- ASTEROIDE -
- 02 -
SEQUENCIA
Os veículos atrapalharam o
transito em todos os sentidos desde o Aeroporto Internacional até a entrada do
município de Parnamirim. O pessoal, na estrada, gritava atônito para ouvir o
acidente entre o Boeing e o Meteorito, caso inusitado na Capital. A quantidade
de carros nas rodovias era impressionante. Cada qual comentava ser um disco
voador ou outro acontecimento em sequência. Gritos estonteantes por todas as
rodovias. Catolé teve uma ideia mirabolante: pegar a pista de Macaíba após o
Posto de Gasolina nas imediações da estrada que dá acesso à Escola Agrícola de
Jundiaí.
Armando:
--- Pra onde estás indo? –
indagou.
Catolé:
--- Para o fim do mundo! –
respondeu o motorista
Marlene;
--- Onde? – quis saber um tanto
estonteada.
Sem dá maiores explicações, Catolé
virou a curva na entrada da Escola e seguiu a toda pressa se desviando de um e
de outro motorista e levando desaforos ao pé do ouvido.
Motorista:
--- Cangueiro! - gritava um
motorista completamente desnorteado.
A nuvem seguia seu curso às três
horas da tarde ou coisa mais. Havia uma cerração inclemente para qualquer um
dos lados a seguir. Nesse estado, ouviu-se barulhos de aeronaves, com certeza
da FAB e de helicópteros a pesquisar toda a mata, pois o barulho dava sentido
dos aviões estarem em pesquisa para aqueles lados. O fenômeno raro tinha
ocorrido para aquelas direções. A FAB trabalhava na certeza de algo tenebroso
sucedido naquele espaço do deserto caminho. Catolé, com bastante cuidado,
seguiu a trilha dos aviões de caça e helicópteros conhecedores do ocorrido, na
certeza de estar correto.
Armando:
--- Estás louco? – indagou o
fotografo
Catolé:
--- Deixa comigo! Estou a
caminhar os patrões! – falou com certeza.
Marlene:
--- Patrões? - indagava a moça
totalmente atabalhoada
Armando:
--- Agora eu ajustei os
ponteiros! Siga por esse caminho! – falou com certeza.
Catolé:
--- Pode ser por esse lado. –
falou o rapaz.
As riquezas de detalhes levavam o
motorista a seguir por outro caminho, apesar já não haver a luz do enorme
asteroide. Um motorista vindo ao contrário, perguntou vexado.
Motorista;
--- Eh! Para onde você está indo?
– perguntou preocupado.
Catolé:
--- Qual estrada que leva a
Parnamirim? – indagou
Motorista:
--- Não sei! Estou perdido no
mato. – respondeu
Catolé
--- Ah bom. Siga em frente! – e
apontou com seu braço esquerdo.
O estardalhaço ocorrido com o
gigante asteroide deixava um rastro incomum para qualquer cidadão, mesmo aquele
perdido na selva. O susto inquietante deixou a todos ansiosos. Aviões de busca
continuavam a vasculhar a região enquanto que o asteroide deixava sua marca de
fogo no céu. O resto do Boeing se espalhou por todo o agreste escumando em
pedaços. Catolé continuava em buscada estrada de Parnamirim. Na Capital, era o
tumulto. A falta de energia elétrica dominou todo o setor, deixando às escuras
o parque industrial, comercial e as casas de moradias. O pavor era forte. As
emissoras de rádio saíram do ar. O rugido dos aviões da FAB era ensurdecedor.
Veículos parados uns sobre os outros. A gritaria infernal.
Mulher:
--- É o mundo todo! – gritava uma
mulher a correr sem sentido.
Menino:
--- A luz! A luz! Eu vi! A luz! –
falava um garoto pouco antes de tudo escurecer de vez.
Veículo grandes e pequenos era o tumulto
uns por cima dos outros. Todas as artérias da cidade foram tomadas de um susto terrível.
Vidraças de partiam e o povo se ambientava em qualquer lugar. A única coisa a
lembrar era uma enorme bola de fogo a cruzar o céu. Na redação do jornal
Primeira Página houve falta de energia. Mesmo assim, por alguns segundos. O gigantesco
gerador de imediato iniciou a operar. A falta de energia demorou poucos
segundos. Houve pânico entre os profissionais. Isso, tudo ocorreu no instante
da bola de fogo colidir com o Boeing. Não se sabia a razão do havido, Thais,
jornalista, estava acompanhando o que acabara de escrever quando a luz faltou.
Ela apenas comentou:
Thais:
--- Que é isso? – foi o seu
comentário a olhar para um lado e para outro
Zé Maria:
--- Pronto! Acabou a vela! –
falou sorrindo
Rosa:
--- Oxê! Faltou luz? – espantou
com a falta de energia
De imediato, seu Gaspar, técnico
eletricista, caminhava para o setor do gerador quando, de forma inesperada,
observou a bola de fogo rompendo o céu. E foi, então, a declarar admirando com
surpresa.
Gaspar:
--- Uma bola de fogo? – comentou
sem graça.
E então cruzou para a casa da
máquina para ver a razão do apagão no setor da redação. Nesse mesmo instante o
gerador começou a funcionar porque havia falta de energia em toda a região. Ele
ficou por mais um tempo e nesse momento, chegou a sala do gerador o seu
ajudante conhecido por Galego. Um pouco assombrado, Galego indagou:
Galego;
--- Que foi aquilo? – indagou a
verificar a bola de fogo
Gaspar:
--- O diabo é quem sabe. Uma bola
de fogo! – declarou a examinar o parque de energia.
Galego:
--- Bola! Era um clarão dos
diabos. – sorriu sem jeito
Gaspar:
--- Deve ter sido um avião. –
destacou.
Galego:
--- Daquele tamanho? – indagou
perplexo.
Gaspar:
--- Hoje, eles fazem tudo de
qualquer tamanho. Com certeza algo para enviar ao espaço. – disse por vez.
Galego
--- É mesmo. Tá faltando luz em
boa parte da cidade. Parece. – declarou.
Gaspar:
--- Estranho! Eu disse coisa sem
pensar. A bola de fogo caminhava para a Terra. – comentou
Galego
--- E dá perigo? – indagou com o
rosto tenso
Gaspar;
--- Não sei. Eu vou subir. Você
já viu a sala toda? – perguntou.
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