- LILITH -
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LILITH -
A imaginação
humana sempre foi fértil. O homem colhe figuras imaginaria para poder colocar
em seu imaginário de uma forma atraente. Podem ser velhos ou jovens. Nenhum dos
tais tem menos ou mais criação de demônios para a sua criação. Um homem já
idoso é bem jovem para aguçar a vista para uma jovem quando o vento sopra a
saia da mulher. Para tanto, eles dizem ser o demônio de saia aquele apelo
sensual. Em outras palavras, aquela é uma mulher maligna e poderosa a viver no
caminho do mau. Essa mulher perdida, como é chamada serviu de contos da epopéia
de Gilgamesh na eterna Suméria da cidade dos dois rios.
Lígia
--- As Suméria
é a cidade composta entre dois rios. Foi lá que se criou o Adamo e a sua
companheira tendo mais uma serpente. Essa não é a história exclusiva da Bíblia.
Ela também aparece em um antigo texto sumeriano datado de 2.300 antes de
Cristo, séculos antes do surgimento da Bíblia. Esse mito, então foi plagiado
pelos autores da Bíblia. O evento ocorreu em um passado muito remoto. A
civilização sumeriana floresceu entre 4 mil anos antes de Cristo.
Amanda
--- Foi tempo!
Quer dizer que os judeus são mais novos? - - quis saber.
LÍGIA
---
Provavelmente. Sabe-se que na Suméria a escrita foi inventada. Em 1835,
milhares de tabletes de argila cobertos de letras cuneiformes sumerianas
achavam-se espalhados por toda a Pérsia. Todavia esses escritos achavam-se
indecifráveis. Com o tempo, decifrou-se o que estavam escritos. Anu era Deus do
Ceu. Estranhamente surgiu uma história familiar. Falava de um jardim, de uma
Árvore da Vida e até de uma serpente. Tratava-se de uma saga de um herói
sumeriano chamado Gilgamesh. É um dos grandes épicos da literatura mundial e
uma das primeiras peças que se tem oriunda da Mesopotâmia, hoje, Iraque.
Amanda
--- Iraque?
Esse pais que Abraão levou a Bíblia? –
Lígia
--- Sim. Esse
mesmo. Escrita em cerca de dois mil anos antes de Cristo, a lenda conta a
história do herói Gilgamesh eu procurava o segredo da Vida Eterna. Ele soube
que o Jardim do Paraiso existira um dia. Mas fora destruído por um grande
dilúvio. Gilgamesh acabou encontrado o Fruto da Árvore da Vida – o sexo -.
Infelizmente não alcançou a imortalidade por causa de uma inimiga bastante
familiar: a serpente, a cobra, o sexo. No épico de Gilgamesh é a serpente que o
enterra. Do mesmo modo que diz a Bíblia, no Éden, a serpente – o sexo – agiu tentou
e levou a desobedecer a Deus. Com isso, afastou da imortalidade e do paraíso. -
-
Amanda
--- Quer dizer
que tudo o que nós sabemos é uma mentira? O negócio foi de outro jeito? - -
Lígia
--- O Épico de
Gilgamesh é, pelo menos, mil anos mais velho do que a Bíblia hebraica. O livro
do Gênesis com a história do Jardim do Éden é diferente de uma mitologia
anterior. A Bíblia não surgiu do nada. Há indícios de todo tipo em seus textos
que podem ser rastreados até a Mesopotâmia, o antigo Egito, até as mais remotas
regiões do Velho Mundo. Estão preservados como a mosca no âmbar, nos livros que
chamamos de Textos Sagrados. A descoberta de indícios da antiga Mesopotâmia
levou os estudiosos a indagar se o Jardim do Éden não teria sido imaginado nos
primeiros tempos como localizado em algum ponto da Mesopotâmia Clássica.
Amanda
--- Tem mais?
Conte! - - sorriu
Anibal
--- Não puxa
brasa!! - - respondeu o velho a sua filha.
Lígia
--- Tem sim. –
- sorriu -. Veja a lenda de Rômulo e Remo. É semelhante a lenda de Moisés. A influência
das cidades gregas era tão forte sob os romanos que esses afirmavam ser
descendentes dos heróis da Guerra de Tróia. Dois dos principais heróis foram
Aquiles e Heitor. Mas os romanos diziam ser descendentes de Heitor, ou seja, um
troiano. Essa história remonta a Enéias, um herói troiano, filho de Vênus que
abandonou a cidade de Troia em chamas e viajou milhares de quilometros até
chegar a península itálica onde um dos seus filhos construiu um novo reino.
Anos depois, os gêmeos Rômulo e Remo nasceram. Eles eram descendentes de
Enéias. Um dia um seu tio os abandonou na beira do rio Tibre. Reza a lenda que
eles foram encontrados por uma loba chamada Lupa que descobriu os dois meninos recém-nascidos
e os amamentou como se fosse seus próprios filhotes para mantê-los vivos.
Quando Rômulo e Remo cresceram quiseram fundar uma cidade. Mas tentando definir
os limites da cidade, os irmãos brigaram. E Remo morreu. Foi assim que Rômulo
proclamou-se Rei e fundou a cidade a que chamou Roma.
Amanda
--- E daí?
Qual a moral da história? - - sorriu
Anibal
--- Prossiga!
- - olhando a sua filha com rosto rude.
Lígia
--- Isso prova
o infanticídio dos Deuses e o porquê de os heróis serem protegidos em sua infância.
Depois vem a história plagiada de Moisés. Dizem que ele foi colocado em uma
cesta e lançado ao rio para evitar um infanticídio. Ele foi, mais tarde, salvo
pela filha de um Rei criado por ela como um príncipe. Esta história do bebê
numa cesta foi retirada do livro de Sargão de Acari por volta de 2 mil 250 anos
antes de Cristo. Depois de nascer, Sargão foi posto numa cesta de vime para
evitar um infanticídio e lançado ao rio. Foi depois salvo e criado por Akki.
Além disso, Moisés é conhecido como Legislador, portador dos Dez Mandamentos da
lei mosaica. Essa história se repete com Manou, na Índia, na ilha de Creta com
Minos e até dos Livros dos Mortos do antigo Egito que decifrou o que se diz na
Bíblia, como “eu nunca roubei”, “eu nunca matei”, “eu nunca menti”. Isso está
nos Livros dos Mortos”, bem mais antigo do que a Bíblia.
Amanda
--- Desse jeito
o que nos ensinam são coisas muitos mais antigas! E então nós estamos sendo
enganados! - - intrigada. –
Anibal
--- Verdade.
Quando eu mando você estudar! - - pôs atenção na filha
Amanda
--- Eu sabia
lá! - - abusada.
Lígia
--- A religião
egípcia, no fundo, é a base fundamental para a teologia judaico-cristã.
Batismo, vida após a morte, julgamento final, Imaculada Conceição, Ressureição,
Crucificação, a Arca da Aliança, Circuncisão, Salvadores, Comunhão Sagrada,
Diluvio, Pascoa, Natal, a Passagem e muitas outras coisas são ideias egípcias nascida
muito antes do cristianismo ou judaísmo. As histórias de Noé e sua arca são
tiradas diretamente das tradições. O conceito de Diluvio é presente em todas as
civilizações em mais de 200 diferentes citações e em diferentes períodos e
tempo. Contudo não será preciso ir muito além da idade pré-cristã para
encontrar a Epopeia de Gilgamesh escrita em 2.600 anos antes de Cristos. Essa
história fala sobre grandes inundações, a arca com animais salvos e até mesmo o
libertar de um pássaro entram em concordância com a história bíblica entre
muitas outras semelhanças.
Amanda
--- E agora? O
que é que eu faço? - -
Anibal
--- Va morar
na Índia! - - sorriu o velho pai
Lígia
--- Bom
negócio. Troca cem por uma centena. – - sorriu - - Bem. A criação do homem do
barro é também antiga. É procurar na lenda de Gilgamésh. O personagem Enkido,
significa: “criado pelo Deus Enki” rei dos Deuses Anunnakis foi o criador do
ser Adamo que significa “criado do barro”. Adamo é o mesmo Adão. Na mitologia
nórdica o primeiro homem foi criado por um gigante Ymir de um tronco de árvore.
Na mitologia grega o gigante é Prometheus. Na versão de Homero da criação dos
humanos, o Deus Prometheus forma o primeiro homem do barro de assopra vida nele.
Em Hesíodo, Zeus criou progressivas raças de homens. Cada raça representa
diferentes aspectos da condição humana. Datando de três anos antes de Cristo as
mensagens gravadas na pedra são consideradas como os primeiros relatos escritos
do mundo. As tábuas sumérias são as mais antigas formas de registro antigo que
temos. –
Amanda
--- Quer
dizer: rasga tudo o que vem depois. - - falou embrutecida
Anibal
--- Pode ser.
Passamos a andar nu. - - sorriu
Ligia
--- Nem tanto.
Elas foram traduzidas e contam histórias empolgantes sobre como os Deuses se
misturaram aos seres humanos e atuaram a criação dos seres humanos. Os Deuses
eram chamados Anunnakis. Quando os Deuses chegaram deixaram a Arvore da Vida
ladeada por seres divinos. E os Deuses tinha poder de voar. Na verdade, eles têm
colares com referência astronômica. Uma Lua, uma estrela, vários símbolos e até
uma representação de um relógio de pulso.
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