quinta-feira, 26 de março de 2015

PRIMEIRA PÁGINA - 02 -

- ASTEROIDE -
- 02 -
SEQUENCIA

Os veículos atrapalharam o transito em todos os sentidos desde o Aeroporto Internacional até a entrada do município de Parnamirim. O pessoal, na estrada, gritava atônito para ouvir o acidente entre o Boeing e o Meteorito, caso inusitado na Capital. A quantidade de carros nas rodovias era impressionante. Cada qual comentava ser um disco voador ou outro acontecimento em sequência. Gritos estonteantes por todas as rodovias. Catolé teve uma ideia mirabolante: pegar a pista de Macaíba após o Posto de Gasolina nas imediações da estrada que dá acesso à Escola Agrícola de Jundiaí.
Armando:
--- Pra onde estás indo? – indagou.
Catolé:
--- Para o fim do mundo! – respondeu o motorista
Marlene;
--- Onde? – quis saber um tanto estonteada.
Sem dá maiores explicações, Catolé virou a curva na entrada da Escola e seguiu a toda pressa se desviando de um e de outro motorista e levando desaforos ao pé do ouvido.
Motorista:
--- Cangueiro!  - gritava um motorista completamente desnorteado.  
A nuvem seguia seu curso às três horas da tarde ou coisa mais. Havia uma cerração inclemente para qualquer um dos lados a seguir. Nesse estado, ouviu-se barulhos de aeronaves, com certeza da FAB e de helicópteros a pesquisar toda a mata, pois o barulho dava sentido dos aviões estarem em pesquisa para aqueles lados. O fenômeno raro tinha ocorrido para aquelas direções. A FAB trabalhava na certeza de algo tenebroso sucedido naquele espaço do deserto caminho. Catolé, com bastante cuidado, seguiu a trilha dos aviões de caça e helicópteros conhecedores do ocorrido, na certeza de estar correto.
Armando:
--- Estás louco? – indagou o fotografo
Catolé:
--- Deixa comigo! Estou a caminhar os patrões! – falou com certeza.
Marlene:
--- Patrões? - indagava a moça totalmente atabalhoada
Armando:
--- Agora eu ajustei os ponteiros! Siga por esse caminho! – falou com certeza.
Catolé:
--- Pode ser por esse lado. – falou o rapaz.
As riquezas de detalhes levavam o motorista a seguir por outro caminho, apesar já não haver a luz do enorme asteroide. Um motorista vindo ao contrário, perguntou vexado.
Motorista;
--- Eh! Para onde você está indo? – perguntou preocupado.
Catolé:
--- Qual estrada que leva a Parnamirim? – indagou
Motorista:
--- Não sei! Estou perdido no mato. – respondeu
Catolé
--- Ah bom. Siga em frente! – e apontou com seu braço esquerdo.
O estardalhaço ocorrido com o gigante asteroide deixava um rastro incomum para qualquer cidadão, mesmo aquele perdido na selva. O susto inquietante deixou a todos ansiosos. Aviões de busca continuavam a vasculhar a região enquanto que o asteroide deixava sua marca de fogo no céu. O resto do Boeing se espalhou por todo o agreste escumando em pedaços. Catolé continuava em buscada estrada de Parnamirim. Na Capital, era o tumulto. A falta de energia elétrica dominou todo o setor, deixando às escuras o parque industrial, comercial e as casas de moradias. O pavor era forte. As emissoras de rádio saíram do ar. O rugido dos aviões da FAB era ensurdecedor. Veículos parados uns sobre os outros. A gritaria infernal.
Mulher:
--- É o mundo todo! – gritava uma mulher a correr sem sentido.
Menino:
--- A luz! A luz! Eu vi! A luz! – falava um garoto pouco antes de tudo escurecer de vez.
Veículo grandes e pequenos era o tumulto uns por cima dos outros. Todas as artérias da cidade foram tomadas de um susto terrível. Vidraças de partiam e o povo se ambientava em qualquer lugar. A única coisa a lembrar era uma enorme bola de fogo a cruzar o céu. Na redação do jornal Primeira Página houve falta de energia. Mesmo assim, por alguns segundos. O gigantesco gerador de imediato iniciou a operar. A falta de energia demorou poucos segundos. Houve pânico entre os profissionais. Isso, tudo ocorreu no instante da bola de fogo colidir com o Boeing. Não se sabia a razão do havido, Thais, jornalista, estava acompanhando o que acabara de escrever quando a luz faltou. Ela apenas comentou:
Thais:
--- Que é isso? – foi o seu comentário a olhar para um lado e para outro
Zé Maria:
--- Pronto! Acabou a vela! – falou sorrindo
Rosa:
--- Oxê! Faltou luz? – espantou com a falta de energia
De imediato, seu Gaspar, técnico eletricista, caminhava para o setor do gerador quando, de forma inesperada, observou a bola de fogo rompendo o céu. E foi, então, a declarar admirando com surpresa.
Gaspar:
--- Uma bola de fogo? – comentou sem graça.
E então cruzou para a casa da máquina para ver a razão do apagão no setor da redação. Nesse mesmo instante o gerador começou a funcionar porque havia falta de energia em toda a região. Ele ficou por mais um tempo e nesse momento, chegou a sala do gerador o seu ajudante conhecido por Galego. Um pouco assombrado, Galego indagou:
Galego;
--- Que foi aquilo? – indagou a verificar a bola de fogo
Gaspar:
--- O diabo é quem sabe. Uma bola de fogo! – declarou a examinar o parque de energia.
Galego:
--- Bola! Era um clarão dos diabos. – sorriu sem jeito
Gaspar:
--- Deve ter sido um avião. – destacou.
Galego:
--- Daquele tamanho? – indagou perplexo.
Gaspar:
--- Hoje, eles fazem tudo de qualquer tamanho. Com certeza algo para enviar ao espaço. – disse por vez.
Galego
--- É mesmo. Tá faltando luz em boa parte da cidade. Parece. – declarou.
Gaspar:
--- Estranho! Eu disse coisa sem pensar. A bola de fogo caminhava para a Terra. – comentou
Galego
--- E dá perigo? – indagou com o rosto tenso
Gaspar;
--- Não sei. Eu vou subir. Você já viu a sala toda? – perguntou.



Nenhum comentário:

Postar um comentário