domingo, 24 de janeiro de 2016

LAGO AZUL - 02 -

O BAR
- 02 -
O BAR -


Após o almoço entre todos os demais frequentadores do famoso Lago Azul, a moça Lourdes correu ao banheiro para fazer os seus asseios. A amiga Zefinha, também dona do restaurante a acompanhou para ensinar o local onde ficava o banheiro e fez a volta para o salão onde ainda estavam uns poucos fregueses a bebericar e jogar conversa fora. Um automóvel estacionou logo à frente do restaurante e dele saltou o senhor Geraldo buscando trazer um punhado de frutas entre outras mercadorias. Nesse momento, surgiu Zefinha apelava para que o marido deixasse um pouco pois era muita coisa para se levar sozinho.
Geraldo
--- O carro de frutas atrasou um pouco e eu tive que esperar. - -  
Zefinha
--- Tem coisa muita. Chama Zuleide, a garçonete. - -
Zuleide
--- Estou aqui, madrinha. Deixa que eu seguro. - -
Geraldo
--- Onde está Rapa Coco? - - reclamou chamando o homem que fazia mandados
E a correria adoidada com o pessoal carregando as compras para um lado e outro. Até mesmo Rapa Coco já estava carregando pelos braços um pouco de frutas até mesmo sem reclamar. No Bar, um homem rezingou.
Homem
--- Quem despacha aqui agora? Quero mais cerveja. - - gritou alarmado
Zefinha
--- Espere um pouco que já despacho. - -
Lourdes
--- Pode deixa que eu atendo! Diga, senhor. - -
Homem
--- Ponha mais cerveja, boneca! - - e quis passa a mão nas nádegas da moça.
Essa se afastou, levando as nádegas para frente e fez cara feia para o homem. Os demais que estavam na mesa do restaurante, gargalharam pelo modo que o homem teve que fazer.
Em um instante a moça Zuleide se aproximou da mesa e disse logo.
Zuleide
--- Aqui não é sua casa, moleque. Tome a cerveja! - - falou sem delicadeza.
O homem se levantou querendo dar uma tapa na moça. Zuleide refugou e logo puxou uma tesoura que tinha guardada no seio. E falou:
Zuleide
--- Venha. Venha. Seu moleque! - - falou áspera.
Geraldo
--- Que houve? - - indagou Geraldo a se aproximar da mesa.
Zuleide
--- É esse moleque se metendo a basta! - - falou irritada.
Geraldo
--- Calma. Calma. É só cerveja? - - indagou ao homem
Homem
--- Era essa mulher querendo me furar com uma tesoura. - - relatou enfezado
Homem-2
--- Vamos embora. Já bebemos demais. - - alertou o segundo homem
Homem-
--- Ela me paga! - - relatou inquieto o homem ameaçado
Geraldo
--- Calma. Calma. Tudo passou. Vai tomar cerveja? - -
Homem-2
--- Quero a conta. O amigo já está fervendo. - - falou o segundo homem afastando o primeiro para um lado.
Zefinha
--- Que coisa! Tome a conta. Cerveja e pratinhos. Ave Maria. - -
Geraldo guardou o dinheiro e Lourdes se tremia de medo. Zuleide se meteu para o lado do caixa cheia de raiva. Lourdes ainda molhada do banho, logo foi dizendo.
Lourdes
--- Aqui é assim? - -
Zuleide
--- Só quando aparece um bêbado. - - falo com raiva
Rapa Coco saiu para fora do bar levando o valentão. O homem reclamava constantemente. Rapa Coco procurava acalmá-lo a qualquer modo. Os beberrões estavam ainda a ocupar as outras mesas ingerido as suas garrafas de cerveja e a comentar.
Beberrão
--- Só não quero que venha para meu lado! - - relatava com raiva.
E o conversar continuou por algum tempo, cada qual que contasse uma história diferente, algumas dessas, de assombro e coisa e tal. Por volta das três horas da tarde, Zefinha chamou por Lourdes para que fosse ao Canto do Mangue, no bairro das Rocas, buscar peixe em um vendedor. Lourdes estranhou o pedido por não saber onde ficava esse local.
Lourdes
--- Onde? - - perguntou assustada.
Zefinha
--- Nas Rocas. Você vai com Rapa Coco. Ele ensina o caminho. É perto. Segue pela rua do Bonde e está no caminho. - -
Lourdes
--- Eu vou com ele? E ele sabe? - - indagou espantada
Zefinha
--- Sabe. Sabe. Ele conhece o homem que vende peixe. Você só observa e pronto. Quando for o dia, você já sabe o caminho. - -
Lourdes
--- Quem é o homem? - -
Zefinha
--- Molambo. Todos conhecem. Tem mais de um. Mas eu só compro a Molambo. Ele conhece. Rapa Coco. Dinheiro, Molambo vem buscar logo mais. - -
Lourdes
--- Eu vou agora? - -
Zefinha
--- Sim. É para preparar para o dia seguinte.
E assim, foi feita a viagem. Rapa Coco à frente. Lourdes logo atrás. Caminharam pela rua dos Bondes, entraram pela Rua do Correio e seguiram em frente até alcançar o Canto do Mangue. Rapa Coco cheirava a cachaça como sempre estava nesse compasso. Lourdes, em meio do caminho, perguntou a Rapa Caco qual seu verdadeiro nome. E o homem ditou.
Rapa Coco
--- Antônio. Mas pode chamar Rapa Coco mesmo. - - desconversou
Lourdes
--- É bom saber. Às vezes a pessoa não gosta. E o vendedor de peixe? - -
Rapa Coco

--- O povo conhece por Molambo. É u baixo e gordo. - - reportou. 

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