domingo, 17 de janeiro de 2016

O ALÉM - 46 -

MESOPOTÂMIA
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MESOPOTÂMIA

Mesopotâmia, a Terra Entre Rios. Fica entre Eufrates e Tigre e já foi considerada o berço da cultura. Há mais de 2.500 anos uma metrópole imensa se ergueu no coração dessa região. A Babilônia. O homem que a governou dotou à cidade uma das maravilhas do mundo. Seu nome foi Nabucodonosor. As estruturas construídas pelo Rei se tornaram mitos como a imensa Torre de Babel que enfrentaria várias gerações futuras. Hoje, restam somente cascalhos. Mesmo assim se pode decifra o mundo perdido pelos fragmentos que restaram. A mais nova tecnologia apresenta os sinais cuneiformes, a língua escrita mais antiga em milhares de tábuas e a ciência pode agora decifra-las. As imagens podem trazer a cidade perdida de Babilônia de volta à vida e com ela pode trazer uma compreensão maior de Nabucodonosor e da cosmologia dos babilônios
Joelma
--- Como se pode decifra uma cultura apagada? - - quis saber
Laura
--- A redescoberta do mundo de Nabucodonosor começou a 100 anos, no Líbano. Pessoas importantes pesquisavam a região em busca de tesouros antigos. Na época havia muitas expedições de administradores coloniais. O século 19 foi a época das grandes descobertas. E todos esses pesquisadores faziam novas e importantes descobertas. A lendária cidade de Troia havia sido escavada. Hieróglifos egípcio puderam ser decifrados e em outro daquele ano houve uma descoberta que foi declarada como a sensação arqueológica. O vasto império da Babilônia se estendera até aquele ponto às margens do Mediterrâneo. E a prova foi descoberta. - -
Joelma
--- Qual? Diga por favor! - - em ânsia.
Laura
--- Numa parede de pedra o retrato de um Rei havia sido esculpido, dominando um Leão com o braço. Segundo a descrição, era Nabucodonosor, Rei da Babilônia. Foi feita uma foto de uma pintura mais antiga de Nabucodonosor que havia sido encontrada apesar de ser em pedra desgastada e de lendas antigas. Nabucodonosor se beneficiou da influência dos dois grandes rios: Eufrates e Tigre. Há mais de 2.500 anos de Nabucodonosor as obras de arte eram criadas para testemunhar as conquistas culturais do período e transmitir uma imagem curiosa das pessoas daquela época. O povo sumério criou uma cultura inteiramente nova anunciada por um desenvolvimento revolucionário.
E a moça escutava tudo de boca aberta. Os seus olhos brilhavam num lampejo incomum. Ela parecia estar vendo os sumérios ali em pé esculpido as imagens. E então prosseguiu.
Joelma
--- Conte mais. Tudo. Tudo. - - disse a moça extasiada.
Laura
--- Pois bem. A intenção da escrita cuneiforme previu anos antes de Cristo. E o crescimento cultural que resultou da invenção de uma língua escrita atingiria seu alvo no vasto império da Babilônia de Nabucodonosor. A impressionante nova tecnologia se espalhou da antiga Uruk por toda Mesopotâmia, estendendo-se ao norte. Espalhou-se também para o Mediterrâneo, a Oeste e a esfera cultural da Palestina. O Reino de Nabucodonosor se estendia do Egito a Jerusalém. Um autêntico Império.
Joelma
--- Lá vem os Judeus. - - fez cara feia.
Laura
--- Jerusalém, a cidade sagrada de David e seus ancestrais de todos os judeus. Mas há 2.600 anos não era a Metrópole que é hoje. Protegida pelos muros da cidade, poucos milhares de judeus habitavam a pequena área em torno da Montanha do Templo. Nabucodonosor foi capaz de invadir o círculo de pedras e arrasar a Cidade Sagrada. Os babilônios escalaram as paredes da Cidade com a ajuda de Torres fortificadas. Os defensores não foram capazes de defender a tecnologia militar superior. Os invasores possuíam armaduras de metal, catapulta de pedra e estratégias cuidadosamente planejadas. Os planos bem elaborados eram altamente eficientes junto com as ondas devastadoras de flechas atiradas por milhares de arqueiros. Nabucodonosor usou seu poder militar para um bom propósito.
Joelma
--- E a Babilônia? - - indagou apressada.
Laura
--- Espere. Um momento. Eu chego lá. Então, milhares de inimigos foram massacrados enquanto os sobreviventes foram levados para a Babilônia como prisioneiros de guerra. Para os Judeus foi uma catástrofe terrível. A Ira de Deus. A Babilônia era vista como teatro, o local do exilio. E ficou conhecida como o canteiro da depravação. Local das Succubus e Íncubos.
Joelma
--- O que é isso? - - indagou.
Laura
--- São prostitutas. Atualmente os restos da Babilônia podem ser vistos do Iraq. Mas no início do século XX tudo o que podia ser visto da antiga metrópole eram alicerces e cascalhos. Os prédios com apenas 20 anos são meras reconstruções. Mas alguns edifícios criativos proporcionam algum conceito do esplendor e gloria da antiga cidade que foi o Jardim de um milhão de habitantes. As imensas paredes de cerâmicas da Babilônia estão entre as três maravilhas do mundo antigo. Mas dizem que há quem diga haver uma segunda Babilônia a ser admirada no mundo antigo: os Jardins Suspensos da Princesa Semíramis, suposta amante de Nabucodonosor. Apesar da verdade histórica também estar perdida nas lendas que cercam a cidade. - -
Joelma
--- Só isso? Tem algo mais? -- indagou  
Laura
--- Sim. Desta forma, a metrópoles ao longo do Rio Eufrates se tornou assuntos de lendas fantásticas que eram passadas através de gerações até que houve a descoberta no início do século XX. Os restos da cidade surgiram a cada instante de se descobrir a lendária babel que estava enterrada nesse pondo. As escavações iniciais revelaram restos de imensas muralhas da cidade confirmando que somente a Babilônia podia ter fortificações tao poderosas. Os restos das muralhas estavam no mesmo local que o historiador Heródoto, no seu tempo, descreveu com tanta admiração.
Joelma
--- Heródoto? Que foi esse? - - quis saber.
Laura
--- Heródoto foi um historiador grego. Ele esteve no local de Babilônia cem anos depois da destruição da cidade. Ele descreveu que a cidade foi coberta com betume para proteger os seus tijolos. Isso, naquele tempo. Era uma conquista tecnológica incrível para a época. Durante a Iº Guerra Mundial as escavações prosseguiram. E ainda hoje seus trabalhadores operam utilizando ferramentas com pás.  As escavações que começaram do Iraque a mais de cem anos levaram uma viagem arqueológica até o Império da Babilônia. Encontrou-se uma biblioteca do tempo de Nabucodonosor. Tábuas entalhadas escritas cuneiformes com milhares de anos registando as ideias e crenças dos babilônios na era de Nabucodonosor. - -
Joelma
--- Incrível.  - -
Laura
-- Pois é. Foram encontradas mais de 300 tabuas de argila. Textos valiosos descrevendo rituais e costumes, mitos e política. A Biblioteca é um tesouro de conhecimento. Incluísse do eclipse da Lua. Ele narra o eclipse na noite que a lua sumiu e os sacerdotes tiveram que acender tocha. As pessoas usaram roupas para se abrigar do temeroso sinal. Solados do Rei mergulhavam as mãos na argila escura e espalhavam por todo o rosto cobrindo-se inteiramente. Eles acreditavam que o seu deus estava preparado para mostrar seu rosto a raça humana. As tabuas de argilas estão repletas de descobertas sensacionais. As inscrições são verdadeiros tesouros arqueológicos pois esclarecem sobre a civilização perdida da Babilônia.
Joelma
--- É de admirar. Eu, aqui. Eles já estavam temerosos. - -
Laura
--- É isso. Nas escritas de povos antigos se entra muito mais do que se pensa. - -
Joelma
--- Tem algo mais? - - perguntou
Laura
--- Eu verifico. – - respondeu



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