terça-feira, 7 de março de 2017

SUPLÍCIO DE UM MISTÉRIO - 25 -

- CORONEL -
- 25 -
SUSPENSE -

Gastão ficou refletindo do que poderia ocorrer com toda essa celeuma. Isso seria um vendaval iminente a ocorrer de um modo ou de outro a qualquer momento ou mesmo naquele instante. Pessoas ricas e de maior alcance, isso ele sabia que havia. Ricaços que não se podia duvidar. Havia mandantes de assalto a carro forte, Bancos ou mesmo de empresas internacionais feitoras de empreendimentos lucrativos de cunho mundial. O avô era descente de Italiano. Alguma coisa de se preocupar. E tinha gente no Senado com muita força capaz de acabá-lo em instantes. Lordes por assim falar. Nesse instante, Gastão indagou:
Gastão
--- Meu avô está se sentindo preocupado? - - indagou com dúvidas.
Coronel
--- Para mim, ele não disse nada. Apenas que a família tinha inimigos ferrenhos. - -
Gastão
--- Mas essa família mora aqui? - - indagou
Coronel
--- Ele não falou muito. Ele não diz nada. - -  calou.
Gastão
--- E ele tem medo de quem? - - indagou
Coronel
--- Bem. O que eu sei a custo de muito sacrifício é que o pai dele, o meu avô, pertenceu por algum tempo ao serviço de Czar Nicolau II. Antes da Revolução que depôs, sacrificou e pôs fogo nos cadáveres de Czar e da família, inclusive da filha dada como desaparecida. A Anastácia. O velho conseguiu fugir com a família. Inclusive meu pai e ficou por anos desaparecido. E ainda hoje meio pai está camuflado. Mas, no Senado daqui, hoje, já tem gente fuzilando os seus inimigos do tempo da Iº Guerra. Eu creio que ele está temeroso com essa gente. - -
Gastão
--- Há qualquer informe sobre atos terroristas? - -
Coronel
--- Sim. Assalto a Bancos, principalmente, sem contar com o roubo de carros novos. Eles, bandidos estão ligados a uma rede de assaltantes. O meu avô já se armou para qualquer ação. Ele e os seus capangas.  Além do mais tem orientado a mim para seguir o mesmo exemplo. Na sua fazenda, todos os jagunços andam armados. E se alguém bate na frente ou atrás do sítio, tem que se identificar. É por isso que eu vim aqui, agora. - -
Gastão
--- Estou entendendo. Meu bisavô já morreu. Meu avô está velho demais. Sobra o senhor, seus filhos e mesmo eu. - -
Coronel
--- Isso mesmo! Um dos meus filhos, seu irmão, trabalha no Congresso. Por lá ele fica sabendo do que ocorre. Gente grossa! Muito grossa! É a questão. O movimento da Rússia e mesmo da Alemanha, está tomando fôlego, agora. Na Rússia, eles mandam, covardemente, liquidar os antigos russos do tempo do Czar. - - falou baixo
Tempos passados, o Coronel deixou o AP do filho e de sua mulher Ada, rumando em seu carro dirigido por um capanga. Os dois saíram para um hotel no centro da cidade onde se hospedavam gente de fina classe e alguns de seus convidados. Gente diversa a passar para um lado e para outro, casas de comércio a fazer bons negócios, bancas de revistas, camelôs, vendedores de coisas miúdas. Era o mundo a si agitar. O Coronel saltou do seu carro e caminhou com presa para o interior do Hotel. O capanga movia o carro para bem estacioná-lo. Uma mulher chamava o seu filho menor para junto enquanto caminhava. De repente, um estampido. Tiro mortal atingindo as costas do coronel que de baque, foi ao chão. O atirador correu para longe. O capanga do Coronel, alarmado, ouviu o estampido. De imediato correu em busca do facínora. E deu-lhe um disparo com sua arma atingindo-lhe as costas. Viu o bandido a cair de bruços. E chegou mais perto dando-lhe mais disparo até a vítima estar bem morto. O povo, na rua, a correr apavorado.
Mulher
--- Tiros? Corra, menino!!! - - gritava uma mulher.
Gerente
--- Fechem es postas!! Fechem as portas! Fechem as portas! -  - - gritava o gerente da loja a ordenas os caixeiros
O tumulto se formou em um instante. Um corre-corre enlouquecido do povo se bater com outras pessoas. No interior do Hotel, alguém alarmado gritou.
Hóspede
--- Tiros? Quem foi? - - indagou alguém desnorteado com o impacto das balas.
Garçom
--- Na frente do Hotel. - - disse isso e correu para a entrada do prédio
Outras pessoas chegaram primeiro. Cada qual que quisesse entender o que fora feito naquele instante. De volta, o jagunço. Esse procurou ouvir algum do Coronel. Moribundo, o homem disse-lhe algo quase inteligível
Coronel
--- O deputado!!! O deputado!!! - - e deitou a cabeça ao solo. Estava morto o homem.     
      



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