quarta-feira, 30 de julho de 2014

O INFERNO - 10

Alexandra Dahlstrom
HISTÓRIA
10
Jesus é um “mito”. Isso é dado porque a ciência já reverencia seus mitos de há muito. Antes de Jesus se teve Hórus também nascido a 25 de dezembro. Hórus, filho da Virgem Isis, a constelação da estrela onde reina três outras estrelas. Então, esses são os Três Reis (Magos) com certeza visualizado o Sol da Terra e mais ainda, no dia 25 de dezembro quando começa o solstício de inverno se celebra o dia do novo inverno. Jesus pode ter até nascido em outra data, porém não no dia 25 de dezembro quando foi crucificado, morto e sepultado. Esse sepultamento vem entre os dias 21 a 25 de dezembro. Ao terceiro dia, ressuscitou Jesus. Tudo isso é tão somente “mito”.  Tem-se noção cientifica de que os primeiros cristãos nunca festejaram o nascimento de Cristo no mês de dezembro. Os registros que comprovam Jesus não ter nascido nesta data estão bem claros na Bíblia Sagrada se for levada em conta ser a Bíblia o livro dos Judeus, e não dos Sumérios. Uma afirmativa está contida no livro de Lucas onde ele escreve ter sido o nascimento do Cristo no sexto mês (junho) ditado pelo Anjo Gabriel.  Todavia se tem que levar em conta quando Jesus nasceu era primavera e não inverno o qual é então na Judéia. A celebração, em dezembro é o solstício do inverno e não do nascimento de Jesus. E o Deus festejado é o Sol, Deus Mitha, data festiva de sua celebração. Em 21 de dezembro ocorre o solstício do inverno, o mais curto dia do ano. E 25 de dezembro é o primeiro dia no qual os antigos podiam notar claramente que os dias estavam se tornando maiores e que a luz do Sol estava retornando. Em síntese: Natal de hoje é uma festa pagã onde se decora árvores e se cantam hinos de louvor ao se supor está a desejar uma feliz data rica do solstício de inverno.
Canindé:
--- Como você pode sustentar tal fato? – perguntou de forma esquisita.
Sócrates sorriu e voltou a tecer comentários alusivos à festa cristã ou não.
Sócrates:
--- Vejamos bem: Atenas, Grécia. É uma cidade viva entre comércio e cultura. Porém Atenas é uma Cidade de Fé. Grega e ortodoxa. É uma parte do grande ramo oriental do cristianismo. Mas, já existiu um outro mundo em Atenas do qual restam apenas fragmentos torturantes. Quem busca no tempo está à procura de elementos históricos de um mundo igualmente vivo e religioso.  Esse chamado Mundo da Grécia Antiga. O seu legado é a mitologia grega. Tal Mundo era povoado por muitos Deuses e Deusas, cada um com determinado poderes e história. Dezenas de milhares de anos anteriores ao tempo bíblico, contos sobre Deuses e seus feitos eram passados adiante por contadores de histórias. É bem difícil mas numa tentativa de imaginar como era naquela época o que as crianças pensavam e como se impressionavam com “como Zeus deu à luz a Atena de uma dor de cabeça”. Apolo, que era um jovem muito incivilizado e que se tornou depois o Deus da ordem, da música e da arte. Poseidon, que criaria pedras quando estava com raiva. Atena, que era a protetora de uma cidade e zelava pela paz. – fez questão em firmar.
E então Canindé indagou por certo:
Canindé:
--- E que governava esse império infernal?
A sorrir polidamente, Sócrates respondeu.
Sócrates:
--- Presidindo sobre todos estava Zeus, deus do Céu, deus do trovão. Está sob o domínio de Zeus a própria natureza. Havia dois jarros da soleira da porta de Zeus: um jarro do bem. Um jarro do mal. Para cada homem, Zeus entornaria uma porção do bem e uma de mal. – explicou o rapaz
Havia Afrodite e Atos, dois lados da mesma moeda. Afrodite, ela é a Deusa da sexualidade de modo mais claro, da sexualidade feminina. É a Deusa da beleza e está associada à fertilidade. Por outro lado, há Artemis, uma virgem casta. E Apolo, que como todos os Deuses e Deusas da Grécia antiga tinha mais de um poder. Ele era o organizador, o civilizador. Era ele que levava estradas a lugares onde não existiam. Apolo curava, mas também podia trazer pragas. E isso acontecia com muitos Deuses gregos. Eles, se podiam causar algo, também tinham o poder de cessá-lo.
Canindé:
--- Talvez fosse um governador desses que temos hoje. Ou um Presidente. Seja o que for. Para mim, Deus na antiguidade era o mesmo que ser Presidente. – adiantou.
Sócrates:
--- Isso. Isso. Um Manda-Chuva!  - gargalhou.
Canindé:
--- É isso mesmo. Ele podia até matar os rebeldes. – ele disse isso a olhar para o amigo.
Sócrates:
--- Esses Deuses e Deusas surgiram à medida que os gregos antigos buscavam sentido e, talvez fé no Mundo constantemente mutável. Suas histórias foram adornadas e modificadas através dos tempos. A Grécia é habitada desde cerca de 70 mil anos antes de Cristo. E houve invasões de povos do Oriente Médio e do Norte. Cada invasão trazia outras divindades. Os Deuses gregos são um amálgama de várias culturas, principalmente do Oriente Médio. É, sem sombras de dúvidas, tão grande a diversidade de Deuses gregos que eles são diferentes de outros Deuses da região do Mediterrâneo porque incorporaram elementos de vários povos ao redor e não são parecidos com os de outros povos como os da religião dos Celtas ou da Itália. – lembrou o amigo
Canindé;
--- Dá para notar. Eu digo apenas no Brasil. Criam-se imagens de Santos, cada um diferente. Se você verificar os de Nossa Senhora, é uma infinidade de diferença. O de Jesus, nem dá para acreditar. Anjos, Arcanjos, Querubins. Uma eterna confusão. – destacou o rapaz.
Sócrates:
--- É isso mesmo! Não dá para acreditar mesmo. – gargalhou.
Essas histórias da Grécia foram sendo passadas através da tradição oral. Mas, por volta de 750 antes de Cristo, foram reunidas, organizadas e escritas. Apesar de pesquisadores debaterem se um ou vários autores estiveram envolvidos nessa proeza, a crença popular é de que apenas um:
Sócrates:
--- Homero! A verdadeira cristalização da mitologia grega se deu por volta da época de Homero, em 750 antes de Cristo. Com Homero, temos a criação da mitologia grega e a criação dos Deuses. Homero deu aos gregos os seus Deuses. Foi o mais próximo que os gregos tiveram de uma Bíblia. – ele destacou.
No começo Homero conta: havia oceano. O espírito de grande circular e infinito rio correndo eternamente de volta a si mesmo. Havia também uma outra presença: Havia também uma outra presença chamada de a Primeira Mãe – Tercia -. Quando, finalmente se encontraram deram início a uma linhagem de descendentes que depois reproduziriam os Deuses e Deusas dos gregos antigos.
Sócrates:
--- Cerca de 50 anos depois de Homero o poeta Hesíodo escreveu a Teogonia na qual também descreve a criação Deuses. Mas, segundo Hesíodo, o Mundo começou diferente. Primeiro havia uma presença sobrenatural chamada Caos, nome que significava “Vazio” e não “Desordem”. – explicou o jovem.
Era uma vez o Caos. E depois do Caos, veio uma deusa chamada Gaia – ou Terra -. E Gaia se casou com Urano, o Céu. Urano, entretanto, não queria filhos. Ele se sentia ameaçado por eles e evitava que nascessem. Gaia conspirou com Cronos, um dos seus filhos por nascer e castrou seu pai, supostamente de entro do útero da mãe. Os genitais feridos de Urano caíram no Mar de onde emergiu uma surpreendente entidade: Afrodite, deusa do amor.
Sócrates:
--- Essas histórias constituem o que é conhecido como “mitologia” grega. Para os gregos antigos essas histórias era uma questão de “Fé”. Elas ajudavam a explicar como e por que o Mundo funciona dessa forma. Amor e guerra, violência e sexo estão profundamente ligados na mitologia grega e não só nela, como em inúmeras mitologias. Por que essas coisas estão ligadas? Imagine-se porque povos antigos, e certamente os gregos intuíram sentimentos passionais e profundos e estavam ligados na mente e nas emoções humanas. – revelou o homem.
Canindé:
--- Na verdade, em nossos dias, tudo isso aparece e sempre como se fosse uma novidade. Eu sei de um caso de um filho que castrou o seu pai. Isso gerou um pandemônio na localidade onde se deu o fato. O rapaz foi preso e condenado a trinta anos de reclusão. Porém, o rapaz foi morto na detenção por um seu inimigo. Talvez essa briga tenha sido consequência de casos anteriores em vidas passadas. – relatou com a cabeça abaixada.
Após esse fato a história continuou por longas horas.


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