terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SUPLÍCIO DE UM MISTÉRIO - 21 -

- VIENA -
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VIENA -

Um mês após, Gastão e Ada estavam em Viena, Áustria, conhecendo aquela parte do mundo. Não primavera do Norte, as ruas se enchiam de turistas além dos nativos. Nem parecia mais a cidade destroçada par Adolf Hitler, recanto onde o homem nascera a 20 de abril de 1889, na cidade de Braunau am Inn e se tornar o Líder da Áustria e da Alemanha despejando horrores de sua pátria desconhecida. Tantos anos após o seu nome não era ainda esquecido. Porém, o casal, passeava pelas ruas cheias de gentes, parques infantis, Teatros, estátuas monumentais e ricos adornos. Era um caso de se adorar a todo instante. Cafés de Viena, a todo instante. Hotéis, os mais luxuosos e requintados onde se podia beber e comer ao belo gosto. Teatros eram um caso à parte. Luxo e graça. Dá para perceber que Viena é muito focada em apresentações clássicas, óperas, peças teatrais e bailes vienenses. Imagine um boulevard no qual se encontra palácios e parques, muito próximos uns dos outros. Na parte elegante da cidade, há um “Quarteirão Dourado”, local dos antigos comerciantes da corte de imperadores e reis. Viena é considerada como a melhor cidade para se viver, cercada de estátua de mármore em todo seu recanto. Obras primas de Klimt, Monet e Van Gogh a se comtemplar. É o Belvedere do Turismo.
Ada
--- Maravilha! Tudo por tudo! - -
Gastão
--- E ainda tem mais. - - sorriu
Ada
--- Acredito. Um país destroçado pela Guerra, só podia ser assim. Em um ano, só havia cadáveres pelas ruas. Agora, volta ao seu apogeu. - -
Gastão
--- Um amigo me informou que tem aqui uma casa onde se guarda pertences de Paul Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Algo sobrenatural. Quer visitar? - -
Ada
--- Onde fica? - - curiosa.
Gastão
--- Não muito longe. Era toda trancada. Tinha, na frente, uma galeria que a protegia de possíveis invasores. Dentro, as estantes com tudo que era de armamentos, fardas entre copos, bebidas, quadros de autores famosos. Outras coisas também. Vamos! - -
Após contratar um Guia que, acidentalmente, falava o português, o casal alugou o carro e se enveredou pelo Alpes de Viena, atravessando rios, inclusive o Danúbio, e bosques, para atingir o ponto alto daquele que eles pretendiam abordar: um bangalô antiquíssimo perdido no tempo e no espaço vindo da fase de ouros da velha Áustria, do tempo dos rouxinóis de Viena e de quando se cantava há-li-há-li há-lo por bardos nas florestas de encantos perdidos.   
Subindo os Alpes e descendo outra vez, caminho de pedras e dobras íngremes, vendo-se escarpas ao ponto de observa-se as nuvens, então ali estava a mansão perdida entre bosques.  Solidão, nostalgia, tristeza. A moça que servia de guia, saltou do carro e deu um grito para o fazendeiro que estava capinando o local. O homem, agachado, ouviu a moça e logo veio abrir a cancela para as visitas poderem entrar; O homem, já velho não falava outra língua a não ser o alemão. A Guia pediu licença para poder mostrar a Mansão aos visitantes perguntando se já estava na hora.
Fazendeiro
--- Sim. Pode entrar. À sua disposição. - - disse o homem em alemão.
A ordem foi cumprida. A Mansão era cuidada pela Prefeitura de Viena construída em uma arquitetura magnifica com praças e jardins. Logo em seguida, o homem abriu o portão de ferro e deu entrada ao automóvel com os seus visitantes. Na verdade, a Mansão era magnifica. Abrindo a sala ali se encontrava de tudo o que se podia ver entre estátuas de autores diversos, salões imperiais, diversos quadros de pintura, estantes e peças de relógios, mesa posta ao sinal de candelabros, cadeira acolchoada, salão de bilhar rodeado por quadros imensos de pinturas medievais, salões de dormir entre camas de esmero orgulho.
Ada
--- Lindo mesmo. Um primor! - - disse a mulher sentindo-se orgulhosa
Gastão
--- Mas tem mais. E é um segredo. Veja! - -
Gastão puxou um mecanismo por trás de uma estante e uma porta se abriu vagarosamente. Do lado de dentro havia estantes cobertas de retratos de pinturas artísticas de nomes dos mais importantes senhores da arte como Franz Xaver, Bremen, Kiesel, Menzler, Behmer e tantos mais artistas da Nobreza. Era um quarto imenso com obras de arte. E no daquilo tudo, havia um porão pouco visível. Dentro, estavam as fardas de Joseph Goebbels, homem que apoio o antissemitismo, devoto de Adolf Hitler e exterminou o povo judeu no Holocausto. Goebbels era Doutor em Filosofia e líder distrital do partido Nazista. Como tal, foi ele o Chanceler e Ministro da Propaganda da Alemanha.
Ada
--- Que horror! Um homem tão belo e se cai no ostracismo! - - falou desaprovando
Gastão
--- Ele morreu em 1945 no dia 1º de Maio. Ele e a família, mulher e filhos. Ele ingeriu cianureto.
Ada
--- Não deixa de ser um patife! - - tremendo
Gastão
--- É isso! Tanta riqueza para se suicidar de repente. –
Elas ainda visitaram a cozinha, os armários, os locais de aconchego, varandas, parques para os meninos além de patos, gansos, coelhos entre outros ainda existente no belo quintal. Foi mais de uma hora a visita a Mansão tão escondidas nas florestas de faia de Viena. Após esse tempo, assinado o livro de protocolo de visitantes, Gastão, a esposa Ada e mais a Guia e seu motorista rumaram para o centro da cidade onde repousaram até chegada a hora de Gastão estar presente a anunciada recepção aos demais visitantes, inclusive a senhorita Semíramis.  O auditório esteva repleto àquela hora da noite. Gente de vários países falando diversos idioma que ninguém quase não entendia. Era a noite de gala para todos os que fizeram suas artes da melhor qualidade. Do lado de fora bandeiras de diversas nações. Lado de dentro, o luxuoso teatro de música clássica: Musikverein. Nesse teatro se apresentaram as mais belas figuras da dança e do folclore da Áustria. Após tudo, começou a entrega dos troféus aos artistas convidados. A festa prosseguiu até altas horas da noite entrando pela madrugada. No dia seguinte, após um leve repouso, os convidados fizeram um tour pela cidade. Houve festas em partes diversas do país. Cafés, restaurantes, parques, jardins, belvederes, até mesmo um passeio sem medo em uma roda gigante, símbolo de Viena.
Ada
--- Encanto! A coisa mais sugestiva que eu participei. Roda Gigante! - - gargalhou
Gastão
--- Bela mesmo foi a Escola de Artes onde se pode assistir a obra de arte de Gustav Klimt mestre e pintor simbolista austríaco. –
Ada
--- Viveu até 1918. Um Mestre mesmo. Tem um quadro que ele fez mesmo mostrando a sua imagem. –
Gastão
--- Para você ver. Um artista pobre. - -  
E o casal continuou a sua peregrinação por Viena, o centro histórico um dos mais belos da Europa. Um caso bastante natural à sua época: Luis XVI, casado com Maria Antonieta, da Áustria, foi condenado à morte, sendo guilhotinado. As imagens dos dois, foi posto para se ver hoje em dia na Basílica de Saint-Denis, fora de Paris. Mas há as belas imagens da Áustria com as pessoas em visitas. Uma das quais é O MUNDO É NOSSO. Viena é uma cidade linda entre um mix de um clássico e o contemporâneo. Uma cidade de dois milhões de habitante, bem grande para o porte europeu. O transporte público é excelente. Os vienenses são amigáveis e os pontos turísticos são maravilhosos.
Ada
--- Eu não posso acreditar. Eu vivi em São Paulo e não tem nem aparência. –
Gastão
--- Pode-se dizer que é parecida com Natal, guardada as proporções. Em Natal não tem imagens, parques, passeios. Nada disso. - -
Ada
--- Pois é. Não se parece então. -   

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