- CARCARÁ -
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CARCARÁ -
O a garoto e a menina continuaram
a conversa, ela, sisuda, ele, receoso até algum tempo. A avó conversava animada
com dona Ada e as demais molhavam o tacho, onde estava o almoço do dia do
pessoal da casa, dos vaqueiros e demais trabalhadores. Nesse espaço de tempo, o
menino convidou a menina para ir até a entrada da casa, no alpendre, um espaço
largo e meio alto partindo do chão. E então lá chegando, os meninos continuaram
a conversa. A menina mostrou como se fazia o carro de osso, logo juntando
pedaços de osso de gado já seco. Aldo ouvia tudo com paciência. Num instante,
passou tranquilo em direção ao portão do cercado o vaqueiro de apelido Carcará
conversando com outro companheiro. A menina viu os dois quando passavam e
indagou a Aldo.
Marina
--- Você conhece aquele homem? -
-
Aldo
--- É empregado do sítio. - -
Marina
--- Minha avó disse que ele é
homem mau. Ele é capanga. - -
Aldo
--- Capanga? Que é isso? - -
assustado
Marina
--- Sei lá. Deve ser coisa ruim.
Capanga. Ele já matou muita gente. - -
Aldo
--- Foi mesmo. – - com temor
Marina
--- Ele e mais outros. Um tal de
Boidé. Esse foi morto pela polícia. E outro, Sanhaçu. Esse mora com o capanga
Carcará. - - falou bem manso
Aldo
--- É mesmo? É perigoso também? -
- assustado
Marina
--- Só pode. Eles só andam
armados. Mas não vá contar a ninguém. Minha avó briga comigo. - - sigilosa
Aldo
--- Juro que não digo nada nem a
minha mãe. Somente a você. - - fez
cruzes com os dedos
E a conversa prosseguiu com os
vaqueiros tangendo o gado para fora do sitio e os dois ali olhando a passagem
do gado. Uma vaca gorda era a que conduzia o rebanho com o seu passo vagarosos
seguido dos outros animais e o vaqueiro a tanger sem maltratar. O gado era
levado para outro recanto do sitio atravessado a lama. O mugido era constante.
E o gado, tendo ao lado um touro zebu, caminhava. E os meninos conversavam com
as coisas banais.
Aldo
---Você usa cueca? - - indagou
Marina
--- Não. Uso calcinha. - -
relatou
Aldo
--- Pois eu uso cueca. Quer ver?
- -
E Aldo mostrou a cueca abaixo do
seu calção curto. A menina, curiosa, se pôs de pé e olhou para dentro do
calção, vendo até o sexo do colega. E declarou sem temor
Marina
--- Estou vendo a sua pinta. É
pequena. Maior é do meu irmão. –
Aldo
--- Irmão? Você tem irmão muito
grande? - - indagou
Marina
--- Ele 16 anos. É grande. E a
pinta dele é maior que a sua. –
Aldo
--- Será que eu vou crescer
também como o seu irmão? - -
Marina
--- Não sei. Eu acho que sim. Ele
é bem grandão! Alto, assim! - - e fez um gesto com a mão para o alto
Aldo
--- Deixe eu ver sua calcinha! -
- pediu
Marina
--- Olhe. Eu não tenho pinta. Eu
tenho “segredo”. Quer ver? - -
E Aldo olhou para dentro da
calcinha e viu o que a menina disse ser o seu “segredo”.
Aldo
--- “Segredo”? – - olhando o sexo
da menina.
Marina
--- É “Segredo”. Minha avó é quem
diz. - - relatou
Passados alguns segundos, o
menino Aldo nem soube o porquê da ação de momento, como uma figura em
desespero, ele agarrou a garota Marina e puxou para baixo do terraço. E assim
foram os dois. Ela, apavorada, perguntando o que era aquilo. Aldo respondeu
apenas que se estava escondendo de Carcará.
Aldo
--- Carcará! Ele pode ver a
gente. Depressa! Vamos esconder de baixo do alpendre. Aqui é melhor! Ele não
avista nós dois! - -
Marina
--- Mas o homem não está aqui
agora! - -
Os dois ficaram escondidos em
baixo de alpendre. Marina tinha o coração batendo com maior força. Ela
observava quem estava a chegar. Mesmo sem ninguém, a menina quis chorar. O seu
amiguinho teve que dizer-lhe algo.
Aldo
--- Escute. Minha mãe fez, um
dia, isso que agora você quer! -
Marina
--- Eu quero? Eu quero o que? - -
Aldo
--- O que minha mãe faz. Tire a
calcinha. - -
Marina
--- Ahn? Calcinha? Para que? - -
Aldo
--- Não sei. Ela fez o que o meu
mandou. Venha! - -
Marina
--- Eu tirar? Como? Não entendo!
- - disse a garota
Aldo
--- Depressa! Se não, Carcará nos
avista. Vamos! - -
Marina
--- Vou tirar, mas não sei para
que. - -
E a menina retirou a sua roupinha
branca de algodão. O menino aproveitou e fez sexo com sua parceira. Mas um sexo
tão desajeitado que não respondia nada. A menina olhava por baixo do alpendre
vendo se Carcará podia está a olhar a um tempo em que Aldo fazia sexo por cima
da garota. E logo, então, ele terminou.
Aldo
--- Pronto! Vista-se! - -
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