SANDRINE BONNAIRE
RECOMEÇO
09
Ainda
a caminho da casa de Canindé, os dois jovens enamorados seguiam a conversar
sobre esse tema do final do mundo. Para Canindé tudo era muito confuso não
sabendo afirma ser o tal fim uma questão para se ter em mente quando seria ou
não. Casos que envolvem a morte era um verdadeiro suplicio para o rapaz. A
questão é que ele não aceitava a morte nem mesmo como passagem para um outro
campo da vida. Como seria a vida de um ente próximo se ele morreu e não deu
mais notícias? Esse era um caso em questão.
Canindé:
---
Não consigo entender com é a questão da morte. Quem morre, acaba. Essa é a
minha opinião. – falou com ênfase.
Sócrates:
---
O que ocorre é que nós morremos em um corpo físico. Todo corpo físico perece. A
questão é que toda matéria tem um tempo de existência. Se formos ver pelo lado
espirita, tem a certeza de que esse lado da vida imortal. O nosso espirito vive
por toda a eternidade. E em cada Mundo onde esse corpo vai habitar em outro
corpo físico esse tal corpo tem uma duração. – falou com paciência o amigo de
Canindé.
Canindé
ficou em silencio por longo período de tempo para entender estar um parente seu
a existir em algum outro planeta, que não a Terra. E foi então que ele indagou;
Canindé:
---
Tem uma certa questão: a influência de mortos em vivos. Como é isso? – indagou.
Sócrates:
---
Isso é simples. As pessoas influenciam outras pessoas do mesmo modo como os
espíritos influenciam a nós próprios. E tal influencia acontece 24 horas por
dia. Até os Astros influenciam a Natureza. Basta ver a Lua e a sua influência
sobre as marés, as plantações, as colheitas e tudo mais. Os espíritos estão
constantemente em torno de nós. Eles chegam a conhecer até os pensamentos que
desejamos ficar oculto. Como eles estão desvinculados a nenhuma matéria é por
demais amplo o seu horizonte. Até mesmo os espíritos inferiores tem a condição
de ler os nossos pensamentos. – declarou o rapaz.
Canindé:
---
Nossa! Isso é uma verdadeira barafunda. Eu não quero nem pensar. Eles descobrem
os nossos segredos? – indagou preocupado.
Sócrates.
---
Não há segredo para os espíritos. Esse negócio de “cochichado” para o mundo
espirita não existe. Há por aqui. Tudo bem. Mas do outro lado da vida, ah, isso
não existe. – confirmou
Canindé:
---
Isso é preocupante! Um rapaz tem um segredo e por nada no mundo ele deseja que
se saiba! Vem o espirito e acaba com tudo? Não pode ser! – relatou com mágoa.
Sócrates
fez esforço para não sorrir e disse então:
Sócrates:
---
Tudo aquilo que representa ainda imaturidade psicológica são espaços que se
abrem para que os espíritos, se valendo deles, fazendo um movimento de encaixe
e exercendo uma influência em uma pessoa, alterando lhe o processo vivencial. –
explicou com exatidão.
Canindé:
---
Hum? Você tem cada explicação que me deixa mais confuso! – declarou com espanto.
Sócrates:
---
Muito bem! Agora, me diga algo que eu ainda não sei. Você acredita em Deus? –
perguntou
Canindé
olhou atento ao rapaz antes de lhe responder. E então declarou:
Canindé:
---
Depois de tudo que ouvi, agora essa questão me deixa em dúvida. Mas, na verdade
eu creio em um Ser superior. Se não, quem criaria isto tudo além desse Ser? –
indagou preocupado.
Sócrates:
---
Mas o Universo existe a bilhões de anos. E pode haver até multiverso. Ou seja:
vários Universo passando a seu lado em um vai e vem constante que você nem
percebe por estar em outra dimensão. Isso não teria sido feito por algum
espirito ou homem. Isso nasce, cresce e, depois morre. Mas, se morre, esse
Universo vivifica. É uma constante Universal. Veja bem: milhares de anos antes
de Jesus nascer, teve um fenômeno bem pouco aqui divulgado. O Sol com o seu
poder de dar vida. Esse Sol foi personificado no seu tempo como um “Deus”. Era ele a luz do Mundo, o salvador da
humanidade. Em tempos remotos se teve um Deus Hórus, de três mil anos antes de
Cristo. Nos escritos egípcios conhecia-se muito sobre esse “messias”
solar. Hórus, sendo o Sol tinha como
inimigo o Deus Set que era a personificação das Trevas. Isso mostra a guerra
entre dois Deuses: Noite e dia. Ou dia e noite. Trevas versos Luz ou Bem versos
Mal tem sido uma dualidade mitológica onipresente.
Canindé:
---
Onde você quer chegar, afinal? – indagou preocupado.
Sócrates
observou muito bem a face do seu amigo e prosseguiu.
Sócrates:
---
Muito bem. Veja isso: Hórus nasceu a 25 de dezembro da Virgem Isis Maria. O seu
nascimento foi acompanhado por uma estrela no Oeste que, por sua vez, foi
seguida por três Reis em busca do Salvador recém-nascido. Aos doze anos era uma
criança prodígio nos seus ensinamentos e aos trinta anos ele foi batizado.
Hórus teve 12 discípulos e viajou com eles fazendo milagres tais como curar os
enfermos e andar sobre as águas. Hórus também era conhecido por vários nomes
como a Verdade, a Luz, o Filho Adorado de Deus, o Bom Pastor, o Cordeiro de
Deus entre muitos outros. Depois de ser traído por Tifão, ele, Hórus foi crucificado,
enterrado por TRES dias e, então, ressuscitou. Esses atributos de Hórus parecem
influenciar várias culturas mundiais e muitos Deus encontrados com a mesma
estrutura mitológica. Temos Attis, da Grécia, Krishina, da Índia, Dionísio da
Grécia, Mitra da Pérsia. O que importa salientar que existiram inúmeros
salvadores em diversos lugares da Terra que preenchem essas mesmas
características. Por que o nascimento de uma virgem em 25 de dezembro? Por que
a Morte e a Ressureição após três dias? Por que os 12 discípulos ou seguidores?
Canindé:
---
E por que? – indagou surpreso.
Sócrates
sorriu e respondeu:
Sócrates:
---
Vejamos: Jesus Cristo nasceu em 25 de dezembro, em Belém. E o seu nascimento
foi seguido por uma estrela, no ocidente tendo visto por três Reis Magos para
encontrar e adorar o novo Salvador. Tornou-se pregador aos 12 anos e aos 30 foi
batizado por João Batista e então iniciou seu Ministério. Jesus teve 12
discípulos que viajaram com ele praticando milagres, curando doentes, andar
sobre as águas e ressuscitar mortos. Ele também é conhecido como o Rei dos
Reis, a Luz do Mundo, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus entre muitos outros.
Em primeiro lugar a sequência do aparecimento é astrológica. A estrela no
Ocidente é Sírios que a 24 de dezembro se alinha com três estrelas brilhantes
no Cinturão de Orion. Essas três estrelas são ainda chamadas como na
antiguidade: as Três Marias. Essas estrelas apontam para o nascer do sol a 25
de dezembro. A Virgem Maria representa a Constelação de Virgem e como a Casa do
Pão. E a representação de Virgem é o de uma representação de uma virgem
segurando um feixe de espiga de trigo. Por conseguinte isso representa o
período da Colheita. Por sua vez Belém é a tradução de “A Casa do Pão”. E representa um lugar no Céu e não na Terra.
Quando ocorre o 25 de dezembro, é também o solstício de inverno quando os dias
se tornam mais curtos. Quem está no hemisfério norte o Sol desaparece por três
dias simbolizando o processo de morte. – testificou o rapaz.
Canindé:
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Rapaz! Por que não se disse isso de uma vez? – indagou alarmado.
Então
Sócrates coçou a cabeça e fez um gesto de quem não saia muito bem, e advertiu
ser tudo aquilo do conhecimento público.
Sócrates:
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Por isso Jesus é um mito. – declarou.
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