sábado, 13 de setembro de 2014

O INFERNO - 11

ANNE HATHAWAY
11
O ESPIRITO
 




Em dias posteriores, Sócrates estava no lar de Canindé a conversar com as pessoas ali presentes, inclusive a sua namorada, a virgem moça Racilva. Entre os presentes também se encontravam o senhor Cosme, pai de Canindé, e a sua esposa Aurea.  A palestra girou sobre o Espiritismo, algo a perseguir o filho Canindé. Era dia de domingo à tarde. Pessoas passeavam na rua, algumas sorrindo sem algo de se expressar tão demais. Um grupo de jovens torcia por um time local e ouviu-se o grito anunciando a começo do aloucado embate com fogos de artificio a espocar no céu primaveril. Dois garotos voltavam da colheita de frutas trazendo em seus cestos uma porção de amarelos e saborosos cajus em contraste com as doces e salutares mangas-rosa dentre os mais marrons e saudáveis sapotis. Um veículo passou a toda velocidade fazendo um ruído de um motor já meio gasto. E então Sócrates dialogou sobre certos assuntos evocados.

Sócrates:

--- Vejamos bem o que tenho a relatar: antecedentes do Espiritismo; fenômenos de Hydesville; Mesas Girantes; e continuadores da obra dos espíritos.  Vejamos em primeiro lugar “Os Antecedentes da Doutrina Espírita”.  Os fatos atinentes das revelações dos espíritos ou fenômenos mediúnicos remonta a mais recuada antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso Mundo. E sempre ocorreram em todos os tempos e entre todos os povos. A História, a esse propósito, está pontilhada desses fenômenos de intercomunicação espiritual. Os historiadores confirmaram que a imortalidade da alma e a comunicação espiritual tem estado presentes nas culturas antigas como faculdade natural, sexto sentido ou faculdade psíquica. – falou em breve assunto.

Então o velho Cosme indagou por ser um caso novo para o seu conhecer.

Cosme:

--- E como é esse fenômeno, por favor? – indagou surpreso.

Sócrates enfim respondeu:

Sócrates:

--- Bem. Temos casos do Rei Saul e do profeta Samuel. O Rei Saul, primeiro Rei de Israel, comunicou-se com o profeta Samuel, o espírito, e este desvendou-lhe o seu futuro e o das suas provas ao enfrentar os filisteus, da Filisteia. Eles – os filisteus - eram os chamados “povos do Mar” e teriam vindo da Grécia. A história ainda começa a montar esse quebra-cabeça. Os estudiosos entendem que esse grupo de “bárbaros” migrou do Mar Egeu. – comtemplou o rapaz

Cosme:

--- É uma história bela! Conte mais, por favor! – falou entusiasmado.

Com uma mexa de fumo na boca a mascar, o ancião pôs-se atento:

Sócrates:

--- Como estava expondo: três casos muito famosos também ocorreram na mediunidade na História: Teresa de Ávila, viveu nos anos de 1515 a 1582 e foi conhecida como a maior mística da Igreja (Católica) mostrou diversos fenômenos, como êxtase. Franz Anton Mesmer viveu entre 1754 a 1815 foi o famoso austríaco que abriu o espaço na saúde humana. Ele usou experiência com o magnetismo com curas com as mãos. E o de Joana D’Arc, viveu entre 1412 e 1430. A jovem médium desde os 12 anos escutava as vozes do mundo espiritual e que foi condenada à fogueira – pela Igreja – aos 19 anos. Um processo religioso que a considerava “feiticeira”.

Cosme:

--- Interessante! Interessante! Conte mais, por favor. – disse o ancião a se acerca mais do rapaz.

Aurea:

--- Esse caso de Joana D’Arc eu vi em cinema. Muita crueldade. E ela se tornou “Santa”. Santa Joana D’Arc, lembrou a mãe de Canindé.

Canindé:

--- Eu vi o filme também. – lembrou o rapaz.

Racilva:

--- Sócrates nunca pára de contar.  Vocês só atrapalham. – relatou a moça um pouco aborrecida

Enfim o seu namorado sorriu e solicitou paciência à sua bem amada.

Sócrates:

--- Paciência, querida. Paciência! Esse é o ritmo da vida. Vejamos: Temos aqui Emmanuel Swedenborg, um dos mais extraordinários filhos da Suécia. Desde a sua infância tiveram início as suas visões até a sua morte. Mas as suas forças latentes eclodiram com mais intensidade a partir de abril de 1744, em Londres. Desde então, afirma Swedenborg: “O Senhor abria os olhos do meu espírito para ver perfeitamente desperto o que se passava no outro mundo e para conversar em plena consciência com os “anjos” e espíritos. Informa Immanuel Kant, na obra “Sonhos de Um Vidente” que em 1756, Swedenborg encontrava-se com os amigos em Gotemborg a 400 quilômetros de Estocolmo. Às 18 horas o vidente anunciou que tinha iniciado um incêndio que avançava em direção de sua própria casa. As 20 horas demonstrou grande perturbação pelos danos produzidos. Mas num dado momento acalmou-se e exclamou com alegria que o incêndio tinha cessado três portas antes da sua. Dois dias depois confirmou-se a notícia chegada de Estocolmo. – concluiu o rapaz.

Hoje, ontem e há muito tempo, mesmo na época dos Sumérios, um povo que habitou a Mesopotâmia, hoje conhecido como Iraque, o tema pós-morte tem abalado sempre os sentidos do ser humano, onde há a dúvida de se ter conhecimento. A mitologia da criação em geral é dividida em dois tipos: 1) - Cosmogonia, relativa a criação do cosmos; 2) - e Antropogonia, relativa à criação da humanidade. Esta distinção é importante, porque enquanto que existem textos específicos relatando a Antropogonia suméria, não existem textos diretos tratando somente sobre a cosmogonia. Aquilo que se sabe sobre as crenças dos sumérios sobre o assunto deve frequentemente ser aprendido a partir de textos que não se relacionam entre si. Apesar das cosmogonias apresentadas nestes textos sugerirem variações, alguns padrões distintos podem ser estabelecidos, e estes fornecem uma compreensão mais ampla a respeito das crenças sumérias relativas a criação do cosmo.

Sócrates:

--- Tem outro aspecto na História. Na parte dos Sumérios, um povo antigo, tem os históricos de Abraão. Ao contrário do que de fala, Abraão era uma pessoa comum, assim como nós. Ele enfrentou muitas dificuldades que nós enfrentamos. Certa vez, Abraão, nascido na cidade de Ur, na Mesopotâmia, fez-se revoltoso com a adoração a “deuses”, como era o costume do povo e, principalmente, da sua família, começando a destruir todas as estátuas expostas na Casa de seu pai. Mas destruiu tudo e tocou fogo para não restar nada. O seu irmão apavorou-se e entrou na capela para apagar o fogo.

Harã;

--- “Não faça uma coisa dessa! São os Santos do nosso pai!” – disse o seu irmão.

Sócrates:

--- E foi então que o seu irmão entrou no Santuário do seu pai para apagar o fogo imenso e cruel a consumir todo o local. Com isso, Harã morreu e deixou um filho de nome Ló. O pai de Abraão, de nome Terá, veio em busca de salvar o filho, mas nada pode ser feito. E sentenciou a Abraão a criar o filho do seu irmão. O certo é que Abraão declarou com muita raiava que, daquele momento em diante, se adoraria apenas um “Deus” e não mais os outros. E foi o que aconteceu de verdade. Na Bíblia está escrito: “O Deus de Abraão”. Essa história de religião é coisa muito antiga. A questão de “um só Deus” foi se alastrado no Ocidente deixando de lado o Oriente onde não se acredita nesse costume.

O ancião Cosme ficou irado com tanta malvadeza. E então falou inconsciente:

Cosme:

--- Isso é um crime! Um cavalo desses! Como é que pode?! – vociferou o velho.

Sócrates:

--- E tem mais: cessado o fogo, com mais um tempo, Abraão seguiu para o Egito onde se apresentou ao Faraó e desse ao poderoso chefe de estado ter com ele a sua irmã. Na verdade, Sara era a sua mulher. O Faraó então pediu que ela lhe fosse dada como um presente. E foi aceito o pedido. Seis anos depois Sara declarou ao Faraó ser, na verdade, mulher de Abraão. Então, irado, o Faraó expulsou Abraão e sua família, inclusive Sara, para terras distantes do seu Império. – explicou.

Cosme:

--- Tá vendo! Tá vendo! Bem feito! Eu mataria esse degenerado! – alegou com muita ira.


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