- NIBIRU -
- 08 -
INFINITO -
Era noite ou madrugada. Tudo era
silêncio. Um cão latiu. Um gato miou. A essa altura, Joelma estava dormindo.
Por instantes acordou. Ouviu o cão. Em meio da madrugada a moça se levantou
para cumprir uma necessidade. A casa estava quase escura. O seu irmão não
voltara naquela noite. Seus pais estavam a dormir no quarto vizinho. Joelma se
pôs de pé e seguiu para o banheiro. O cão continuava a latir. Quando a moça
saiu da latrina e em certo instante algo impressionante. Uma mulher entrou na
sala atravessando a parede. A moça quis gritar, mas não teve forças para tal.
Apenas olhou a mulher e essa, espantada, também a olhou. Sem pedir desculpas, a
visagem, se podia chamar assim, Joelma correu para cima da visagem, a mulher, e
nada alcançou. A mulher saiu da forma como entrou, atravessando a parede. O
quase escuro da habitação não dava para vislumbrar com precisão afigura da
mulher. Apenas Joelma sabia ser uma mulher e nada mais. Num instante a moça chamou a sua mãe. Essa não
respondeu. Então ela buscou uma caixa de fosforo para dar mais luz ao meio
ambiente. E de imediato riscou o palito e vislumbrou o interruptor da lâmpada
próxima. Correndo em desespero acendeu a lâmpada e teve tudo claro em sua
volta. Então, a moça chamou a sua mãe e essa de longe, acordou
Maria
--- Que é mulher? - - indagou com
uma voz tumular.
Joelma correu até o quarto onde
dormia a sua mãe, Maria, e com o coração batendo alucinado quase que não a
deixava equilibrada. Mas, por fim, a moça relatou.
Joelma
--- Uma visagem! Uma visagem!
Venha! Venha! - - dizia a moça em desespero.
A mulher, Maria, mãe de Joelma
apenas se sacudiu na cama e relatou.
Maria
--- Ratos! Meta o pau! - - disse
a mulher
A moça, desesperada, declarou de
imediato.
Joelma
--- Não é rato! Uma mulher
atravessou a parede como de súbito e logo sumiu! - - relatou com forte
desespero.
Maria
--- Vai dormir. Teu mal é sono! -
- reclamou a sua mãe.
Nesse ponto, o velho Cosme, pai
de Joelma, acordou e disse.
Cosme
--- Verdade! Estou acostumado de
ver essa tal de visagem andando para sala. Ela quer é reza. –
Joelma
--- Não disse? Não disse? Meu pai
já viu a visagem! - - reclamou assombrada
Cosme
--- Va dormir! E reze! “Ela” não
faz mal! - - respondeu o velho querendo conciliar o sono
Maria
--- É a leitura que você está
fazendo a toda hora. – - afirmou sonolenta.
Joelma
--- Que leitura, que nada! - - e
se voltou para o seu quarto.
Chegando no quarto, acendeu a
lâmpada e jogou o livro que estava em cima do travesseiro no chão como se
culpasse a brochura por tudo aquilo. A madrugada começava a avançar bem devagar
até que chegou ao quarto de Joelma uma sombra indistinta nem fazendo sinal
algum. Ela pensou em seu pai. Contudo a sobra não disse nada. Naquela ocasião
Joelma não teve sequer a coragem de saber quem era. A luz do quarto havia sido
desligada minutos antes, e tudo voltou ao escuro ficando acesa apenas a luz do
banheiro. A moça havia desligado todas as lâmpadas como era o costume da casa.
E a sombra parecendo um vulto de um homem nada fez. Ele apenas olhava para
Joelma e nada mais. Em determinado instante a sombra se aproximou e então falou
com voz afetuosa.
Extra
--- Venha! Vamos daqui! Eu quero
mostrar um outro mundo. O que tanto te atormenta. O Multiverso! Venha! É um
minuto apenas! - - falou o ser.
Talvez ali estava um ser
extraterrestre. Um ser de outro mundo. Mundo que estava muito próximo a Joelma.
Algo que ela jamais notara como gostaria de saber. Por trás de tudo que nós
divisamos está um mundo diferente apesar de ser igual ao nosso. Um extra mundo.
Vários mundos onde tudo se completa, porém não são da mesma forma. Um mundo
fascinante. Então a moça seguiu o seu instinto natural de conhecer o novo
Universo.
Joelma
--- Mas agora? - - indagou com
voz em dúvida.
Extra
--- Sim! Não queres conhecer esse
Universo ou Multiverso? - - sorriu.
Joelma
--- E os meus pais? - -
Extra
--- Eles dormem. E a viagem é tão
curta que os seus pais não sentirão. - -
Joelma
--- E as roupas? - - indagou a olhar
seus trajes de dormir
O ser que como entanto vestiu
trajes incomuns em Joelma sem que ela percebesse. E respondeu
Extra
--- Estás vestida muito bem. - -
sorriu
De imediato, Joelma seguiu com o
ser para um outro lado do qual estava sem poder nem notar a transmutação a qual
fizera. Ela estava como se em um vagão de um trem a circular vertiginoso onde
outros passageiros eram moças e senhores, todos de uma mesma forma. Gente como
toda gente. Porém com alguma modificação não percebida a primeira hora. A viagem de Joelma era algo sobrenatural a
submeter as regras da natureza humana. Ela estava além do cosmos. Era então como
o Universo funcionava. O Multiverso com certeza onde as suas atuações claras se
norteavam em uma Terra qual era tão normal quanto a mesma Terra que ela havia
deixado segundos antes. Nessa desesperança do ignoto, por fim Joelma falou.
Joelma
--- Onde estamos? - - quis
assustada.
Richard:
--- Nós estamos em nosso país.
Isto quer dizer: onde eu vivo. Onde eu habito. - - respondeu sem orgulho
Joelma
--- Mas aqui é como se fosse na
Terra. - - relatou.
Richard:
--- Alguns países são
semelhantes. Eu posso está nesse pais e migrar para outro. Eu quero dizer:
país. Mas é nação de outro Universo. - -
Joelma
--- Como o senhor se chama? - -
Richard
--- O meu nome é como se
estivesse na Terra. Os nomes de um Universo variam pouco. No caso eu me chamo
Richard. Na sua terra tem esse nome. Mesmo assim, eu teria um outro nome mais
ou menos diferente se eu fosse de outro Universo. Os nomes pouco diferem de um
lugar a outro como na Terra. - -
Joelma
--- O que de diferente no seu
Universo ou seu Mundo? - -
Richard
--- Se a senhora olhar bem, verá
algumas diferenças. Tente observar. - -
E a moça procurou identificar as
semelhanças e quase não notava.
Joelma
--- Na verdade, eu não vejo tais
diferenças. - -
Richard
--- Mas existe. Por exemplo. A
senhora está agora em um trem muito rápido. Tudo bem. Mesmo assim, as pessoas
que estão por perto não a vê. Esse é uma diferença. Vamos saltar aqui na
estação. - -
Joelma
--- Ninguém me vê? - -
assustou-se.
Richard
--- Esse é um detalhe. A senhora
passa por uma outra pessoa e vê que se assemelha ou há semelhança entre ambas.
Mas aquela outra pessoa não está lhe percebendo. Veja o exemplo. –
Joelma
--- Nossa!!! Parece que eu estou
me vendo como através de um espelho. - -
Richard
--- Outra diferença: Religião.
Esse culto não se tem aqui. A idade é bem diferente da que se faz na sua Terra.
E assim vai. - -
Joelma
--- Religião? Aqui não se tem
religião? Não se tem Deus? - - assustada.
Richard
--- Não senhora. Vamos subir as
escadas. Tenha cuidado porque aqui as escadas rolam, como já tem em seu
planeta. Muitas das suas novas invenções foram feitas por nós. Os seus Governos
contratam um ser e não sabem que somos nós. - -
Joelma
--- Virgem! Os senhores vão ao
nosso Universo, a nossa Terra para fazer tal progresso? - -
Richard
--- Isso é normal. Muitos dos
terráqueos são trazidos para o nosso mundo. Aqui, eles aprendem como se faz.
Alguns outros Mundos levam seres que desenvolvem artes bélicas. E assim por
diante. - -
Joelma
--- Eu não entendo nada disso.
Pelo certo: o que os senhores ganham com disso? - -
Richard
--- Nós ganhamos muitos. Eu sou
físico. Nós, como muitos outros colegas, ensinamos aos senhores o que os
senhores ainda não sabem. - -
Joelma
--- Físico? O senhor é um Físico?
Físico mesmo? - - indagou alarmada
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