- CÁLICE SAGRADO -
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O SANTO GRAAL -
Os celtas
foram um povo a viver em grande parte da Europa, de modo particular, na
Alemanha. Restos mortais de celtas foram encontrados da região Alemanha,
sepultados há mais de mais de 2.500 anos. Juntos aos corpos estavam oferendas
mortuárias, como valiosos vasos de bronze. Nesse caso, descobriu-se serem
corpos dos celtas e com essas relíquias poderia está também o verdadeiro Santo
Graal ou pessoas que eram da origem de Jesus Cristos e Maria Madalena, sua
esposa. Os celtas chegaram a Europa pelo Leste viajando para o Oeste através da
bacia do Danúbio, nos Alpes, e pelas Montanhas da Europa Central. Eles trouxeram
consigo sua cultura, seus rituais e suas tradições.
Clea
--- Esse negócio,
aqui, fala sobre o Santo Graal. Veja. - - mostrou Cléa à sua irmã, Ligia.
E, de
imediato, Lígia colheu a revista ilustrada onde estavam contidas as fotos. Após
pesquisar foi, de repente, ao ponto verdadeiro da história.
Lígia
--- Sim. É o
Santo Graal, o sangue real, ou seja, Jesus Cristo e seus descendentes com Maria
Madalena, sua esposa.
Cléa
--- E ele era,
na verdade, casado com essa mulher? - - indagou curiosa
Lígia
--- Pelo que se
diz, eles foram casados e Jesus foi pai de um ou mais filhos. Isso, pelo menos,
é o que recorda a lenda. Com essa leitura você verá a chegada do cavalo na
Europa. Foram os celtas que trouxeram. Além dessas inovações, eles ainda
trouxeram o ferro, mais durável que o bronze. Naquela época, os celtas eram enterrados,
quando morriam, junto com os seus pertences. Era uma tradição. Seus pertences
eram um presente para os Deuses. Era uma garantia de que na vida depois a
morte, onde as almas sobreviviam, nada lhe faltaria.
Cléa
--- Esse
negócio da crença de um espirito vem de muito longe. Será mesmo verdade que nós
temos espírito? – - indagou arqueando a sobrancelha.
Lígia
--- É o caso
de acreditar ou não. Se você não acredita que há vida após a morte, paciência!
Os celtas jogavam joias no lago sagrado, juntamente com espadas. As oferendas funerárias
mais importantes. Entre as centenas de objetos encontrados nos lagos sagrados
está a espada longa, um instrumento dos celtas. Os romanos ficaram horrorizados
com suas lâminas de ferro muito afiadas. Eles usavam espadas curvas, especialmente
em combates. A longa espada celta era uma arma muito eficaz para estocada e
permitia o celta romper o inimigo à distância. Foi com a espada celta longa que
surgiu o mito de Excalibur, a arma invencível com poderes mágicos.
Cléa
--- Como
assim? O soldado que a usava não morria? - - assustada.
Ligia sorriu e
após respondeu.
Lígia
--- Não é bem
assim. Quando o Rei Artur e seus homens saem em busca de um recipiente mágico,
um caldeirão. Após encontra-lo, ele usou uma espada no reino dos mortos, um
outro mundo que estava localizado no centro da Terra. A entrada de Artur foi
negada por um Deus. Mas através se sua astucia e coragem ele conseguiu passar
por fantasmas e demônios. E ele não só derrotou as forças do outro mundo, mas
também conseguiu resgatar o recipiente mágico dele. Segundo a lenda, com recipiente
mágico em seu poder ele se tornou o Senhor da Vida e da Morte.
Cléa
--- O que
tinha esse caldeirão de tão misterioso assim? - -
Lígia
--- Numa das histórias
sobre o Graal há uma missão sobre o caldeirão mágico. Essa taça da Vida Eterna
é o símbolo da Natureza Divina onde plantas, animais e até pedras se comunicam
com seres humanos. Tudo é provido de alma. Acredita-se que a espada, duende e
feiticeiros habitam o mundo natural. Eles intervêm na sorte dos homens. Os
sacerdotes estão sempre em contato com o além. - -
Cléa
--- E a
questão das reuniões que eles fazem num bosque? Como é isso? - -
Ligia
--- Os celtas
se reúnem num pequeno bosque mágico para os seus cultos regulares. Os sacerdotes
dos Druidas são os contadores de histórias, poetas, filósofos e possuem poderes
curativos. Em suas preces eles abençoam os justos e amaldiçoam os maus. Com seu
ritos e encantamentos, eles apaziguam os poderes da natureza. A ideia de que os
guerreiros possam ressurgir depois de mortos está raizada nos poderes de crença
celta.
Cléa
--- Mas os
celtas eram fortes mesmo? - -
Lígia
--- Os celtas
são guerreiros impiedosos. Homens e mulheres, sem distinção, se alistam para batalha
selvagem e desenfreada. É comum decapitar os seus inimigos, pois um guerreiro decapitado
não consegue ressuscitar. Este ritual bárbaro pode trazer alguma luz à história
do Santo Graal. A convicção certa sobre esse incidente no século I antes de
Cristo fornece uma pista para o Santo Graal. Os celtas acreditavam na ressureição.
A descoberta do tumulo de um príncipe perto de Stuttgart, na Alemanha deixou os
teólogos boquiabertos. Dentro do túmulo do Príncipe eles encontraram um caldeirão
de bronze e uma enorme cova, grande bastante para acomodar um ser humano. - -
Cléa
--- Em baixo?
Na Terra? Nossa! Eu é quem não quer. Um morto vivo? Não! - -
Lígia
--- Em todas
as culturas humanas o ato de beber tem um valor especial. Em muitas práticas
rituais beber tem uma função mágica. Eu sei que isso era inteiramente constante
para os celtas que possuíam recipientes mágicos. Recipientes esses que podiam
conceber a salvação ou poderes mágicos. A tradição se manteve viva à ideia do
Santo Graal, recipiente que alimenta e traz salvação. Depois da queda dos
celtas a missão de recipientes mágicos sobreviveu. E assim nasceu as primeiras
histórias sobre o Santo Graal. Na comunhão, os cristãos celebram a Última Ceia
quando Jesus encheu um cálice com vinho, simbolizando seu sangue. O cálice e
venho tornaram-se símbolo de Vida Eterna. - -
Cléa
--- Ah. Agora
eu sei porque o padre benze a hóstia. - - disse isso e sorriu
Lígia
--- Os
acontecimentos dos últimos dias da vida de Jesus são muito conhecidos. A história
de sua crucificação foi contada, escrita e representada inúmeras vezes. Mas há
pontos menos conhecidos dessa história. E um deles envolve o Santo Graal. Segundo
a lenda, o centurião romano Longino lacerou o dorso de Jesus crucificado com
sua lança. José de Arimateia, um comerciante distinto e parente de Jesus
recolheu o sangue de Cristo no cálice usado na Santa Ceia. Muitas pessoas
acreditam que esse é o Santo Graal. - -
Cléa
--- Tudo isso
é contado pela Igreja. E acredita-se que este cálice, o recipiente que chamamos
de Graal seja aquele que foi usado para recolher o sangue de Jesus Cristo por
José de Arimateia quando o corpo dele foi retirado Cruz. Jesus foi levado para
o túmulo da família de José de Arimateia. - -
Lígia
--- Estas
lendas e tradições formam a base para o mito do Graal e a apaixonada busca pelo
Graal empreendida pelo rei Artur e seus cavaleiros. Seus cavaleiros nada mais
eram do que guerreiros que precisavam de um ideal. Um ideal cavalheiresco da
lenda arturiana. Era a busca pela perfeição simbolizada pelo Graal. Segundo a
tradição, José de Arimateia guardou o cálice. Mas por ser seguidor ele foi
perseguido, capturado e mandado para a prisão. Depois de solto, ele abandonou sua
terra natal e, seguindo uma antiga rota de comércio através do Mediterrâneo ele
viajou até o sul da França. Acredita-se que José tenha se estabelecido em Languedoc
junto com outros discípulos, incluindo Maria Madalena. - -
Cléa
--- Teria o
Santo Graal – Cálice Sagrado – cruzado a Europa nessa jornada? - - quis saber
Ligia
--- É aceitável
que um homem distinto coo José de Arimateia tenha levado o Cálice que tenha
sido usado em reuniões festivas. A Pascoa, por exemplo. Mas ninguém sabe onde o
Santo Graal chegou a Europa. Umas das narrativas diz que José, possivelmente,
acompanhado do próprio Jesus Cristo visitou a Grã-Bretanha e levou o cálice consigo.
José viajou até o sul da Inglaterra, um lugar que chama hoje Gettysburg. E foi
aí que ele passou o resto dos seus dias formando a primeira Igreja cristã em
solo britânico. O local onde estão as ruínas de um antigo Mosteiro Beneditino.
Cléa
--- Foi uma
viagem e tanto. Puxa! - -
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