- ABDUÇÃO -
- 01 -
O CINEMA -
Lígia Jones Alencar tinha saído
da sessão do cinema há poucos minutos. Havia gente àquela hora da noite a
seguir caminho como outras pessoas. O pessoal estava assustado com o filme, O
Exorcista, uma fita por demais inquietante. Por isso mesmo trocavam impressões
das mais diversas alusões. Na esquina de uma rua, Lígia Jones entrou sem
prestar atenção. A artéria estava quase escura e a moça seguia por fim
distraída pensado no filme que assistira. De repente, surgiu a sua frente uma
nave espacial. Ela nem sabe o que sentou. Notou apenas a figura de um homem
alto e corpulento vindo em sua direção. A nave estava no alto, bem acima do
extraterrestre. Era de fato uma grande nave cheia de luzes ao redor. A moça, de
repente olhou impressiona e naquele instante estava sendo visitada por um ser
celestial. Ela nunca viu nada como uma evidencia sólida. E até pesou no filme
que assistira há minutos antes. Nada falou nem gritou. Sabia, porém, que estava
sendo visitada. Lembrou por instantes em um caso ocorrido em outro país há
muitos anos. O caso foi assunto de capa de revista. Mesmo assim, esse caso
fazia longos anos e Lígia nem sabia quando. Agora os extraterrestres são reais.
A rua por onde seguia a moça estava coberta de árvores, menos naquele local.
Ligia
--- Fantasmas? - - quis gritar
Naquele mesmo instante um ser
extraterrestre surgiu, de repente, e Ligia pensou em uma percepção
extra-sensorial ou paranormalidade. Era, de fato, algo desconhecido. Uma parede
intransponível. Ser para crer. A jovem moça foi abduzida de imediato e desse
ponto em diante ficou inconsciente. Passada algumas horas, Ligia despertou e
observou ao seu redor uma sala imensa onde os seres estavam vestidos todos eles
de branco sem ao menos conversar. Então, mais desperta, ela notou o que estava
havendo ao seu redor. Luzes claras por todo o canto e apenas uma mesa coberta
por um pano branco. Ligia quis se mexer, porém não conseguiu fazer algo. Gritar
não podia. Ela apenas pensou
Lígia
--- Alguma coisa acontece e eu
que ser do que se trata. - -
Alguns minutos após, uma
enfermeira se aproximou de Ligia Alencar e lhe aplicou uma injeção. Com pouco
tempo, a moça adormeceu. E o tempo passou. Algo em torno de meia hora. Ligia
caminhava sem sentidos sentindo apenas a picada no braço. Nada sabia. Logo após
atravessou a praça e chegou a sua moradia. Alguem indagou
Doméstica
--- Viu o filme? –
Ela de nada se lembrou. Mesmo
assim, respondeu.
Ligia
--- Que filme. Ah sim. ---
Com o tempo Ligia Alencar foi
dormir e nada mais lembrou. Nessa noite Ligia sonhou de algo surpreendente. Uma
nave espacial, um extraterrestre na atmosfera da Terra e o desvio da atenção do
que podia saber com certeza e o que soube realmente. Após esse sonho Lígia teve
uma outra alucinação. Um caso muito assombroso. Um disco voador vindo para cair
em um monte ao se espatifar num recanto distante. Nesse tempo, ela despertou
cheia de susto. O seu coração batia freneticamente. O suor escorria pelo corpo
todo. Apesar de ser quase dia, aproximadamente quatro e meia da manhã, ele se
refez de sonho e lembrou de uma nave a cair do céu. E disse apenas
Ligia
--- Foi um sonho. - -
Em seguida, levantou e seguiu até
a toalete onde cumpriu suas necessidades. No entanto, ainda sentida a picada no
braço. Ela sacolejou como se aquele incomodo passasse. Porém não sabia o que
era então. E ela lembrou do sonho. Um disco voador caindo do céu. Ele veio com
tamanha rapidez tendo se espatifado ao longo do morro. Apesar do seu descuido,
a moça queria decifrar o ocorrido. Aquele sonho podia ser verdadeiro e a queda
estaria sujeito em qualquer canto da cidade. Um grande objeto prateado flutuou
de repente sobre o campo, tomou a direção sul rumo a Terra e de forma brusca
explodiu.
Na manhã seguinte, equipes de
Bombeiros já estavam à procura do artefato. Nesse instante a doméstica foi quem
falou espantada
Doméstica
--- Houve um estrondo no morro! -
- falou desesperada.
Ligia
--- Quando? - - quis saber
Doméstica
--- Madrugadinha. Lá perto do
morro. Os bombeiros foram para lá. - - falou inquieta.
Ligia
--- Ave Maria. Eu sonhei com
isso! - - falou com medo.
Doméstica
--- Pois foi. Está tudo interrompido.
Carro não passa! - - alertou
Na verdade, era um disco
extraterrestre. Alguma coisa caiu em cima do morro, se espatifou e explodiu. O
local estava cheio de fumaça e fogo. Além do Corpo de Bombeiros da Policia estavam
também as equipes da Aeronáutica. Os soldados usavam máscaras e luvas com
vestimentas apropriadas com equipamentos de roupas de borracha. Toda a região estava
interrompida sem entrar ninguém do local a não ser os bombeiros e as equipes da
Base. O ponto de colisão era de um tamanho descomunal. Havia corpos estendidos
por toda parte e um cheiro forte de combustível não se sabendo o qual.
Oficial
--- Acredito que algo aconteceu.
Temos que resgatar os destroços e os mortos. É bom não se falar do que houve.
E a história foi relegada a um
canto de jornal. As descrições como sendo algo que não pertencem a esse mundo
não mereceram menção. Mesmo assim, os extraterrestres eram de fato reais. A
polícia técnica fez autópsia e logo sepultaram os extraterrestres e não se
falou mais no caso podendo ter sido uma aeronave uma nave desgovernada.
No entanto alguém falou demais. E
foi mesmo Ligia Alencar.
Ligia
--- Houve um desastre com uma
nave extraterrestre. E morreram mais de cinco seres. As autoridades não falam.
A questão é que houve. E houve vários discos voadores do Céu.
Domestica
--- Quem disse?
Ligia
--- Eu. Eu vi um disco voador se
espatifar no chão. E depois de algum tempo eu me lembro que fui abduzida para
outro Mundo. - -
Domestica
--- Quando
Ligia
--- Há uma semana. Eles me
pegaram e levaram para outro Mundo.
Domestica
--- Quem disse isso?
Ligia
--- Eu tenho a marca na pele do
meu braço
Doméstica
--- Deixe eu ver! –
E Ligia Alencar mostrou a ferida
em seu braço.
Ligia
--- Veja! - -
Domestica
--- Nossa! É mesmo. E por que a
senhora ficou calada? - -
Ligia
--- Tive medo. Eles podem voltar.
Sei lá. - - falou abatida.
Domestica
--- É bom dizer! - - falou sem
medo
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