segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O ALÉM - 47 -

- CORTESÃO -
- 47 -
NABUCODONOSOR
Nabucodonosor, o Rei. E a cidade da Babilônia ressuscita. O seu nome não morreu. O mundo se virou eterno quando começou a ser redescoberto há mais de 100 anos. O vasto império da Babilônia se estendera além-fronteiras, do Egito a Jerusalém. Uma foto. A pintura mais antiga de Nabucodonosor estava a mãos. Lendas antigas estavam descobertas. As pessoas daquela época eram decifradas como se faz um código. E assim o povo sumério se redescobriu em um momento inigualável. Há 3.000 anos antes de Cristo o povo teria alcançado os méritos da sua história. Assim, ressuscitou no vasto Império da Babilônia de Nabucodonosor. E descobriu-se até as pedras cuneiformes com a descrição do eclipse da Lua, algo pavoroso. As tábuas de argila fala do dia em que a Lua desapareceu. As pessoas se reunião nas ruas com medo daquilo que avistavam. Seria a sombra de Deus? Seria, sim. Um deus para mostra a sua face a raça humana mais uma vez. Em um museu, no Iraque, pesquisadores tentam descobrir a linguagem de Deus. Esses povos – os Sumérios, Babilônios e Assírios – eram escritores compulsivos. Eles mantinham o registro de tudo o que podia ser preservado em texto. Cartas, história da vida diária e também todo o conhecimento cientifico disponível na época. Literatura, mitologia, astrologia. Tudo o que se sabe sobre esses povos chegou até o presente através das tabuas de argila.
Joelma
--- Incrível. O negócio é continuar procurando tudo o que está enterrado. – - falou extasiada.
Laura
--- Pois bem.  Talvez em volta do Iraque possa haver mais cem milhões enterrados no solo. E só uma pequena parte que se encontrou, cerca de 25 por cento, foi decifrada. Com tantas tábuas de argila contendo tanta informação não é de se espantar que arqueólogos queiram preservar o legado de Nabucodonosor com ajuda da mais alta tecnologia. O conhecimento do antigo Oriente pode agora ser preservado em tábuas de vidro para sempre usando o método chamado fotografia holográfica com um raio laser a traçar a tábua de argila. - -
Joelma
--- E isso demora? - - quis saber
Laura
--- Um pouco. Mas o sistema de espelho permite que a imagem seja reproduzida numa chapa fotográfica usando um processo especial de revelação. A tecnologia holográfica foi desenvolvida nos Estados Unidos. As tábuas de argila aparecem na chapa fotográfica em três dimensões para que os peritos possam estudar as características espaciais da escrita cuneiforme. O fator vital é decifrar o texto. A resolução da imagem do holograma é tao detalhada que até símbolos individuais dentro do texto podem ser examinados pelo microscópio sem danificar o original. E o holograma pode ficar disponível na internet. E assim equipes de decodificação podem trabalhar simultaneamente no mundo inteiro. - -
Joelma
--- Ótimo, ótimo. Assim é bom. Tem mais? - - quis saber
Laura
--- As tábuas com escritas cuneiformes contam histórias antiquíssimas e agora a sabedoria da antiga Babilônia podem aparecer nas telas de computadores em alta qualidade. Entre elas estão relatos de antigos rituais de sacrifícios que mostram quanto a vida cotidiana na Babilônia era dominada por fortes crenças religiosas. Os registros também provam que as histórias do orgulho ateu mostradas pelo povo de Babel nada eram de propaganda hostil. O ritual de sacrifício, tudo era calculado no mínimo detalhe. O tipo de óleo com que o sacerdote tinha que lavar as mãos e a posição exata que adotar ao examinar garras e dentes do animal a ser sacrificado. O Sumo Sacerdote tinha que colocar uma corrente feita de lã vermelha e pedras coloridas em volta do pescoço quando a Lua aparecia. ---
Joelma
--- Parece com um grupo de Evangélicos de agora. E ainda dão dinheiro para poder se comprar uma fazenda. - - sorriu
Laura
--- Pois bem. Só então, o corpo do animal poderia ser aberto e o fígado retirado. A condição do órgão indicava se bons ou maus tempos aguardavam o Império do Rei. Acredita-se que todo fígado no animal se encontrava e era interpretado. Era um Sinal Divino. Há cem anos verificou-se que a cultura antiga da Babilônia foi enterrada por um monte de areia movediça. E até hoje peritos estimam que milhares de textos ainda estejam escondidos sob o solo da Babilônia. Mas cem anos depois, agora, novos métodos seriam desenvolvidos para esclarecer o mistério da Babilônia, incluindo foguetes.
Joelma
--- Foguetes? Tem foguetes? - - quis saber
Laura
--- Sim. Hoje se tem um satélite de vigilância até o espaço. O foguete foi mandado para espionar na Terra usando fotografias do espaço. Quando a Nave voltou à Terra havia 150 fotos a bordo, uma de 32 graus ao Norte e 44 graus a Leste. Território iraquiano. As antigas fotos de espionagens do espaço são de grande importância a arqueologia aérea. Um perito pode obter informações valiosas a partir de tais imagens. Os contornos e estruturas que de há muito caíram e estão enterradas bem no fundo do solo podem aparecer em fotos aéreas na forma de variações na vegetação e na cor. Essa tecnologia permitiu o estudo de uma pequena área captada pela câmera de satélite há 270 quilômetros de distância. - -
Joelma
--- Nossa Mãe. –  declarou a moça estupefata
Laura
--- Esse era a antiga Babilônia. Como o computador aumenta a imagem, a área inteira de uma cidade que há tempo havia desaparecido, pode ser vista. No topo à esquerda fica um moderno palácio e a direta uma região escavada. Uma pequena área foi estudada até agora pelos arqueólogos. Na verdade, a cidade de Nabucodonosor era mais extensa como mostra a foto de satélite. Era 60 vezes maior que a reconstrução pode ser vista hoje. E do ar pode ser vista claramente. A forma de um prédio que foi destinado a se tornar uma lenda: A Torre de Babel. Hoje, tudo o que pode ser visto é um fosso. A imagem aérea indica que a estrutura foi levantada sob uma base quadrada - - e Laura mostra as imagens que ela possui em seus arquivos - -. Então todas as reconstruções que se fez por pintores medievais eram simplesmente produto da sua imaginação. - -
Joelma
--- A Torre de Babel não era uma Torre redonda? Eu já vi essa imagem. - -
Laura
---Não. Não era. Era mais uma estrutura bastante quadrada erguida sobre plataformas com, provavelmente, cem metros de altura. A grande estrutura que encantava a imaginação das pessoas através dos tempos. A Torre de Babel mais do que a própria cidade se tornou símbolo da arrogância desenfreada que veio antes da queda. Heródoto, o pai da escrita histórica deve ter visto a Torre de Babel quando metade dela ainda resistia. Apesar do declínio que começou logo depois que o filho de Nabucodonosor o sucedeu. Pelo menos, em sua mente, Heródoto teria sido capaz a magnífica cena com uma procissão real começado a escalar a Torre subindo o Templo, o Templo de Marduk, deus da cidade. Heródoto que subir ao Templo de Marduk significava subir aos Céus e as estrelas. E no Topo, o setor mais alto do enorme Templo era onde Marduk morava.
Joelma
---Impressionante. Deve ter sido maravilhoso. - - falou encandecida.
Laura
--- Heródoto deixou a imaginação correr solta e escreveu que em uma cama dourada jaz uma babilônia virgem consorte do Deus e de tempos em tempos o próprio Deus aparece, Marduk, o regente divino. O Grande Deus da Babilônia. O Deus que sabe tudo e vê tudo. A fantástica avaliação que Heródoto deu era uma mistura de avaliação e realidade que nascera de repetidas histórias contadas da Babilônia ao afunda em ruinas. Poucos restos do tempo babilônico elevavam-se hoje. São apenas cascalhos. Mas, de qualquer modo, outras ruinas de outra cidade alcançam ao Céu. São complexas ruinas de Templos e também pontos de observação para os astrônomos estudarem o movimento das estrelas. Nabucodonosor era um sábio e contemplava os seres celestiais como Deuses e acreditava que os movimentos de forças imortais do Cosmos refletiam todos os aspectos da realidade. - -
Joelma
--- Quer dizer que até Nabucodonosor acreditava nos Deuses? - -
Laura
--- Sim. Aliás, de certo modo, todos acreditam nos Deuses.
Joelma

--- Incrível - - disse a moça.

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