SEQUÊNCIA
02
Na
sequência a reunião doutrinária teve prosseguimento quando o preletor assumiu a
palavra orientando aos presentes aquilo havido não fora nada demais e nem coisa
do outro mundo. Há questões onde os pacientes são atormentados notadamente dia
e noite ou por vezes até um dia buscar tratamento em centro espírita quando
encontram um acerto na vida. Os espíritos protetores sempre estão ligados ao
indivíduo desde o nascimento até a morte. Frequentemente eles seguem depois da
morte, na vida espírita.
Preletor:
---
São espíritos do bem que seguem através de numerosas existências. Mas os
espíritos protetores se afastam do seu protegido ao sentir os seus conselhos
não serem bem aceitos. – confirmou.
E
falou de casos ocorridos em diversos Centros ou mesmo fora desses com humildes
pessoas notadamente quando essas se embriagam ou se tornam “mulheres da vida”,
isso quando esses já estão incorporados para nova existência. Homens soberbos
também são essas vítimas desse destino. Tem pessoas vindas de outros mundos,
bem distantes, pois o Universo é infinito e os espíritos seguem para diversos
locais, não vivendo apenas na nossa Terra. E explicou então sobre casos
de obsessão como uma enfermidade de origem espiritual.
Preletor:
---
A espiritualidade é um caso muito sério. Há regiões em nosso sistema Universo,
para bem longe, de seres vindos de outros Mundos para se acercar do nosso
Planeta Terra. Não é o meu intuito falar em Jesus, Dalai Lama ou Alan Kardec.
Esses são espíritos de luz. Mas eu falo de espíritos pobres. Quando a gente é
posta para a vida, podemos ser de um espírito ainda pobre. Nossos irmãos podem
visionar um homem ou uma mulher simples, ignorante por sinal. Eles podem ser um
espírito evoluído e escolhido para nascer na pobreza. Ou apenas um simples
espírito o qual nada sabe. Esse é um espirito desprovido de largos
conhecimentos. E mesmo pode ser um espírito vindo de Mundos distantes. –
confessou o homem.
E
falou mais de Carma, a teoria negativa da energia ligada ao ying e yang por
estar muito unida as energias. A teoria diz que quanto mais energia negativa se
tirar de si mesmo, deixando de praticar boas ações e de vez em quando
praticando más ações, só o que restará no seu também serão energias boas, o que
resultará em um afastamento daquilo que representa o mal e a aproximação do
corpo de da alma às boas vibrações. O carma se refere que nossas ações geram em
nosso futuro, tanto nesta como em outras vidas após eventuais reencarnações.
Esse tal conceito adota simplesmente de causa e efeito ou ação e reação.
Ao
final da sessão o pessoal buscou a saída da Casa de Orações algumas ainda
chorando e sem saber a razão, outras a conversar sobre os temas apresentados e
Sócrates, com certeza apressado seguia direto para a sua residência. Ele sentia
um vazio no estomago talvez pela ausência do jantar ou cousa assim. Um
sacerdote católico entrou em sua residência. O rapaz o observou sem muita
importância. Um grupo de rapazes e moças vinha a caminho a conversar delirante
cada qual a sorrir de maior prazer. Era quase esquina da rua. Gente saindo e
chegando para algum lugar. Nessa parte, um moço se aproximou de Sócrates. Ele
estava a vir, talvez, da Casa de Oração. Ao se acercar de Sócrates, o moço
indagou:
Moço:
---
Tem cigarro? – indagou de surpresa.
O
jovem Sócrates tomou um susto pois o moço se aproximou vagaroso. Ou por um
motivo outro, com certeza. E como não fumava, Sócrates respondeu.
Sócrates:
---
Desculpe. Eu não fumo. – disse isso sem que nem mais.
Moço:
---
Ah. Bom. Eu já sabia. – respondeu de imediato e se largou em frentes dobrado a
esquina a sua esquerda se perdendo de vista.
E
Sócrates deduziu sem teima pelo pedido do moço como se tivesse sabido não ter
cigarros e então pedir. De qualquer forma ele deu o caso por encerrado. Ao
chegar da esquina da rua onde o moço entrou Sócrates ainda olhou para notar a
displicente criatura. Porém não mais o avistara. Pelo caminho seguiam mulheres
e homens vindos do Centro Espírita e o deficiente visual com seu guia seguia
pelo mesmo caminho de Sócrates, tomando rumo à direita. O cego era um rapaz de
cor branca, alto, cabelos macios estirados para trás como era então comum
naquela época em sua cidade e nas cidades do mundo. O cego conversava com seu
guia. Mesmo assim Sócrates não lhe dava a mínima atenção. O rapaz caminho até
chegar antes da esquina da primeira ria a direita e na sua moradia ele
costumeiramente adentrou.
Como
de hábito, ele ao entrar no vão da sala notou a presença de sua irmã com o seu
namorado a conversar amenidades. A irmã era Irma Fernandes, estudante do
Colégio da Conceição, já no seu final de ensino. Na oportunidade Sócrates fez
um “olá” para o estranho e em seguida adentrou a sala onde estava o seu pai,
Gabriel, ouvindo o Rádio de casa, algo bem comum naqueles amenos dias. A mãe de
Sócrates, senhora Célia Fernandes, estava em seu cômodo em um quarto arejado,
folheado revistas de modas. O rapaz cumprimentou e a mulher respondeu:
Celia:
---
Susto. Já terminou? – disse a mulher ao rever o filho amado.
Sócrates:
---
Sim. Tem café? – indagou o rapaz ao responde a pergunta onde ele estava.
Célia:
---
Sim. Peça a doméstica. Ô menino! Quase me mata de susto! – falou a estremecer.
Enquanto
era servido, Sócrates conversava com a sua mãe a respeito de uma mulher de nome
Aurea. Essa mulher tinha um filho chamado Canindé. Ele era um rapaz retraído e
levava a vida a fazer esculturas em cerâmica as quais nunca fizera negócio.
Quem podia ver a sua arte apenas confabulava ser algo de modo belo nada mais. Algumas das esculturas Canindé doava a amigos,
gente que nem sabia dar valor aos modelos. Alguém, um dia, chegou a falar nos
bonecos de barro, para ele tão mal feitos.
Alguém:
---
Que diabo é isso? Parece a marca do diabo! – e gargalhou à vontade.
Nem
por isso Canindé relatou algo por suas criaturas de cerâmica. Afinal, era tudo
o quanto gostava de fabricar nas suas horas vazias.
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