terça-feira, 3 de março de 2015

MISTÉRIO - 17 -


- O FIM DO MUNDO -
- 17 -

- O FIM DO MUNDO -
O dia seguinte a aula começou, como sempre, dentro do horário previsto. Samanta estava feliz da vida sorrindo para um e para outro. O mini projetor de slide já estava montado na parte baixa do palco. A senhora Kytzia, tradutora de Samanta, estava a averiguar os detalhes do projetor e orientava o técnico como executar a missão. A menina Samanta estava ao lado a observar com atenção como funcionava aquele mecanismo. Com suas mãozinhas para trás ela era alegria total. O professor Prada apenas indagou a mestra Kytzia.
Prada:
--- Pronto? – indagou a pontar o projetor.
Kytzia
--- Quase. Apenas detalhes. – discorreu
Prada chamou a menina para dialogar com a mente os pormenores do assunto. A menina disse sim, naquela hora cheia de estudantes a ocupar o auditório do Teatro. O professor Arquimedes estava a postos bem ao lado da mestra Nízia Alcântara discutindo sobre o enervante assunto daquela ocasião, por demais saltitante.  Por fim, a menina Samanta tomou a postos seu lugar com uma régua à sua pequena mão. A professora Kytzia se aproximou e fez sinal de estar tudo pronto ao professor Prada. Esse olhou para o seu colega Nicodemos e passou-lhe a palavra. Nicodemos então falou aos alunos presentes no auditório.
Nicodemos:
--- Senhores professores e estudantes de Astronomia. Coube-me fazer, hoje, a apresentação do evento a ser discorrido pela estudante Samanta Leporace no conceito o Fim do Mundo ou o Fim do Universo. É uma questão sobremaneira delicada e qualquer que for o seu final, vale a pena refletir. Com a palavra, a expoente do dia, Samanta Leporace. Eu tenho a declarar que, nós não tivemos nenhuma aparte com esse tema. Os acertos são da nossa conferencista. Obrigado. – e se afastou.
E a menina de 10 anos agradeceu ao se aproximar do meio do palco. Houve uma salva de palmas enquanto Samanta agradecia com seu bom humor. Em seguida, deu início a preleção;
Samanta:
--- Bom dia a todos e em especial a minha mestra, professora Isis Kytzia. Bom dia também aos Mestres e em especial, ao professor Vicente Prada. Também não deixo de cumprimentar as demais mestras e mestres aqui presentes. Hoje, o tema é um pouco difícil, pois se refere a Universo ou mesmo o sem fim. A questão é que uma batalha ocorre nos confins do espaço. E seu resultado será terrível. É uma questão muito simples: a morte do Universo. A questão é que o seu fim vai ocorrer daqui há bilhões de anos, para a alegria de todos. – sorriu -.
Os presentes ao auditório também se tranquilizaram, esboçando seus sorrisos.
Samanta:
--- Mas, quando acontecer, não haverá escapatória. Descobrir como o nosso Universo vai morrer é um desafio que astrofísicos do Mundo todo estão enfrentando. Eles estão enfrentando equipamento de alta tecnologia para o Céu para desvendar o segredo de nosso destino. As possibilidades são assustadoras. Em uma delas, a gravidade fará o Universo contrair-se. Algo parecido com o ar escapando de um balão – e apontou o slide – inflável. O Universo voltaria ao seu tamanho original. Esse seria o chamado Big Grant. A matéria se destruiria a si mesmo. Seria bem dramático. Outra possibilidade seria o Big Chill. O Universo se expandiria até que as fornalhas nucleares que fornecem energia para as estrelas se extinguissem. O Universo ficaria frio e morreria. Essa possibilidade é a mais cruel. E, então, poderia haver um final mais espetacular onde tudo seria destruído, até o último dos átomos. – e mostrou com a sua régua as fotos tiradas do Universo – O Universo continuaria se expandir, mas num ritmo acelerado. E, na verdade, esse ritmo seria tão rápido que nem a estrutura tempo-espaço conseguiria manter o Universo unido. De qualquer maneira, o fim seria uma conclusão dramática. Alguma pergunta? – indagou a expositora.
Acadêmico:
--- E como tudo isso começou? – pergunta um estudante.
A menina sorriu a passou a responder:
Samanta:
--- Como isso começou? Muito bem. O mistério a ser resolvido no Observatório Monte Wilson com uma visão panorâmica de Pasadena, na Califórnia. Em 1929, quando analisava o Céu através do maior telescópio do mundo naquela época, Edwin Hubble, fez uma descoberta: o Universo estava se expandindo. – imagens de Hubble e do telescópio -. A descoberta de Hubble mostrou-nos um novo quadro do Universo: de que ele era um ambiente dinâmico e que estava evoluindo. De que estava mudando com o tempo. E que era diferente do quadro que as pessoas tinham da Cosmologia. – concluiu.
Estudante:
--- Antes de Hubble se pensava que o Universo era um ambiente estático? – indagou
Samanta:
--- Estático e imutável. A descoberta de Hubble de que o Universo está se expandindo significou que ele teve um ponto de partida. Um começo. – interrompeu.
Estudante
--- E se voltássemos no tempo, no ponto em que começamos? – indagou
Samanta:
--- Foi daí que veio a ideia de quando o Universo surgiu. O tal chamado Big Bang. Aquela fração de segundo em que o Universo e todas as coisas nasceram de uma explosão de um ponto menor do que um átomo. – testemunhou.
Estudante:
--- Mas a senhora não disse já outro assunto e que o Universo não tinha surgido? – indagou
A classe toda gargalhou. E Samanta prosseguiu.
Samanta:
--- Espera lá. Nós chegaremos nesse tema. Não se vá com a carroça na frente dos bois. – sorriu – Há um conceito errado mas muito comum entre as pessoas sobre o chamado Big Bang. Isso é o que podemos chamar de um ponto no espaço onde o big Bang ocorreu. Mas, na verdade, é de nós pensarmos no Big Bang numa criação simultânea no espaço como um todo que continua se expandir até hoje. Entende? – indagou sorrindo.
Estudante:
--- A senhora me deixa confuso.
A menina sorriu e continuou a exposição.
Samanta:
--- Bem. Se o Universo está se expandindo os cientistas precisam considerar que ele vai parar de se expandir em algum ponto. A pergunta é: como? – refletiu – A resposta mais óbvia envolve a gravidade. O que sobe tem que descer. As estrelas e as galáxias e tudo mais mudariam de direção. O Universo passaria pelo que a ciência chama de Big Grant.  Isso é o que aconteceria. O Universo seria chamado para dentro do seu início. – expôs
Arquimedes:
--- Com a sua permissão, minha pequena Mestra. – ele se dirigiu a Samanta – Ouso falar que o Universo tem o seu próprio pulso, sua própria energia e está se expandindo. Mas haverá um ponto em que o Universo irá parar de se expandir. Então ele será atraído de volta, puxado pela forçada gravidade. Obrigado. – externou o professor
Prada:
--- Muda de cenário. O Universo poderia retornar a seu estado original antes o Big Band preparando o terreno para uma eterna gangorra de criação e destruição. – completou
Uma salva de palmas se ouviu de todo o auditório repleto de estudantes, repórteres, professores de Astronomia, Física, Química e demais matérias e gente de da própria Universidade. O entusiasmo cobriu por completo o ambiente. Não se podia mais divisar um único aluno, pois todos estavam entusiasmados com a pequena Samanta Leporace. O próprio pai, Manoel Leporace a correr ao palco se abraçou com a filha a chorar entusiasmado por tudo o que ouvira naquele estado de ânsia.
Manoel:
--- Minha filha! Minha filha! Minha filha! – corava em virtuosas lágrimas.
Samanta:
--- Não chore meu pai. Isso é apenas o início. – fez ver a criança.
E Samanta prosseguiu após alguns minutos
Samanta
--- Mas, a teoria do Big Grant esbarra num ponto: A ciência descobriu que houve alguma forma de energia que o Universo não pudesse ser destruído. E assim veio a questão de como Universo teve início e qual será o seu fim – concluiu.


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