segunda-feira, 4 de setembro de 2017

GRANDES DEUSES - 34 -

INSTITUTO HISTÓRICO
34
INSTITUTO

Então, Lauro voltou para a capital em busca de encontrar o delegado de Ponta Negra, sargento Nogueira, indo direto para o Quartel de Polícia, no Tirol. Por lá ele, perguntou a quem podia informar, porém nenhuma resposta obteve. Desse modo, desistiu, a não ser de procurar no Instituto Histórico, em última análise. Por um instante, Lauro observou Canindé, Marilu e Janilce que estavam mortos de fome àquela hora tardia para se almoçar a qualquer custo. E se voltou a indagar às moças.
Lauro
--- Vocês estão com fome? - - quis saber
Janilce
--- Para mim, eu aguento. - - respondeu
Marilu
--- Eu bebi suco de manga. - - disse a outra
Canindé
--- Estou com dor de barriga! - - achou graça
Lauro
---Querem comer algo? - - quis saber
Marilu
--- Desde que não seja caju. - - respondeu sorrindo
Os caminhantes saíram, cada um em seu carro, menos Marilu e Janilce que continuaram com Lauro no carro Ford. Canindé e o seu motorista seguiram direto para o Jornal. Após tomarem um caldo quente e um suco de manga, eles seguiram viagem. Lauro foi direto para o Instituto Histórico. Por lá conversou com o Diretor contando não ter encontrado o delegado sargento Nogueira
Lauro
--- O sargento é quem pode dizer onde está a estátua de Netuno, o deus dos mares, segundo a crença romana. Deixo em suas mãos esse achado.
Diretor
--- Pode deixar. Eu vou procurar o deus Netuno. Não se aprece. - - resoluto
Desta forma, Lauro seguiu de volta, levando as duas moças – uma era a sua mulher – para deixa-las em suas moradas. Após bastante encrenca, Janilce resolveu ficar com Marilu por um motivo bastante sério. Ela morava com a sua mãe, mesmo depois de algum tempo em que a viúva se casou com um outro homem, seu Jacó. E assim, Janilce vivia com sua mãe e o padrasto. Ela era antipatizada com o padrasto por causa de certa vez o homem tentar bulinar a moça, fazendo carícias sexuais.
Janilce
--- Eu vou para tua casa. O mulherengo está em casa. - - disse antipatizada
Marilu
--- O caso foi “brabo”. - - disse ressentida a moça casada
Após o diálogo, o caso chegou ao fim, nesse dia. Daí por diante, nem mais se importando em sair para o Jornal. Janilce abriu um longo momento para relatar tudo o que fez diante do que se sujeitou com o seu outro pai, o padrasto senhor Jacó.
Janilce
--- Ele é ruim. Uma peste. Quando passa uma moça na frente lá de casa, ele solta uma pilheria. Minha mãe é uma boba. Não diz nada. Por um tempo, ele foi pintor de automóveis. Depois, largou tudo e vive apenas a beber cachaça! Ruim. Ruim. Ruim! Se eu pudesse eu ia morar em um cubículo! - - foi o que disse, em lágrimas.
Marilu
--- Esqueça desse homem. Venha morar com nós. Lauro adquiriu uma casa aconchegante. Cabe muito mais do que você imagina
Janilce
--- Vou pensar. Hoje, eu durmo aqui para sossegar meu coração! - - relatou chorando
Marilu
--- Ótimo. Eu te dou roupas e calçados, se for preciso. Tem um vestido de seda que eu comprei em Paris. É seda pura. Vem da cidade de Masulapatão, em Andhra Pradesh, na Índia. Tem coisas chiques nas lojas de Paris. Experimente! Veja se é bom. Eu gostei! Mas sei você.
Janilce
--- Vou te dizer! É uma beleza. Quanto eu te devo? - - chorou
Marilu
--- Ora, besta! Isso não é nada. Posso te dar outros! Escolha. E não pergunte por preço!
Após esse diálogo as duas amigas foram debater assuntos por demais peculiar. Casos polêmicos para os cristãos, como protestantes. E foi assim que Marilu pegou um livro cheios de figuras enigmáticas. E assim, deu início a leitura
Janilce
--- Sobre Jesus? - - indagou
Marilu
--- Sim. Mas de outro Jesus. Ele já sabia ter nascido e, algum momento, morreria sem dúvidas, pois a eternidade está programada desde que o mundo foi criado. O céu existe para esta hora, as estrelas existem para esta hora. Tudo que existe terá um fim, até mesmo o Universo. Os mundos paralelos existem para uma hora definida. Veja bem. O que nós temos é uma vida. E essa vida tem o seu fim. Tudo que existe não foi criado assim. Os átomos surgiram depois de haver estrelas, galáxias. Anjos não viram nada. Eles nem foram criados.
Janilce
--- Até os Anjos? - - exclamou perplexa
Marilu
--- Satanás e todos os potestades aprendem a sabedoria que nunca viram. Fala-se muito do Evangelho. Mas o está dito nunca ocorreu. Nem demônios, nem trovão, em seja lá o que for. Eu te pergunto:  que significa Evangelho? -  
Janilce
--- Eu não sei. Só procurando um Dicionário! - - divagou
Marilu
--- Boas Novas. Apenas isso. Mas o que são Boas Novas? –
Janilce
--- O catecismo?
Marilu
--- É o ato de divulgar a mensagem de Cristo.
Janilce
--- Ah, bom. E se não de Cristo? –
Marilu
--- Então, é aquilo que se tem por verdadeiro.
Janilce
--- Até a sentença de um Juiz? - - indagou
Marilu
--- Não. A sentença de um Juiz só vale para aquele caso. - -
Janilce
--- Entendi. - -
Marilu
--- Jesus viveu na Índia. Houve um período da vida de Jesus que permaneceu obscuro. Foi, na verdade em que ele ficou na Índia aprendendo melhor o budismo. Quando adolescente ele rumou para a Índia ficando por lá até 29 anos de idade. Na Índia, foi iniciado por Monges budistas. Quando ele voltou para Jerusalém, a sua morte na Cruz foi apenas aparente. Socorrido por discípulos, Cristo regressou para o Oriente e veio a morrer aos 80 anos de idade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário