quinta-feira, 30 de novembro de 2017
ENCANTOS DE RACILVA - 01 -
ENCANTOS DE RACILVA
01
PRICIPIO
Eram pouco mais das cinco horas da tarde e o local estava repleto de gente, em sua maior parte, os bebedores de cerveja, rom, uísque além da pura cachaça. Na entrada da quitanda tinha afixada a placa com o nome sugestivo: “O Bezerro de Ouro”. Alguém colocou essa placa, não se sabe quem. Contudo, a comenda estava lá, afixada e sempre a balançar com sua zoada característica quanto o vento soprava de um lado para outro. Carros passavam, outros ficavam parados, mecânicos entravam e saíam do Bar, poucos dormiam o sono da verdade, encostados na parede do lado de fora. Coisas de Bar. De imediato, um carro estacionou logo em frente e logo desceu um homem robusto, não gordo. Seu nome era Othon. Para se livrar da lama sacudida por outros carros, Othon se esquivou, passando pela frente do seu carro. Logo em seguida ainda limpou o cós da calça e, de imediato, entrou no Bar repleto de gente, como era de costume nos finais da tarde, em dias de semana, menos aos domingos, depois do meio dia. À sua frente, vinha Mirtes, de braços abertos para abraça-lo, incontinente ao soltar pilherias gostosas
Mirtes
--- Meu amado! Há quanto tempo? - - relatou cheia de graça
Othon
--- Ora, ora! Eu estive aqui há dois dias! - - e se deixou abraçar
Othon nem prestou a atenção as gorduras de peixes, carnes, frangos que a mulher tinha pregada no corpo. A zoada dos beberrões era mais tensa que a sujeira do corpo da mulher, baixa e gorda. Logo em seguida, Mirtes arrastou pelo braço o senhor Othon para um lugar mais agradável, longe dos demais. Damas passavam com bebidas e comidas em suas mãos para servir aos seus clientes e logo avisado ao homem do Caixa.
Dama
--- Mesa 33! - - relatava.
Outras voltavam bem compostas e nem ligavam o novo cliente. Com certeza, já o conheciam, por certo. Mirtes chamou uma moça, novata, 22 anos, aparentemente, para seguir o homem que já estava sentado em uma cadeira com uma mesa quadrada e apensa um paliteiro como enfeite. Seu nome era Racilva. E foi lhe falando.
Mirtes
--- Cuide-a bem. É uma preciosidade da casa. - - piscou a vista.
E a conversa foi de imediato cuidada. Racilva, de poucas carnes, respondia apenas o que Othon indagava. De início, o homem declarou ser também do interior e há algum tempo se transferido para a Capital onde concluiu os seus estudos. Então, Othon trabalhava na Universidade e vivia solitário em um apartamento. Nunca fora casado até aquela data.
Othon
--- E a senhora já é casada? - - indagou curioso
Racilva
--- Eu, não. Sou do interior onde meu pai morreu de uma doença não sei qual. Eu trabalhei em casa de família, por pouco tempo. Após a morte de meu pai eu resolvi viajar para Natal. Eu já conhecia a cidade de poucas vezes. Mesmo assim, com dona Mirtes, que eu já conheço há tempos, mulher também do sertão, eu resolvi ficar até conseguir um trabalho.
Othon
--- Nunca teve namorado? - - indagou
Racilva
--- Só paquera de colégio. Quer dizer: escola, grupo. Mas dei de conta. Vivi em casa, trabalhando. Ou nas casas dos outros. Trabalhei, por algum tempo, na casa do coronel Ferreira como cozinheira. É o que faço de melhor. - -
Othon
--- A propósito: eu estou à procura de uma moça que saiba cozinhar. Eu moro só, em um apartamento. Faço minhas refeições da rua. Eu pergunto: você quer ir trabalhar em minha casa?
Racilva
--- E sua mulher? Não tem? –
Othon
--- Nunca tive. Nem separado ou desquitado. Vivo só e Deus. - - afirmou
Racilva
--- Será que é do seu gosto o que eu preparo? - - indagou sorrindo
Othon
--- Para quem se acostuma a comer em restaurante, come em qualquer canto. Não achas? Não culpo você. Certa vez, eu pedi um peixe e me trouxeram um caranguejo. Veja bem! –
Racilva
--- Que coisa! Como é que pode? - - sorriu
Othon
--- E você aceita ir trabalhar no meu AP? Pago mais de um salário. Tem folgas. A não ser que não queira o trabalho! –
Racilva
--- Vou ter que falar com Mirtes. Eu, aqui, não tenho salário. Pelo menos até agora. Ela não falou. Eu também não peço. Já tenho de tudo, um pouco.
Othon
--- Mirtes pode por areia? - -
Racilva
--- Areia? O que é isso? - - indagou curiosa
Othon
--- Negar, quero dizer. Você é linda, moça, tem seus bustos. Não lhe falta nada.
Racilva
--- O que eu tenho é somente meu. Ninguém pode mexer! - - alegou carrancuda
Othon
--- Eu sei disso. Um dia você pode casa, ter filhos. E por isso tem que se guardar. –
Racilva
--- Eu sou matuta. Mas matuta não quer dizer das brenhas. Moça do mato, por assim dizer.
Othon
--- Então! A minha oferta? –
Racilva
--- Vou falar. É longe a casa? –
Othon
--- Perto. Indo de carro, mais perto ainda. Você se acostuma logo! –
Racilva
--- Imagino! Tem praias? –
Othon
--- Só tem. Um mar e tanto! - - alegrou
Racilva
--- Eu quero conhecer o mar. Deve ser muito bonito. –
Othon
--- É um encanto. Pescadores, vendedores de peixe, o marulhar das ondas batendo nos rochedos além de peixes miúdos de pagar com a mão. Maravilhoso! - -
Racilva
--- Deve ser, sim. Eu lembro o rio de minha terra. Quando está cheio, é uma maravilha. Ninguém passa de um lado para outro. Nem caminhões. A pista fica coalhada de um lado a outro. Incrível!
Othon
--- No Nordeste, quando chove, o tempo muda.
Racilva calou.
terça-feira, 28 de novembro de 2017
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 03
RIO RENO
03
OS BÁRBAROS
Steiner esperou um tempo para
poder prosseguir a conversa. Ele olhou o seu relógio de pulso e chacoalhou a
mão para não ter dúvidas que de nada ali parou. Às oito e meia da noite, Maria
se aprumou no sofá, cruzou os braços e fitou séria o rosto de Steiner. O homem
estava atento ao seu relógio. De costa para a estante coberta de livros, ele
então deu prosseguimento ao assunto se admirando de uma moça jovem desconhecer
a história da França, morando em seu território. Ele observou umas pinturas
antigas e de vez, se postou para dar início a conversa.
Steiner
--- Bem. Isso é antigo. O Império
Romano estava no fim e dessa forma os Bárbaros tacaram em diversas linhas. Os
saqueadores ferozes, vindos do Norte chegaram, por assim dizer, batalharam a
ferro e a sangue. Eram eles os Francos.
Maria
--- Francos? - - estranhou.
Steiner
--- Sim. Os precursores de uma
ordem mundial. Há 300 anos depois de Cristo. No rio Rhine ou Rio Reno, por mais
de um século o Império Romano foi atacado por tribos violentas que se
infiltravam por suas fronteiras. Pelo Norte, atacantes germânicos invadiam os
limites romanos.
Maria
--- Entendi agora. Parece que
estou pisando no passado. - - sorriu
Steiner
--- É isso. Por mais um século o
Império Romano foi atacado por tribos violentas que se infiltravam por suas
fronteiras. Liderados pelos chefes bárbaros de longos cabelos que buscavam
locais para iniciar uma vida nova. Passaram a ser chamados de Francos. Eles não
passavam de aliança de pessoas que formavam sob liderança de líderes em
circunstancias particulares.
Maria
--- E o que significa a palavra
“franco”? - - indagou
Steiner
--- Franco? Significa “livre” na
língua “frâncica”. Era a antiga língua do povo germânico que habitava a região
no oeste do Reno e governava grande parte da Europa. Ainda hoje se fala em
diversos dialetos germânicos. –
Maria
--- Entendi. Por favor, pode
continuar. - - sorriu
Steiner
--- Pois bem! Os Francos
aproveitaram uma oportunidade. Atacando um exército romano fragilizado pela
guerra civil. A Guerra Civil tinha matado muitos soldados romanos e também
tinha exposto a fronteira do Reno, facilitado a invasão.
Maria
--- Entendi agora. Ave Maria! - -
Steiner
--- Pois bem. Com a queda das
Defesas das suas fronteiras na província da Gália, os romanos foram inundados
por uma onda imensa de invasores selvagens no local que hoje é a Alemanha. No
passado, os guerreiros francos que ousaram entrar na Gália, pagaram um preço
muito alto. O Imperador Constantino lançou vários dos seus líderes na “arena”,
executando, como fazia com os piores inimigos numa tentativa de aplacar o
entusiasmo dos ataques francos. Entende? –
Maria
--- Sim. Sim. Vamos a frente. - -
sorriu
Steiner
--- Bem! Mas, nessa época, Roma,
já enfraquecida, resolveu usar os Francos, dando para eles as terras de
Toxandria onde ficam, agora, os países Baixos (Holanda) e a Bélgica. Lá,
serviam como para-choque contra outros Bárbaros. Mas, geralmente, levavam uma
vida tranquila depois que penetraram na fronteira romana. Em termos de ataque e
pilhagem, os Francos eram camponeses e tinham plantações. Criavam animais.
Depois, partiam para atacar e pilhar onde surgisse outra oportunidade. Quando
os Francos apareceram no Império Romano, foi fácil identifica-los por seus
trajes. Tinham cabelos longos, não tomavam banho e os romanos achavam, não só
barulhentos, como malcheirosos.
Maria
--- Minha Nossa! Ainda hoje eles
são assim! Por que heim? - - quis saber
Steiner
--- Sei lá! Mas seu contato com
os romanos transformou-os. Durante mais de um século viveram como sérvios
obedientes, adotando um estilo de vida bastante romântico. Mas não eram
romanos. E havia uma coisa da qual não abriam mão: de seus Deuses. –
Maria
--- Mais de um? - - surpresa.
Steiner
--- Ora está! Seguiam sua
religião pagã tradicional que se baseava na adoração de Deuses da natureza.
Eram devotos a sua visão da verdade da sua religião pagã. Os cristãos
acreditavam que os Francos fossem ignorantes ou “perdidos”, prontos para a
conversão. Mas os Francos pagãos viam sua própria religião como uma fonte de
grande poder guerreiro. A única possibilidade de os povos germânicos serem
convertidos ao cristianismo, era se o poder de Deus fosse demonstrado e isso só
poderia ser feito com um milagre. E não havia milagre maior que uma batalha.
Maria
--- Uma batalha! Quer dizer: mais
uma guerra! - - decepcionada
Steiner
--- Isso mesmo! Armado com os
poderes dos Deuses pagãos, os Francos invadiram quando o Exército Romano,
enfraquecido, afastou-se para repelir outros Bárbaros. A Gália, eu já fora a
mais próspera das províncias romanas, compreendendo que agora é a França, a
Bélgica e partes da Itália e da Alemanha, estava vulnerável a invasão das
tribos francas. E estava muito claro para os Francos que era o momento de mover
para o sul.
Maria
--- La vai morte! –
Steiner
--- Pois é! Quatrocentos e
quarenta e seis depois de Cristo, norte da Gália, entre os chefes francos
existia um que poderia tomar o território deixado pelos romanos. O nome dele
era Meroveu. E foi do seu nome que nasceu uma nova linha de conquistadores
Bárbaros. Os Merovíngios. Dizem que ele descendia de um Deus do mar. Meroveu
chefiará seus homens contra os romanos na cidade de Turner. Meroveu negocia uma
trégua e suas tribos francas estabelecerão e defenderão uma área em torno da
cidade. –
Maria
--- Não é possível! - -
Steiner
--- E Meroveu conquistando mais
terras, conquistou um poder maior. Um poder que ansiava por testar. Em Chalons,
na Gália, logo os romanos forneceram a oportunidade alistando tribos francas
para lutar contra a pior ameaça ao Império: Átila, o Huno. O Flagelo de Deus,
como o chamavam. Átila foi um importante conquistador, famoso pelos ataques que
comandou contra o Imperio Romano. Ele era chefe dos hunos, um povo nômade de
origem mongólica. Átila levou seu exército de hunos e outros aliados bárbaros
até o centro da França.
Maria
--- Que desprezo! - - cara amarga
Steiner
--- As linhas de batalha reúnem
em Chalons onde atualmente fica a França. Meroveu e seus francos entram na
briga contra os aliados bárbaros de Átila. Com a ajuda de Meroveu e dos seus
francos, os romanos obrigam os hunos a retirarem-se desmoralizando Átila e
levando a vitória para o Imperio. A vitória do Exército sobre Átila foi
sumamente importante pois significava que essa parte Ocidental do Império
Romano, permaneceria com o Império.
Maria
--- Para mim, é um estrago. Sejam
romanos, alemães ou huno que estejam em luta. Faz-me lembrar o morticínio do
Holocausto de agora.
Steiner concordou
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 02 -
FLORESTA NEGRA
02
PATOS
Após algum tempo não muito longo,
Steiner chegou com Maria a Chácara
Baumuller, um local amplo e bem guarnecido. Dois cães doberman vermelho se
acercaram do portão principal a latir insistente. O cuidador de cães veio
depressa para acabar com a algazarra. Steiner saltou do taxi, pagou a conta e
ele alertou Maria para não se importar com os travessos, pois o guarda já
estava pronto para recolher os animais.
Steiner
--- São Dobermans. Uma raça
inteligente. Obedientes. Alemães, por sinal. São adestrados. Não se importe. -
- declarou
Maria
--- Eu acostumo com eles. - -
sorriu
A estrada para Frankfurt fica na
Floresta Negra e a mãe de Steiner reside em uma casa de três andares mais o
térreo, banhada pelo lago Titisee ao redor de pinhais. O terreno é bem amplo e
a criação cabe bem, não apenas patos, como também gansos, guinés e galinhas.
Desses todos, os beneficiados são os patos gigantes à venda para os mercados da
cidade de Frankfurt. Para se definir, a Chácara tem capacidade para criação de
milhares de patos e demais aves. Em pouco tempo, Maria estava a cumprimentar a
senhora Evelyn Steiner, mãe de Steiner, filósofo pela Faculdade de Paris.
Mulher simpática, sorridente até, e comandava um batalhão de aves para venda
durante a sua época. Além do caseiro a cuidar dos cães, dona Evelyn tinha
comando de uma porção de gente a cuidar de suas aves.
A conversa durou longo tempo. A
senhora Evelyn indagou se os dois eram noivos e a moça, Maria deu resposta
negativa, a sorrir. Evelyn olhou de lado o seu filho para conferir a resposta
de Maria.
Steiner
--- Verdade, minha mãe. Não somos
noivos. Eu a conheci inda a pouco. Estamos em viagem. Convidei Maria para
visitar a sua Chácara. Só isso.
Maria
--- Steiner nem sabia que eu
tinha sido casada! - - gargalhou
Steiner
--- Verdade! Verdade! Nem deu
tempo! Quando Maria disse-me ter sido casada, então eu me assombrei! - - sorriu
Evelyn
--- Por isso é todos o chamam de
bobo! Todos, não. As irmãs. - - sorriu
Steiner
--- Eu sou o caçula, minha mãe. -
- sorriu;
Evelyn
--- Quanto tempo vocês ficam em
minha casa? - - alegre.
Steiner
--- Maria é quem sabe! - - disse
ele.
Maria
--- Eu? Por que eu? - - surpresa.
Steiner
--- Você é a convidada! - -
sorriu sem parar
Maria
--- Eu, não. Você é quem diz. Ora
eu! - -
Evelyn
--- Vocês decidam. A casa é de
vocês. Passem o resto da vida. - - sorriu.
Maria
--- O que me interessa são os
patos! Eu nunca vi pato. - - relatou
Evelyn
--- Pato? Ora, ora. É só o que
tem aqui. Pato, ganso, marreco, guinés. Tudo isso e muito mais.
Steiner
--- O que você prefere? Pato ou
ganso? - -
Maria
--- Nem sei mais. Tem tanta ave!
- - desgostosa
No restante do dia, Maria visitou
os campos de se guardar patos, gansos entre outras aves, em um cercado enorme
com as casas de dormidas, todas forradas a evitar as notáveis fugas quando as
aves cruzavam o céu diurno em busca de novos pastos. O odor de fezes das aves
nativas dava a qualquer um, espaço necessário de se proteger com máscara, se
não fosse habituado. Por esse tempo, Maria, Steiner e um cuidador de aves
percorrerem amplos caminhos a visitar, de qualquer modo os patos, gansos entre
outras aves silvestres. Depois de longa caminhada Maria, encantada, resolveu
retornar a casa onde ficaria por horas ou dias
Após o jantar, Steiner foi até a
sua Biblioteca acompanhado de Maria. Ela estava admirada com tamanhos volumes
de livros tomando vasta posição. Exposições de artes sacras de pintores famosos
como Gauguin, Matisse, Renoir, Van Gogh e tantos outros estavam à vista no ambiente
natural da Biblioteca. Maria admirava cada quatro como se nunca tinha visto. Um
toca-discos antigo era algo de muita surpresa a quem o via. E Maria indagou.
Maria
--- Ele toca ainda? - - perguntou
Steiner
--- Esse? Toca. E muito bem. Está
aí como museu. Mas toca. Tem discos guardados na estante.
Maria
--- Hum! Maravilhoso! - -
Steiner
--- Livros, aos montes. A grande
parte pertenceu ao meu pai. História antiga. Mesopotâmia. Império Egípcio,
Hititas, Assíria, Babilônia. O velho procurava tudo e chegava em casa com um
monte deles. Era um colecionador nato. –
Maria
--- Dá para sentir. Alguém entra
aqui? –
Steiner
--- Apenas minha mãe, uma
doméstica para fazer limpeza e eu, por certo. Ninguém mais. –
Maria
--- E eu, agora! - - sorriu pela
astucia
Steiner
--- Sim. Você. Mas é um caso à
parte. - - sorriu
Maria
--- Tem algo sobre Maria
Madalena? - - indagou
Steiner
--- É o que mais tem. Deixa-me
ver. Um instante. Mas tem também sobre o Santo Graal! - -
Maria
--- Quem? Santo o que? - -
indagou pensando bem.
Steiner
--- Graal! Sangue sagrado. Esse
tem aqui. Os Celtas, Rei Artur, Dinastia Merovíngia, Cavaleiros Templários, a França. - - tentou explicar
Maria
--- Ah. Rei Artur. Mas, o que tem
a ver a França com isso? –
Steiner
--- A França não existia ainda.
Ele findou por chegar com a invasão dos Bárbaros, da Alemanha que ainda também não
existia como nação. É uma história bem antiga. - - relatou
Maria
--- Eu estou surpresa. Conte-me,
por favor. - -
Steiner sorriu.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
O ÚLTIMO TREM DE PARIS - 01 -
PARIS
01
PARTIDA
Jordan Steiner estava de partida
de Paris para a Alemanha no ultimo trem daquela noite. A estação estava com
poucos passageiros e menos ainda com o carro que ele embarcou. De imediato,
Steiner pulou para dentro e notou bem poucos passageiros. Ele pegou uma
poltrona do lado direito onde havia menor número de passageiro. Um homem
barrigudo sentado à esquerda, uma moça com uma revista de bolso sentada a
frente do seu lugar e poucos outros passageiros apenas. A linda mulher nem se
deu por conta com a presença de Steiner. Em outra circunstância, Steiner a
chamaria de Olga, pois era bem parecida com a jovem que ele, um dia, namorou
quando estava na Faculdade de Filosofia de Paris. Por conta disso, Steiner se
habituou a chamar qualquer moça por nome de Olga, mesmo não sendo a mesma.
Cinco minutos após o trem partiu desligando-se as luzes ambiente deixando o
vagão em penumbra. A buzina da locomotiva fez um estardalhaço incrível quando a
composição se moveu. Steiner se acomodou fechando a janela lateral para nada a
enxergar. A fraulein “Olga” se
aquietou a seu modo esticando as penas para baixo da poltrona da frente, como
quem quisesse dormir.
O trem corria depressa para ser
cumprido de três horas e cinquenta minutos até Frankfurt. Em certo instante, em
um minuto ou outro, Steiner despertou de um breve sono e não viu a fraulein Olga que estava sentada na
poltrona a frente da sua. Para ele, aquilo era normal. A Olga teria saído para
ir à toalete, com certeza. Então ele fechou os olhos e adormeceu novamente. O
tempo passou rápido e o trem chegou ao destino final. Com o impacto, Steiner
acordou surpreso. As lâmpadas estavam acesas. De imediato o homem se levantou
da poltrona e enxergou no fim do corredor a moça Olga. Ela já estava a descer
do vagão. O movimento àquela hora da madrugada já estava crescendo às vistas.
Mulheres vestidas de casaco a cobrir a cabeça puxando a maleta das compras,
incluindo fraulein Olga seguida de
perto pelo senhor Steiner. A moça entrou em um bar perto à estação para fazer
refeição matinal. Sentada em frente, ela pediu um hambúrguer acompanhado de uma
coca. Nesse momento se sentou também o senhor Steiner e pediu uma pizza acompanhada
por uma bebida leve.
À sua frente, um jovem lia um
exemplar que Steiner conhecera muito bem. Tomo volumoso, capa vermelha com
grifos ao seu redor e o nome “Nostradamos”. O homem sorriu e logo pensou o
tempo gasto quando ele precisou daquele livro de mais de 500 anos. O parque
experimentava soberbo movimento àquela hora perto das cinco da manhã. A moça
chamada por “Olga” pegou a sua maleta profissional e saiu. Steiner a observou
com pressa, não querendo nem falar um pouco. Mesmo assim, a observava e as suas
ancas. Ele, insatisfeito não pode saber se “Olga” era casada ou não. Talvez
fosse noiva, por certo. As suas mãos estavam cobertas por luvas de cor cinza
como estavam também as mãos de Steiner. Fazia frio fora do bar. O rapaz esperou
um tempo para poder seguir a senhorita, pelo menos para saber o seu verdadeiro
nome. Com um volume de livro preso em baixo do braço e a sua maleta, Steiner
esperou um certo tempo depois de quitar seu débito e seguiu direto para ver
onde “Olga” se destinava naquela ocasião.
A moça pegou um taxi e ele não
desanimou. Pegou o taxi seguinte e orientou ao motorista.
Steiner
--- Siga aquele carro, por favor!
-
Após um curto tempo, o taxi de
“Olga” subiu uma rampa e parou em frente ao portão de entrada de um Hospital. O
taxi de Steiner seguiu em frente e estacionou mais adiante. O homem pagou a
conta e agradeceu, levando a sua maleta e o livro. Dentro de instantes Steiner
chegou ao hospital onde havia pacientes e homens vestidos todos de branco,
podendo ser enfermeiros e maqueiros. Em baixo carros de pronto socorro
estacionados a espera de chamados. O carro da polícia chegou naquele minuto
prazendo alguém, possivelmente um doente. Um homem solitário a espera de alguém
a lhe prestar avisos. E Steiner enxergou entrando em uma porta, a moça “Olga”.
Ele se adiantou o viu chegar um enfermeiro. De imediato, indagou.
Steiner
--- Senhor, por favor. A aqui trabalha a médica “Olga Schulz? - -
assustado.
Enfermeiro
--- Schulz? Não creio. Mas
pergunte as atendentes, sim? - -
Steiner
--- Obrigado. Vou indagar. -
Nesse instante, “Olga” já voltava
de onde tinha ido e Steiner procurou falar-lhe para saber se a moça conhecia a
médica Olga Schulz, médica especialista e se essa trabalhava naquele hospital.
A moça o escutou e, lamentando, declarou não conhecer tal pessoa, mesmo de
outro Hospital.
Steiner
--- Sabe. Eu sou formado em
Filosofia. Agora, venho a minha terra a procura dessa doutora. E não se conhece
de forma alguma. Seu nome, por favor! -
- lamentou.
Maria
--- Maria Wolf. Perdão. Essa
pessoa não a conheço. O senhor é daqui mesmo? –
Steiner
--- Sim. Venho, agora, de Paris.
Em seguida, vou para a casa de minha mãe. Desculpe-me. – - entristecido
Maria
--- O senhor mora aqui perto? - -
indagou
Steiner
--- Não, senhora. Minha mãe mora
do campo. Ela cria patos. É uma fazenda. E a senhora? - - sorriu
Maria
--- Eu resido no Beco das Freiras.
Antes, um convento. Hoje é uma casa. Tem quartos para alugar apenas para as
moças.
Steiner
--- Sei onde fica. - - sorriu
Maria
--- Sabe? Eu estou pensando em ir
com você até a Fazenda de sua mãe. Porém antes tenho que passar na Hospedaria “Hotel do Anjos”. Paradinha rápida. Pode
ser? - - sorriu
Steiner
--- Sim. Pode. A Chácara de minha
mãe fica mais distante. É a “Chácara
Baumuller”. Alguns quilometros a frente.
Maria
--- Patos! Adoro patos! Sua mãe
não tem esposo? - - inquieta.
Steiner
--- Teve. Sim. Ele morreu em um
acidente de carro. Meu pai era professor. Você sabe. Emprego difícil. Lecionava
de dia e à noite cuidava dos patos. Essa granja, ele adquiriu de um antigo dono.
E conservou o nome: Baumuller. O
velho teve três filhos: Duas imãs e eu. Sendo eu o caçula. As minhas irmãs,
casaram. E eu fui mandado para Paris. Estudar fora. - - sorriu
Maria
--- Eu tenho três irmãs. Meu pai
– razinza - requereu divórcio. Diz ele que não aguentava mais as discordâncias
com minha mãe. Acabou divorciando. Eu fui a Paris, estudar. As minhas irmãs
ficaram aqui mesmo. Elas trabalham em repartições. Minha mãe casou de novo! - -
sorriu
Steiner
--- C’est la vie! - - sorriu o
rapaz como quem diz “isso é a vida”.
Em instantes Maria Wolf desceu do
taxi, entrou em seu apartamento, no Hotel dos Anjos, ambiente só para sexo
feminino, foi se banhar, trocou de roupa e imediatamente retornou para seguir
viagem. Sorrindo, Maria indagou:
Maria
--- Demorei? - - sorrindo.
Steiner
--- Nem um pouco. Vamos seguir
viagem agora. - - respondeu.
O taxi seguiu e os dois
conversavam como se nada ocorreu. Steiner indagou se Maria tinha sido casa e
essa respondeu que sim.
Maria
--- Sim. Fui casada. Mas o negócio
não deu certo e ele partiu para sempre. - - com cara feia.
Steiner
--- Ele, quem? Seu marido? - -
Maria
--- Sim. O meu ex. Nome: Denis.
Francês, por sinal. - - calou
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
GRANDES DEUSES - 51 -
ÊXODOS
51
EPÍLOGO
Os hebreus estavam a salvo da
intoxicação por alimentos nocivos estocados em panela de barro guardadas no
chão quente. Os egípcios não tiveram a mesma sorte. O povo egípcio seguia outro
costume. Isso era comum em todas as nações do mundo com exceção do povo hebreu.
Como quem diz: ”o costume é quem mata”, os hebreus adotavam novos costumes.
Comer carne de porco era um procedimento nocivo para o povo hebreu. Por isso,
os hebreus não comem carne de porco ainda hoje. Eles, ainda hoje, nos dias
atuais, seguem a Bíblia como sendo um livro sagrado em todos os momentos da
vida. Apesar de ser um povo escravizado em uma pátria ao lado, o Egito, os
hebreus não largavam as suas crenças.
Agora é a travessia do mar
Vermelho. As dez pragas, do rio de sangue à falta de alimentos e mortos nas
famílias, devastaram os egípcios. O Faraó cedeu diante das suplicas insistentes
de Moises e libertou o seu povo. A questão é: que caminho Moises e o povo de
Israel tomaram? A história de Moises é baseada em fatos. Desse modo, seguiremos
Moises na sua peregrinação e encontraremos a travessia do mar Vermelho. E
também o local mais sagrado da Bíblia: o Sinai.
A Montanha de Deus onde Moises
recebeu os Dez Mandamentos. Já sabemos que a cidade bíblica de Ramessés ficava
nas, hoje, ruinas chamadas de Putim. Mas para se descobrir a rota do Êxodo se
tem que voltar ao texto bíblico. Ao chegar a essa cidade, os hebreus se
defrontaram com o Mar Vermelho. A parte do Mar Vermelho mais próxima da antiga
cidade de Ramessés fica, hoje, perto o Canal de Suez. Pela localização, este é
considerado o local tradicional do milagre bíblico pelo qual dividiu o Mar
Vermelho.
Mas, na época, há três mil anos,
Ramessés II controlava toda essa península do Sinai. E aí os hebreus estariam
sob o controle egípcio. A rota do Êxodo deve ter sido diferente o que fornece
um outro mapa da Bíblia. Por isso, Moisés seguiu para o Golfo de Acabar. Em vez
de cruzar o Mar Vermelho a oitenta quilômetros da capital do Faraó se acredita
que Moisés e o seu povo chegou a Acabar, 480 km a leste. A meta de Moises era
chegar a sua antiga terra onde estava Midiã, onde hoje fica a Arábia Saudita.
Mas, quando os hebreus chegaram
ao litoral, o Exército do Faraó os alcançou. “Então, Moises levantou o seu cajado
e o mar Vermelho se dividiu”. Mas, existe alguma verdade por trás desse incrível
efeito especial bíblico. A chave para desvendar esse antigo mistério está na
descrição bíblica do evento. O livro do Êxodo diz: “Moisés estendeu a mão sobre
o Mar e o Senhor fez o Mar recuar com forte vento leste que soprou a noite
inteira. E fez o Mar ficar e as águas se dividirem”. Esse fenômeno foi causado
pelo vento. A divisão do Mar Vermelho não foi um milagre instantâneo. Mas um
raro fenômeno meteorológico. É um fenômeno que acontece em águas rasas. O vento
soprou da praia para a parte mais funda, muito forte mesmo e o golfo raso, a
agua recuou tanto que as irregularidades do leito ficaram expostas. Na história,
os hebreus cruzaram o mar Vermelho quando o leito ficou exposto.
O fenômeno foi encontrado
justamente onde a Bíblia aponta. Moises e os hebreus fugiram do Egito, cruzando
a península do Sinai e chegando ao Mar Vermelho onde hoje fica o Golfo de Acabar.
Hoje, Ácabar é um paraíso turístico onde as nações de Israel, Jordânia e Egito
se encontram. A topografia subaquática não revela irregularidades. Mas a três
mil anos as condições eram diferentes. Sabe-se que há dois mil anos as águas do
Golfo de Ácabar avançavam cerca de 200 metros litoral a dentro. E sabe disso
por causa de uma cidade romana chamada Eilat.
Segundo registros romanos era um
porto no Golfo de Ácabar. Diametralmente, Eilat está a quase 200 metros do
litoral. Então na época do Êxodo, há três mil anos, o mar devia se estender por
mais de 200 metros. O litoral de hoje deve ter sido há três mil anos uma área
elevada submersa. Se o Mar Vermelho foi dividido, deve ter ocorrido no
estreito, ocorrido a trezentos metros onde hoje está o Golfo de Ácabar. Era o
local para tal fenômeno. Mas a Bíblia também afirma que, quando o “vento parou
de soprar, as muralhas de água desabaram” e o Exército do Faraó se afogou. E
isso ocorre hoje por onde se for.
A Bíblia diz que depois que
Moises e seu povo atravessaram para a liberdade, ainda faltava uma etapa:
chegar a Montanha de Deus. Existe um mistério final na narrativa bíblica no
Êxodo. Depois de atravessar o Mar Vermelho, Moises levou seu povo para o Sinai,
a Montanha de Deus, onde recebeu os Dez Mandamentos. Existe um monte chamado
Sinai na península do Sinai, considerado o Monte Bíblico desde o século IV
depois de Cristo. Ele, desde então vem recebendo milhares de peregrinos todos
os anos. Mas, se a teoria estiver correta, o tal pico não pode ser o lugar onde
Moises recebeu as Leis.
Se o povo escolhido atravessou
mesmo o Mar Vermelho em Ácabar e não em Suez, o atual monte estaria a 250 km
dos hebreus. Aonde fica o verdadeiro Monte Sinai? O livro do Êxodo nos dá uma
pista. Quando Moises e os hebreus seguem as instruções de Deus: “E o Senhor ia
diante deles, seguia uma coluna de nuvens para mostrar o caminho. E de noite,
numa coluna de fogo para iluminá-los para que caminhassem de dia e de noite”. Um evento natural: Um vulcão!
De dia, poderiam ver grossas
nuvens saindo de um vulcão. E à noite eles viram as chamas! Então, o vulcão faz
sentido. Não existem vulcões ativos na península do Sinai. Mas há vários na Arábia
Saudita, perto do local da travessia. Em Ácabar.
Mas, será que o Vulcão de Moises
poderá ser localizado?
A própria Bíblia parece dar a
direção específica. A pista fundamental para dar a localização de Kadosh Barnea
ao Monte Sinai vem do relato do Deuteronômio. Uma jornada de onze dias até o Monte
Sinai. Os peregrinos percorrem uma jornada de sessenta quilômetros por dia, e
isso equivale em seiscentos e sessenta quilômetros. A cidade indicada de Kadosh
Barnea aparece em muitos mapas antigos. Em um raio de seiscentos e sessenta quilômetro
só há um vulcão ativo grande o bastante para criar uma coluna de fumaça que os
hebreus poderiam ver e seguir há muitos quilometros de distância: Monte Borne;
E quanto Moises rebe as leis do Monte e a Biblia diz: “E a fumaça subiu como
fumaça de uma fornalha e todo o mundo tremia grandemente”.
Uma erupção impressionante que só
poderia ter vindo de um Vulcão ativo. Das dez pragas do Egito a divisão do Mar
Vermelho, até a Montanha de Deus, os milagres do Êxodo podem ser explicados por
seus números científicos. Porém, isso não torna a história menos milagrosa.
Descobrir a ciência por trás a Biblia pode não ser tão importante. Mesmo assim,
o Êxodo é uma história de perdedores que, com fé e perseverança conseguiram
superar toda a opressão de suas vidas.
O Êxodo! Narrativa bíblica de
milagres. Catástrofes. No curso da história alterado pelas mãos de Deus. Da sarça
ardente à morte do primogênito, então se busca por acessos explicações naturais
para acontecimento sobrenaturais. Areias do deserto e Vulcões. Os milagres
aconteceram. Essa é a verdadeira história do Êxodo! Mistérios da Biblia!
FIM
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
GRANDES DEUSES - 50 -
MOISÉS
50
MANDAMENTOS
Na sexta-feira era a inauguração
do novo e moderno Cine Tirol, a nova criação de Marilu a frente de outra, a
Rádio. Nessa noite, vinte horas, a sala ampla se encheu de convidados especiais
para assistir a nova película OS DEZ MANDAMENTOS, um filme de Cecil B. DeMille,
tendo no elenco astros como Charlton Heston no papel de Moises, Yul Brynner
como Ramsés, Anne Baxter no papel de Nefretiri e Yvonne De Carlo em Séfora além
de mais inúmeros atores do elenco. O filme foi dividido em duas partes com
duração de três horas e quarenta minutos por completo. Cecil De Mille já dizia
que fazer um épico era bastante se ler a Bíblia e nada mais. E assim foi feito
esse filme. Como convidados para avant premier estavam pessoas de alta classe,
toda com convite especial. Os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica
além de Senadores, como doutor Almeida, velho homem do Senado e pai de Lauro. O
Senador estava acompanhado de sua esposa como também Lauro ao lado de Marilu, a
esposa desse, Governador, Deputados, Prefeito Vereadores. Familiares de Lauro e
a mãe de Marilu, dona Cora. Toda essa gente e repórteres do Jorna e de outros
órgãos de imprensa. Era o mundo todo
reunido.
Moises, escolhido por Deus, ele
guia seu povo da escravidão à liberdade. Mas qual é a verdade por trás do mito
do Êxodo? Dez pragas terríveis assolaram o Egito a três mil anos. Existe uma
força capaz de dividir o Mar Vermelho? A ciência por trás do Êxodo para
explicar o mistério bíblico. A Bíblia. Uma escritura sagrada para milhões de
pessoas, cheia de milagres e mistérios. Novas descobertas tecnológicas sugerem
dos incríveis milagres são baseados em fatos reais. A ciência pode revelar a
verdade por trás dos maiores mistérios da Bíblia.
O livro do Êxodo é uma história
de milagres e verdade. Narra a histórias de Moisés que pede ao Faraó egípcio
que liberte os hebreus escravizados. Após pragas e desastres, o povo hebreu sai
para a liberdade. E é quando o Deus divide o Mar Vermelho. A história atinge o
apogeu com a entrega dos Dez Mandamentos, no alto da Montanha Sagrada. Essa
saga é a pedra fundamental de duas das maiores religiões do mundo.
A narrativa do Êxodo é o
fundamento do judaísmo e cristianismo. Mas será que essa história é uma lenda
religiosa ou existe que um indicio que essa narrativa fantástica de milagres e mistérios
tenha mesmo acontecido? Há tempos, o Êxodo é considerado importante narrativa
espiritual. Reca em significado religioso, mas impossível de ser provado.
Porém, novas descobertas da ciência revelaram indícios surpreendentes de que a
história de Moises e seus milagres incríveis podem estar embasados em fatos
históricos e científicos.
Para investigar essa questão
tem-se que investigar o único texto que existe: livro Êxodo da Bíblia hebraica.
A história começa com o povo hebreu escravizado no Egito. A Bíblia não menciona
a data desse período. E entre as descobertas da arqueologia egípcia não a
menção a escravos hebreus. Entretanto, há um indicio que pode estabelecer um
cronograma para a história de Moises e o Êxodo.
No Museu Egípcio do Cairo, alguns
dizem que existe um sinal. Uma evidencia física que pode provar a veracidade
dessa história épica. Uma placa de pedra que é chamada de Estela de Mernetptá,
uma referência ao Farão que governou o Egito entre 1.224 e 1.211 antes de
Cristo. A Estela junta muitas conquistas o Faraó. E na base de placa de trinta
centímetros, os hidrógrafos trazem uma afirmação surpreendente: Israel está destroçada. Trata-se da
primeira menção inquestionável da palavra “Israel”.
Isso mostra que a terra de Israel já existia naquela época. Comparando a linha
do tempo egípcia com a bíblica, a data do Êxodo começa a surgir. A Bíblia
relata que Israel foi estabelecido quarenta anos após os acontecimentos
descritos no livro do Êxodo. Se a Estela estiver correta, então isso demostra
que os hebreus estavam vivendo na Terra Prometida, a terra de Israel, por volta
de 1.211 antes de Cristo. Portanto, o Êxodo deve ter acontecido antes dessa
data. Não há outra menção de Israel ou escravos hebreus nos registros egípcios.
E a Bíblia não menciona o nome do Faraó que governava o Egito no tempo de
Moisés.
Mas, a Bíblia nos diz o que os
hebreus estavam fazendo no Egito. E isso pode ser chave para descoberta mais
evidencias. O livro do Êxodo diz: “e construíram para o Faraó armazéns de Pitom
e Rameses”. Escavações recentes do Egito, revelaram um Palácio de um Faraó com
enormes estatuas onde atualmente fica a Cidade de Putim. Os hidrógrafos antigos
dizem que a cidade de Rameses conhecide com as cidades construídas pelos
hebreus naquele tempo. A cidade deve ter sido construída por volta de 1.280
antes de Cristo. Se essa for mesmo a cidade mencionada na Bíblia, então é
possível identificar o Faraó do Egito. A construção foi feita por Rameses II.
Durante esse período a Bíblia diz
que os egípcios que os escravos hebreus se rebelassem. Por isso costumavam
assassinar todos os filhos homens dos escravos. Segundo a Bíblia, a mãe de
Moises era hebreia. Para salvar a vida do seu filho, ela colocou a criança num
cesto de papiro e o lançou nas águas do rio Nilo. Por sorte, a cesta e a
criança foi encontrada pela filha do Faraó. A Bíblia diz: “Ela o adotou por seu
filho de deu o nome de Moises,
dizendo – porque eu o tirei das águas”. O nome “Moises” em hebraico significa “retirado, salvo”. E ele foi retirado
pela filha do Faraó. Esse é o motivo do nome!
Mas, o nome Moises pode dar outra
pista para a história. Pois Moises não é um nome hebreu. A palavra Moises, em
egípcio, significa “filho de”. Isso
é como Rameses cujo significado é “filho
do deus do sol” ou mesmo “deus da
sabedoria”. Quando se tornou adulto, Moises testemunhou seus irmãos
escravizados pelo egípcio. Quando Moises viu um egípcio maltratar e matar um
dos seus irmãos hebreus, vingou-se e matou o homem. A ação tempestuosa não só
modificou a sua vida, mas teve influência no destino de todo o seu povo. Moises
fugiu para longe do Faraó ingressando nas terras de Midiã. Então, nesse local,
Moises teve o seu primeiro encontro com Deus no Monte Sinai no lado leste do
Golfo de Acabar. Um detalhe: “Deus apareceu a Moisés em uma chama de fogo no
meio de uma sarça”. Moises viu que a sarça ardia sem se consumi. A ciência
imagina em fatos. Arbustos não pegão fogo espontaneamente a não ser em certas regiões.
Serão necessários tufos vulcânicos ativos. Eles liberam gases extremamente
quentes e inflamáveis, o suficiente para causa a combustão do arbusto. E apenas
um arbusto no Egito se encaixa essa descrição. Se a sarça queimou foi na Pedra
de Midiã.
Deus ordenou a Moises voltar para
a sua Terra, o Egito, o libertar o seu povo. Diante da recusa do Faraó, então
Moises falou que ele enviará praga sobre o Faraó e sobre o Egito. Moises
enraivecido, estendeu sua mão sobre o Egito. Dez pragas. Sangue, rãs,
mosquitos, moscas, peste, feridas, chuvas de pedras, gafanhotos, trevas e a
morte dos primogênitos. Dez eventos devastadores que trouxeram horror e morte
no Egito. Mas essas pragas são fenômenos naturais. Casa uma das pragas deflagra
o “efeito dominó”. Empurra uma bola de neve montanha abaixo e isso chega ao clímax
com a decima praga
E as aguas do rio se tornaram
sangue, a primeira praga lançada por Moises. O rio Nilo ficou vermelho como
sangue durante sete dias. E toda a vida aquática morreu. Existe a chamada maré
vermelha que é conhecida no mundo todo. Elas acontecem em todas as regiões do
mundo, inclusive no Brasil. A maré vermelha ocorre em estuários e oceanos e é
fruto da proliferação excessivas de microalgas. Essas algas liberam uma forte
toxina, dissolvem o oxigênio da água o que leva a morte dos peixes.
Consequentemente todos os animais que tem a capacidade de fugir das águas
envenenadas, fogem. O que nos leva a segunda praga: rãs. No Egito, milhões de
rãs do rio Nilo saíram da água e invadiram as terras. Sem alimento, as rãs logo
morreram causando logo as próximas duas pragas. Mosquitos cobriram os homens e
as bestas. Os mosquitos são um incomodo. E com a quarta praga exames de moscas
dominaram a terra do Egito. Essas moscas, não eram moscas domésticas. Eram
moscas dos estábulos. Elas voaram em profusão por causa dos peixes mortos e
vegetação apodrecida ou sapos. É a mosca dos estábulos.
Essas moscas picam profundamente
com ferrões que parecem pinças cirúrgicas. E deixam uma ferida aberta que expõe
o corpo a infecções. E aí, a quinta praga foi mortal. Sobre os cavalos, os
jumentos, os camelos, os bois e as ovelhas veio uma peste mortífera. A peste
que matou gado e a criação foi resultado do vírus patogênico espalhado pela
picada dos mosquitos da segunda praga e a febre catarral maligna ou língua azul. Ela tem esse nome porque
os pulmões ficam cheios de líquidos. Os animais não conseguem respirar, suas línguas
ficam azuis e eles morrem.
Na sexta praga, os homens também são
atingidos por doenças. Ulceras e chagas atingiram homens e animais. Chagas,
pústulas e feridas purulentas que foram causadas pela picada das moscas dos
estábulos. Mas o horror não termina aí. As próximas quatro pragas foram ainda
piores e trouxeram a escuridão e a morte. A sétima praga veio do nada. Uma chuva
de granizo de proporções inimagináveis. Essas chuvas já eram conhecidas por
destruir os campos de trigo e cevada do Egito. O frio e a umidade repentinos,
num clima quente e abafado, criaram um ambiente ideal para inclusão de ovos de
insetos. E isso culminou na oitava praga: Os gafanhotos.
Como faz até hoje, há três mil
anos, no Egito, os vorazes gafanhotos do deserto devoraram tudo o que crescia
levando à fome ao Egito. A nona praga é apavorante e parece não ter ligação com
as outras: três dias de escuridão. Uma tempestade de areia. No verão, essas
tempestades são comuns no Oriente Médio. Os ventos sopram a uma velocidade de
140 quilômetros por hora, levantando areia e poeira suficientes para bloquear o
sol. E essas tempestades de areia podem durar dois ou três dias. E os egípcios tinham
mais uma praga pela frente. Pior que todas as anteriores. A decima praga é a
mais misteriosa. A Bíblia diz: “Todos os primogênitos do Egito morrerão. Desde
o primogênito do Faraó até os primogênitos dos animais”.
A morte seletiva de todos os primogênitos
dos egípcios e dos animais mais velhos. Animais dominantes. O assassínio estava
escondido no alimento estocado, já que as pragas anteriores tinham acabado com
os alimentos. Granizo e gafanhotos destruíram toda a colheita do ano. Isso
forçou os egípcios a estocar qualquer comida que restasse. E tiveram que os enterrar. Os grãos armazenados
fizeram a decima peste. Os fungos dos alimentos se transformam em mortais. Isso
leva a uma contaminação de fungos dos grãos estocados no subsolo contaminados
pela água e pelos excrementos dos gafanhotos. Estocado, os fungos produzem
veneno muito potente denominado “microtoxina”.
As microtoxinas são fungos microscópicos
que proliferam rapidamente e são altamente tóxicos. Com isso eles podem causar
doença e morte. No Egito e em outros países do Oriente Médio há uma tradição de
que o filho mais velho ganha uma porção dupla. Ele é alimentado, primeiro, para
garantir o sustento da família. Com isso, até mesmo os animais mais velhos,
morrem ao ingerir a microtoxina. Cavamos, bois e mesmo gente. Portanto somente
a camada exterior do estoque de grãos estaria infectada com a microtoxina. Os primogênitos
comeram a primeira camada. Os demais, nada sofreram.
Os escravos hebreus ficavam
alojados há quilômetros dos Palácios egípcios, na área chamada por Terra de
Gizé. Isso foi fundamental para eles sobreviverem às pragas. Desastres
localizados, até mesmo estoques de grãos infectados, passaram longe das palhoças
dos escravos.
domingo, 17 de setembro de 2017
GRANDES DEUSES - 49 -
DEUS E DEUSA
49
A DEUSA
A Deusa Proibida. Aserá foi a
esposa de Deus. Nunca se mencionou esse nome, apesar de estar na Bíblia, no
livro de Jeremias citada como A Rainha dos Céus. Então, Kátia, verificando
artigos, descobriu esse livro e ventilou a Telma poder fazer uma matéria sobre
o assunto. Em alguns do Templos mais antigos da Terra Sagrada, arqueólogos
estão descobrindo pistas tentadoras de que Deus não estava sozinho. E uma das
maiores batalhas de sexo da história foi travada há três mil anos. Quando os
israelitas surgiram no palco mundial, os Judeus ortodoxos reúnem-se para
prestar homenagem a Deus, o Eterno, Todo Poderoso Deus de Israel, denominado
por Javé. A Deusa também era chamada por Asherah que é a mesma Aserá. E Deus se
tornou Javé. De posse desses achados, saiu Kátia para ouvir a opinião do Bispo
de Natal.
Kátia
--- Após alguns milênios, um nome
voltou a ser mencionado. A Deusa Aserá. Ou Asherah. O que o senhor diz a
respeito? - - fez a indagação
Bispo
--- Hoje, uma figura sombria
permanece no fundo. Foi feita uma coisa que nenhuma outra nação na história
humana havia feito antes. Abandonaram os rituais pagãos do passado para forjar
uma aliança com um único Deus a quem chamaram de Javé. Antes disso, os antigos
adoravam uma diversidade de entidades, entre elas a Deusa Mãe, o símbolo
quintessencial da vida e da fertilidade. Foi a Deusa Mãe derrotada pelo Deus de
Israel, como a Torá sugere ou como algumas feministas alegam. Os editores da
Bíblia que eram padres masculinos simplesmente tentaram apagar dos seus textos
sagrados.
Kátia
--- Mas a Deusa Mãe existiu?
Bispo
--- Hoje, arqueólogos estão
descobrindo evidencias extraordinárias de que Javé ou mesmo Deus, poderia ter
tido uma rival ou talvez uma companheira e o seu nome era Asherah. Durante as
últimas duas décadas os técnicos têm procurado restituir Asherah, a Deusa
Mulher da antiga Canaã a seu lugar de direito na antiga religião de Israel.
Kátia
--- Asherah era venerada como
Deusa?
Bispo
--- Asherah era venerada junto
com Javé a entidade masculina do antigo Israel. A Torá nos dá uma visão
idealista de que havia apenas uma única identidade. Porém, na realidade havia
mais de quarenta referências a Asherah ou a seu símbolo. Portanto, ela é muito
bem conhecida dos escritores da Bíblia.
Kátia
--- Eles são deuses sagrados? –
Bispo
--- Deuses pagão na Terra
Sagrada. Tem algo que façam eles emergirem como únicos Deuses de Israel. Hoje,
há entidades mitológicas tanto masculinas como femininas, especialmente pares
divinos que controlavam o destino do mundo antigo. No Egito eram Isis e Osíris.
Na Grécia era Hera e Zeus. Na Babilônia, Istar e Tamus. Em Canaã, os Grandes Deuses,
Anel e Baal. E as Deusas dominavam o Céu e a Terra. Os israelitas se apegavam a
deus deuses pagãos. Inclusive a Deusa dos Cananeus, Asherah. Ela era a
principal feminina no panteão cananeu. E ela foi associada com Ael, o Deus
chefe masculino. Portanto, os Israelita mantiveram o culto a Asherah vindo dos
seus antepassados cananeus.
Kátia
--- No Nega, ao sul de Jerusalém,
arqueólogos estão encontrado vivencias surpreendentes de que poderão eles estar
certos. No templo de Arat escavações revelaram que Aue e Asherah podem ter sido
adorados; O que me diz? - - indagou
Bispo
--- No Santuário Interno ou
Sagrado dos Sagrados, dois altares foram encontrados diante de um par de pedras
verticais. A pedra maior representa Aué, o Deus masculino do antigo Israel. E a
menor representaria, então, Asherah, sua companheira, a Deusa Mãe.
Kátia
--- No pátio externo do Templo
havia outro altar?
Bispo
--- Sim. Havia. Local onde tigelas
e cinzas de ossos e animais queimados. Esses objetos foram queimados sugerindo
adoração de Deuses. A descoberta de uma irmandade no campo e altares incomuns com
pedras duplas sugerem que o culto a Asherah pode ter sido bem mais difundido do
que qualquer um poderia imaginar. Na base do altar encontraram leão ou leoa de
bronze. Asherah é realmente associada no mundo cananeu como a imagem do leão.
Ela é a Dama Leão.
Katia
--- Mas os israelitas podem ter
adorado mais de um Deus?
Bispo
--- Sim. Até mesmo uma Deusa.
Consideram a cidade de Dan, nos montes ao norte de Israel. A Grande Pirâmide
começou a se cavar nos anos 60. Resultou em uma cidade mais importante do
antigo Israel. A capital do Norte. E um importante centro de culto das
correntes entrelaçadas de culturas e práticas religiosas. Perto de uma fonte
que é o início do rio Jordão se encontra uma plataforma elevada de pedras de
cinco metros quadrados do que a Bíblia chama de “Local Elevado”. Um outro local
de culto existe na parte interna da cidade. Ali estavam Asherah e Deus em um
contesto de benção.
Kátia
--- O busto e a vulva aparecem
bastante claros. Quem é esta mulher? –
Bispo
--- Sabemos que Asherah está
ligada aos leões no período cananeu. Essa é a Dama do Leão. Demostra que o
culto a Asherah existiu, não no final da história de Israel. Mas no início. À época
de Salomão quando o Templo estava sendo construído em Jerusalém. E Asherah é,
por fim, a companheira de Javé ou Deus, totalmente despida como se pode notar.
Kátia
--- Parece que houve uma tentava
ao culto a Asherah? –
Bispo
--- Especialmente quando o monoteísmo
chegou a seu ápice. Havia apenas espaço para um Deus. E era uma entidade masculina.
Kátia
--- Mas como uma Deusa era tão
adorada pelo povo poderia ser tão odiada pelos autores do Velho Testamento? –
Bispo
--- Eles representam o ortodoxo.
A ala direita: partido nacionalista que editaram a Bíblia. Eram homens que
representavam o Governo. Era um partido elitista. Segundo eles, havia apenas um
Deus. Não gostaram de uma deusa, uma companhia feminina para Javé o Deus.
Asherah era um problema, uma verdadeira ameaça de que Deus deveria ser., Portanto
ela deveria desaparecer.
Kátia
--- Então os bíblicos botaram a
rainha para fora?
Bispo
--- É o que se pode afirmar. A
supressão de Asherah vai além das atitudes masculinas muito enraizada em
relação às mulheres, no mundo antigo. Estavam fascinados pelas mulheres, mas as
temiam. Desejavam os seus poderes de reprodução. As consideravam objetos de
satisfação sexual e prazer. Mas tinham medo da sexualidade livre delas.
Portanto, em cada sociedade antiga essa era uma oportunidade de oprimir as
mulheres, mantendo-as sob controle. Temos que lembrar que a Bíblia é literatura.
Não é a vida.
Kátia
--- Eu tenho que lembrar também?
- - sorriu
Bispo
--- Sim. Deve lembrar. Bíblia é
literatura. A Bíblia é o que é. Que seja assim. Como o assunto é religião,
crenças antigas não morrem facilmente.
Kátia
--- Está bem. Agradeço o que me
foi dito.
Kátia retornou ao Jornal pensando
em tudo que aprendeu e soletrado que a Bíblia é literatura.
Katia
--- Por que eu tenho que mudar de hábito?
sábado, 16 de setembro de 2017
GRANDES DEUSES - 48 -
UNIVERSOS
48
OUTROS UNIVERSOS
Um dia depois, quando tudo se
acalmou, Kátia chegou logo cedo ao Jornal onde já havia outras pessoas, apesar
de ser hora matutina. Mesmo assim, a moça pediu desculpas por chegar com atraso
a olhar o seu relógio de pulso. Eram sete horas em ponto. As fotos do dia
passado estavam despejadas em uma bandeja de alumínio porta no balcão perto da
máquina de teletipo. Um ensurdecedor barulho fazia o teletipo quando alguém
entrava no seu departamento. Eugenio era o único a chegar por parte da manhã
muito cedo. Baixo, um pouco gordo, ele não falava para ninguém. Tinha o costume
de assobiar de quando em quando. Era assim o seu habito. Kátia observou as
fotos e as deixou, solitárias. Buscou, então falar com Telma.
Kátia
--- Novidades? - - indagou
Telma
--- Você vai buscar informações
sobre o Universo! - - relatou
Kátia
--- O que? Onde? Ai meu Deus. - -
sem desculpas
Telma
--- Na Universidade. Está havendo
um encontro de Cientistas. Sispa! - - sorriu
A moça colheu uns papeis, bebeu
água e gritou por Canindé.
Kátia
--- Canindé!!! Vamos em bora!!! -
- e então saiu
Kátia chegou a Universidade
quanto estava começado o seminário de estudos de outros mundos além do nosso.
Ela ouviu o primeiro comentário.
Professor
--- Pode existir outros Mundos
por aí. Universos brotando de outros Universos onde pode existir uma cópia do
nosso sistema solar, da nossa Terra e de cada um de nós. Onde tudo pode ser
tudo muito igual. Mas, onde estão esses
outros Universos? Por que não podemos vê-los? - -
Expositor
--- Porque estamos em dimensões
diferentes.
Professor
--- Isto pode ser verdade?
Expositor
--- Se existirem em outras
dimensões de um certo tamanho e forma esse experimento irá encontra-los. –
Professor
--- A pergunta não é “se elas
existem”. Mas sim se existem uma, duas, três ou quatro tipos diferentes delas.
–
Pesquisador
--- Esse fato sensacional
significa que o Universo está em um mar de Universos Paralelos. –
Professor
--- Imagine outro mundo. Um
Universos diferente com um sistema solar e um planeta exatamente como o nosso.
Nesta Terra paralela vive uma cópia exata de você. Você poderia vivendo
exatamente a mesma vida, mas em outro Universo. Agora, imagine o Universo
totalmente separado onde você poderia estar vivendo uma vida um pouco diferente
ao mesmo tempo em que vive esta vida. Pode parecer fantástico, incrível e impossível.
Mas, pode haver muitos outros Universos por aí. E agora se tem como comprovar
isto. Nós estamos experimentando um choque especial. Nossa visão de Mundo foi
modificada com a descoberta de que podem haver, sim, Universos Paralelos. –
Pesquisador
--- É uma ideia assombrosa a de
que pode haver réplicas exatas de quem nós somos na vastidão do espaço.
Expositor
--- Este assunto de Universos
Paralelos está na cultura popular. Todo mundo pesa nisso todo dia. Mas,
geralmente em termos de ficção. Uma das coisas interessantes é que a ciência,
hoje, está tentando ver se os Universos Paralelos são uma realidade física.
Professor
--- Novas descobertas incríveis
sobre o tamanho real do Universo parecem indicar que tudo o que vemos não é
tudo que existe. Nós, humanos, parecemos com uma avestruz com a cabeça na areia
só porque não podemos ver alguma coisa que não está em mim. Agora nós sabemos
que há bilhões de outras galáxias no meio do Mundo. Notavelmente pode haver
quatro tipos de Universos Paralelos. Um tipo poderia existir no mesmo espaço
exato em que estamos. Mas fica tão distante que não podemos vê-lo ou
alcança-lo. Em outros cenários, múltiplos Universos existiriam em gigantescas
bolhas cósmicas à deriva no mar cósmico de bolhas gigantes. Pesquisas revolucionárias
mudaram toda a paisagem. Dados do espaço cósmico esperam uma nova visão da
cosmologia e dados do satélite indicam poder haver Universos Paralelos. Em uma
outra hipótese, muitos Universos Paralelos ocupam o espaço e tempo que o nosso
Universo. Mas, como estão em dimensões diferentes, são invisíveis. Em outra hipótese,
todas as leis da física são diferentes. Então, tudo parece completamente
diferente.
Expositor
--- Para manter as coisas simples
os físicos dividiram os Universos Paralelos em níveis diferentes. O Universo
Paralelo nível um, é baseado no Universo que é infinito em tamanho. Ele está
incrivelmente distante. É uma distância tão absurda que nem podemos ver.
Professor
--- Mas, realmente o Universo é
infinito? Uma nova teoria chamada Inflação Cósmica diz que é. A teoria da Inflação
explica como o nosso Universo se expandiu de modo repentino e maciço após sua
criação. Na verdade, o espaço não é grande ou imenso. Ele é realmente infinito.
Ele não acaba. Isso significa que não apenas um, dois, três, mas muitas outras
regiões infinitas no espaço, tão grande quanto o nosso Universo. Mesmo o
Universo que conhecemos é um espaço extraordinário. Quando voamos no espaço galáctico,
tudo o que se está vendo contém uma galáxia que possui centenas de milhões de
estrelas com sistemas solares ao seu redor. Esta ideia radical está gerando uma
definição totalmente diferente dos cosmos.
Expositor
--- Mas, agora, uma ferramenta
nova, a Sonda Isotrópica de Micro-ondas está mudando tudo. As imagens impressionantes
revelam a verdadeira forma do Universo. Temos fotos do bebê do Universo. Como
ele era quando tinha 400 mil anos de idade. Estamos olhando tão para trás, no
tempo, que as galáxias não tinham sido formadas. Só havia gás difuso letal que
se transformou em galáxias e suas estrelas. Hoje temos a certeza de que o Universo
é chato. Há outros tipos de Universos paralelos ainda mais surpreendentes. Um
Universo Paralelo tipo Dois formando de bolhas cósmicas, gigantescas que
flutuam no hiperespaço. Cada bolha independente tem dentro dela formado um
Universo inteiro.
Professor
--- A pergunta é: nós todos
vivemos em uma bolha cósmica? Se a ideia sensacional do Universo Paralelo Tipo
Dois estiver certa, então a verdadeira natureza do Cosmo pode mesmo ser mais
surpreendente do que se imagina. Nosso universo flutua em um oceano agitado de
outras superbolsas onde elas podem colidir e gerar irmãos e irmãs de Universos.
Isso acontece o tempo todo. Os Universos estão inflado e estourado, gerando
esses Universos imensos. É dinâmico. Universos sendo criados do nada. Universos
brotando de outros Universos. Todas juntas, as bolhas criando um novo Universo.
E dentro deles há números infinitos de Universos Paralelos. Todos eles estão no
mesmo espaço e regiões diferentes que se chamam de Universos Paralelos.
Expositor
--- Na calamidade surge a existência.
O que se chama de multiverso é melhor entendido como uma arvore com uma
estrutura fractal onde se tem uma região no espaço, se expandindo e se espiralando
para outras regiões do Cosmo. E outros Universos podem brotar desses. Existe
esse Universo eternamente caótico de Universos brotando de seus antecessores.
Do conjunto infinito de Universo nesse multiverso.
Professor
--- O verdadeiro termo para esse
processo monumental é Nucleação de Bolha. Uma área de bolha se expande ao redor
criando uma região de espaço onde vai acabar formando galáxias, estrelas,
planetas e até pessoas como nós. Somos as Crianças da Bolha. Por que procurar
esses Universos Paralelos que não podemos tocar. Porque eles possuem o segredo
dos segredos. Eles possuem o segredo de tudo que existe. Pela primeira vez
podemos imaginar de onde veio o nosso Universo. Talvez o nosso Universo tenha
começado a existir colidindo com outro Universo Paralelo. Talvez tenha brotado
de outro Universo. Esse são exatamente os temas da pesquisa moderna. Da física antes
a gente.
Uma salva de palmas encheu o
auditório.
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
GRANDES DEUSES - 47 -
DISCOS
47
EXTRATERRESTRES
No dia seguinte o Jornal estampou
em sua primeira página as matérias feitas pelos repórteres, inclusive a
repórter Kátia. A tiragem do matutino foi obrigada a chamar uma segunda edição
pelo interesse geral da matéria. Marilu estava eufórica com a repercussão e não
tinha lugar onde parasse. Era da Rádio para o Jornal e vice-versa. Canindé e
outros fotógrafos não paravam de tirar fotos extravagantes das pessoas na rua,
cada uma a olhar o Céu a todo instante. Do interior chegavam notícias de
avistamentos em várias cidades, incluindo Mossoró e Caicó sem contar com as que
ficavam mais próximas da Capital. No tumulto chegou-se a confundir Natal com
outras cidades menos divulgadas. Assim estava o clamor, dia e noite. Em plena
noite aviões da FAB caçaram Discos em toda a região. Os radares mostraram
objetos que voavam há quinzes vezes a velocidade do som
Marilu
--- Que coisa? Eu não dormi à
noite passada. Imagens inéditas revelavam estranhos objetos voadores de Céu.
Lauro
--- Vamos prosseguir com nossa
expectativa. Fantasia ou verdade? –
Telma
--- O Brasil, depois dos Estados
Unidos, é o país onde se vê mais discos voadores.
Kátia
--- Alguns desses Discos desafiam
estudiosos de assunto. Sem explicação! - - declarou
Lauro
--- Como desejam de nós esses
seres? - -
Kátia
--- Essas civilizações querem
ajudar ou escravizar?
Lauro
--- Os ETs já estão vivendo entre
nós. Um fazendeiro teve contato de terceiro grau com os Extraterrestres. Esse é
acontecimento mais importante da ufologia brasileira.
Telma
--- Houve algum contato de
verdade? – - surpresa
Lauro
--- O fazendeiro diz ter visto um
aparelho gigante com uma luz descendo outro equipamento. Diz o homem que
fotografou os ETs. Nesse instante, os equipamentos sumiram de vez. Mas, com
pouco tempo, em uma distância maior, o fazendeiro notou outros aparelhos, maiores
que os demais de onde saíram dois homens de estatura mediana e falaram que “não
tenha medo que nós não fazemos mal”. Eles levaram o fazendeiro para dentro do
aparelho onde tinham outros dois homens operando máquinas. O fazendeiro viu de
imediato dois aparelhamentos como duas telas de televisão. Então, uma moça
mostrou duas imagens. Ela então declarou que o fazendeiro estava vendo a lua e
o sol. Em consequência, a moça aponto uma mancha como clara de ovo. E declarou
que a mancha era onde eles estavam a morar, bem distante da Terra. E logo após
os ETs deixaram o fazendeiro e foram embora.
Telma
--- Nossa Mãe! Que coisa! - -
estremeceu-se toda!
Lauro
--- Tem mais. A nave sumiu mas
deixou suas pegadas no chão. Uma marca dos pneus de um equipamento pesando duas
toneladas e meia para fazer as três marcas em tal profundidade tão
simetricamente como ficaram na época. Em seguida, os ETs deixaram uma fazenda
com inscrições em letras hebraicas antigas. Havia alguns trechos semelhantes aos
pergaminhos de Qumran. –
Telma
--- Ah meu Deus. Seriam eles de outros
planetas? –
Lauro
--- Não sei. Aconteceu no
interior do Brasil o surgimento de homens Cinzas. Objetos voadores não identificados
ocorreram na Serra do Cipó, em Minas Gerais. Os ETs vestiam cinza e entraram em
luta com um habitante. Mas não obteve êxito! Coice, pernadas, tapas. E o ET topou
a parada. Depois de muita luta, ele foi embora em sua maquina voadora! –
Marilu caiu na gargalhada como se
a história fosse hoje!
Marilu
--- Ah cambada de “valentes”! - -
gargalhou outra vez.
Lauro
--- Foi! Ora está! Teve outro
caso. Um agricultor recebeu os Extraterrestres à bala. Quando eles sentiram o
fogo, largaram o pé da tabua. Fugiram! - - gargalhou
Kátia
--- Para quem não está no local,
isso pode até ser engraçado. Eu lembro, agora, um caso que um meu vizinho
contou. Foi no final da tarde de um ano qualquer quando começou a circular a
notícia. Vamos dizer que seu Joaquim, ainda moço, casado, quatro filhos, desapareceu
no mato onde ele colhia frutos. Estavam com ele mais quatro companheiros. Foi
nesse instante que um disco voador o sequestrou. Foi da cidade de Santa Cruz.
Ele viu uma luz entre as árvores e logo sentiu uma coisa estranha. Houve um
silencio. Todos os amigos olhando na mesma direção. Num mesmo instante Joaquim
viu um objeto a irradiar muita luz. Ele recebeu uma descarga elétrica que jogou
o corpo para dentro do ET. Ele simplesmente desapareceu. Quando Joaquim
recobrou a consciência, ele estava na beira de uma estrada a 80 km da cidade
onde morava, cinco dias após.
Telma
--- Meu Deus do Céu! - - tapando
a boca com a mão
Marilu
--- É incrível mesmo. Ele nem mesmo
contou à polícia? –
Kátia
--- Não sei. Eu não tive coragem
de perguntar. –
Lauro
--- É gente do mato. O povo nem
acredita nessas coisas! - - dialogou
Telma
--- Mesmo que dia, vão dizer que
ele é um doido! –
Kátia
--- Talvez. Ou mesmo um bêbado. -
-
Lauro
--- É uma história incomum. Mas, a
hipótese de vidas inteligentes em outros planetas não dá mais para duvidar. O
aparecimento de naves espaciais aqui ou na Bélgica, isso já dá panos para as
mangas. A Rússia mantém em segredo tudo o que sabe. A França tem o seu
equipamento de pesquisa. Estados Unidos, nem se fala. Isso tudo é mantido em
sigilo.
Marilu
--- Eu quero saber sobre a China.
Nada se informa da China. –
Lauro
--- Há um grupo dentro da NASA
que diz ter vida inteligente no Universo. Os avanços sobre os ETs. Embora a
NASA nunca tenha admitido a existência de extraterrestres, oficialmente não
descarta a hipótese de que há vida em outras galáxias. Hoje, são investidos milhões
de dólares nesses projetos a procura de vida inteligente extraterrestre.
Marilu
--- E o Vaticano? –
Lauro
--- Todo é Santificado. Mas, tem
os seus segredos. No Vaticanos também tem equipamentos avançados de pesquisas
espaciais. Acabou o tempo das Virtudes.
Telma
--- No Universo são cem bilhões de
estrelas. Muito mais do que imaginávamos.
Lauro
--- Nos Estados Unidos se tem o
maior sistema telescópio do Mundo construído nas montanhas de Porto Rico. O Observatório
de Aracibo que encontra sinais de ondas de rádios do Universo na esperança de
que outras civilizações estejam emitindo estes sinais.
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