segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

SUPLÍCIO DE UM MISTÉRIO - 19 -

- CARCARÁ -
- 19 -
CARCARÁ -

O a garoto e a menina continuaram a conversa, ela, sisuda, ele, receoso até algum tempo. A avó conversava animada com dona Ada e as demais molhavam o tacho, onde estava o almoço do dia do pessoal da casa, dos vaqueiros e demais trabalhadores. Nesse espaço de tempo, o menino convidou a menina para ir até a entrada da casa, no alpendre, um espaço largo e meio alto partindo do chão. E então lá chegando, os meninos continuaram a conversa. A menina mostrou como se fazia o carro de osso, logo juntando pedaços de osso de gado já seco. Aldo ouvia tudo com paciência. Num instante, passou tranquilo em direção ao portão do cercado o vaqueiro de apelido Carcará conversando com outro companheiro. A menina viu os dois quando passavam e indagou a Aldo.
Marina
--- Você conhece aquele homem? - -
Aldo
--- É empregado do sítio. - -
Marina
--- Minha avó disse que ele é homem mau. Ele é capanga. - -
Aldo
--- Capanga? Que é isso? - - assustado
Marina
--- Sei lá. Deve ser coisa ruim. Capanga. Ele já matou muita gente. - -
Aldo
--- Foi mesmo. – - com temor
Marina
--- Ele e mais outros. Um tal de Boidé. Esse foi morto pela polícia. E outro, Sanhaçu. Esse mora com o capanga Carcará. - - falou bem manso
Aldo
--- É mesmo? É perigoso também? - - assustado
Marina
--- Só pode. Eles só andam armados. Mas não vá contar a ninguém. Minha avó briga comigo.  - - sigilosa
Aldo
--- Juro que não digo nada nem a minha mãe. Somente a você.  - - fez cruzes com os dedos
E a conversa prosseguiu com os vaqueiros tangendo o gado para fora do sitio e os dois ali olhando a passagem do gado. Uma vaca gorda era a que conduzia o rebanho com o seu passo vagarosos seguido dos outros animais e o vaqueiro a tanger sem maltratar. O gado era levado para outro recanto do sitio atravessado a lama. O mugido era constante. E o gado, tendo ao lado um touro zebu, caminhava. E os meninos conversavam com as coisas banais.
Aldo 
---Você usa cueca? - - indagou
Marina
--- Não. Uso calcinha. - - relatou
Aldo
--- Pois eu uso cueca. Quer ver? - -
E Aldo mostrou a cueca abaixo do seu calção curto. A menina, curiosa, se pôs de pé e olhou para dentro do calção, vendo até o sexo do colega. E declarou sem temor
Marina
--- Estou vendo a sua pinta. É pequena. Maior é do meu irmão. –
Aldo
--- Irmão? Você tem irmão muito grande? - - indagou
Marina
--- Ele 16 anos. É grande. E a pinta dele é maior que a sua. –
Aldo
--- Será que eu vou crescer também como o seu irmão? - -
Marina
--- Não sei. Eu acho que sim. Ele é bem grandão! Alto, assim! - - e fez um gesto com a mão para o alto
Aldo
--- Deixe eu ver sua calcinha! - - pediu
Marina
--- Olhe. Eu não tenho pinta. Eu tenho “segredo”. Quer ver? - -
E Aldo olhou para dentro da calcinha e viu o que a menina disse ser o seu “segredo”.
Aldo
--- “Segredo”? – - olhando o sexo da menina.
Marina
--- É “Segredo”. Minha avó é quem diz. - - relatou
Passados alguns segundos, o menino Aldo nem soube o porquê da ação de momento, como uma figura em desespero, ele agarrou a garota Marina e puxou para baixo do terraço. E assim foram os dois. Ela, apavorada, perguntando o que era aquilo. Aldo respondeu apenas que se estava escondendo de Carcará.
Aldo
--- Carcará! Ele pode ver a gente. Depressa! Vamos esconder de baixo do alpendre. Aqui é melhor! Ele não avista nós dois! - -
Marina
--- Mas o homem não está aqui agora! - -
Os dois ficaram escondidos em baixo de alpendre. Marina tinha o coração batendo com maior força. Ela observava quem estava a chegar. Mesmo sem ninguém, a menina quis chorar. O seu amiguinho teve que dizer-lhe algo.
Aldo
--- Escute. Minha mãe fez, um dia, isso que agora você quer! -  
Marina
--- Eu quero? Eu quero o que? - -
Aldo
--- O que minha mãe faz. Tire a calcinha. - -
Marina
--- Ahn? Calcinha? Para que? - -
Aldo
--- Não sei. Ela fez o que o meu mandou. Venha! - -
Marina
--- Eu tirar? Como? Não entendo! - - disse a garota
Aldo
--- Depressa! Se não, Carcará nos avista. Vamos! - -
Marina
--- Vou tirar, mas não sei para que. - -
E a menina retirou a sua roupinha branca de algodão. O menino aproveitou e fez sexo com sua parceira. Mas um sexo tão desajeitado que não respondia nada. A menina olhava por baixo do alpendre vendo se Carcará podia está a olhar a um tempo em que Aldo fazia sexo por cima da garota. E logo, então, ele terminou.
Aldo
--- Pronto! Vista-se! - -

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