- Gina Lynn -
- 04 -
ENTRADA
Enquanto a conversa perdurava,
Otto Câmara destrancou e cadeado do portão da frente e iniciou a verificação da
ampla moradia, vendo o sistema de iluminação e resolveu desligar a ligação da
chama Arvore de Natal por ameaçar um curto circuito por um motivo qualquer. Na
frente da casa ele desligou e ligou a chave de eletricidade havida no local. E
depressa, caminhou direto para os quartos, banheiro, salas e cozinha a
verificar as trancas. Ao seu lado estava o advogado Nicácio Lopes sem se meter
com a importância do homem solitário. Ainda ajeito para levar à casa de sua
sogra os brindes do Natal para ser distribuídos no outro recanto, longe da casa
assombrada, por assim determinar. O advogado Nicácio observava tudo e nada
comentava por ser um direito do homem. Ainda na residência, o advogado resolveu
vistoriar o local onde o cadáver do rapaz foi encontrado e sem deixar marcas. O
advogado partiu para o chiqueiro das galinhas a observar se havia algum sinal
de alguém a despejar por cima do galinheiro ou mesmo se o rapaz saltou dali
para a morte. E perseguiu o muro da casa ao lado a olhar com atenção os
detalhes necessários. Mas de nada importou. O corpo não foi jogado por cima do
galinheiro. Foi o que supôs. Nesse instante, um barulho ocorreu;
Nicácio:
--- Que foi isso? – indagou
consigo
O seu amigo, Otto, correu para
lado de fora dando no beco onde estava o Doutor Nicácio. Foi para fora também
preocupado. E indagou com firmeza.
Otto:
--- O senhor caiu? – indagou
assustado.
Nicácio;
--- Não. Ouvi um barulho. Pensava
ser dentro da casa! – disse preocupado
Otto;
--- Não. Tive susto tremendo!
Alguma coisa caiu por fora! – alegou alarmado
Nicácio:
--- Ou por dentro! O senhor
passou por toda a habitação? – indagou perplexo
Otto:
--- Sim. Está tudo normal! –
salientou com temor.
Nicácio:
--- Estranho! Um baque! Alguma
coisa foi ao chão! – articulo a entrar na casa.
E então, os dois homens voltaram
a habitação para haver o sucedido, pois tudo indicava ser algo no interior do
lar. Talvez uma panela ou um monte delas. Algo derrubado acidentalmente. E os
dois pesquisaram no quarto onde Otto dormia com a sua esposa. Logo após, o
quarto das crianças, o banheiro e a própria cozinha. Foi então ter Otto se
assustado de maneira maior. Um ser enigmático, cabelos loiros, barba por fazer,
um semblante belo, boca suave, nariz e olhos igualmente delicados, porte alto a
vestir todo de branco da cabeça aos pés. O ser sorriu e após alguns segundos,
falou:
Ser:
--- Eu sou o Diabo! Ou outro nome
pelo qual me chamam! Eu estou falando apenas para nós dois! O seu amigo não me
ouve! Cuidado!!! O que eu deixei cair no seu quintal era um rapaz de 20 anos de
idade! Eu vim busca-lo! – disse isso com voz tenebrosa.
Sem saber o que fazer, Otto olhou
em torno e viu o amigo a inspecionar demais compartimentos e ele, estático, parado,
assombrado a visualizar aquele ser demoníaco a falar não sabe como onde o
homem, apenas o homem podia ouvi-lo. Otto queria gritar por terror em um
assustado instante, mas não tinha nem como falar. Era um medo aterrador. O suor
lhe corria à face e, ele, sem nenhuma causa, apenas se apavorava de medo. De
repente, ele sentiu um cheiro de enxofre, algo bastante anormal. E, sem saber o
que ao menos perpetrar e nem ao menos gritar, Otto averiguo com incerteza o ser
demonico. Mas o diabo não fez segredo Disse apenas o ser demônio ter que ir,
mas alguma coisa ele ali deixava:
Diabo:
--- O coração do rapaz vai ficar
com o senhor! – alertou e sumiu.
Nesse momento, Otto delirou e sem
que nem mais, foi ao solo plenamente desacordado. O baque assustou o doutor Nicácio
Lopes e, de imediato se voltou para onde estava o senhor Otto Câmara. Ao ver o
corpo estendido no chão do seu cliente, Nicácio indagou surpreso.
Nicácio:
--- Que houve? Caiu? – indagou
amedrontado
Como não obteve resposta, Nicácio
correu para acudir o seu parceiro. E vendo, assim, sem sentidos, o doutor
Nicácio procurou fazer com que Otto então recobrasse a memória. E quase gritou
para que alguém também pudesse ajudar. Porém não deu alarme. Apenas soprou para
Otto despertar sem saber a razão de tal desmaio. E percebendo já a impossibilidade
de fazer recobrar o sentido, o doutor arrastou o corpo inerte de Otto até uma
cadeira próximo a mesa e por lá o deixou, apenas sem sentidos. O advogado não
sabia o que fazer, assim, de imediato. Então ele se lembrou de haver um
telefone e foi ligar para a sua casa onde pode falar com alguém.
Nicácio:
--- Alô! Expedito!!! Venha
correndo na casa do morto!!! Venha!! Venha! – alertou
E desligou o fone voltando a
soprar a cara de Otto, passar álcool nos pulsos e exercitar o homem para ver se
era possível Otto retornar à memória. Nesse momento, entrou correndo para o
interior da casa o senhor Expedito a procura de saber o necessário.
Expedito:
--- Que foi patrão? Ele passou
mal? – perguntou ao ver o corpo inerte de Otto.
Nicácio:
--- Não sei. Eu ouvi apenas a
queda e ele desmaiado! – falou vexado.
O jardineiro, Expedito, fez o que
pode para ver se o homem recobrava os sentidos. E indagava ainda:
Expedito
--- Ele já teve dessas coisas? –
estranhando
Nicácio
--- Não sei. Agora é que estou
fazendo amizade com o homem. – deduziu
Expedito:
--- Como é que pode? É levar ao
hospital! – conjecturou
Nicácio:
--- Desmaiado? – estranhou.
Expedito:
--- É o jeito. Não tem outra. –
argumentou
Nicácio:
--- E que é que vou dizer? –
indagou com dúvidas.
Expedito
--- Que o homem desmaiou. –
respondeu
Nicácio
--- Como? – indagou sem noção
Expedito:
--- Desmaiando. Pei-bufo. –
relatou
Nicácio:
--- Você tem razão. Vamos no
carro dele. – reclamou.
Expedito
--- E o senhor vai assim? –
perguntou apontando a vestimenta
Nicácio
--- Assim, como? - perguntou
O doutor Nicácio vestiu um
sobretudo avisando à sua esposa a estar socorrendo o vizinho ao lado, pois o
homem perdera os sentidos de um só momento. Com a ajuda do jardineiro ele
resolveu ir para o hospital onde médicos poderiam cuidar melhor.
Esposa:
--- E a mulher dele? – indagou
preocupada.
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