ANNE HATHAWAY
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O ESPIRITO
Em
dias posteriores, Sócrates estava no lar de Canindé a conversar com as pessoas
ali presentes, inclusive a sua namorada, a virgem moça Racilva. Entre os
presentes também se encontravam o senhor Cosme, pai de Canindé, e a sua esposa
Aurea. A palestra girou sobre o Espiritismo,
algo a perseguir o filho Canindé. Era dia de domingo à tarde. Pessoas passeavam
na rua, algumas sorrindo sem algo de se expressar tão demais. Um grupo de
jovens torcia por um time local e ouviu-se o grito anunciando a começo do
aloucado embate com fogos de artificio a espocar no céu primaveril. Dois
garotos voltavam da colheita de frutas trazendo em seus cestos uma porção de
amarelos e saborosos cajus em contraste com as doces e salutares mangas-rosa
dentre os mais marrons e saudáveis sapotis. Um veículo passou a toda velocidade
fazendo um ruído de um motor já meio gasto. E então Sócrates dialogou sobre
certos assuntos evocados.
Sócrates:
---
Vejamos bem o que tenho a relatar: antecedentes do Espiritismo; fenômenos de
Hydesville; Mesas Girantes; e continuadores da obra dos espíritos. Vejamos em primeiro lugar “Os Antecedentes da
Doutrina Espírita”. Os fatos atinentes
das revelações dos espíritos ou fenômenos mediúnicos remonta a mais recuada
antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso Mundo. E sempre ocorreram em todos
os tempos e entre todos os povos. A História, a esse propósito, está pontilhada
desses fenômenos de intercomunicação espiritual. Os historiadores confirmaram
que a imortalidade da alma e a comunicação espiritual tem estado presentes nas
culturas antigas como faculdade natural, sexto sentido ou faculdade psíquica. –
falou em breve assunto.
Então
o velho Cosme indagou por ser um caso novo para o seu conhecer.
Cosme:
---
E como é esse fenômeno, por favor? – indagou surpreso.
Sócrates
enfim respondeu:
Sócrates:
---
Bem. Temos casos do Rei Saul e do profeta Samuel. O Rei Saul, primeiro Rei de
Israel, comunicou-se com o profeta Samuel, o espírito, e este desvendou-lhe o
seu futuro e o das suas provas ao enfrentar os filisteus, da Filisteia. Eles –
os filisteus - eram os chamados “povos do Mar” e teriam vindo da Grécia. A
história ainda começa a montar esse quebra-cabeça. Os estudiosos entendem que
esse grupo de “bárbaros” migrou do Mar Egeu. – comtemplou o rapaz
Cosme:
---
É uma história bela! Conte mais, por favor! – falou entusiasmado.
Com
uma mexa de fumo na boca a mascar, o ancião pôs-se atento:
Sócrates:
---
Como estava expondo: três casos muito famosos também ocorreram na mediunidade
na História: Teresa de Ávila, viveu nos anos de 1515 a 1582 e foi conhecida
como a maior mística da Igreja (Católica) mostrou diversos fenômenos, como
êxtase. Franz Anton Mesmer viveu entre 1754 a 1815 foi o famoso austríaco que
abriu o espaço na saúde humana. Ele usou experiência com o magnetismo com curas
com as mãos. E o de Joana D’Arc, viveu entre 1412 e 1430. A jovem médium desde
os 12 anos escutava as vozes do mundo espiritual e que foi condenada à fogueira
– pela Igreja – aos 19 anos. Um processo religioso que a considerava
“feiticeira”.
Cosme:
---
Interessante! Interessante! Conte mais, por favor. – disse o ancião a se acerca
mais do rapaz.
Aurea:
---
Esse caso de Joana D’Arc eu vi em cinema. Muita crueldade. E ela se tornou
“Santa”. Santa Joana D’Arc, lembrou a mãe de Canindé.
Canindé:
---
Eu vi o filme também. – lembrou o rapaz.
Racilva:
---
Sócrates nunca pára de contar. Vocês só
atrapalham. – relatou a moça um pouco aborrecida
Enfim
o seu namorado sorriu e solicitou paciência à sua bem amada.
Sócrates:
---
Paciência, querida. Paciência! Esse é o ritmo da vida. Vejamos: Temos aqui
Emmanuel Swedenborg, um dos mais extraordinários filhos da Suécia. Desde a sua
infância tiveram início as suas visões até a sua morte. Mas as suas forças
latentes eclodiram com mais intensidade a partir de abril de 1744, em Londres.
Desde então, afirma Swedenborg: “O Senhor abria os olhos do meu espírito para
ver perfeitamente desperto o que se passava no outro mundo e para conversar em
plena consciência com os “anjos” e espíritos. Informa Immanuel Kant, na obra
“Sonhos de Um Vidente” que em 1756, Swedenborg encontrava-se com os amigos em
Gotemborg a 400 quilômetros de Estocolmo. Às 18 horas o vidente anunciou que
tinha iniciado um incêndio que avançava em direção de sua própria casa. As 20
horas demonstrou grande perturbação pelos danos produzidos. Mas num dado
momento acalmou-se e exclamou com alegria que o incêndio tinha cessado três
portas antes da sua. Dois dias depois confirmou-se a notícia chegada de
Estocolmo. – concluiu o rapaz.
Hoje,
ontem e há muito tempo, mesmo na época dos Sumérios, um povo que habitou a
Mesopotâmia, hoje conhecido como Iraque, o tema pós-morte tem abalado sempre os
sentidos do ser humano, onde há a dúvida de se ter conhecimento. A mitologia da
criação em geral é dividida em dois tipos: 1) - Cosmogonia, relativa a criação
do cosmos; 2) - e Antropogonia, relativa à criação da humanidade. Esta
distinção é importante, porque enquanto que existem textos específicos
relatando a Antropogonia suméria, não existem textos diretos tratando somente
sobre a cosmogonia. Aquilo que se sabe sobre as crenças dos sumérios sobre o
assunto deve frequentemente ser aprendido a partir de textos que não se
relacionam entre si. Apesar das cosmogonias apresentadas nestes textos
sugerirem variações, alguns padrões distintos podem ser estabelecidos, e estes
fornecem uma compreensão mais ampla a respeito das crenças sumérias relativas a
criação do cosmo.
Sócrates:
---
Tem outro aspecto na História. Na parte dos Sumérios, um povo antigo, tem os
históricos de Abraão. Ao contrário do que de fala, Abraão era uma pessoa comum,
assim como nós. Ele enfrentou muitas dificuldades que nós enfrentamos. Certa
vez, Abraão, nascido na cidade de Ur, na Mesopotâmia, fez-se revoltoso com a
adoração a “deuses”, como era o costume do povo e, principalmente, da sua
família, começando a destruir todas as estátuas expostas na Casa de seu pai.
Mas destruiu tudo e tocou fogo para não restar nada. O seu irmão apavorou-se e
entrou na capela para apagar o fogo.
Harã;
---
“Não faça uma coisa dessa! São os Santos do nosso pai!” – disse o seu irmão.
Sócrates:
---
E foi então que o seu irmão entrou no Santuário do seu pai para apagar o fogo
imenso e cruel a consumir todo o local. Com isso, Harã morreu e deixou um filho
de nome Ló. O pai de Abraão, de nome Terá, veio em busca de salvar o filho, mas
nada pode ser feito. E sentenciou a Abraão a criar o filho do seu irmão. O
certo é que Abraão declarou com muita raiava que, daquele momento em diante, se
adoraria apenas um “Deus” e não mais os outros. E foi o que aconteceu de
verdade. Na Bíblia está escrito: “O Deus de Abraão”. Essa história de religião
é coisa muito antiga. A questão de “um só Deus” foi se alastrado no Ocidente
deixando de lado o Oriente onde não se acredita nesse costume.
O
ancião Cosme ficou irado com tanta malvadeza. E então falou inconsciente:
Cosme:
---
Isso é um crime! Um cavalo desses! Como é que pode?! – vociferou o velho.
Sócrates:
---
E tem mais: cessado o fogo, com mais um tempo, Abraão seguiu para o Egito onde
se apresentou ao Faraó e desse ao poderoso chefe de estado ter com ele a sua
irmã. Na verdade, Sara era a sua mulher. O Faraó então pediu que ela lhe fosse
dada como um presente. E foi aceito o pedido. Seis anos depois Sara declarou ao
Faraó ser, na verdade, mulher de Abraão. Então, irado, o Faraó expulsou Abraão
e sua família, inclusive Sara, para terras distantes do seu Império. –
explicou.
Cosme:
---
Tá vendo! Tá vendo! Bem feito! Eu mataria esse degenerado! – alegou com muita
ira.
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