua mulher – para deixa-las em suas moradas.
Após bastante encrenca, Janilce resolveu ficar com Marilu por um motivo
bastante sério. Ela morava com a sua mãe, mesmo depois de algum tempo em que a
viúva se casou com um outro homem, seu Jacó. E assim, Janilce vivia com sua mãe
e o padrasto. Ela era antipatizada com o padrasto por causa de certa vez o
homem tentar bulinar a moça, fazendo carícias sexuais.
Janilce
--- Eu vou para tua casa. O mulherengo
está em casa. - - disse antipatizada
Marilu
--- O caso foi “brabo”. - - disse
ressentida a moça casada
Após o diálogo, o caso chegou ao
fim, nesse dia. Daí por diante, nem mais se importando em sair para o Jornal.
Janilce abriu um longo momento para relatar tudo o que fez diante do que se
sujeitou com o seu outro pai, o padrasto senhor Jacó.
Janilce
--- Ele é ruim. Uma peste. Quando
passa uma moça na frente lá de casa, ele solta uma pilheria. Minha mãe é uma
boba. Não diz nada. Por um tempo, ele foi pintor de automóveis. Depois, largou
tudo e vive apenas a beber cachaça! Ruim. Ruim. Ruim! Se eu pudesse eu ia morar
em um cubículo! - - foi o que disse, em lágrimas.
Marilu
--- Esqueça desse homem. Venha morar
com nós. Lauro adquiriu uma casa aconchegante. Cabe muito mais do que você imagina
Janilce
--- Vou pensar. Hoje, eu durmo
aqui para sossegar meu coração! - - relatou chorando
Marilu
--- Ótimo. Eu te dou roupas e
calçados, se for preciso. Tem um vestido de seda que eu comprei em Paris. É seda
pura. Vem da cidade de Masulapatão, em Andhra Pradesh, na Índia. Tem coisas
chiques nas lojas de Paris. Experimente! Veja se é bom. Eu gostei! Mas sei
você.
Janilce
--- Vou te dizer! É uma beleza. Quanto
eu te devo? - - chorou
Marilu
--- Ora, besta! Isso não é nada.
Posso te dar outros! Escolha. E não pergunte por preço!
Após esse diálogo as duas amigas
foram debater assuntos por demais peculiar. Casos polêmicos para os cristãos,
como protestantes. E foi assim que Marilu pegou um livro cheios de figuras
enigmáticas. E assim, deu início a leitura
Janilce
--- Sobre Jesus? - - indagou
Marilu
--- Sim. Mas de outro Jesus. Ele
já sabia ter nascido e, algum momento, morreria sem dúvidas, pois a eternidade
está programada desde que o mundo foi criado. O céu existe para esta hora, as
estrelas existem para esta hora. Tudo que existe terá um fim, até mesmo o
Universo. Os mundos paralelos existem para uma hora definida. Veja bem. O que
nós temos é uma vida. E essa vida tem o seu fim. Tudo que existe não foi criado
assim. Os átomos surgiram depois de haver estrelas, galáxias. Anjos não viram
nada. Eles nem foram criados.
Janilce
--- Até os Anjos? - - exclamou
perplexa
Marilu
--- Satanás e todos os potestades
aprendem a sabedoria que nunca viram. Fala-se muito do Evangelho. Mas o está
dito nunca ocorreu. Nem demônios, nem trovão, em seja lá o que for. Eu te
pergunto: que significa Evangelho? -
Janilce
--- Eu não sei. Só procurando um
Dicionário! - - divagou
Marilu
--- Boas Novas. Apenas isso. Mas
o que são Boas Novas? –
Janilce
--- O catecismo?
Marilu
--- É o ato de divulgar a
mensagem de Cristo.
Janilce
--- Ah, bom. E se não de Cristo? –
Marilu
--- Então, é aquilo que se tem
por verdadeiro.
Janilce
--- Até a sentença de um Juiz? -
- indagou
Marilu
--- Não. A sentença de um Juiz só
vale para aquele caso. - -
Janilce
--- Entendi. - -
Marilu
--- Jesus viveu na Índia. Houve
um período da vida de Jesus que permaneceu obscuro. Foi, na verdade em que ele
ficou na Índia aprendendo melhor o budismo. Quando adolescente ele rumou para a
Índia ficando por lá até 29 anos de idade. Na Índia, foi iniciado por Monges
budistas. Quando ele voltou para Jerusalém, a sua morte na Cruz foi apenas
aparente. Socorrido por discípulos, Cristo regressou para o Oriente e veio a
morrer aos 80 anos de idade.
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