sábado, 3 de janeiro de 2015

SUSPEITA - 05 -

- Charlize Theron -

- 05 -

O CASO

O caso deu complicação. O doutor Nicácio, por alguns instantes, ficou na dúvida. Ele não se lembrava naquela ocasião de quem avisar. E procurou no bolso do sobretudo, porém não encontrou o caderninho de notas. E fez, apenas, um aceno para a sua mulher como a falar dar um jeito em lembrar quando, provavelmente, voltar do hospital. E caminhou, com pressa, para o veículo estacionado na porta da casa de Otto Câmara. Dentro, já estava o jardineiro Expedito fazendo todo o esforço para despertar o homem, porém sem êxito. O advogado chegou com pressa e decidiu ir para o hospital o mais depressa possível.
Nicácio;
--- Vamos! Vamos! Acorda o homem! – reclamava às tontas.
E acionou o carro a toda pressa para chegar o quanto antes ao pronto socorro. No caminho, passou por um e por outros veículos, em pura debandada até mesmo acercar-se ao hospital, não muito distante. E ele desceu, ajudando o seu jardineiro a retirar o homem ainda em desmaio e se pôs a chamar o maqueiro para então ajudar levar a criatura para dentro da enfermaria. Um punhado de gente estava esperando a consulta, o tratamento ou apenas aguardado outros pacientes. Vieram dois maqueiros e levaram, com pressa, o homem Otto, ainda em estado de assim como um morto.  O advogado ficou parado com as mãos nos quadris enquanto os maqueiros caminhavam à toda pressa para o interior do hospital. De repente, o amigo de Otto se lembrou:
Nicácio:
--- O telefone!!! – e foi para o gabinete da direção do hospital ligar para a sua esposa
A sua mulher atendeu de imediato e Nicácio pediu urgência. Era para verificar em sua caderneta de notas o número do telefone da residência de Otto. A mulher foi verificar por algum tempo. De pressa, o homem lembro não adiantar, pois esse telefone era o da casa. E o homem estava em outro telefone. Assim, não adiantava ligar para o tal. E o advogado desligou. E voltou a ligar para um outro, de ajuda a lista. Mas, o que saber?
Nicácio,
--- O que vou perguntar? Diabos! Não é assim! – disse o advogado
E Nicácio voltou a ligar para a sua esposa. De imediato, atendeu. Então disse o homem.
Nicácio
--- Eu preciso do telefone da mãe da mulher de Otto! – informou o advogado pleno de vexame
A sua mulher respondeu não ter o tal telefone. Ela incluía a conhecer apenas um telefone de uma amiga de Clara, a mulher do senhor Otto. Nicácio ficou a pensar. Então, decidiu.
Nicácio:
--- Esse! Esse! – refletiu o homem
E então ligou para o telefone. Era de uma mulher rica, como dona Clara. Após alguns instantes, o telefone a chamar permitiu a ligação. No outro lado, um rapaz atendeu. Com voz sonolenta, ele indagou quem estava a falar. Nicácio respondeu ser um amigo de dona Clara e estava precisando de um telefone onde a mulher encontrar-se naquela hora, pois no seu, o telefone não atendia. O rapaz sonolento se pôs a chamar a sua mãe para ouvir a pessoa, por sinal, o advogado Nicácio, a estar pedindo uma informação. Esse caso demorou um belo tempo.
Após todos esses desmandos, a mulher, dona Maria, atendeu de pronto. Nicácio explicou o sucedido e esperava falar com a senhora Clara, esposa de Otto, pois a mulher teria melhor cuidado com o seu marido. Ele era, apenas, um seu vizinho.
Maria:
--- Seu nome? – indagou querendo saber.
Nicácio:
--- Eu sou o advogado Nicácio Lopes. E preciso me comunicar com dona Clara. O seu esposo está hospitalizado. Ele teve uma síncope. Eu o trouxe para a emergência. – explicou inquieto
Nesse dado instante o carro parou do lado de dentro do hospital. Então, desceu, correndo, assenhora Clara procurando alguém que lhe dissesse onde estava o seu marido. O jardineiro Expedito apontou para o seu patrão.
Expedito:
--- Nós viemos com o seu marido. Ele estar sem sentidos. – alertou.
Clara:
--- Como? Meu marido? Sem sentidos? – gritava alarmada a mulher.
Um homem que estava com ela, provavelmente o seu irmão acompanhado de outra mulher, se bem entender, a sua esposa, procurou tranquilizar dona Clara. A mulher estava por demais agitada.
Clara:
--- Solta! Larga! Eu quero ver o Otto! – gritava a mulher cheia de anseios
Um enfermeiro chegou próximo e já vinha com uma agulha com um tranquilizador. E ele injetou no braço da mulher para ver se acalmava de todo. Com a ação tão rápida a dona Clara sequer sentiu a fisgada no seu braço. O enfermeiro apenas recomentava a mulher a se por sentada em um banco. O rapaz que acompanhava – provavelmente – a sua irmã, ainda quis saber.
Irmão
--- Que foi isso? – perguntou espantado.
Enfermeiro
--- Tranquilizante. – disse o homem.
Nesse instante, o advogado Nicácio se voltou para fora e, de imediato, verificou a mulher de Otto, plenamente a chorar. Ele soltou o telefone e, bem depressa largou para próximo de Clara ao mesmo tempo que percebia o irmão da senhora. Ele não o conhecia de certo. De qualquer modo, indagou.
Nicácio;
--- Irmão? – apontou com o dedo para o homem e a mulher
Irmão:
--- Sim. Somos. Eu recebi uma ligação telefônica de uma mulher a falar sobre o caso havido com Otto. De imediato, nós rumamos para cá. – disse sem temor
Nicácio:
--- Pois é. Eu o socorri. Foi um atropelo terrível. Eles levaram Otto para um outro local. Agora, eu fico sem ter noção do ocorrido. Ele desmaiou. Apenas isso. Pei-bufo - declarou o advogado a fazer menção de quem desmaia.
Clara:
--- Meu marido! Eu quero saber do meu marido! – reclamava com insistência.
Irmão
--- Acalme-se! Ele está sob cuidados médicos! – fez ver o irmão com total paciência.
Nicácio:
--- Ele já teve desses sintomas? – perguntou aperreado.
Irmão
--- Eu acho que não. Nunca ouvi falar. – lembrou o irmão
Clara:
--- Nunca teve! Ele é forte! – disse a mulher com entusiasmo.
E passaram-se horas sem haver notícias do estado de saúde do enfermo Otto Câmara. Ele dava entrada logo cedo da manhã e já havia feito 11 horas sem qualquer notícia. O irmão de Clara de apressou em querer saber com quem permanecia o paciente. Os enfermeiros pouco ou nada sabiam informar. Apenas diziam:
Enfermeira:
--- Aguarde! Está tudo muito bem. Apenas em sono! – relatava a enfermeira
Clara:
--- Agudem! Aguardem! É só o que sabem informar! – falou quase rouca de tanto gritar.
Irmão
--- Tem muita gente. É esperar mesmo. – relatava sem outro tema
Advogado:
--- Eu vou lá dentro! Quero ver se ninguém empata! – fez ficar pé o homem

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